A grande festa de Aniversário
A grande Festa de Aniversário
O grupo já estava quase preparado. Trajavam roupas finas, trajes rigorosamente limpos e passados, a caráter de uma festa de gala. Harry estava ansioso. Sentia um frio na barriga que, se não tivesse comido há quase quatro horas atrás, poderia jurar que as batatas estavam tentando escapar de seu estômago.
Hermione, por outro lado, parecia tranqüila, Rony arriscaria dizer que ela estava mesmo era metida. A Sra. weasley apressava a todos com sua voz urgente e aflita. “Se não tivessem se atrasado para o almoço, não precisaríamos de correr que nem loucos”, retrucava a mãe de Rony. Gina, Harry não pôde deixar de notar, estava radiante. Usava um vestido amarelo de linho fino, coberto de lantejoulas de alternavam entre cores vermelha e amarela. Usava um bolero, branco por cima do vertido. Seu cabelo estava preso em um coque, seguro sob uma tiara de diamantes.
Hermione usava um vestido preto de gala, com fios prateados e cabelos cacheados muito bem postos sob uma tiara de esmeraldas. Rony usava um terno marrou com um sobretudo de risca de giz, sapatos lustrosos e um anel com a bandeira da Inglaterra no dedo.
- Está se achando, hein, Rony. – caçoou Jorge – todos já sabem que você joga na seleção da Inglaterra, e que é o melhor nos Cannons.
Rony, após demonstrar incrível habilidade como goleiro de quadribol, fora chamado para jogar nos Chudley Cannons. Após a contratação de Rony, o time simplesmente alçou vôo como uma firebolt, sendo considerada um dos melhores times em toda a Europa. Era impressionante como um ano sem Voldemort fizera do mundo bruxo um lugar excepcionalmente agradável para se viver.
Harry trajava um terno preto com gravata borboleta vermelha. Seus sapatos estavam tão lustrosos quanto o do amigo. Estivera um ano inteiro em treinamento pelo Ministério, a fim de conseguir um cargo como auror no departamento. Mas, ao que parecia, ele tinha excedido as expectativas do Conselho e a própria.
Jorge era o menos preocupado com a pontualidade. Aliás, não se incomodava nem um pouco em demorar mais um pouco em se aprontar. O buraco próximo às suas têmporas o incomodava há um ano.
Desde a última batalha com Lord Voldemort, Jorge perdera uma orelha e o irmão gêmeo. No lugar da orelha, uma ferida já cicatrizada, mas incapaz de regeneração, por ter sido realizada por uma maldição poderosa. No lugar do irmão, ficou um vazio que não poderia ser preenchido, uma ferida que ainda não cicatrizara. Depois que perdeu o irmão, Jorge evitava olhar o espelho.
Molly esperava apenas o filho Jorge, que insistia que os sapatos de camurça não eram apertados demais. Ele teve que subir e trocar de par, deixando a mãe furiosa.
- Céus! Estamos levando o convidado de honra, Jorge! Deveríamos ser os primeiros a chegar!
- Acalme-se, querida. – disse Arthur, ajustando sua gravata borboleta no pescoço – nunca ouviu falar que é luxo ser os últimos a chegarem á festa?
- De onde você tirou uma idéia dessas, papai? – perguntou Gina.
- Acho que o seu pai está passando tempo demais conversando com os vizinhos trouxas. – cochichou Harry no ouvido da garota.
Ela fitou-o e os dois deram risadinhas discretas. Seus narizes se tocaram por uma fração de segundo, mas Harry se afastou rápido. Não queria que Arthur ou Molly começassem a fazer perguntas demais.
Arthur abriu as mãos, como quem espera que um floco de neve caísse sobre ela e, magicamente, um saquinho surrado de pano aparece. Harry já vira aquilo antes. Era o pó de Flú. Estavam todos na sala, preparados para uma viagem emocionante pela lareira. Jorge foi o primeiro. Enfiou a não no pacotinho com o pó e, ao se aproximar da fogueira, jogou-o no fogo aceso e, entrando nas chamas verdes, falou imponente:
- Salão de Gala do Ministério da Magia!
O bruxo ruivo foi engolido pelas chamas cor de esmeralda e desapareceu. Arthur ofereceu fez o mesmo, desaparecendo logo. Queria chegar primeiro que os outros e anunciar que Harry Potter estava a caminho.
