Um Novo Guerreiro



Um Novo Guerreiro



Alteron estava com um grupo de vampiros, andando em algum lugar do deserto do Saara a mando de seu mestre, para encontrar algo que era muito valioso, pelo menos para Voldemort. Essa missão era tão importante que Voldemort os poupara dos ataques que planejara, mais ele já estava a mais de uma semana a procura da maldita cidade, o guia trouxa que, infelizmente, os acompanhava não dizia se estavam perto ou longe, só falava que era muito perigoso invadir tal local que eles queriam, pois acreditava que lá era mal assombrado.



_Meu senhor, a esse lugar só fui uma vez, e acredite, fui num grupo de mais de cem pessoas, só eu sobrevivi, quer dizer, eu e um outro homem. _Falou mais uma vez o trouxa para Alteron, que nem se importou, mais o homem continuou a falar. _Lá é um lugar amaldiçoado, o mal mora ali, por favor, não vamos para lá eu lhe mostro outros lugares que tem grande fortuna, mais não vamos para esse lugar amaldiçoado. E vocês ainda fazem questão de caminharem à noite, isso não é bom. _Alteron não se importava com o guia, por isso nada respondia, simplesmente caminhava, ele não fazia questão de não caminhar durante o dia, mais os vampiros que o acompanhavam não tinham força suficiente para agüentar o sol, mas é claro, ele foi pegar Vampiros de outro clã.



Cada noite que passavam no deserto fazia o Vampiro ficar irritado, pois, para ele todo o lugar daquele maldito deserto parecia igual, o frio da noite não o incomodava, ao contrario, ele achava reconfortante, assim como ver as estrelas no céu sem nuvem, aquele era um lugar desolado, que em outros tempos lhe lembrava uma vida que ele não teria nunca mais. Quando eles estavam perto de um oásis algo veio à mente do mestre Vampiro, ele conhecia aquele Oásis, fora justamente ali que ele fora transformado em vampiro, mais isso fazia muito tempo. Tempo que ele não queria lembrar, pois não gostava de parecer um mortal recordando coisas inúteis como sentimentos.



_O dia já vai amanhecer, vamos acampar ali naquele oásis. _Falou o mestre Vampiro com uma voz fria, fazendo o guia trouxa tremer, mais esse não contrariava.



_Como você quiser. _Disse o guia, e depois rindo, ele fala brincando. _Se eu não conhecesse um vampiro eu diria que vocês são. _Alteron olhou para o mortal e ficou interessado.



_Você já achou um vampiro? _Perguntou interessado.



_Claro, um dia quando eu estava guiando uns outros turistas, só que em direção oposta, eu vi um vampiro que atacou os turistas, você tremeria se visse a face do vampiro, era demoníaca e grotesca, parecia que o demônio se apossou dele, parecia uma fera, uma besta, matou quase todos os turistas, só restou eu e um tal Lindebrock, que por sorte carregava uma espada e cortou a cabeça do vampiro quando estava se alimentando de uma moça de não mais de trinta anos, não se passa um dia que eu não ouço o berro que o demônio deu quando a cabeça foi cortada. _Contou o guia contente em finalmente haver um assunto para tratar com o estranho que sempre era quieto.



_Ele deve ter sido um vampiro tolo que deixou a sede se apossar dele. _Murmurou Alteron só para ele ouvir, fazendo o guia estranhar, mais nada disse, até chegar no oásis que tinha um pequeno lago ao centro dele.



_Meu senhor, eu irei montar minha tenda ali na frente, a margem do lago. _Disse o guia, sem nem esperar Alteron falar e foi em direção ao lago, ficou olhando distraidamente para a água por um tempo.



_Quanto tempo demora para chegarmos na cidade? _Perguntou o mestre vampiro atrás do guia, que se assustou, pois não percebera que Alteron estava ali, nem vira o reflexo dele na água, mais ele julgou ser por que estava distraído então nem ligou.



_Meia noite de caminhada. _Disse o guia.



_Ótimo. _Disse o mestre vampiro, saindo rapidamente de perto do guia, que por alguma razão sentiu muito frio, Alteron foi dormir em sua tenda, que já estava pronta e se preparou para dormir o dia todo.



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Harry já estava há cinco minutos na sala do diretor, que respondia a uma carta, provavelmente era de algum pai preocupado, mais logo depois que o diretor parou de escrever ele olhou nos olhos do garoto, que tratou rapidamente de trancar sua mente, fazendo o velho diretor se surpreender.



_Você sabe o porque de eu ter lhe chamado para essa conversa? _Perguntou Dumbledore, olhando por cima dos óculos em forma de meia lua.



_Não senhor. _Falou Harry, mas ele já tinha uma idéia do que tinha por vir.



_Me conte exatamente o que aconteceu em Hogsmeade. _Pediu o diretor desconfiando de algo.



_Estávamos eu, Rony e Hermione andando por Hogsmeade, perto da hora de voltar, quando um estranho portal apareceu em frente ao três vassouras, eu vi porque estávamos indo para o bar. _Disse o garoto, ainda olhando para o diretor. _Do portal saiu um homem e uma mulher, ambos aumentaram a voz magicamente e gritaram ao mesmo tempo que o povoado iria ser atacado, e falaram para os alunos de Hogwarts voltarem rapidamente para o castelo, ouve uma correria, todos os alunos corriam para o castelo, no meio da multidão eu perdi os dois estranhos.



_E porque você não veio para o castelo? _Perguntou o diretor num tom repreendedor, mas Harry nem se importou.



