• Chapter Five
Quinto Capitulo:
Narrado por Sirius Black
Fui acordado com o sol na cara. A felicidade jorrava de mim e eu, decididamente, queria ficar na cama até tarde. Olhei o relógio da mesinha de cabeceira e vi que já eram 9:30. Olhei em volta e me dei conta de que havia dormido na casa da Marlene, mas ela mesmo não estava.
- Marlene? – Chamei sonolento. E ninguém respondeu.
Levantei-me e me vesti, fui até a sala e nem sinal dela. A sala continha ainda algumas marcas de ontem, as coisas que ela utilizara para me tratar. Sorri. Ela é especial.
No balcão do bar que ficava perto da porta tinha uma revista, um envelope e uma rosa. Seria Jon? Como ele entrara no apartamento dela? Olhei o envelope com receio de que minhas suspeitas se concretizassem, mas era a caligrafia de Lene.
Não era pra Marlene, era dela e pra mim. Peguei o envelope e o virei. No verso tinha mais algo escrito;
Peguei a revista curioso. Era a Saveur de L’Amour da semana que tinha sido publicada hoje. Não seria possível... Ela conseguiu fazer a crítica? A resposta veio logo que abri a revista na página 35, assim como ela pedia.
No Final da página tinha uma foto dela e do lado à opinião de edição. A reportagem ocupava a página inteira entrementes imagens do restaurante. Sorri feliz, feliz por ela ter conseguido cumprir sua missão. Mas e agora? Ela não iria mais ao restaurante...
O que se encontra ao chegar ao estabelecimento, não se compara em nada com os outros. O clima deste é mais descontraído e agradável, levemente francês e com toques Ingleses, uma viagem entre esses dois países com toda certeza.
Conta com um chefe capacitado de lhe servir todos os seus pedidos e uma equipe que se destaque em qualidade de recepção e tratamento. Você não é só um cliente ali é um visitante.
No cardápio pratos muito conhecidos em Paris e em toda a frança, mas na mente do chefe receitas das mais sortidas prontas para serem desvendadas e preparadas. A Experiência é fascinante e vai muito além de se fartar, muito além de se divertir, algo incrivelmente inexplicável.
Bon Appétit Paris é muito mais que as palavras podem expressar. É algo que deve ser experimentado, repetido e levado pra casa.
Se pode encontrar o caminho do amor ali, assim como pude encontrar.
Marlene Mckinnon,
A repórter que ficou encantada com o restaurante.
Anotei na mente de perguntar a ela quando a encontrasse se ela só se encantou com o restaurante mesmo. Olhei o envelope novamente, agora enfim eu posso lê-lo.
Aquela reportagem escrita pela Marlene havia me deixado mareado, ela dizia tanto em tão pouco. Expressava tudo o que eu sempre quis passar pros meus “visitantes”, todo o amor que sinto por esse restaurante... Ela me compreende.
Abri o envelope com a mão ligeiramente tremula. Ao abri pude ver algumas poucas palavras; “Roma”, “amigas”, “amor” e mais algumas que ignorei.
Em primeiro lugar gostaria de deixar claro que a noite de ontem foi a mais perfeita de toda a minha vida. Não me arrependo de nada que fiz, só do que não fiz.
Espero que me entenda, mas o dia todo eu lutei por essa viagem e sei que lutei por você também. E acho que quando voltar você vai estar me esperando.
Como assim, ela vai viajar? Então ela estava fazendo tudo tão as pressas era pra poder viajar.
Vou pra Roma com a Lily e o James hoje, vou ver a Emmi e matar a saudade de ficar junta das minhas amigas.
O Amor que sinto por você é enorme e realmente quero ficar contigo. Espero que não se magoe com a minha decisão de viajar assim.
A chave do apartamento você pode deixar na portaria. O meu vôo sai as 10:30 então quando você acordar já devo estar longe.
Vou sentir saudades...
Marlene Mckinnon.
P.S.: Desculpa-me.
O vôo dela sai 10:30... Ainda da tempo. Dessa vez eu não vou deixar a minha felicidade escapar por entre os meus dedos. Desta vez eu vou correr atrás dela e não vou deixa-la escapar. Marlene, me espere!
Olhei para as portas do aeroporto. Não sabia se era o que - naquele momento – o que eu queria. Depois de ontem tudo mudou, eu sentia que meu lugar era ao lado de Sirius e que não devia me separar dele, só de pensar nisso tremi.
- Lene? – Perguntou Lily me olhando. – Você empalideceu de repente.
