Capítulo IV
Capítulo IV
Casa Branca 2:56 a.m
10 de abril, domingo
O criminoso pegou a pasta em cima da mesa e observou-a por um momento.
‘Caso Potter’ era o que dizia. Desde a primeira ameaça ele sabia que um caso fora aberto, mas agora haviam novos depoimentos acrescentados. Depoimentos de quem acompanhou de perto.
Uma mistura de medo e curiosidade tomaram seu corpo. O que será que encontraria ali? Provas de seu crime? Seu nome na lista de suspeitos? Alguém que apontara um falso suspeito?
A pasta estava ali, sozinha e indefesa.
Manuseou-a com cuidado, mesmo estando com suas luvas de plástico não queria que abrisse a própria cela de cadeira.
Enquanto examinava os relatórios teve a idéia.
Ela sabia onde a pasta oficial estava: Na Casa Branca e para mudar um arquivo bastaria uma ordem direta pelo computador presidencial. E assim como agora, ele tinha acesso à Casa Branca. Um acesso limitado, mas poderia lhe ser benéfico.
Poderia modificar os documentos e ninguém descobriria. Ninguém ao menos desconfiaria, já que os relatórios não voltariam para os respectivos escritores, o FBI iria tomar as providências sozinho.
Não entendeu como não teve essa idéia brilhante antes. Ele a colocaria em ação na primeira oportunidade.
Que era essa.
Nada como um plano bem calculado.
Com estes relatórios modificados ninguém poderia vetar, porque estão saindo direto da Casa Branca. Fora que o presidente receberia antes de todos, para poder ler.
Mal pode conter sua vontade de rir, faria o que estava planejando fazer e escaparia ileso. Sua vingança estaria completa e logo após tomaria um avião diretamente para Grécia.
Não havia nada mais delicioso do que ver um plano dar certo.
Relatório para o FBI
por: Marlene McKinnon
Eu e a agente Meadowes estávamos de vigia esperando Lílian e James saírem. Até aí não havíamos observado nada suspeito.
‘A não ser tantas pessoas ganharem um mesmo prêmio’ Marlene pensou consigo mesma. Mas voltou a escrever o relatório.
Estávamos caminhando em direção a pilastra mais próxima enquanto as pessoas saíam aos montes. Era mais complicado de vigiá-los com tantas pessoas, portanto chegamos mais perto.
A agente Meadowes viu um garoto de boné azul perto da cena do crime e então a bomba explodiu. Eu corri para pegar o garoto enquanto agente Meadowes foi – eu deduzo – ficar perto da área para cuidar de qualquer ferido.
Durante este momento, eu só prestei atenção no garoto que corria e em como alcançá-lo. Alcei-o e o levei de volta para onde estava a maioria dos agentes. O grande arco caiu em cima de um garoto e pude ver agente Meadowes ir ajudá-lo e tratar com materiais improvisados.
Eu e agente Evans ficamos a interrogar o garoto. O interrogatório estará no fim do relatório como anexo.
Depois de não conseguir tirar nada do garoto e perceber que ele era só mais alguma pessoa no lugar errado e na hora errada, eu e a agente Evans voltamos para a cena do crime, que estava devidamente organizada pelos agentes do FBI.
Com a ausência de dos agentes Lupin, Meadowes e Vance recebemos permissão do Sr. Williams para retirar-nos.
Eu voltei para república enquanto agente Evans ia para a Casa Branca, supostamente para se encontrar com James.
Os deveres designadas pela direção da república a fim de promover justiça entre os moradores e redução das contas, onde constava: Lavar pratos e varrer os cômodos.
O relatório está sendo digitado pela noite após todas as tarefas cumpridas.
Marlene McKinnon
Anexo: Interrogatório com menino do boné azul
Nome: Carl
Último nome: Abrams
Filho de Alice Abrams e Jonh Abrams, Carl Abrams é natural dos Estados Unidos, nascido em Iowa.
Aparentemente seus pais são apoiadores do partido do nosso atual presidente dos Estados Unidos e o garoto não tinha motivos para atacar o filho do presidente. Estava naquela área por ter sido um dos ganhadores do prêmio e quando viu uma fumaça se soltando de algum lugar perto do arco saiu correndo para não ser atingido.
De acordo com o estado comportamental do garoto ao responder o interrogatório ele estava falando a verdade e não há indícios de falsidade em seus depoimentos, já que as informações foram devidamente checadas por Emmeline Vance, pela internet.
Carl encontra-se na casa dos pais e não corre risco de danos psicológicos e/ou morais. Saiu antes que os jornalistas pudessem descobrir sua falsa relação com o caso e continuará a ir à escola e morar nos Estados Unidos normalmente.