_Porque eu não iria me esconder que nem um rato assustado como você quer. _Disse o garoto, com um tom de voz indignado. _Eu fiquei, vi ao longe, em direção ao leste, vários aliados de Voldemort aparecerem, não me surpreendi ao saber que lobisomens e Vampiros fizessem parte do exercito dele, pois, ele mesmo dissera que iria se reerguer rapidamente, e você me disse que ele tentaria se aliar a outras criaturas, então eu fiquei para trás, tentando lutar e consegui graças ao meu treinamento nas férias, eu lutei de igual para igual contra os enviados dele, como eu nunca tinha feito, até que eu lutei com um cara desdenhoso, que tinha uma Cimitarra, eu, como não tinha arma, tentei me proteger, mais num momento de distração ele se moveu tão rápido que eu não pude ver, e me fez um corte nas costas, logo depois eu cambaleei e cai zonzo, pronto para ser morto, quando um outro estranho vestido de sobretudo fez alguma coisa que parecia um dragão em chamas subir e depois ele desceu, de alguma maneira os enviados de Voldemort sumiram, queimaram, mais ai eu me senti mais tonto e fraco, cai inconsciente e só fui acordar ontem. _Dumbledore olhava fixamente nos olhos de Harry tentando ver algo mais não conseguia.



_Muito bem Harry, mais eu o chamei aqui para convidá-lo a fazer parte da Ordem, pois você já provou ter força e caráter o suficiente para isso. _Disse o diretor, apoiando os braços em cima da sua mesa, avaliando o garoto. _Então aceita fazer parte?



_Não. _Disse o garoto, surpreendendo levemente o diretor, pois esse já esperava que o garoto negasse, mais pensara que ele iria enrolar antes de dizer isso.



_Posso saber o porque? _Perguntou Dumbledore.



_Você só quer me colocar na Ordem por para me vigiar de perto, para tentar me proteger de todos os lados, me cegando, para que eu não saiba de nada. _Começou o moreno, se levantando. _Você quer me proteger, me cegar por todos os lados, para me poupar até a ultima batalha, mais como eu lutaria contra Voldemort sem ao menos ter experiência em batalha direta contra as trevas.



_Não faríamos isso com você. _Disse o diretor sem se alterar.



_Vocês vêm fazendo isso comigo desde que eu nasci. _Disse Harry alterando a voz. _Vocês me escondem tudo, não adianta se é importante, tudo o que vocês querem é me ter como uma arma.



_Essa nunca foi nossa intenção. _Disse Dumbledore calmamente, deixando Harry expressar o que pensava.



_Eu sei o porque de você estar me chamando para a Ordem da Fênix, é porque seus membros são fracos e estão caindo como moscas, eu vi em Hogsmeade, os membros da Ordem, eles caiam cansados sem energia, porque estavam sendo atacados por simples comensais, nem mesmo os vampiros e lobisomens tentaram atacá-los, pois eles não valiam a pena.



_Não diga isso Harry. _Falou o diretor pela primeira vez alterando a voz.



_Sabe o que me aconteceu nessas férias? Sabe o que me aconteceu?



_Não saberei se você não me contar. _Falou Dumbledore, se recompondo e sentando mais uma vez.



_Eu estava na Índia com Anne, eu já treinava levemente, nada como hoje, mais treinava, e quando eu estava andando por uma pequena cidade no interior da Índia, onde pensei que poderia ter paz, mais eu não consegui. Estava andando sozinho, pois Anne estava dormindo, eu resolvi ir dar um passeio pelo campo, mais quando eu estava voltando apareceu um cara vestido de preto, com um sobretudo da mesma cor da roupa, assim como o capuz, eu me assustei e ele me desafiou para um duelo, eu, no inicio, não aceitei, mais ele me forçou, me lançando feitiços que nos aprendemos na escola, mais que tinha uma força muito maior, eu tentei lançar todos os feitiços que eu conhecia, mais nada afetou o estranho, no fim ele me desarmou e me lançou um feitiço que me jogou a trinta metros, eu cai todo machucado, e ele foi andando ate onde eu estava, com um movimento da mão me fez levantar no ar, e me disse, com uma voz seria e dura: “Você não consegue nem mesmo me vencer, logo eu, que ainda sou mais fraco que um cavaleiro negro, e nem chego perto de Voldemort”. Logo depois disso ele se virou e foi embora, e eu cai no chão mas antes deles sumir eu me levantei e perguntei o nome dele.



_E qual era? _Perguntou Diretor, interessado no que o moreno tinha a dizer.



_Ele se chamava Falcon. _Com essa revelação algumas suspeitas de Dumbledore desapareceram e outras surgiram.



_Alguma vez mais esse Falcon apareceu? _Perguntava o Diretor avaliando o moreno.



_Só em Hogsmeade, mais nem falou comigo, ele lutava com tanta força, e eu só sei que era ele porque um dos estranhos disse o nome dele na batalha do povoado.



_Então você realmente não quer fazer parte da Ordem? _Perguntou mais uma vez o diretor.



_Não vou entrar. _Respondeu o garoto voltando a se sentar. _Mais posso te pedir uma coisa?



_Peça.



_Quero que fique de olho em Anne. _Falou Harry. _Eu ensinei tudo o que eu aprendi para ela, e sei que ela é forte, mais pode ser enganada, peço que toda vez que ela sair do castelo alguém fique de olho nela, mais quando ela estiver dentro do castelo não precisa.



_Tudo bem. _Disse o diretor resignado.



_Obrigado. _Disse Harry se levantando, mas antes de ir embora ele fala. _Não faço parte da Ordem da Fênix, mais pode contar comigo quando precisar. _Dumbledore sorriu e logo depois o garoto saiu da sala, deixando o diretor com seus próprios pensamentos.



