Como acordar num domingo...



Capitulo 8 – Como acordar num domingo...


 


Narrado por : Remus Lupin


Acordei com uma grande barulheira e um grande peso em cima de mim.


-VAAMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS ACOOOORDANDO BAAAARRY !!!!!!!!! –Lily gritou da forma mais estridente possível , se jogando em mim.


-Lily, deixe Remus acordar em paz. –Ouvi minha tia dizer rindo, segurando uma imensa torta de maçã –minha favorita -  ao lado do tio Edward, que gargalhava.


- CLARO QUE NÃO ! –Lily berrou mais uma vez, beijando minha face várias e várias vezes.


-Tia... o que está acontecendo? –Pergunto confuso. Os três estão radiantes demais para uma manhã nublada,  Lils está alegre as... oito da manhã –se meu despertador estiver certo- e minha torta de maçã favorita está nas mãos da minha tia... bom, ai tem coisa.


- Remiitozinho, lembra que eu tinha uma coisa para te contar ontem? –Lily disse, sentando ao meu lado, enquanto meus tios se aproximavam.


-Uhm, o que tem? – Pergunto, desconfiado.


-Bom...-Lils deu um grande sorriso para mim, e me abraçou –Ligaram do hospital ontem... e sabe o que me disseram?


-Vão marcar a cirurgia do marca-passo? –Perguntei esperançoso. -Esta era a melhor noticia que eu poderia ter.


-Não, querido. Você não vai precisar desse marca-passo. –Minha tia sorriu para mim, e Lils completou o que minha tia disse, com imenso abraço.


- Você vai ganhar um coração novo, Barry.


-Um, um coração? –Eu balbuciei,sem acreditar.


Minha tia acenou, enquanto lagrimas escorriam de seus olhos, e Lils se deitou no meu ombro.


-Não é maravilhoso? Você vai ganhar um coraçãozinho novo, Remus! – Lils fungou, e lagrimas escorreram dos meus olhos.Então me lembrei de uma coisa.


Flashback


Duas crianças de aproximadamente oito anos andavam na rua, voltando da escola. A garota cantava uma canção qualquer, enquanto o garoto mantinha-se quieto, pensativo.


-Lils?- O loirinho perguntou.


-Sim?


-Você acha que eu vou morrer? –Ele perguntou, fazendo a garota parar abruptamente de andar.


-Mas ... que papo é esse, Barry? – A ruiva questionou aflita.Remus suspirou, cansado.


-Eu estou doente, e você sabe disso.-Ele respondeu, de cabeça baixa –Mas eu não quero morrer. –O loiro deu uma fungada –E eu to com muito medo.


A ruiva observou a honestidade de seu primo, e o abraçou, por longos minutos.


-Eu não acho que você vá morrer... –Lils sorriu –Você é mais forte do que pensa, Remus! E você que não poderia morrer antes de mim... Você prometeu que vamos sempre ficar juntos.


Remus olhou para a prima, e viu a sinceridade nos olhos dela.Lily sempre deu apoio para  ele, por isso sabia que sempre poderia confiar na prima.


-Obrigada Lils.-Remus murmurou, antes de ser abraçado pela ruiva.-Eu te amo, Fible.


-Eu também te amo Barry.-Lily disse, soltando o primo.-Agora vamos, porque vai acabar hoje vai passar o filme do Pokemón, e eu não quero perder!


Remus assentiu, e aceitou a mão oferecida pela prima.Afinal, ela era a única garota no mundo que nunca o faria chorar.


Fim do Flashback


-Diga alguma coisa querido!- Minha tia disse sorrindo, enquanto vinha me abraçar.


-Eu... –Eu não conseguia responder, até que percebi lagrimas escorrendo dos meus olhos, enquanto todos me abraçavam fortemente. –Eu... não sei o que dizer.


-Ok, são fortes emoções, Remus.-Lily brincou, e não consegui evitar de rir –Venha, levante logo da cama! Temos que organizar uma festa, Barry.Você vai ser internado amanhã a tarde.