Harry não gostava muito daquele tratamento, apesar de saber que toda aquela festa e comemoração era um presente de aniversário para ele em nome de toda a nação bruxa. Completava dezoito anos aquele dia. Fora acordado por toda a família Weasley e Hermione granger, acompanhados de amontoados de pacotes robustos, enviados por vários amigos. Hagrid, naquela manhã, enviara seis bolos de glacê de limão para Harry, e ele se sentiu feliz em saber que os presentes do amigo meio-gigante foram esmagados acidentalmente quando Rony e Jorge aparataram bem em cima do embrulho.
Gina e Hermione foram logo atrás do senhor weasley. Molly foi logo em seguida. Sobraram apenas Harry e Rony na sala. O jovem de cabelo ruivo acabara de pegar um pouco do pó quando se virou para Harry:
-Hei, cara. Fica frio, é só uma festa.
- É eu sei.
- Não, Harry. Eu conheço você, e você não gosta desse tipo de coisa. Eu sei que a ultima coisa que você quer agora é ser o centro das atenções.
Harry continuou olhando o amigo falar, tentando entender aonde ele queria chegar com aquela conversa.
- A culpa não foi sua, Harry. – falou Rony, finalmente – Tonks, Lupin e Fred entraram nessa briga porque queriam. Eles fizeram essa escolha... Eu sei como essas datas trazem lembranças...
Harry ficou em silêncio alguns segundos, olhando o crepitar das chamas, que pareciam se espreguiçar sobre a lenha que as alimentava. Harry fitou o amigo, com uma expressão amargurada.
- Eles entraram porque queriam me ajudar, Rony. Não se trata de ter ou não culpa, Rony. Eu, de certa forma, sou responsável pelo que aconteceu a eles.
Rony virou de costas para o amigo, olhando os porta-retratos vivos sobre a lareira. Seu irmão, Fred, acenava sorridente, despreocupado. Rony sabia que não adiantava dizer nada, mas, antes de se retirar, falou com expressão séria:
- Eles fizeram, Harry, porque sabiam que você faria o mesmo por todos nós. E quer saber... Todos nós faríamos isso por você, Harry. Não por ser Harry Potter, O Escolhido. Mas por ser o Harry, simplesmente meu amigo Harry.
Rony se virou, jogou o pó nas chamas e, assim que elas se tingiram de verde, Rony saltou no calor das brasas, desaparecendo. Harry ficou parado, não se sabe quanto tempo, olhando a foto do falecido Weasley. Harry sabia que ele estava certo. Ele faria o mesmo por todos, mas faria tudo para voltar ao tempo, e dar a sua vida em favor de Lupin, Tonks e o gêmeo Fred.
Harry pegou o pacotinho surrado, colocou um pouco do pó de flú em suas mãos e, antes que se dirigisse ao Ministério da Magia, olhou sua coruja âmbar pousada sobre a cadeira, sua cabeça entre as asas, adormecida. Harry se lembrou do primeiro vôo de sua primeira coruja alva como a neve, lembrou-se de sua lealdade. E aquilo doeu como uma maldição imperdoável em seu peito.
Jogou o conteúdo mágico na lareira e, antes que pudesse entrar, desejou que aquele dia terminasse tão rápido quanto começou.
Harry apareceu em uma lareira em meio ao movimento no salão de gala do Ministério. Assim que saiu das chamas, todos os olhos se direcionaram a ele.
- Harry! – exclamou Molly – achei que tinha desistido da sua festa de aniversário.
Foi a ultima coisa com algum sentido que Harry ouviu, porque todos irromperam em aplausos, vivas e cumprimentos demorados, e Harry mal podia entender o que diziam. Alguns se aproximavam, os mais conhecidos, e o cumprimentava calorosamente. Os menos chegados acenavam freneticamente. Harry não queria estará ali, não mesmo. Queria estar n’A Toca comendo o delicioso ensopado da Sra. weasley e bebendo hidromel na poltrona confortável do Sr. weasley.
Mas ela não estava n’A Toca e não havia ensopado. A festa estava barulhenta e movimentada. Rony, Hermione e Gina procuraram ficar ao lado de Harry o tempo todo. Sabiam que ele não queria ficar rodeado de estranhos, pessoas pegajosas ou bajuladores.
- Hei, Harry. – falou Gina, sussurrando em seu ouvido – Você viu quem está ali?
Gina apontou para a extremidade da sala. Um jovem de cabelos louros ralos, uma cara de poucos amigos, estava sentado em uma mesa no canto do salão. Estava sentado ao lado de um garoto duas vezes maior que ele, com cabelos negros espessos e uma garota de beleza atrativa. Tinha os cabelos sedosos e louros, com pele rosada. Há um ano Harry não via Draco. Mas lá estava ele, parado em silêncio, ao lado de Goyle e uma jovem desconhecida.