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Quando Harry saiu do escritório do diretor foi direto para o Salão Comunal, encontrar seus amigos, caminhando pelo corredor ele não pode evitar achar vários alunos que o paravam para perguntar o que tinha acontecido em Hogsmeade, ou se ele estava bem. Muitos do que perguntavam se ele estava bem eram aqueles que já haviam se aliado a Voldemort, mais Harry não se importava, ele só dizia que não queria falar no assunto, mais ele também não escapava de muitas garotas, que chegavam em grupinho perguntando se ele tinha par para o baile, e quando ele respondia não elas saiam soltando aquelas risadinhas que o deixavam nervoso, mais nada fazia, algumas mesmo chegavam a convidá-lo, mais ele falava um não evasivo, por um minuto ele desejou ter ficado mais tempo sumido.



Quando ele entrou no salão comunal fora a mesma coisa, muitos grifinórios foram parabenizá-lo e gritavam elogios ao moreno, mais este não ligava, só caminhava entre a multidão, que lhe dava tapinha nas costas e algumas garotas, que saindo não sabendo da onde vinham e lhe davam beijinhos no rosto, ele não estava gostando de tanta atenção, mais não tinha como escapar. Num canto do Salão Comunal ele pode ver os sorrisos marotos de Rony e Hermione, e isso não lhe agradou nem um pouco, mais deixou para lá, sem se importar muito, e finalmente, com mais esforço do que ele imaginara, ele chegou onde os dois estavam sentados e se sentou em uma poltrona, em frente a eles, mesmo assim não paravam de vir pessoas pedindo para ele contar o que, ou como tinha sido o ataque.



_CHEGA. _Berrou Rony surpreendendo a todos até mesmo à Hermione, que não esperava isso. _Eu sou monitor, e se vocês não voltarem para seus afazeres e continuarem a fazer essa algazarra eu serei obrigado a tirar pontos de todos, e sem contar que eu pessoalmente farei Snape supervisionar vocês numa detenção. _Depois do ruivo ter dito isso os alunos foram se dispersando, pois ninguém queria uma detenção com Snape.



_Valeu. _Disse Harry para o ruivo, assim que todos os outros alunos saíram de perto obedecendo à ameaça.



_Foi nada não. _Disse Rony se sentando. _Aconteceu a mesma coisa comigo e com a Mione.



_É verdade Harry. _Disse Hermione e depois se voltou para Rony. _Você me surpreendeu Rony. _O ruivo corou com o que ele julgava ser um elogio. _E ai Harry! Como foi a reunião com Dumbledore?



_Foi exatamente o que eu falei para vocês. _Disse Harry se endireitando na poltrona, e depois falou baixo só para os outros ouvirem. _Ele me chamou para fazer parte da Ordem, mais, como eu já lhes disse, eu recusei, mas deixei claro que se ele quiser eu estou aqui para ajudar.



_Fez muito bem. _Falou Hermione. _E o que faremos com os Lobinhos?



_Bom, eu irei treinar os meus discípulos amanha, às 10 horas da noite no horário de fora da sala, e ficarei ate uma da manhã no horário de fora. _Respondeu Harry.



_Você acha seguro? _Perguntou Rony.



_Acho. _Disse Harry. _Ah, mais uma coisa, vocês terão de passar as férias comigo, não só vocês dois mais todos os outros, menos os lobinhos é claro. _Mas por um momento ele parou, e voltou a falar. _Ou melhor, cada um de nós, poderá levar um discípulo, avise isso a Gina, e ela passará para os outros. _Hermione saiu rápido e em cinco minutos voltou.



_Ela disse que vai avisar. _Disse a garota.



_Ótimo. _Harry parou e olhou para Rony. _Rony, você vai ter de dar um jeito de falar com seus pais que você e a Gina vão passar o feriado comigo.



_Tudo bem então. _Disse o ruivo, mas depois ele se voltou para Harry e perguntou. _Mas e se ela perguntar onde eu vou estar?



_Fala para ela, que você vai estar seguro em minha casa, que foi onde eu fiquei as férias de verão, e que só eu sei a localização.



_Melhor assim. _Disse o ruivo pegando um pergaminho, uma pena e escrevendo um bilhete para os pais. _Você pode me emprestar a Edwiges?



_Claro é só você ir no corujal, ela vai adorar fazer uma entrega. _Depois disso Harry olhou para Hermione. _Você não quer aproveitar para escrever para os seus pais?



_Ah, claro. _Disse ela escrevendo uma carta apressada, e depois ela e Rony saíram do Salão Comunal, deixando o moreno mais uma vez sozinho, mais não por muito tempo, pois logo depois apareceu Anne, que literalmente pulou em cima dele, o abraçando.



_Ei, calma ai baixinha. _Disse Harry sorrindo, tentado fazer Anne o largar.



_Baixinha é a pinóia. _Disse ela ainda sorrindo, mais largando o garoto. _O que você pretende fazer hoje?



_Nada de mais. _Disse Harry. _Que tal darmos um passeio. _A garota nem respondeu só puxou Harry para fora do salão comunal.



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Alteron sentia uma grande força negra surgir por entre as dunas, os guia tremia cada vez mais, enquanto se aproximavam do objetivo, mas, para sua sorte, ou azar, não sabia qual ia ser seu verdadeiro destino naquela viagem. Faltava pouco para o mestre vampiro chegar em seu destino, exatamente como Lord Voldemort queria, só tinha uma grande duna em frente ao destino deles, mais quando eles chegaram ao alto da duna eles puderam ver, para o desespero do guia, e para a alegria de Alteron, uma grande cidade, que ao longe parecia em ruínas, e ao centro da cidade tinha uma enorme pirâmide negra, que exalava uma energia maligna muito grande, aquela era a Cidade esquecida pelos homens, poucos conheciam sua localização, porque a muito ela fora considerada uma lenda. Lá em baixo estava a Cidade da Areia Negra, era chamada assim pois mesmo em tempos antigos já tinham esquecido do verdadeiro nome dela, mais a reconheciam pela areia negra que tinha em volta, Alteron percebeu que metade daquela duna era de areia negra.



