Capítulo Um



Gossip London

O verão está quase no fim e daqui a pouco as aulas começam. Acabamos de voltar da nossa temporada em belas praias no Mediterrâneo, no Caribe ou na Oceania. Voltaremos para as aulas bronzeados e diferentes da nossa palidez britânica.

Nossos guarda-roupas já estão cheios de peças da próxima coleção. Teremos que vestir novamente os nossos horríveis e conservadores uniformes cinzas e colocarmos aquelas gravatas sufocadoras.

Ano que vem isso vai acabar, pois esse é o nosso último ano de escola. Nunca mais teremos que vestir essas roupas horríveis e aturarmos as mesmas pessoas. Depois da formatura cada um seguirá seu rumo e só nos recontratemos nos bailes e festas.

Falando nisso todos estamos bastante ansiosos para o baile de Lady Catherine esse fim de semana. Já separamos as nossas novíssimas roupas de galas e faremos o nosso “reencontro desoficial” antes das aulas começarem.

E claro não podemos nos esquecer das novas caras que irão aparecer. Alguma coisa me diz que elas serão muitas esse ano.


Queridíssimos

O nosso herdeiro louro e maravilhoso (e agora bronzeado) preferido estava como sempre no jóquei clube com seu fiel amigo (e também muito gato) Blaise Zabini. Eles não se cansam de se reunir lá...todo ano é a mesma coisa.

Já o herdeiro lindíssimo, moreno e bom samaritano como sempre estava na sua propriedade no norte da Inglaterra, e agora voltou para Londres para ir ao baile de Lady Catherine.

A patricinha mor de Hogwarts voltou das suas férias em Paris. Parece que PP comprou a maior coleção de verão de todas e como sempre não vai medir esforços para ver se conquista DM...

Bem vinda a Londres

Hermione tentava inutilmente ajeitar o cabelo enquanto arrastava seu carrinho com as malas para sair da sala de desembarque e encontrar logo com a avó. Queria causar uma boa impressão, apesar de que a calça de jeans comprada no Wal Mart e o moletom da Gap não faziam muito o estilo da avó acostumada com tailleurs dos maiores estilistas mundiais e sapatos de salto em vez de um tênis um pouco surrado. Mas a culpa era das malas já despachadas dois dias antes contendo as melhores roupas de Hermione.

Não era exatamente a recepção que esperava, mas valia. Um único homem muito bem vestido se aproximou dela e disse num perfeito sotaque britânico:

- Srta Granger, sou Oliver Maxwell, assistente pessoal de Lady Anne e vim buscá-la, pois a sua avó teve um imprevisto, mas vocês se encontraram no almoço, e a tarde farão uma ida ao salão.

- Bem... não era exatamente o que eu esperava, mas vamos então... – falou Hermione bastante surpresa. Onde vivia não havia ninguém com assistente pessoal... pelo menos ninguém que ela conhecia precisava desse tipo de serviço. Pelo o que tinha ouvido falar a avó era uma socialite bastante importante na Inglaterra com direito até a título de nobreza. Era a Condessa de Kellynch.

O homem empurrou o carrinho de Hermione gentilmente até o estacionamento, onde um belo e luxuoso sedã preto os esperavam. Não era de esperar uma condessa andar num carro daquele, mas tudo para a garota era novo demais. Na pequena cidade do norte dos EUA onde morava, as pessoas tinham furgões, caminhonetes e minivans.

Havia algumas revistas para ler no carro. A sua maioria falava sobre moda e algumas estavam em francês. Idioma que Hermione dominava além do alemão, espanhol e mandarim.

Moda não era exatamente o que ela procurava. As duas outras revistas que não se tratavam de moda, uma tratava sobre decoração o que também não lhe atraía muito. A revista restante era sobre atualidades, então pareceu a melhor.

Ao folhear a revista pode-se perceber que ela não era nada mais que uma revista de fofoca. Não daquelas baratas, pois o papel e encadernação eram bastante finos. Falava sobre a alta sociedade londrina e a família real.

A presença da avó era constante nos bailes e nos eventos beneficentes. E até entre os jovens o estilo formal prevalecia. Mesmo durante um piquenique beneficente deveria-se usara salto e uma roupa bonita, e não calça jeans e moletons surrados, como estava acostumada a usar.

Londres era bastante cinzenta, mas não deixava de ser bonita. Era bastante antiga e tinha belos jardins. E fazia um pouco de frio apesar de ser verão, mas pessoas não pareciam sentir. Hermione apenas queria observar as pessoas na rua... queria se distrair para não pensar no que lhe aguardava.