- O que aqueles dois... – começou Rony, furioso, mas Arthur o deteve a tempo de praguejar contra Malfoy.
- Eles foram inocentados, Malfoy e Goyle. Lembram-se? – sussurrou Arthur – Por favor, não entrem em nenhum desentendimento aqui, tudo bem?
- Por que ele está aqui, papai? - perguntou gina, frustrada – justamente no aniversário do Harry!
Arthur coçou a cabeça e, em seguida, olhou-os, um tanto temeroso.
- Eu... bem, eu enviei um convite a ele.
- Você o que? – gaguejou Harry, perplexo.
Jorge ouvira a conversa e se aproximara do pai, com uma expressão de profunda desaprovação. O ministro estava sendo repreendido por um grupo de jovens bruxos com quase um terço de sua idade.
- Ora, garotos. Entendam. Ele está sozinho. As pessoas não o querem perto.
- Sério? E por que fariam isso? – perguntou Rony, cético – pai, o cara é um Malfoy.
- Por favor, vejam o meu lado, crianças – a voz do Ministro Weasley transparecia aflição – imagine eu, sendo o representante da nossa comunidade bruxa... Como eu poderia convidar a todos e deixá-los de fora? Eu sou o ministro, entendam...
- Tudo bem, Sr. Weasley. – falou Harry, enfim – não me importo. Sério. A única coisa que eu não quero é ter que falar com ele.
No último ano de Harry em Hogwarts, Malfoy demonstrara ser ainda mais desprezível. Mas, de certa forma, havia algo no garoto que poderia ser salvo. Harry se lembrara do dia em que salvou Draco da morte. Por uma fração de segundos, a imagem do próprio pai salvando Snape, quando crianças, lhe deu um sentimento de tranqüilidade. Agira nobremente, não tinha do que se queixar. Harry não permitiria ver alguém incapaz de se salvar morrer daquele jeito. Lúcio e Narcisa Malfoy estavam em Askaban, desde a última luta com Voldemort. Claro que o sistema na prisão fora modificado. Os dementadores, criaturas horrendas que guardavam a prisão, passaram por um minucioso processo, secreto, diga-se de passagem, para que não tomassem partido das trevas novamente. Enfim, o Ministério dera o seu jeito todo especial de tomar o controle dos dementadores novamente.
Se Draco conseguia se mostrar desprezível e arrogante, Harry era capaz de ser infinitamente superior. Harry deu uma última olhada na mesa de Draco, quando se deu conta de que a garota loira ao lado dele fitara-lhe com interesse. Ela sorriu levemente e acenou. Era impressionante a forma como ela parecia doce e amável. Ela poderia ser ainda mais doce se não estivesse acompanhada de Draco e Goyle.
Harry retribuiu o aceno e, sentindo-se meio desconcertado, virou-se, caminhando até a mesa de tortinhas de amora e empadas de abóbora. Não queria que Gina visse a cena. Assim que aproximaram dos petiscos, Harry virou-se, fingindo se interessar por uma empada em forma de galeão.
Jorge tinha encontrado Katie Bell, uma antiga amiga da escola. Ela estava parada, de frente para a mesa onde a Sra. Weasley estava sentada. Jorge deu uma piscadela para a garota e ela respondeu ao gesto com um sorriso.
- Dêem-me licença, meus amigos. – disse Jorge, pomposamente.
Assim que perceberam que era seguro, eles deram uma risadinha abafada, afastando-se um pouco mais. A garota loira ainda olhava para Harry, e ele preferiu se afastar mais um pouco, com a desculpa de que o cheiro das frutas o enjoava.
Rony, por fim, decidira caminhar um pouco, fora do salão de gala. Harry concordou sem hesitar, mas Gina queria dançar com Harry.
- Por favor, Harry. – pediu Gina – É a música Meu Adorável Trasgo das Esquisitonas! Minha preferida!
Harry lançou um olhar cauteloso à mesa do Malfoy. A garota desconhecida estava absorta em pensamentos, com o olhar fixo nos próprios pés. Harry teve a impressão de vê-la falando sozinha.