_Eu já lhe mostrei o caminho meu senhor. _Disse o guia tremendo diante da visão da cidade. _Agora me pague, e me de o que você prometeu.



_Antes você vai ter de ir conosco até os portões abandonados. _Disse o mestre vampiro andando e o guia, sem opção, se juntou a ele, os outros vampiros também tinham sentido as trevas na cidade e ficaram excitados em poder ir para lá, e, quem sabe, usufruir um pouco daquele poder. O caminho foi lento e silencioso, parecia que alguém, ou alguma coisa os observava e aquilo não agradava em nada a Alteron muito menos ao guia, que tremia mais do que poderia ser possível, ele tinha um pressentimento muito ruim com aquilo, mais nada dizia só acompanhava os estranhos até a entrada da cidade, que estava realmente em ruínas, assim como, o que, outrora, parecia ser um portão de puro ouro.



_Chegamos, agora me de o que é de direito. _Disse o guia num tom firme que ele realmente não tinha.



_Muito bem, você terá o que merece. _Disse o mestre vampiro, se voltando para os outros vampiros. _Dêem a ele o que ele merece. _O pobre guia que pensava que eles iam pagá-lo foi de boa vontade até o grupo de vampiros, enquanto Alteron entrou na cidade, e ao longe ele pode ouvir o grito de medo e desespero do guia, pedindo socorro e dizendo coisas como “Estão me devorando”, gritando mais e mais, Alteron nem ligava para isso, pois coisas parecidas já haviam acontecido em sua longa existência, em um momento os gritos do guia cessaram, e o silencio da morte tomou mais uma vez conta da cidade.



Alteron caminhava calmamente pela rua principal da cidade, que levava direto para entrada de pirâmide negra, ele observava cada canto que passava e lá via os restos dos mortais que tentaram chegar naquela pirâmide, ou de pessoas que a muito moravam ali. Uma leve brisa soprava do leste a noite iria demorar para acabar, ele teria tempo suficiente para chegar onde queria e voltar para seu Lord, ele nem mesmo se importaria mais com aqueles inúteis vampiros que o acompanhavam.



Quanto mais perto ele chegava da pirâmide grandes obeliscos começavam a aparecer, esses obeliscos tinham desenhos e escritas, que tratavam de contar a historia daquela cidade, que outrora fora uma das mais ricas e importantes dos setes desertos. Alteron caminhava lentamente em meio aos obeliscos, indo em direção a grande entrada da pirâmide, conforme ele ia se aproximando, mais tinha certeza que alguma coisa o observava, mais não se incomodava com isso, apenas caminhava. Ao chegar na entrada da pirâmide ele viu que ela não tinha portas, nem nada, somente duas estatuas de seis metros cada, que pareciam ser de ouro e prata, segurando lanças douradas com as pontas prateadas, elas estavam viradas a direção da entrada da cidade e aparentemente não se mexiam.



Alteron foi tentar entrar na pirâmide, mais quando fez isso as estatuas criaram vida e colocaram as pontas das grandes lanças nas entrada da pirâmide, impedindo que ele entrasse, um rumorejo de capa foi ouvido e o mestre vampiro finalmente soube que iria conhecer aquele que o estava observando.



_Caius! Há quanto tempo. _Disse uma voz que fez o mestre vampiro tremer, e lembrar de coisas que teria de esquecer. _Acho que quase três mil anos, mas faz tanto tempo que eu nem lembro direito.



_Mostre-se e diga quem é. _Falou o Mestre vampiro se virando para onde veio a voz.



_Ora Caius! Como pode ter se esquecido de mim? _Perguntou a mesma voz em meio as sombras sem aparecer.



_Não ouse brincar comigo. _Ameaçou o mestre vampiro.



_Não brinco. _Disse o dono da voz. _Mas já que não se lembra de mim, ou finge que não conhece, digo o meu nome. _O dono da voz foi caminhando para a luz, mas ainda deixando o rosto oculto pelas sombras por algum motivo, Alteron não conseguia ver o rosto do estranho. _Meu nome é Devon, mais você me conheceu como Marco, o seu fiel amigo. _Alteron deu um passo para trás e pela primeira vez em anos sentiu um arrepio em sua espinha. _Acho que você se lembrou não é?



_Mas como? Pensei que você tinha sido...



_Morto? Não, eu não estava morto, logo depois daquele demônio ter nos atacado eu vi o seu corpo ao chão, sem um único suspiro e imaginei que estava morto, e que tinha levado o maldito que lhe mordeu juntamente para o mundo dos mortos. _Falou Devon com seu tom frio.



_De certa forma eu o levei ao mundo dos mortos, mais ele já havia me condenado. _Alteron parou e sorriu, mostrando seus caninos brancos. _Ou melhor, ele já havia me libertado da vida humana, e então passei quase dois mil anos para chegar ao ápice do poder das criaturas negras, e me tornei um dos mais poderosos mestres da noite eterna. _Depois disso Alteron deu uma olhada em Devon, viu que o corpo dele estava coberto por faixas, como os de uma múmia, só o rosto ficara a mostra, e não mudara nada, ele tinha os mesmos cabelos negros e os olhos azuis escuros e frios. _O que você faz vivo depois de tanto tempo? _Pela primeira vez Alteron demonstrava alegria depois de muito tempo.