-Mas, ainda é de manhã...-Murmurrei.Não que eu não gostasse de festas. Só odiava as minhas festas.


-Mas demora para organizar uma festa.Sem contar que você tem que ligar para os seus amigos, Remus. –Minha tia sorriu, olhando no relógio –Edward, está na nossa hora. Se não sairmos agora, iremos nos atrasar.Fiz essa torta para você... –Minha tia me deu a torta, e eu sorri. Minha tia me trata como filho, e sou muito grato por tudo que ela fez e faz por mim.


-Eu também vou sair, Remus.Vou comprar os ingredientes pra fazer um Ratatouille  no almoço. Hoje é seu dia ! – Lily me deu um beijo e saiu.


As duas saíram, e meu tio ficou na porta.Ele hesitou, mas começou a falar.


-Sabe Remus, eu não tive filho homem, mas  sempre criei você como criaria a um filho. E agora, eu sinto a alegria que eu teria se minha esposa me dissesse que está grávida.-Meu tio sorriu, e suspirou- Acho que eu sempre tive medo de você ... bom, você sabe.Mas agora eu sei que isso não vai acontecer, e posso dormir tranquilo.


Sorri para meu tio. Apesar dele sempre sorrir e fazer brincadeiras, eu sabia o quanto ele temia que eu morresse. Tio Edward era como uma manteiga derretida.


-Tio, eu agradeço por tudo que você faz por mim. Você é verdadeiramente... um pai para mim.-Meu tio olhou para mim, e quando as lagrimas começaram a rolar de seus olhos, e rapidamente me abraçou – obviamente, do modo mais desengonçado que um homem de quase 150 kg e 1,87m de altura poderia fazer.


-Ahhh, seu moleque! Eu amo você.-Ele murmurrou, fungando.


-Eu também te amo, tio. – Murmurrei, dando uma fungada.


-MÃE, TRAZ A CAMERA! PAPAI E REMUS ESTÃO ABRINDO SEUS CORAÇÕES! – Lily gritou, e como se tivesse recebido um choque, eu e meu tio nos separamos.Uma Lily sorridente estava parada na porta. –OUUUUUUUN! Eu adoro quando vocês fazem isso... ficam tão fofos falando “Eu te amo”!


-Fofo, Lily? –Bufei, estressado.


-Fofo? –Tio Edward repetiu, fazendo uma careta –Sou um pai de família. Tenho um nome a zelar. Fofo é uma coisa de ... gay.


 


-argh, pai. – Lily revirou os olhos, e mostrou a língua –Vocês homens conseguem ser tão insensível quando querem..


-Ahhh, cala a boca Lils. –Bufei, sem graça –E você não vai fazer meu Ratatouille?


Lily mostrou a língua, e saiu. Depois de alguns segundos constrangedores, tio Edward também saiu, murmurando “É melhor eu ir. Esse almoço na faculdade é importante e blá blá blá” .Fiquei sozinho e não me agüentava de felicidade. Eu ia ter uma segunda chance.


 


 


Sua cabeça  latejava. Os pássaros cantando e o sol brilhante nunca foram tão incômodos e irritantes.Gemeu, ainda de olhos fechados, e colocou o travesseiro sobre a sua cabeça.Então, um cheiro doce e enjoativo invadiu suas narinas, E James soltou um rosnado”.Da onde vem esse cheiro tão enjoativo? Como alguém em sã consciência usava aquilo? Seria ótimo para atrair abelhas e ursos gays....”Pensou James.


-Jamie...- Uma voz melodiosa –mas muito fina – murmurrou. Então, uma lembrança veio.