Relatório para o FBI
por: Emmeline Vance
Mesmo não estando na cena do crime meu relatório foi solicitado. Então os relatos seguintes se passam na Constance Hawell, entre oito da manhã às cinco da tarde.
[Relatório vetado do arquivo por não ter relevância no caso Potter]
Relatório para o FBI
por: Dorcas Meadowes
Eu e a agente McKinnon estávamos esperando a agente Evans sair do local com o Sr. Potter. Com a enorme multidão tivemos que nos aproximar mais.
Ao ver um garoto loiro correndo para em direção a saída menos movimentada pedi para que a agente McKinnon o seguisse, enquanto eu acompanhava de perto o filho do presidente caso houvesse feridos.
A agente McKinnon pegou o suspeito errado enquanto o garoto sumia.
A agente Evans conseguiu tirar o Sr. Potter da zona de perigo rapidamente e levá-lo para longe da multidão, que estava desorganizada e desesperada tentando correr logo.
O barulho da explosão causou pânico na maioria das pessoas, o que fez ficar difícil se movimentar no local na hora do crime.
O arco vacilou e caiu, machucando um garoto que passava nessa hora. Tomei as devidas providências fazendo um curativo e acompanhando o garoto até a ambulância.
O garoto loiro bate com a descrição de Marlene McKinnon no relatório que dizia que um menino estava bisbilhotando.
Na saída presenciei a chegada de vários carros da polícia, do FBI um caminhão de bombeiros e duas ambulâncias.
Relatório para o FBI
por: Lílian Evans
Durante a saída da corrida de cavalos, eu estava com James Potter e estávamos caminhando para o portão principal.
Uma bomba explodiu perto do arco no momento em que passávamos embaixo deste e eu pude ver um garoto de boné azul correr para longe, um pouco assustado.
Não parecia nenhum pouco suspeito. Porém eu pude ver de relance um garoto loiro correndo para a saída vazia, e pude julgar pelo desespero dele para sair rápido que ele estava envolvido.
Logo que os agentes do FBI chegaram, eu e a agente McKinnon fomos interrogar o garoto de boné e por mais que eu falasse que não era ele, a agente insistiu e acabou machucando-o.
O garoto parece correr sérios riscos psicológicos.
Como eu, Lílian Evans, estava no momento do suposto ‘interrogatório’ pude perceber que a agente McKinnon não está apta a continuar em sua função na missão.
Além de que seus atos podem comprometer seriamente os disfarces usados até então. Solicito ao FBI a saída desta imediatamente.
‘Essa McKinnon sabe o que faz. Quanto menos, melhor’, pensou o criminoso, examinando o último relatório. Já ouvira falar dos alunos treinados para tirar informações das pessoas e eles são realmente um problema.
Mas não mais, não depois que lerem este último relatório.
Ele riu quando viu que os relatórios estavam modificados. Leu-os mais uma vez, contemplando seu plano astuto.
Apertou ‘Enter’.
A próxima a ir embora seria a ruiva, ela estava perto demais. Vigiando muito. Ele tinha que tirá-la antes que fracassasse.
Mas ele não acreditou muito que iria fracassar.
O FBI teria esse relatório como original em menos de 24 horas e ficariam perdidos entre opiniões fracas.
Quando as projeto-de-agente finalmente fossem embora ficaria mais fácil se movimentar dentro da Casa Branca.
O FBI nunca suspeitaria.
James Potter estaria morto e seu pai fora das eleições. Poderia haver algo mais perfeito que isso? Finalmente.
FBI 10:23 a.m
10 de abril, domingo
West pegou seu café na Starbucks do lado de sua agência antes de entrar. Bebeu-o todo antes de entrar com Frank – do FBI – que lhe acompanhava.
Ambos discutiam o caso Potter, e sobre a bomba do dia anterior. Muita coisa estava ‘solta’, mas eles esperavam que como os relatórios pudessem ficar um pouco mais claros.
Ele não duvidava da competência das garotas. Marlene havia interrogado alguém e ele tinha certeza de que ela não o fez atoa, se ela interrogou um garoto foi porque ele realmente era um suspeito.
Jogou o copo no lixo e foi entrando com Frank, conversando no elevador sobre os cavalos ganhadores.
Ao sair percebeu um clima estranho. Havia um pesar sobre o andar e alguns agentes olhavam para ele, com olhos de dó, outros com desdém e ele não entendeu de início.
- Aqui está – disse Caroline, sua secretária lhe entregando alguns papéis. Provavelmente do caso Potter. – Elas estão sob sua supervisão, então a decisão será de seu partido.