_Depois de eu ter visto você caído resolvi seguir o nosso sonho, fui a procura da imortalidade, e de certa forma a encontrei nessa cidade fétida. _A voz de Devon estava fria e demonstrou uma crueldade que agradou a Alteron. _Quando cheguei nessa cidade os habitantes me receberam como se eu fosse o próprio Deus Sol, e eu passei um mês aqui, um mês aprendendo cada segredo, e vendo cada riqueza, mais no fim, eu vi para que eles me queriam. _O tom de voz de Devon mudou para um tom de dor. _Tinha um ser nessa terra muito mais poderoso que um vampiro, ele vinha aqui para castigar os habitantes da cidade, mas parece que um sacerdote tinha previsto que se um estrangeiro, que viera de além dos sete desertos, fosse sacrificado a tal criatura, ela desaparecia, seria jogada para um lugar que nem mesmo os deuses seriam capazes de alcançar, nem de libertá-lo, então, os malditos me prenderam, e me deixaram a mercê da criatura, que não tinha nome, eles sempre a chamavam só de criatura, mas quando ela veio a cidade, me encontrou aos portões e me levou para dentro da areia, e lá, bem abaixo da terra, nos lutamos, e eu por pura sorte, havia conseguido destruí-la, com o poder de uma adaga negra, mas antes de matá-la ela me feriu mortalmente, mas mesmo assim eu sai de sua moradia.



_Isso foi inaceitável. _Falou Alteron com um tom de amedrontar ate mesmo a Keillis.



_A historia não acaba ai. _Disse Devon chegando mais perto do mestre vampiro. _Eu de alguma forma vim até os portões da cidade, eu estava quase morto, mais o maldito sacerdote dissera aos habitantes dessa cidade que eu fora marcado pela criatura, e assim era um mal igual a ela, eu consegui escapar dos habitantes que me perseguiram para me matar, me refugiara justamente nesse templo onde escutei o sacerdote falar com alguma coisa, eles planejavam me pegar e extrair a força que a criatura havia me dado, mais eu não sabia de nada naquela época, então eu surrupiei um dos pergaminhos sagrados do templo e realizei um feitiço, onde eu fui curado, e, pela primeira vez, senti uma força enorme dentro de mim, mas o sacerdote me pegou, e me fez sentir dores que nenhum humano poderia saber como era, ele me torturou, e por fim eu consegui usar a força que a criatura havia dado a mim, destruí o povo dessa cidade, e antes de destruir o sacerdote ele me amaldiçoou a ser uma criatura nem viva, nem morta, não um morto vivo, que nem os vampiro, não, era algo diferente, que caminha nesse e no outro mundo, e então fui condenado a isso, até que um tal de Enviado das Trevas requisitasse meus serviços, e eu deveria servi-lo, eu consegui aquilo o que queria, consegui ser um imortal, assim como era nosso sonho, mas me tornei algo que nem tem classificação, desde então eu venho destruindo tudo, e por algum motivo guardo o tesouro do templo, mesmo nunca podendo vê-lo. _Logo depois da historia Devon olhou para os braços enfaixados e Alteron pode sentir uma força enorme saindo do amigo, e, por alguma razão, se sentiu extremamente feliz por achar seu velho amigo, uma felicidade cruel, algo que o dava mais força.



_De formas diferentes nos dois conseguimos o que queríamos. _Devon afirmou com um meneio da cabeça. _E me agrado por termos nos encontrado depois de tanto tempo, e com isso também lhe trago uma noticia muito boa.



_Também me alegro em ter encontrado uma das únicas pessoas que me foi fiel como amigo, já que a outra já morreu a muito tempo entre os mortais. _Devon se aproximou mais de Alteron e ambos apertaram as mãos. _E que noticia boa é essa?



_Finalmente você poderá sair daqui, o Enviado das Trevas veio mais uma vez ao mundo. _Devon sorriu um sorriso frio, mais que demonstrava alegria. _E você vai ter a oportunidade de ver o tesouro desse templo e de conhecer o grande enviado.



_Isso! _Exclamou Devon. _E mais uma vez nos lutaremos lado a lado como nos velhos tempos.



_Melhor que nos velhos tempos, nos seremos temidos. _Mas por um instante Alteron se virou para as estatuas, que pareciam estar ouvindo a conversa dos dois, mas ainda não se mexiam e bloqueavam o caminho. _Como passarei por eles?



_Não me surpreendo que você não passa por ai, já que esse templo ainda contem a força de antes da queda, e nenhum vampiro ou mal pode entrar nele, a não ser se. _Ele olhou para as estatuas e depois para Alteron. _Diga o seu nome e o nome do Enviado das Trevas. _Alteron virou para as estatuas e se aproximou mais, as estatuas criaram vida e deram um passo a frente, mais ainda com as lanças tampando o caminho.



_Eu sou Alteron, um dos Mestres da Noite Eterna, e venho a mando de Lord Voldemort, Mestre das Forças Ocultas o Enviado das Trevas. _As estatuas recuaram e voltaram para seus lugares, as lanças deixaram a passagem livre, e então o chão brilhou numa luz azul. _Venha comigo. _Disse olhando para Devon, que o seguiu.



_Os dois andavam com pressa, nem reparavam nas obras, provavelmente valiosas, que ali estavam, não, eles tinham um objetivo maior, objetivo esse que só Alteron sabia, mas nada contava, eles sempre caminhavam em linha reta, dentro da pirâmide, que segundo Devon, era um templo de deuses antigos. Alteron sentia que estava chegando em um local onde as trevas estavam fortes, mesmo que naquele templo ele só sentisse forças benéficas, mas sempre a trevas em meio a luz, pelo menos esse era um dos ensinamentos dos Vampiros.



