Prólogo - Uma escolha pelo pod
Prólogo – Uma escolha pelo poder
Aquela sala lembrava-o o salão comunal da sonseria. Era um ambiente frio e escuro, mas coberto da pompa e orgulho que acompanhava a maioria do escolhidos pelo Chapéu Seletor para a casa de Salazar Slitherin. Várias cadeiras de espaldar alto estavam arrumadas em volta de uma mesa. Na ponta havia uma cadeira grande, adornada com uma serpente de prata. Sentou-se na cadeira à esquerda desta e virou-a de forma a ficar de frente para a janela, que exibia um belíssimo luar. Respirou fundo e as lembranças que o enchiam de ódio vieram como uma torrente.
Estava assim quando ele entrou. Não precisou se virar para saber quem era. Quando já estava cercado por figuras encapuzadas se levantou e encarou aquele que a maioria temia até mesmo pronunciar o nome. O horror e maldade daqueles olhos calavam fundo em seu coração e estranhamente não o amedrontavam, ao contrário, parecia sinalizar que ele finalmente seria tão poderoso quanto sonhara, que alcançaria um lugar de destaque, um lugar que sempre lhe foi negado em favor de seu irmão, o “queridinho do papai”. Seria muito mais que o nada que o pai dissera, apesar de sempre estar entre os primeiros. Monitor, capitão do time de quadribol da casa, monitor-chefe, suas conquistas nunca foram reconhecidas, sempre sendo obrigado a ficar na sombra do irmão mais velho. Agora seria diferente.
- Então você é o rapaz que invadiu meu esconderijo dizendo querer fazer parte dos Comensais da Morte. Este é meu grupo de elite, não é qualquer um que tem o privilégio de permanecer junto ao Lord das Trevas. Você obviamente pensa ser bom. – sibilou a voz glacial de Voldemort.
- Dizer que eu sou bom é muito... muito pouco. Eu tenho certeza que de todos os presentes nesta sala o único capaz de sustentar um duelo e me vencer seria você.
Ao ouvir isso os Comensais soltaram várias exclamações de raiva perante a petulância do rapaz, alguns fazendo menção de atacar.
- Quietos! – disse Voldemort em seu tom frio – Você é corajoso rapaz, e ousado e é só por isso que eu lhe darei uma chance. Você disse somente eu seria capaz de enfrentá-lo? Pois bem, eu te darei este prazer.
- Mas senhor, se desgastar com tão pouco! – falou um dos comensais.
- Não pedi sua opinião Malfoy, portanto mantenha-se em silêncio! – respondeu Voldemort ríspido.
- Perdoe minha ousadia milorde. – Malfoy curvou-se e retornou ao seu lugar.
- Que não se repita! – voltando-se então para o rapaz – Diga-me seu nome rapaz.
- Prewett, Fábio Prewett.
- Prewett!? Irmão do maior aliado de Dumblerore, Gideão Prewett?
- Eu mesmo. – respondeu Fábio amargo – Sempre à sombra dele. Agora meu desejo é ser grande. Superá-lo. Vencê-lo.
- Vejo ambição em seus olhos rapaz, a minha qualidade favorita. Façamos o seguinte: se você conseguir tirar a varinha da minha mão você será aceito, se não conseguir será morto. – Propôs o Lord em tom de escárnio.
- Concordo – falou o rapaz prontamente.
Num momento os comensais estavam ouvindo este diálogo, mas então num piscar de olhos o duelo começou e se manteve numa velocidade incrível. No entanto foi interrompido abruptamente por uma das coisas mais inesperadas daquela noite: a vitória do rapaz.
- Muito bem, você a partir de agora é um dos meus servos. Acompanhe-o e dê a ele roupas novas Wilkes. – falou o Lord das Trevas a um comensal. Quando os dois saíram Malfoy indagou.
- Senhor, por que não o matou por ter invadido a fortaleza?
- Porque ele será valioso Malfoy. Ele é poderoso, é irmão de um dos principais aliados de Dumbledore e já foi da Ordem da Fênix. A vinda dele foi providencial para os meus planos.
- Providencial demais. – murmurou Malfoy ao afastar-se do seu mestre – Providencial demais.
Aquele seria o primeiro dia do resto da vida de Fábio Prewett.
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- E então Gideão? – perguntou a voz cansada de Dumbledore. – O que você descobriu?
- Ele fez. – respondeu Gideão com um tom pesaroso – Agora o Fábio é um Comensal da Morte.
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