Flash Back


James beijava furiosamente o pescoço da loira, que se apressava em tirar a camiseta do rapaz.Nada além dos gemidos de ambos eram ouvidos.A loira empurrou James na cama, e sentou em cima dele enquanto tirava sua camiseta e seu soutiã, para logo depois distribuir beijos por todo abdômen definido do rapaz. Os beijos foram descendo, e os gemidos aumentando. Quando as mãos da garota chegaram ao cinto, James fechou os olhos, e passou a imaginar que uma cabeleira ruiva estava no lugar da loira.Sua calça e sua boxer foram retiradas rapidamente, e James gemeu baixinho o suficiente para não ser ouvido ; “Lily”.


Fim do Flash Back


-Vamos,Jamie. –A loira murmurou –Meus pais devem chegar logo. Você deve ir para casa, cherrie.


James saltou da cama, ignorando Emmeline. Passou a vestir-se rapidamente, ignorando todas as tentativas da garota de conversar.Quando já tinha se vestido, notou três pacotes de camisinha no chão... Dois usados. Graças a Deus... menos mal.


-JAMES!- Emmeline gritou irritada –Dá para dizer algo?


James lançou um olhar para a loira, e andou até a sacada do quarto.Uma árvore crescia perto da sacada. Dá para usá-la como escada.Pensou.


-JAMES POTTER! –Emmeline bufou, gritando estridentemente.Argh, que mal gostou Potter,pensou James  Dá próxima vez pegue alguém rouca ou muda.


-Foi um erro, Emmeline.Esqueça essa noite, pois eu já esqueci. –James disse, antes de pular da sacada até a árvore, e da árvore até o chão.Correu pelo grande jardim da propriedade, e quando pulou o muro, e entrou no carro, ainda conseguiu ouvir os gritos da loira.


-Depois me perguntam porque não quero me casar com ela... –James murrmurrou, enquanto ligava o carro,e dava a partida- ... imagina ela gritar assim todo dia de manhã?


James riu e colocou os óculos no rosto.Acelerou o carro, enquanto ouviu um barulho.O celular vibrava no porta-treco do carro.


J -Alô?


R- Fala Proongs! É o Moony...


J-Fala ai, cara!


R- Escuta,vem pra minha casa hoje a noite, ok? Vou dar uma festa!


J- Moony dando uma festa? O que aconteceu, cara?


R-Marcaram minha cirurgia, para amanhã!Vou conseguiram um coração para mim!


J-Sério, Remus? UAU! Parabéns.


R- Valeu James. Você sabe como isso é importante.. Bom, pode me fazer um favor? Avise o Frank... Ah! Se quiser almoçar aqui, pode vir! Lils vai fazer Ratatouille, e eu sei que esse é seu prato favorito também...


J- Uhm.. vou ver se consigo ir... Eu preciso desligar. Até mais tarde, Remus.


R­-Até cara.


James desligou o telefone dividi entre dois sentimentos. Estava mais que feliz por Remus, mas essa conversa o lembrou de algo. Lils.


Só de pensar no que a garota fazia, um forte enjôo o abateu.Em pensar que já a tinha desejado .Mas uma outra coisa bateu em sua mente.Remus não sabe. Eu preciso contar.James engoliu em seco, e continuou todo trajeto pensando se contaria para Remus ou não. Ele é meu amigo, e merece saber da verdade.James suspirou.Sim, ele contaria. E ainda nesse domingo.


 


-Mãe, to vazando. – Gritou Alice, enquanto trancava a porta de casa.Sirius mandara uma mensagem há meia hora, avisando que passaria para buscá-la.E agora lá estava ela, entrando no carro lindo e caríssimo do moreno.


Alice cumprimentou Sirius, e ambos começaram a conversar. Na noite anterior, Alice e Sirius descobriram muitas coisas em comum.E Alice percebeu que Sirius não era o garoto insensível, malcriado e sem educação que ela achava que ele era.Na verdade, graças a Sirius, seu pai doava todo ano uma alta quantia para uma ONG.Ah, e ele lhe disse que fora criado da seguinte forma pelos pais; ‘faça o que quiser, mas não me encha o saco’.Bom, e ele tinha sim educação... Fez questão de abrir a porta para ela entrar no seu Honda S2000.