Os dois chegaram em uma parte em que uma escada descia ate onde os olhos mortais não poderiam enxergar, então eles desceram as escadas, até um outro salão, que estava imerso pelas trevas, só havendo uma luz onde ficava um pedestal, nesse pedestal tinha um enorme livro, que devia ter o tamanho de meio metro, e era tão grosso quanto parecia. Alteron se aproximou, mais antes de tocar o livro uma parece de fogo bloqueou a passagem, impedindo o mestre vampiro de avançar pois ele sabia que aquele fogo não era comum.



_Deixa comigo. _Disse Devon se aproximando da parede de fogo, sem nem se importar com ela, ele a atravessou, e logo depois o fogo baixou e Alteron viu ele pegando o livro do pedestal, e todas as trevas que estavam no salão sumiram, e entraram no livro, como uma espécie de neblina negra, e revelou um local amplo e branco com o chão em mármore negro. _Vamos. _Ao terminar de dizer isso o templo tremeu e os dois souberam que aquele lugar iria desmoronar, e então Alteron se aproximou de Devon, e tocou no ombro do amigo, e sumiu em meio a uma nuvem negra, levando Devon junto...



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Eram nove horas e Harry já estava na sala de treinamento da Alcatéia, ele resolvera chegar mais cedo para pensar no que ele iria ensinar, e para pensar em como seriam as férias que ele estava planejando. Bem, pelo menos uma parte das férias, pois a outra, ele já sabia que não ia ter jeito mesmo, mais procurava pensar em outra coisa. Como sempre o garoto estava sentado numa poltrona perto da lareira, olhado o fogo aceso, ele também tinha outras coisas para pensar, por isso nem ouviu que alguém chegara, e muito menos prestou atenção quando essa pessoa se sentou num sofá ao lado de onde ele estava.

_ Buuu!_ sorriu, pulando em sua direção. Harry se virou calmamente, levantando a sobrancelha direita levemente.



_ Oi Emily...



_ Ah, Harry... Com você nem tem graça...



_ Ok, então da próxima vez que você tentar me assustar eu vou fingir que você conseguiu.



_ Tá tá, tanto faz... Mais cadê as meninas? _ olhou pela sala de treinamento, procurando as outras discípulas de Harry. Ele engasgou com o ar, fazendo com que Emily o olhasse.



_ É... Bem, Emily... Elas só vão chegar mais tarde...



_Mais você não me disse que era para estar aqui as nove?



_Sim... Isso... Bem, é que, sabe... _ Harry sentiu suas faces corarem._ Eu... Eu queria falar com você antes do treino começar..._ Ela se sentou em uma poltrona em frente a Harry, o olhou seriamente, provavelmente ele queria falar sobre um assunto importante para a Alcatéia.



_Pode falar Harry. _ falou em tom sério, o rosto ligeiramente preocupado, Harry estranhou um pouco, mais ignorou, estava mais preocupado com o que tinha que falar, alias, com o que tinha para pedir.



_Emily... _ Harry desviou os olhos do olhar penetrante que ela lhe lançava, corou um pouco, repassando mentalmente o que tinha planejado fazer_ eu queria te chamar pra passar as férias comigo! _ disse rápido, sem respirar, Emily arregalou os olhos, mil coisas diferentes se passaram em sua mente. Harry percebeu que estava sendo mal interpretado, e correu para concertar esse deslize. _ Que...quer dizer, comigo e com a Alcatéia, sabe, é um treinamento especial nas férias e cada membro pode levar um discípulo e eu escolhi você por que é muito dedicada e achei que merecia por que também, eu realmente é... hum... é isso... e, é... você aceita ?_ Ele falou tudo no tom mais sério que seu nervosismo permitiu, respirou vacilante, esperando a resposta da menina.



_Claro que eu vou, Harry. _ Ela sorriu pra ele. Apagando de sua mente os pensamentos tortos que tivera sobre seu Mestre, por um momento pensou que ele...Ora, havia pensado besteira, Harry não olhava para ela daquele modo...



_Ótimo, nós vamos passar as férias na minha casa. _ ele respirou fundo, um convite já tinha sido feito, agora faltava o outro, fechou os olhos e respirou fundo, se concentrando no que diria, se concentrando em como agiria e acima de tudo se concentrando para não gaguejar, mais...



_Então acho q vou começar a me aquecer para o treinamento. _ falou Emily, começando a caminhar para longe dele. Ele abriu os olhos rápido e se levantou.



_Espera! _ falou segurando a mão de Emily. _ Eu ainda tenho outra coisa... Hum, pra te pedir... _Harry sentia o rosto esquentar, estava consciente que Emily estava estranhando o provável tom avermelhado de seu rosto.



_Então... Fala Harry... _ Ela prendeu a respiração, suas mãos ainda estavam juntas, e ele não parecia disposto a soltá-la.



_Você... Será que você gostaria de ir ao baile comigo? _ Harry, pela primeira vez desde o começo da conversa, a encarou nos olhos, viu a surpresa estampada neles, e por um segundo vacilou, deu um passo para trás, começando a soltar sua mão da dela. Desviou o olhar, pronto para uma resposta negativa... mais essa jamais veio, ele sentiu Emily juntar sua mão com a dele novamente, e ouviu um riso baixo.



_Pensei que você nunca ia pedir. _ Ela sorria abertamente, estava feliz e não queria esconder isso. Harry respirou fundo, tentando recuperar o controle, que havia perdido a alguns minutos atrás. Abriu a boca, pronto para falar, mais ouviu algumas risadinhas ao fundo, rapidamente soltou a mão de Emily, logo depois suas discípulas entraram a sala da Alcatéia. _Não fale da viajem para as outras, só eu e Anne sabemos. _Disse o moreno em tom baixo que só Emily ouviu.