E saiu.
Ele não entendeu, até ler os relatórios e ver do que se tratava.
West leu os relatórios mais uma vez, para se certificar que leu direito. Ele havia lido direito? O suspeito em potencial seria um aluno do segundo ano?
Uma das agentes queria tirar outra do caso?
Uma de suas agentes bateu em um garoto para conseguir informações?
Algo estava muito errado ali. Mas não podia fazer nada, ele teria que entrar em contato com as garotas e anunciar a retirada de Marlene.
Ele sabia que se não fizesse o FBI inteiro o culparia. Teria também que mandar um fax para a academia falando sobre o caso da volta de uma das agentes.
Encarou incrédulo o papel mais uma vez.
Os outros da sala estavam esperando uma resposta, e a resposta que ele menos queria dar seria o veredicto final.
- Olha só – disse Frank, sentando nas cadeiras em frente à sua mesa. West o encarou. Estava completamente perdido, aqueles relatórios que deviam ser esclarecedores só serviram para complicar um caso que já estava totalmente bagunçado.
Frank era um pouco viajado, então receber conselhos dele era realmente o fim. Ele estava sempre falando de conspirações contra os Estados Unidos, nova ordem mundial e várias outras coisas que West costumava ignorar.
Mas no momento Frank era a única pessoa que ele tinha ali para ajudar.
- Você sabe que esses relatórios podem ser falsos, não sabe? – ele sussurrou, olhando para os lados para averiguar se havia mais alguém prestando atenção – Eu não acredito que seja isso. Por que um dos relatórios foi vetado? Porque uma agente ia colocar o FBI contra a outra? Alguém alterou isso.
Louco. Não tinha como ninguém alterar os relatórios, era uma idéia totalmente impossível.
- Olha, faz o seguinte. – começou Frank – Mostre os relatórios para elas.
- Você sabe que é proibido. Os relatórios são altamente sigilosos. Fora que poucas pessoas fora do caso podem lê-los. Quem dirá alguns garotos de fora? – sua mente estava tentando trabalhar o mais rápido possível, mas estava realmente muito difícil pensar.
- Outra opção, por favor – West pediu, examinando os relatórios mais uma vez. – Lembrando que elas não podem entrar em contato com o que aconteceu aqui. E eu não posso avisá-las sobre nada. Só decidir se uma delas fica ou se vai.
Frank revirou os olhos, indignado. Porque West tinha que seguir tanto as malditas regras? São sempre elas que causam mal entendidos.
- Manda a garota embora – ele disse, mexendo no terno – Mas me dá o celular dela antes. Você não pode entrar em contato, mas eu posso – ele piscou.
- Sem a cópia dos relatórios – West disse, severo.
Anotou o número do celular de Marlene McKinnon numa folha de seu bloco de papel e entregou-o para Frank, que passou para o celular e depois destruiu o papel, colocando no bolso da calça.
- Nada de relatórios. – ele confirmou. – Logo após que mandá-la embora você me avisa. – ele piscou.
West se sentiu agradecido pela ajuda do amigo, mas nem um pouco consolado pelo fato de logo Frank estar ajudando-o. Dependendo de Frank o caso seria resolvido falando que a ameaça veio do espaço.
Pegou a pasta e foi para a sala do diretor, para deixá-lo ciente dos seus planos.
N/a: Sombrio! :O Pobre Marlene, eu tive que tirá-la. Escrevi esse capítulo logo depois do três, cara! Eu tive inspiração a uma da manhã, e fiquei escrevendo até três. A história já está toda montada. Vocês já têm idéia de quem é?
Espero que tenham gostado! Esse capítulo não ficou tão grande como os outros, mas a idéia dele foi boa. Os relatórios lá em cima já são os modificados. Não consegui melhor referência para o malfeitor do que ‘o criminoso’. Parece tosco, mas está bom. Quando não tiver narrado por: blábláblá sempre será narração de um narrador não-personagem. Ok?
Obrigada por lerem, espero que tenham gostado! Está simplesmente mara escrever isso aqui, ok?
Beijocas,
Chel Prongs.
N/B: Vanessa pede encarecidamente que os leitores dessa maravilhosa fic entendam que ela não está em condições de comentar sobre esse sombrio capítulo e sobre a narração do malvadão/malvadona no maior estilo do divo (?) Dan Brown e também gostaria de comentar que Marlene ser mandada embora é uma situação complicada e totalmente nada imprópria, ela é super digna desse caso. Sem mais condições de escrever algo que preste (?). q UAHSUAS. OS: ficou lindo chelga *-* -q Beijos, Vanessa :*
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