Narrado por: Alice Weltrey


Eeu contei minha história para ele. Minha mãe louca, papai sem vergonha e blá blá blá.Digamos que descobrimos uma coisa em comum; somos os únicos normais em nossas famílias.


-Uhmm... Alice.-Sirius me chamou,e voltei minha atenção para ele.- Uhm.. eu queria fazer uma pergunta.


-Faz ué. –Sorri para ele.Sirius parou o carro no farol, e virou-se para mim.


-Alice, no  fim deste mês vai ter uma festa de gala, que o pai do James vai dar. –Sirius pigarreou, e segurou minha mão. Espera, ele ia fazer o que eu achava que ele ia? –Você quer ir comigo ? Uhm, essas festas são um saco,e nem beber eu posso nelas.Bom, minha mãe disse que tinha que levar uma acompanhante bonita  e eu só pensei em você...Bom, não só em você... –Sirius começou a ficar vermelho e eu entendi. Ele nunca havia pedido isso para uma garota- ... mas você é a única que eu gostaria de levar.- Ele terminou murmurando, me deixando sem fala.


Eu abri meu melhor sorriso, e tenho certeza que corei quando respondi.


-Eu adoraria ir com você nessa festa. –Sirius só me deu um lindo sorriso, antes do meu celular tocar.Não me lembro exatamente o que Remus disse, só que teria uma festa na casa dele para comemorar algo.Eu disse que eu e Sirius iríamos, e só pude ouvir Lily gargalhar do outro lado.


Narrado por: Lily Evans


-REMUS, ESTÁ PRONTO!-Berrei do pé da escada. O Ratatouille estava cheirando deliciosamente bem. Remus desceu da escada, e deu uma fungada.


-UHHHHHHHHM.-Ele soltou, e eu gargalhei.Seguimos para a cozinha, e enquanto Remus começava a comer, eu colocava o bolo no fogo.-É do que o bolo?


-Chocolate branco com recheio de chocolate preto. –Remus fez um outro “ UHMMMMMM”, e eu sentei-me de frente a ele, e comecei a me servir. –Vou comprar carne mais tarde, e refrigerante para o churrasco.


-não precisa, Lils. –Remus disse terminando de comer o que sobrava e colocando mais uma porção do Ratatouille. Olhei chocada, já que tinha acabado de colocar a primeira garfada na boca –Frank e uns caras de Liverpool vão trazer as coisas. Ah! E o Frank vai trazer o som dele. Vai ser o DJ!


Não consegui falar nada.   Frank e uns caras de Liverpool... Oh Deus, que Eddie McMillan não esteja entre eles...


-...Acho que ele vai trazer o barman do Psy-Club  também. –Remus terminou. Uouuu, Juan em casa. Isso será... engraçado.


 -Lils... –Remus terminou seu segundo prato, e limpou a boca com o guardanapo.Opa, ai vem coisa. –Vou fazer uma pergunta e quero que seja franca.-Assenti  com minha cabeça, e Remus proseguiu. –Você está saindo com o McMillan?


Acho que fiquei vermelha. Não, verde. Ou melhor Roxa. COMO REMUS SOUBE DISSO?


-o.. que? –Foi tudo que saiu da minha boca. Remus olhou nos meus olhos,e eu desviei.


-Como você está saindo com ele? –Ele praticamente gritou.Oh, não.Ai vem sermão.


*DING DONG*(n/a: esse é o único  meio que conheço da campainha tocar em uma história...)


-..Argh, esquece.- Remus levantou-se para atender a porta - Você é livre pra namorar quem quiser. Só me faça um favor ... Não saia com idiotas!


Sorri, e mandei um beijo no ar para Remus, que revirou os olhos.


*DING DONG*DING DONG*
-Já vai! Já vai! – Ele berrou, seguindo até a porta.


Remus podia até não dar um sermão, mas eu sabia muito bem que ele ainda ficaria no meu pé.

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