_Ei o que vocês estão fazendo? _Perguntou Anne em tom divertido fazendo Harry se mexer inquieto. _Acho que atrapalhamos algo. _Disse para Camila e Sara que deram risinhos que irritavam a Harry.



_Não atrapalharam nada. _Disse Harry no tom calmo e sério que sempre usavam em treinamento, o que fez as garotas pararem de rir e engolirem em seco, assim como Anne. _Muito bem hoje nós treinaremos por mais ou menos três dias, depende do quanto eu estiver de bom humor. _Anne fez um barulho em desagrado, pois sabia que aquilo ia ser maçante.



_A pega leve. _Disse Anne com tom de desgosto.



_Nada de pegar leve. _Falou Harry mais sério. _Vocês viram o que aconteceu há pouco mais de uma semana, e se não esta havendo ataques agora é porque Voldemort deve estar reunindo seus seguidores, temos que estar preparados, pois não poderemos ficar nos preocupando em proteger só um local. Disse Harry olhando para cada uma das discípulas. _Por sorte eu não resolvi interver na batalha que teve na França, pois se não muitos dos seus amigos e conhecidos estariam mortos, então eu quero que vocês se esforcem para aprenderem para que em qualquer eventualidade vocês possam lutar.



_Então é por isso o treino de hoje? _Perguntou Sara, com um tom de voz baixo.



_Também. _Disse Harry. _Outro motivo é que eu quero que vocês treinem na sala de simulação. _As garotas olharam curiosas para ele. _Lá você lutarão com comensais de nível médio, quer dizer todas menos a Anne, que depois de vocês lutara com um de nível feiticeiro. _Com exceção de Anne todas fizeram cara de surpresa.



_Mas logo na primeira aula? _Disse Camila nervosamente.



_É melhor vocês aprenderem o estilo de luta dos comensais logo de inicio. _Harry parou por um minuto e logo depois voltou a falar. _Eu sei que vocês são capazes de fazer melhor do que enfrentar simples comensais de médio poder, pois eu as escolhi, você são três das mais fortes de Hogwarts, e se batalharem conseguirão vir a ser algumas das mais poderosas de mundo bruxo. _Anne olhou para Harry e sorriu. _Você também Anne só falei delas porque você eu já sei a extensão de poder.



_E por isso me da um comensal de nível feiticeiro? _Fala a garota num tom infantilmente emburrado.



_Você prefere me enfrentar? _Pergunta Harry o que faz a garota responder rapidamente.



_Não muito obrigada, prefiro o comensal, pelo menos eu saio inteira. _Disse já indo em direção a porta da sala de simulação, acompanhada das outras três que riam com gosto da mudança de opinião de Anne.



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Lord Voldemort caminhava mais uma vez pela grande floresta negra que tinha na sua ilha, ele ia de encontro aos grandes portões negros se aconselhar com os deuses negros. Conforme ele ia passando, pelo caminho varias árvores apodreciam, morriam assim como os animais que não tinham tempo de fugir da presença, mas o lorde negro não se importava, apenas caminhava, sem nem fazer um barulho à não ser a dos corpos das criaturas caindo.



Os passos de Voldemort eram firmes e decididos, seu olhar era frio e ele já tinha conseguido dominar quase totalmente o seu poder. Chegando a grande muralha do penhasco que abrigava os portões negros, estava se aproximando dos portões e já começou a sentir a grande energia que de lá emanava.



_Tolo Voldemort. _Disse uma voz grave e forte de dentro dos portões, antes mesmo que Voldemort se ajoelhasse ou fala-se algo. _Como tu podes ser tão tolo?



_Não entendo por que dizes isso. _Falou Voldemort se curvando perante o portão.



_Nós sabemos o que acontece fora desses portões seu tolo. _Disse uma voz feminina forte e sombria. _Além de podermos ouvir a alma dos seus malditos servos, que gritam aterrorizados com os castigos que vão receber, mais eles não temem só por isso.



_Eles temem aqueles que os destruíram, gritam e pedem misericórdia, eles temem aos lobos. _Falou uma segunda voz de homem, tão forte quanto a de uma tempestade. _Assim como você! Nos já sabemos que o líder desses tais lobos é o Enviado dos Deuses.



_Sei disso. _Falou Voldemort.



_Tu foste tolo de atacar a todos aqueles alvos de uma vez, sem ao menos ter reunido um bom exercito sombrio. _Falou novamente a voz da mulher. _Para você vencer, destrua pelo menos um dos seus inimigos, pois ambos estão poderosos, e se um dia eles se unirem...



_Sua destruição será certa. _Bradou uma outra voz forte, porém suave como a do vento. _Destrua um dos dois para ter mais chances, pois se continuar assim, pelo menos um deles com certeza ira ter poder suficiente para te destruir.



_Sei como atrair os dois separadamente. _Disse Voldemort com um sorriso em seus lábios deformados.



_Pois atraia. _Falou novamente a voz feminina. _E para te ajudar mais nas batalhas um guerreiro que preparamos há muito tempo virá até aqui, juntamente com aquele Vampiro inútil, use bem o poder desse guerreiro e tudo poderá se sair bem.



_Sim. _Foi a única coisa que Voldemort disse antes de se virar e voltar para seu castelo.



Quando ele estava em uma boa distância, onde não poderia ouvir as vozes fortes que vinha dos portões uma fenda negra apareceu ao chão, em frente aos portões e de lá saiu o Ceifador, com sua foice e suas vestes sem mostrar seu corpo. O Ceifador se ajoelhou perante o portão e baixou a cabeça, em sinal de respeito, baixou sua foice, a colocando em frente, oferecendo sua arma aos deuses negros.



