20 de Dezembro



Hoje vou para casa, começam as férias de natal. A neve começa a cair lá fora. Ainda não é neve, é mais uma massa acinzentada sem definição. Mas a neve logo vem, eu espero.
Ontem, Chloe me mostrou algumas coisas da sala de Winthrop. Fomos até a biblioteca e sentamos em mesa afastada encoberta por estantes gastas pelo tempo. Chloe pegou um mapa dentro de sua bolsa. Era um mapa da Europa, mas tinha um algumas linhas que se cruzavam no mapa formando um chapéu de Bruxa. Era o 2º mapa, o que eu havia visto na sala de Winthrop. - Seguiremos o chapéu. Começando pela França, seguindo para a Irlanda, depois Inglaterra. Partiremos de lá para bem longe. Rússia, mas sem sair do território Europeu. Depois o chapéu faz essas paradas em locais que não entendo o porque. Na Croácia e na Itália. - Disse ela mostrando com o dedo as localidades no mapa.
Existiam algumas coisas escritas no mapa. Mas eu não pude decifrar o que era.
- Esse foi o Segundo registro feito. O primeiro exibe um formato diferente... - Disse ela pegando um segundo mapa e entendendo-o na mesa. Esse não tinha o formato de um chapéu, e sim, um quadrilátero deformado. Este mapa também continha algumas coisas escritas, em italiano. E apesar de meu péssimo italiano, eu consegui ler o que dizia:
França, Irlanda, Inglaterra, Rússia.
Chloe começou a procurar uma coisa da mochila e tirou de lá o que parecia ser uma lista. Um alfabeto. E ao lado de cada letra havia um símbolo.
A lista apresentava o alfabeto dos códigos do 2º mapa. Nós entao o traduzimos:
"França, Irlanda, Inglaterra, Rússia, Croácia e Itália." Estava escrito em Italiano. Bem abaixo do mapa, havia algumas informações. Chloe tirou uma lupa de sua bolsa e começou a traduzir:
"Italia - Roma, Pantheon - Corridoio 57, sala 7 - Museo scientifico di Annibale Gatti".
- O que isso quer dizer? - Eu perguntei sem entender.
- Você não sabe italiano? - Ela me encarou. - Não sei porque, mas isso não me espanta!.
Ela voltou o rosto para o mapa e disse: Itália - Roma, Panteão - Corredor 57, sala 7 - Museu Científico de Annibale Gatti.
- Panteão? - Disse eu olhando melhor para o mapa tentando localizar algum ponto indicando Panteão.
- É! - Disse ela agora me encarando com espanto - Isso é uma coisa que você deveria saber, aliás, que todos deviam saber o que é Joshua! - Estranhamente ela havia me chamado de Joshua.
-Adora quando você me chama de Joshua! - Disse eu sem pensar. Fiquei um pouco vermelho por dentro. Chloe corou totalmente, me olhou por alguns seguntos e disse:
- Isso não vem ao caso. Não agora... O panteão significa, literalmente, o templo dedicado a todos os deuses. É um ponto turístico famoso em Roma, na Itália. É o único edifício construído na época greco-romana que, atualmente, se encontra em perfeito estado de conservação, por alguma razão. E acho que estamos perto de descobrir o por que!
Dito isso, ela guardou os mapas na mochila e foi pegar um livro realmente grande com uma capa que parecia ser folhada a ouro. Voltou para a mesa, se sentou.
- Você ainda esta aqui? - Disse ela abrindo o livro
- Não deveria?
- Não! - Disse virando a primeira página e começando a ler. - Pelo que eu saiba você tem jogo daqui a 10 minutos!
Eu havia me esquecido completamente do jogo. Dei um beijo nela e fui correndo para o jogo. Nós ganhamos. Após isso, fomos embarcar nas grandes carruagens carregadas por fadas horríveis com asas grosas, curvas e brilhantes, parecida com a de um besouro. Ostentavam fileiras duplas de dentes afiados. Tratava-se de Fadas Mordentes. São bem rápidas no vôo, e carregam 100 vezes o seu próprio peso. Não dei tchau para Chloe, afinal, não vi ela em nenhum lugar. Fiquei meio triste com isso, mas depois das férias de-vo vêla.
Acho que cehgamos. A carruagem parou. Vou descer.

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