- Que? – Perguntei acordando de meus devaneios. – Não é nada.
- Você realmente quer ir?
- É... – Disse sem convencer. Ela me olhou tentando me investigar. – Acho que não sem ele.
Ela sorriu, me surpreendendo. Como ela podia sorrir enquanto eu largava ele depois de uma noite tão perfeita?
- Então volta... Vai atrás dele.
- O que? – Perguntei sobressaltada... Larguei a revista que segurava e prestei mais atenção nela.
- É... Do que vale dois pássaros voando? – O que? – Você entendeu. Do que vale você viajar e deixar o seu amor pra trás? Nada.
- Eu sei, mas... Não da pra voltar atrás.
Olhei pro relógio desanimada, já eram 10:00. Ele devia estar dormindo agora, ainda nos sonhos e quando acordasse perceberia que eu o deixei... Novamente.
- Marlene. – A Olhei. – A pior coisa que pode fazer é deixar um amor pra trás. Fingir que ele não existe. Eu sei e me arrependo de tê-lo o feito.
- Mas... – Olhei o quadro de vôos que iriam sair, só havia um na nossa frente que ia para Londres.
- Agora se você não quiser ir não vá. – Fora de cogitação. – Fique, fique com o Sirius.
- Eu vou.
- Então bote um sorriso na cara. – Ela riu. – Vamos ver a Emmi!
Forcei um sorriso que em nada a convenceu. Mas a satisfez.
Narrado por Sirius Black
- Táxi! – Berrei acenando fazendo o carro amarelo parar diante de mim.
- Oui? – Perguntou o taxista quando me sentei no banco traseiro, ofegava.
- À l'aéroport! – Ele confirmou com a cabeça. – Rapidement!
- Mais l'aéroport est à travers la ville. – Disse ele. (Tradução : Mas o aeroporto é do outro lado da cidade.)
- Je pense que c'est assez. – Disse já lhe entregando quatro notas de 10. Ele concordou com a cabeça ao receber as notas e saiu cantando pneu. (Tradução: Acho que isso é o bastante.)
Olhei o relógio desesperado, já eram 10:00 o vôo dela sai em meia hora. Tenho menos de meia horas para atravessar a cidade e ainda recuperá-la antes que a chamassem para o vôo.
Quando o sinal fechou na nossa porta eu tive que xingar... O homem se espantou e disse que não podia fazer nada, pois o sinal estava fechado e que não queria uma multa.
Olhei o relógio já eram 10:15 e mal tínhamos atravessado 1/3 do caminho.
Olhei o relógio do aeroporto já eram 10:15 e já haviam chamado aquele vôo para Londres.
Será mesmo que valeria a pena deixar ele pra ir pra Roma?
“Senhores passageiros do vôo 1492, British Midland, com destino a Roma, apresentem-se no portão de embarque número 3”.
Não... Aquela costumeira vos de “interlocutora” de aeroporto avisou que já devíamos nos dirigir ao portão de embarque. Em breve o nosso vôo iria sair. Olhei pra Lily assustada, a empolgação estampada no rosto dela.
- Vamos? – Disse ela enfim pegando sua bagagem de mão. – Emmi aí vamos nós!
- É... – Sorri tentando transparecer animação.
Não consegui me levantar. Será que ele estaria realmente me esperando quando eu voltar? Depois de todos esses anos quando finalmente nos vemos eu o largo de novo? Quando voltei ele não estava me esperando já tinha um caso com Natalie.
Será que se eu for embora ela vai aproveitar a chance e conseguir tê-lo de volta? Será... Será...
- Lene... – Chamou Lily. - Já chamaram o nosso vôo.
Olhei pra ela e levantei-me. Precisava sair dali, não poderia ir. Observei todo o aeroporto e pude ver um banheiro. Uma idéia.
- Lily... Preciso ir ao banheiro. Vai indo com o James pro portão de embarque que encontro vocês lá.
- Tem certeza que vamos nos encontrar lá? – Perguntou ela cautelosa.
- Não sei. – Respondi num fiasco de voz.
Peguei minha bolsa e uma pequena mochila que levava. O banheiro estava diante de mim, mas estava decidida a não entrar.
- Nem pense em não entrar nesse banheiro. – Lily gritou pra mim.
Tive que entrar. Com os braços pesarosos empurrei a porta do banheiro, estava apinhado de mulheres. Uma delas trombou em mim me derrubando, não tinha forças pra nada. Não sabia o que fazer, estava tonta... E me faltava o ar.
