Prólogo (1)



- Jasmine, como irei para a sua casa no verão? – Otto pergunta, se preparando para sair do trem

- Chave de Portal – Jasmine responde, guardando sua varinha no bolso de trás da calça – teremos idade suficiente para usarmos magia fora da escola!

- Você já fez 16? – perguntou ele

- Já, você não?

- Já, só estou te assustando mesmo – ele riu, então olhou para a janela – chegamos.

O trem parava aos poucos, e os dois podiam ver a estação, lotada de pais ansiosos para verem seus filhos. Isabel correu até a cabine onde os dois se encontravam, seguida de um menino loiro que ficou esperando ela do lado de fora.

- Jasmine! – ela abraçou a garota – vou sentir saudades!

- Hey, quer passar as férias lá em casa? – pergunta Jasmine

- Eu queria, mas eu e meus pais vamos a Paris! – ela deu uma voltinha, fingindo ser modelo – ver desfiles e gente chique!

- Olha, se você for ao desfile da Chanel, procure o Pierre Delacour, e fale o meu nome. Acho que ele pode te arranjar algumas roupas.

- Brigada! – ela abraçou a amiga – vou botar as horríveis roupas trouxas agora. Tchau amiga – e ela deu um abraço em Otto – tchau Otto, cuide bem dela!

- Vou cuidar! – ele riu, abraçando Jasmine. Isabel saiu da cabine e puxou o garoto loiro pela mão. Parecia ser Adam.

- Esse era o... – Otto perguntou, apontando para a porta

- Nem me pergunte – ela deu de ombros e pegou sua bolsa trouxa – vamos.

Os dois saíram da cabine, enfrentando o usual empurra-empurra dos alunos, ansiosos para verem suas famílias. Quando conseguiram sair, Jasmine avistou seus pais e correu em direção a eles, abraçando-os. O pai dela era alto e forte, tinha cabelos grisalhos e um pouco acima dos ombros, tinha olhos ainda mais azuis que os da filha, a pele era levemente bronzeada e tinha um sorriso de apresentador de tv. Já a mãe tinha cabelos negros e bastante cacheados, os olhos também azuis e uma pele clara, além de um sorriso igual ao da filha. Os dois se vestiam muito bem, as roupas trouxas combinando.

- Seus pais são trouxas? – perguntou Otto, quando Jasmine chegou

- Não, são bruxos. Sou de família tradicional, todos somos bruxos, mas nem ligamos para isso – ela deu de ombros – o que importa é quem você é. Vamos lá?

- Vamos – ele seguiu a garota em direção aos pais dela.

- Pai, mãe, esse aqui é o Otto, o amigo de quem falei para vocês.

- Muito prazer – ele apertou a mão do pai e deu um beijo no rosto da mãe.

- O prazer é nosso – o pai sorriu para o garoto – então, você é namorado da minha filha mais nova?

- Sim... – ele falou – ela é a mais nova?

- Sim! – a mãe falou – temos outras duas filhas, que já se formaram e estão trabalhando.

- Você nunca me falou disso – ele falou para Jasmine.

- Elas estarão lá em casa quando você for para lá, daí você pode conhecê-las.

Eles continuaram conversando, até que o pai de Otto apareceu. Otto pediu licença a família Houannes, dizendo que mandaria uma carta para eles. Eles se despediram, Otto dando um selinho rápido em Jasmine, e então foi em direção ao seu pai. Ele, por incrível que parecesse, estava sóbrio, e não tinha nenhuma olheira. Pareciater até se arrumado para ir buscar o filho, usando um terno cinza com uma gravata da mesma cor.

- Oi pai – o garoto abraçou rapidamente o pai – como você está?

- Oi filho – ele abraçou o garoto – estou bem, recebi um aumento há uns 2 dias.

- Que bom, pai – o garoto estava estranhando o pai, parecia melhor que antes, e havia recebido um aumento!

- Redecorei seu quarto – falou ele, enquanto caminhavam em direção á área de aparatação – acho que está bom. Vamos viajar para o Egito nessas férias, e...

- Hã, pai? Eu vou passar as férias na casa da minha namorada – falou Otto, sem graça.

- Ah – o pai pareceu murchar – tudo bem.

- Mas eu vou passar a primeira semana com você, podemos fazer o que quiser.

- Que bom! – ele se alegrou novamente – venha, vamos comer no McDonalds?

- Vamos! – eles então aparataram, Otto cada vez mais feliz. Finalmente seu pai havia parado de beber. Finalmente ele teria um pai de verdade.

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