O filhinho da mamãe

- Sinceramente eu acho que você está precisando de uma mulher. – disse a bela loura aristocrática Narcisa Malfoy enquanto tomava chá observando o filho – Não alguém como a Srta Parkinson que não pode ser considerada alguém no seu nível pelo menos intelectual - isso arrancou uma pequena risada de seu filho – mas uma mulher de verdade, que o coloque na linha.

- Eu não preciso de compromisso... pelo menos não agora. Sou muito jovem para querer me prender a alguém. Nenhuma das garotas do nosso círculo social conseguiu chamar a minha atenção para alguma coisa mais séria. E eu não quero me envolver com alguém que não seja do mesmo nível social do que o meu. – Draco Malfoy respondeu a mãe um pouco irritado - Mas confesso que a afirmação sobre a Pansy é completamente verdadeira.

- Ainda vou conseguir alguém adequado para um compromisso. – Narcisa não desistiria tão fácil. – Acho que no baile de Lady Lyla iremos conseguir alguém que passe nos nossos padrões.

- Você é quem sabe. Mas não ache que vai ser tão fácil, pois beleza não é tudo. É necessário inteligência e um pouco de desafio. O problema de ser bonito é que não há necessidade de conquistar uma garota, pois ela sempre “cai na sua rede, antes de se tentar pescar”, por isso nunca fico estimulado. – Para Draco não era necessário modéstia, pois ela tinha uma lista de motivos para não tê-la.

Ele pertencia a uma das mais tradicionais e ricas famílias britânicas, com direito a título de Lorde. Era o único herdeiro da tão rica família. Dono de uma beleza mais do que aristocrática, tinha cabelos loiros platinados, olhos frios azuis acinzentados e atualmente estava com a pele levemente bronzeada por causa da temporada no Caribe. Tinha um sorriso perfeito. Inteligente, extrovertido e fã de um humor negro, também adorava praticar esportes como esgrima, pólo e tênis, além do futebol. Era o sonho de qualquer garota da alta sociedade londrina, mas odiava compromissos.

- Animado para o começo das aulas? Esse é seu último ano e cheio de responsabilidades. – perguntou Narcisa – Harvard, Yale, Princeton, Oxford, Paris... você escolhe para onde quer ir.

- Não estou tão animado afinal vou ter que aturar o Potter, mas um pouco animado eu fico afinal nunca mais vou vê-lo diariamente. Também vou curtir o meu último ano em Hogwarts. Mas não escolhi a minha universidade. São tantas opções e países diferentes...

- Eu queria que fosse você fosse para Oxford ou Paris, são bem mais perto, não é necessário atravessar um oceano para ver o meu filhinho. Não me agüentaria de saudades.

- Foi esse mesmo motivo que não fui para Eton e fui para Hogwarts. Pelo menos eu era pequeno e dava para entender. Mas agora eu sou um adulto e preciso me desenvolver longe das suas asas mamãe.




Sem saudades de Londres

A propriedade campestre dos Potter se estendia por muito e muitos hectares. Foi construída no século XIX e até hoje continuava com seu natural glamour. Seus jardins criaram fama em todo Reino Unido pela enorme beleza. O mais belo com certeza era o Jardim dos Lírios construído a menos de vinte anos para homenagear a esposa do dono da propriedade na época.

O atual herdeiro é filho da homenageada, que junto com o marido foi brutalmente assassinada por um Lorde louquíssimo. O filho que tinha um ano na época foi morar com o padrinho, o também rico e pertencente à família tradicional Sirius Black.

Mas ao contrário dos outros membros de sua família Sirius não se casou com uma mulher rica e família tradicional, e ficou na solterice. Também odiava freqüentar os chatos bailes, jantares e coquetéis. Ia a alguns para manter o contato e socializar o afilhado.

Seu afilhado, Harry James Potter era o natural garoto de ouro, cavaleiro de armadura. Educado, de valores, honesto e não esnobe, o que o diferenciava dos outros garotos da alta sociedade. No resto continuava igual aos outros. Rico, bonito e de família tradicional. Tinha belos olhos verde-esmeralda, cabelos negros e rebeldes e usava um óculos de fina armação, o que dava um certo “toque fofo” na sua aparência. Adorava a maior parte dos esportes e era bom na maioria deles, o que renderia muitos convites de universidades. Não era um aluno brilhante, mas também não tirava más notas.