- Lene, você está bem? – Perguntou uma ruiva assustada, olhei melhor pra ela e era Lily. – Vem, vamos...
- Não...
- Você vem comigo sim. – Respondeu nervosa. – Agora quem decide se você vai ou não sou eu!
Quando saímos do banheiro consegui respirar normalmente novamente e me pus de pé. Foi quando aquela voz maldita anunciou:
“Senhores passageiros ultima chamada para o vôo 1492, British Midland, com destino a Roma, apresentem-se no portão de embarque número 3”.
Quando estávamos na frente dos guardas e da mocinha bonita que estavam conferindo as passagens ouvi uma voz... A voz que queria ouvir.
- Não vai, Marlene.
Era Sirius!
- Não vá...
Marlene olhou pra mim surpresa e feliz. Olhou para a mulher que conferia as passagens quando a mesma pediu a sua.
- Não...
- Tudo certo. – Disse a mulher no seu Francês perfeito. – Boa viajem.
Lily que já tinha passado e não havia me visto puxou Lene que não conseguiu se soltar.
Não... Não consegui chegar a tempo de evitar que ela se fosse. Logo hoje que seria tão especial. Finalmente tudo tinha dado certo pra nós, mas novamente nos separamos. Parece que o destino – se é que isso existe – insiste em nos manter longe um do outro.
Desanimado por não ter mais o que fazer me dirigi a saída do aeroporto quando uma das “interlocutoras” dali se esbarrou em mim e se dirigiu a um cubículo. Na porta deste estava escrito: “Seul le personnel”, somente funcionários poderiam entrar ali.
A mesma que esbarrou em mim passou seu cartão de identificação e destrancou a porta e entrou, a porta foi se fexando aos poucos. Mais uma chance.
Corri até a porta e antes que ela se fechasse coloquei o pé a impedindo. Seria muito simples o que eu teria que fazer, muito perigoso. Entrei com cuidado de não fazer barulho, fechei a porta e me dirigi até a locutora.
- Ce que nous faisons ici? – Perguntou ela surpresa ! - Je vais appeler la sécurité !
- Attendez ... – Pedi. - Vous avez vu son amour pour l'évacuation, entre ses doigts? Ma colère, mais à Rome.
- Et ce que je... – Perguntou ela irritada.
- S’il vous plaît permettez-moi de l'appeler en arrière. Je ne peux pas perdre.
- Mais... – Pestanejou ela já sendo convencida.
- Je suis responsable de tout. – Dei a ultima cartada.
- Oui... Mais rapide.
[Tradução:O que está fazendo aqui? vou chamar a segurança
Espere... Você já viu seu amor escapar por entre seus dedos? O meu está indo embora para Roma.
E o que eu...
Por favor, me deixe chamá-la de volta. Não posso perdê-la.
Mas...
Eu me responsabilizo por tudo.
Por favor...
Sim, mas rápido.]
Sentei na poltrona onde ela costuma sentar-se para dar as noticias. Estava tremulo esta seria minha ultima chance de recuperar Marlene. A mais ousada e arriscada delas, mas eu me sentia preparado para tudo. Por ela eu faço tudo. Respirei fundo e puxei o microfone pra mais perto de mim...
Ele tinha acordado cedo, tinha lido o meu recado e veio até mim para me buscar. Ele realmente me ama. Mas agora já é tarde, Lily me puxava entusiasmada pelo corredor do portão de embarque, quando...
- Lene...
Paramos naquele mesmo momento. Estávamos estupefatas, quem falava no interfone era o Sirius. A voz dele soava por todo o aeroporto causando diversas reações nas pessoas.
- Errr... O que tenho a te dizer é que minha vida não tem sentido sem você. Que desde o dia em que nos reencontramos você não sai da minha cabeça.
- Lene, é o Sirius? – Lily perguntou.
Confirmei com a cabeça ainda espantada e cada vez mais comovida com o que ele era capaz de fazer por mim.
- Não vai... Fica comigo. Vamos aproveitar enquanto podemos o que há de bom em nós... – Ele continuava com a voz tremula.
Alguém atrás dele disse em francês para que se apreçasse.
- Não tenho tempo... Volta e me encontra, por que tenho uma coisa muito importante pra te dizer. E que só pode ser dita cara a cara, olho no olho.
Lily e eu nos olhamos. Ela também estava comovida e só pode me dizer...
- Vá...
Será?
Voltei ao saguão do aeroporto e fiquei olhando para a entrada do Portão de Embarque 3. Meu coração batia descompassado e o medo me corrompia. Será que ela viria? Será que Marlene Mckinnon nos daria uma outra chance?