_Lealdade eterna as trevas. _Falou a voz grutual do Ceifador.



_Nosso guerreiro da morte, fique ao nosso lado, e mais uma vez todos saberão quem és tu. _Falou a voz feminina.



_Vigie esse mortal de perto e nos diga cada passo fétido que ele der. _Falou outra voz masculina.



_Mas agora, diga o que descobriu. _Falou novamente a voz feminina.



_Uma coisa me preocupou quando lutei com Falcon. _Falou o Ceifador. _Esse Falcon, a morte não o toca e o poder que exala é primordial, mesmo ele não mostrando ou não sabendo.



_Viste algo mais? _Falou a voz de vento.



_O lobo o guarda. _Falou o Ceifador.



_Tu és fiel a nos e terá o seu premio. _Falou a voz feminina. _Agora vá. _O Ceifador sumiu envolto pela fenda negra assim como sua foice.



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Voldemort já estava em seu escuro trono esperando a chegada do tal guerreiro que os Deuses negros falaram, ele sabia que se ele foi preparado pelos deuses das trevas esse guerreiro seria de grande ajuda. Ele sentia a movimentação por trás das paredes e muralhas de seu castelo, ou melhor de sua fortaleza, que era uma grande mancha negra na terra.



Ele também estava pensando em reaver algo que ele perdera a muito por causa do maldito adorador de trouxas, o velho Dumbledore. Mas essa missão ele encarregaria a esse novo guerreiro, para ver se ele realmente merecia fazer parte de seu exercito.



_Meu Mestre. _Disse Rabicho, entrando na sala e se ajoelhando perante o trono. _Alteron retornou e trouxe alguém com ele, mas os outros vampiros não retornaram.



_Não me importa, só chame Alteron e esse estranho a minha presença. _Ordenou Voldemort com seu tom gélido que fez rabicho sentir calafrios.



_Sim mestre. _Disse Rabicho saindo da sala, mas antes disso Voldemort falou.



_E, não diga a ninguém que Alteron veio com um desconhecido.



_Sim mestre. _E saiu logo depois, Alteron entra na sala do trono seguido de perto por Devon, que nada dizia nem expressava reação alguma.



_Saldamos ao Mestre das Trevas. _Disse Alteron se ajoelhando, e quando Devon viu isso faz a mesma coisa.



_Conseguiu o que lhe pedi? _Perguntou Voldemort sem se importar muito com Devon.



_Consegui mestre, e aqui esta. _Disse Alteron se levantando e fazendo o livro negro aparecer em seus braços, caminhou até Voldemort e entregou o livro para ele. _Também trouxe um novo aliado. _Disse se voltando para Devon que se levanta. _Esse é Devon.



_Fui avisado que você trouxe alguém novo. _Disse Voldemort sem se importar mais com o vampiro e se concentrando em Devon. _Você se julga poderoso o bastante para me servir?



_Fui preparado há muito tempo para servi-lo. _Disse Devon num tom sem alegria.



_Vamos ver. _Voldemort se levantou e andou até Devon. _Quero que você recupere uma coisa para mim, se conseguir você será um dos meus generais, mas se falhar não vivera para ver um novo dia.



_Não falharei contigo. _Disse Devon no mesmo tom sem sentimento.



_Ao norte da Itália, perto das montanhas, há uma fortaleza mágica que poucos conhecem, por sua difícil localização, os que conhecem são apenas alguns bruxos dos mais poderosos e os prisioneiros mas temíveis que você possa imaginar, ao centro dessa fortaleza tem um objeto que me pertence.



_Buscarei esse objeto e lhe trarei. _Disse Devon.



_Ótimo, também quero que você mate todos aqueles que não quiserem me servir. _Devon afirmou com a cabeça. _Só Alteron ira com você, mas ele só ira observar não poderá intervir.



_Sim senhor. _Disseram os dois.



_Quero isso ate amanhã e que ninguém mais saiba disso. _Os dois se ajoelharam, beijaram as barras das vestes de Voldemort e sumiram em volto a uma nuvem negra.



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Alteron apareceu em uma pequena vila não muito longe de onde ficava a ilha de Voldemort, juntamente com Devon. Alteron não poderia ir muito longe sem se alimentar, então pediu para que Devon esperasse que ele retornaria logo. Meia hora se passou e muitos berros foram ouvidos, logo depois Alteron retornou com a boa suja de sangue que ele limpou com as vestes.



_Você as transformou? _Perguntou Devon, se referindo as vitimas.



_Não, as matei antes disso. _Responde Alteron e logo depois eles somem mais uma vez envoltos pela nuvem negra.



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Em algum lugar ao norte da Itália uma enorme fortaleza se erguia das encostas rochosas de uma grande montanha. Estava chovendo, o que aumentava mais o frio, os guardas que ali estavam protegendo os portões prateados da fortaleza não se mexiam, pareciam ser estatuas humanas, e também podia sentir de dentro da fortaleza uma enorme energia de dor e desespero.



Aquela fortaleza não tinha nome, para assim ninguém a identificá-la, e se tornara a mais seguras desde a fuga de Sirius Black de Azkaban, mas mesmo antes disso ela já era mais forte e protegida, pois ali se encontravam só os mais poderosos bruxos das trevas, aqueles que um dia tentaram, após a queda de Voldemort, tomar o trono negro.



Duas figuras negras apareceram a trinta metros do portão, os guardas não podiam vê-los, pois a chuva era forte, e tornava tudo um breu. Uma das figuras começou a caminhar, e a cumprir sua missão, pois esse era o destino dele.

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