Assim que atingiram a grande porta de carvalho que dava para o exterior do salão, Harry se sentiu mais a vontade. Desabotoou a camisa e afrouxou a gravata borboleta sufocante. Hermione e Rony se abraçaram e ficavam cochichando coisas um no ouvido do outro. Gina se aproximou dele e passou seus dedos por entre os seus. Ela fitou-o com um olhar apaixonado e Harry a beijou.
Um ano fora o suficiente para organizarem e entenderem seus sentimentos. Hermione e Rony assumiram o namoro e, após longos meses, Harry e Gina fizeram o mesmo. Mas ele ainda se sentia pouco a vontade perto dos Srs. Weasley. Sentia como se tivesse traindo a confiança deles. Apesar disso, Molly sentia-se encantada em ter Harry como genro; Arthur não pensava diferente.
Atingiram um corredor vazio do Ministério. Estava tudo muito escuro. Hermione pegou sua varinha e, erguendo-a pra cima, murmurou palavras que fizeram os archotes e candelabros acenderem. O lugar se iluminou completamente. Avistaram a fonte que ficava na entrada do Ministério e caminharam até ela.
Várias lembranças invadiram as mentes do grupo. Harry desejou que tudo aquilo não passasse de um pesadelo que aparentara ser muito real. Mas não era. Fred, Lupin, Tonks, Sirius e seus pais não estavam mais ali.
Sentaram-se no beiral da fonte. Iniciaram uma conversa pouco útil. Rony dizia a Harry que os Cannons teriam um desempenho extraordinário aquele ano. Mas Harry disse que sentia muito, e que os Torrents se sairiam melhor, pois tinham Simmon Sanders, o apanhador revelação do ano.
Hermione ensinava a Gina como lidar com as mulheres da Boutique Fashionwitch, a nova loja de grife que abrira no Beco Diagonal, cujas donas eram nada mais nada menos que Padma e Parvati Patil.
Não tardou, no entanto, a acontecer o pior. Harry ouvira murmúrios que vinham do corredor. Ao se virar para o local, Draco, Goyle e a garota loira caminhavam por ele. Não haviam percebido que o quarteto estava sentado ao beiral da fonte.
- essa festa está um lixo. – retrucou Goyle – eu quero ir embora.
- Ninguém está segurando você aqui. – retorquiu Draco, infeliz. Ele parecia mais abatido do que de costume – Estou aqui porque ficar em casa me dá náuseas. Além do mais, o Ministro me convidou. Não poderia dizer não a ele.
Harry, ao ouvir aquilo, sentiu, pela primeira vez, que Draco tinha um lado humano. Jamais tratara um Weasley como um igual, e Harry sabia que Draco não se importava com status ou título. Quando ele odiava alguém, odiava de coração.
- Acho que o Ministério está em péssima liderança. – falou Goyle – onde já se viu, um Weasley como ministro.
Harry teve de segurar o braço de Rony e silenciá-lo com a gravata enfiada não goela do amigo. Queria ouvir mais. E, ao que parecia, Hermione e Gina também.
- O Ministro foi muito bom, sabe... – Draco, ao medir as palavras, gaguejou e falou – quer dizer... até que ele foi útil... Ele ajudou meus pais. Eles não estão sendo vigiados por dementadores, apenas membros da Ordem da Fênix.
- Isso é que ter dignidade – falou a garota loira, e eles notaram, pela primeira vez, como a voz dela era suave e cativante – Mesmo depois de tudo... Ah, não faça careta, Draco! Eu...
- Eles estão nos vendo, Loreta.... – falou uma voz arrastada desconhecida.
Loreta olhou imediatamente para a fonte. Harry olhou para os lados. Ouvira a voz de outra pessoa. Uma voz arrastada. Mas havia algo diferente naquele tom de voz. Os sete se entreolharam. Gina, Hermione, Rony e Harry se levantaram, ainda de olhos fixos no grupo.
- Vocês ouviram a voz, pessoal? – perguntou Harry para os amigos ao lado.
- Voz? – Rony virou-se para o amigo.
- Ah, não... Harry, por que você é o único que ouve vozes? – falou Gina, olhando para o lado.
Loreta pareceu desconcertada. Seus olhos correram de Rony para Harry.
- Você... – começou Loreta, gaguejando – Como você...
Harry se virou para a garota, interrompendo-a:
- Eu a ouvi. Eu também sou ofidioglota!
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Pessoal... pesso que tenham um pouco de pciencia, sei que a história pode nao estar muito boa, é q estou meio enferujado. Mas estou criando um enredo incrivel para essa história, e tenho certeza de que vcs vao adorar! deem um voto de confiança, pessoa!l
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