- Lene vem... – Resmunguei pra mim mesmo.
As minhas mãos estavam frias e suavam. Meus olhos procuravam insistentemente o belo rosto dela. Mas até agora nada. As turbinas de algum avião começaram a ser ligadas e aquele zumbido percorreu o aeroporto.
- Ela já foi... – Resmunguei pra mim mesmo cabisbaixo.
Talvez seja melhor mesmo não ficarmos juntos. Depois de tudo o que eu fiz por ela...
- Sirius! – Ela... Sorri não conseguindo acreditar.
Ergui a cabeça não contendo o sorriso e pude vê-la correndo em minha direção. Sim, nós temos que ficar juntos, esse é o nosso destino!
- Sirius... – Ela ofegou ao se agarrar no meu pescoço. – Desculpa...
- Que?
- Desculpa por ter cogitado ficar longe de você. – Disse ela tímida de uma vez só.
- Esquece.
Ela me soltou e ficamos olhando um pro outro. Ela também não parecia acreditar no que estava acontecendo ali. Nos beijamos, quando nos separamos ela perguntou:
- Então, o que tem pra me dizer? Voltei só pra saber. – Debochou ela rindo.
- É? – Perguntei, vendo o aceno positivo da cabeça dela.
Fiquei vermelho. Ela conseguia fazer algo comigo que nenhuma delas nunca conseguiu, me deixar sem jeito. Algo nela é especial e quando vou falar algo importante para ela toda a minha confiança se perde e só me resta ficar vermelho e gaguejar, como agora.
- Bem... – Acessos de tose são comuns. – Eu te amo muito... Sei que...
- Que? – Tentou me incentivar curiosa.
- É cedo e tudo o mais...
- E... – Ela tentava esconder o sorriso. Acho que ela já entendeu o que eu quero perguntar.
- Quer casar comigo? – Disse rápido.
- O que? – Perguntou ela entrementes risadas de alegria e gozação. – O que você disse? Não ouvi... Foi muito baixo.
- Quer casar comigo? – Repeti a pergunta mais alto.
- O que? – Perguntou gesticulando. – Grite! Talvez eu escute.
O quê? (N/A: A cara dele nesse momento ficou mais ou menos assim o.O! hauahuauhuha)
- Isso mesmo. – Disse marota.
- MARLENE QUER CASAR COMIGO? – Ela duvidava que eu fosse fazer isso e se surpreendeu. Logo sorrimos percebendo que todos nos olhavam. Alguns deles entenderam o que eu disse.
- SIM! – Berrou ela em resposta.
- Sério? – Ela quer casar comigo?
- Sim... Eu te amo Sirius. E não tem pessoa melhor pra mim me casar. – Sorrimos. Meus olhos brilhavam. – Você é o pedaço que faltava em mim.
Nos abraçamos. Nossos lábios se tocaram, pude sentir que o que ela havia dito era verdade e compreendia. Sentia o mesmo. O destino nos uniu novamente e dessa vez vai ser pra sempre. Espero...
- Sirius? – Perguntei batendo na porta do apartamento dele.
Não tive resposta, a casa estava vazia. Sirius Black, simplesmente sumiu sem me avisar.
- Sirius? – Tentei pela ultima vez, desta vez batendo na porta com mais força. Irritada.
Novamente nenhum sinal de vida.
- Você vai ser meu Sirius... – Resmunguei. – E ela está muito enganada se pensa que vai te roubar de mim.
N/A: Pois é pessoal. Nesse ultimo capitulo decide fazer diferente e me despedir aos poucos... Acho que merecemos. ;D Essa aí é cerca da metade do capitulo e espero que apreciem muito, a outra metade vem no domingo se tiverem muitos comments /pressão/ Ta?
Já comentei? Teremos continuação! ;O VIVA!
N/A²: Eu de novo! ;d Espero que tenham gostado do final que dei para fic... Amei. Achei algo bem dificil de se pensar que fosse acontecer. Ah! Ja liberei a novidade da nova fic; A Natalie também vai narrar.
Obrigadoooo! Por lerem a fic... Vocês são muito importantes pra mim. Principalmente os que comentaram.. KKKK! Bem betinháá que sumiu onde estiver (?) vlewzão viu????
Gentiii logo em breve e daqui a pouco (?) a continuação vem por aí juntamente de uma fic nova minha ;O E vou deixar uma prévia aqui pra vocês poderem curtir um pouquinho do que vai ser a Ti Amo In Roma! BEIJOS! VLEWWWW!
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!