- Por mim eu morava aqui, só ia algumas vezes por mês a Londres para visitar os Weasley. O ar daqui é puro, não a carros congestionados e milhares de pessoas passando nas ruas. Aqui também não tem Draco Malfoy para me encher o saco. – falou Harry Potter enquanto andava de cavalo.

- Primeiro você tem que fazer uma boa faculdade aí depois você resolve o que faz da vida. Não faça igual a mim que saiu pelo mundo e só fez faculdade depois de velho. Com no máximo vinte e três anos você já está livre. – disse Sirius Black para o afilhado.

- Sua juventude foi perfeita Sirius. Você viajou todos os continentes até a Antártida. Aprendeu novos idiomas, costumes... enfim, adquiriu uma experiência única em cada lugar que você foi.

- Foi muito boa mesmo. Mas na faculdade também há ótimas experiências e em sua maioria inesquecíveis. E fora do país caso você escolha poderá aprender uma nova cultura, novos costumes e dependendo aperfeiçoar um idioma.

- Eis o dilema... para que faculdade eu vou. Alguma da Ivy League, França, Itália, Alemanha, Austrália, África do Sul, Brasil...são tantas as opções e menos de um ano para escolher...

- Eu confio na sua escolha. Pesquise tudo sobre as universidades e bem, os países você já conhece então não tem muito problema.




Subir, subir e subir


Gina enxugava as louças de sua casa enquanto a mãe lavava. Odiava profundamente fazer alguma tarefa doméstica, isso era uma das coisas que para ela marcavam a sua pobreza. Ao contrário dela a maioria de seus colegas de Hogwarts nunca precisaram secar a louça ou qualquer outra coisa, já que tinham uma enorme equipe de criadagem para fazer isso para eles.

Gina era a filha mais nova de uma família de sete irmãos, ela era a única mulher. Era bonita, não muito alta, olhos castanhos grandes, algumas sardas, com o cabelo muito ruivo e liso. Tinha quinze anos e estava no primeiro ano do colegial.

- O Harry me chamou para ir com ele no baile de uma condessa lá...esse fim de semana... - falou Rony enquanto a garota sentava no sofá para ver televisão – se você também quiser ir...

- Como é que é? Ai meu Deus! É o baile de Lady Lyla...dizem que até a família real britânica vão estar lá. É claro que nós vamos Ronald... tenho que conseguir um vestido...ele não avisou com antecedência? – Gina estava animadíssima e ao mesmo tempo desesperada por causa do vestido. Seus vestidos não estavam á altura de uma festa daquela.

- Avisou só que eu lembrei agora... – respondeu o irmão. Mas depois da cara de raiva de Gina ele logo disse - Foi mal maninha... se você quiser eu arrumo até o vestido para você com a Lilá...a garota com quem eu saio...

- Acho bom mesmo Ronald Weasley! – ela disse vermelha de fúria.

Esse ano ela tinha prometido para si mesma que ia sair da áurea dos Weasley e buscar novos horizontes. Queria estar nas mais altas rodas da sociedade, ser uma estrela e quem sabe no futuro se casar com um lorde muito rico. Não se contentava com a vida simples que os Weasley levavam. E essa festa ia abrir as portas para ela.




Um novo lar

Hermione não pode conter o espanto ao ver a bela mansão onde a sua avó morava e a partir dali ela também ia morar. Sentia-se em um dos livros de Jane Austen, na casa de Mr Darcy. Era um luxo, um requinte que nem o mais rico de sua cidade lá em Indiana tinha.

A última vez que vira a avó fora quando tinha oito anos, lembrava-se que a avó era uma mulher muito chique e severa. A filha e a mãe não mantinham contato devido ao seu casamento com John Granger, um irlandês que não era aprovado pela mãe.

- Lady Anne já está descendo srta Granger. Suas malas já estão sendo levadas para os seus aposentos. – falou Charles o mordomo. Na sua cidade ninguém tinha mordomo.

- Já estou aqui Charles. – disse Lady Anne descendo as escadas – Desculpe não buscá-la no aeroporto, tive uma pequena indisposição. – como Hermione esperava à senhora continuava extremamente chique, usando um belo tailleur azul claro e jóias – Vejo que mudou muito Hermione.

- Não tem importância à senhora ter me buscado. – Hermione falou receosa – É um prazer revê-la, minha avó.

- Acho que você já sabe que a sua vida mudar radicalmente. A começar pelo ambiente em que você vai viver e o meio social, que são muito diferentes de uma cidadezinha no meio oeste americano.

- Minha mãe me contava as histórias. Pelo menos sei as regras de etiqueta...

- Certo então...


As duas se olharam por um momento. Lady Anne analisava as mudanças que precisavam ser feitas na aparência de Hermione. Apesar dela ter potencial, o cabelo, a pele, as sobrancelhas, as unhas precisavam ser imensamente melhorados. As roupas americanas praticamente teriam que ser jogadas fora. Um banho de loja em Bond Srteet e na Harods .

Hermione tentava captar as semelhanças de sua mãe, com Lady Anne. Ambas eram louras, tinha traços aristocráticos e olhos azuis. Mas os olhos de Catherine eram muito mais doces que os olhos de Lady Anne. E a pompa também era bem diferente.





Reencontrando os amigos

Draco Malfoy observava o amigo Blaise Zabini se aproximar do restaurante do Jóquei Clube londrino. Aquele era quase um ritual pós-férias que eles sempre faziam. Só que dessa vez Blaise não pôde participar da primeira parte do ritual que era disputar uma partida de pólo.

Eles eram amigos desde criança. Blaise era filho de um industrial britânico, com uma modelo angolana. Freqüentavam os mesmos lugares, estudavam na mesma escola, torciam pelo mesmo time. Era o único verdadeiro amigo de Draco. Como ambos eram filhos únicos, sentiam-se como irmãos.

- Pela primeira vez te vejo bronzeado Draco. – falou Blaise ao ver o loiro – Acho que a sua palidez natural não é crônica.

- O Caribe me faz bem. Pelo visto a sua viagem também não lê fez mal... quem é a garota da vez? – perguntou Draco. Todas as férias Blaise se apaixonava por alguma garota da região para onde viajava. Nas últimas férias ele se apaixonou por uma tailandesa.

- Irina, uma romena. Tão linda! Era alta, loura e tinha um sotaque romeno bastante charmoso. – disse Blaise quase que anestesiado ao lembrar da “amada”.

- Mas onde e como você a conheceu? – perguntou Draco já sabendo a resposta. Com certeza ela era modelo e eles se trombaram em algum lugar na cidade.

- Ela é modelo, estava fazendo umas fotos em Istambul, e nos esbarramos no hotel. Ela foi tão simpática comigo. E você Draco? Nenhuma mulher conseguiu tocar seu coração de pedra? – Blaise perguntou sorrindo.

- Só por uma noite. Uma americana ruiva e sardenta, em Barbados, uma bela morena mexicana em Acapulco e uma japonesa na República Dominicana.

- Diversidade étnica?

- Talvez. Eu nunca conseguiria ficar apaixonado por alguém como você fica.

- Você só fala isso agora, mas tenho certeza que ainda esse ano aparecerá uma garota que arrasará seu coração de maneira arrebatadora e vai ser a primeira que não cederá as suas vontades.

- Me rogando praga, Blaise?

- Talvez...




Mimos de um amigo

Gina subia as escadas para chegar ao seu quarto completamente frustrada. Gastara seu tempo no lotado metro até Oxford Street e depois muita sola de sapato percorrendo quase todas as lojas.

Nenhum vestido lhe agradara. Pelo menos os que ela poderia comprar com 100 libras. Os vestidos desse valor em sua maioria eram para casamentos em família, onde as pessoas não tinham dinheiro, e não para um baile de gala da alta sociedade.

O que mais a desesperava era que tinha apenas dois dias para encontrar o vestido, senão o encontrasse não poderia ir ao baile de Lady Catherine, o que abalaria suas relações na alta sociedade.

Mas quando ela abriu a porta do quarto teve uma tremenda surpresa. Havia um belo vestido azul estendido sobre a sua cama, também havia uma caixa de sapatos e uma de jóias. E ao ver a marca das coisas seu coração deu um salto: o vestido era Oscar de la Renta, a sandália era Jimmy Choo e as jóias eram da Tiffany. Eram as primeiras roupas dessa marca que ia usar. Acompanhando as coisas novas vinha um pequeno bilhete:

Para uma pequena, nem por isso deixa de ser bela, estreante nos bailes e nas grandes festas. Espero que esse seja o primeiro de muitos outros. Presentes para que possa brilhar na sua estréia.

Do seu amigo secreto



Gina se encontrava totalmente boquiaberta. Quem seria esse seu amigo fada-madinha? Além de curiosa estava louca para agradecê-lo pelos presentes, que seriam responsáveis pela sua ascensão na sociedade e sua mudança de classe na vida.



N/A E aí gente o que acharam? Essa história é totalmente diferente das minhas outras histórias e foi inspirada um Gossip Girl uma série que eu amo!
Por favor comentem! Bjos




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