O casamento
N/A: Galerinha, mais pra frente vcs encontrarão a letra da música “Far Away”, do Nickelback. Aconselho quem tiver essa música ou quiser procurar no youtube, que escute quando tal cena chegar.
Mas se vc for tipo a minha amiga Marina, que toda vez encharca lençóis, não ouçam! Apenas leiam hauahuahauahauahau.
Bom, é só isso.
Boa leitura.
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O casamento
A manhã do dia 24 estava com uma atmosfera que mesclava ansiedade e expectativa. O casamento de Victoire e Teddy finalmente havia chegado. O evento seria realizado no jardim da casa de Andromeda Tonks – avó materna do noivo – e tudo estava perfeitamente organizado para ocasião.
O jardim estava coberto por uma grande lona, e o ambiente estava magicamente aquecido para que os convidados não sofressem com o rigoroso inverno. Fadinhas brilhantes voavam por todos os lados, criando pequenos pontos de luzes. Um grande tapete vermelho seguia em linha reta até o altar, que era decorado por belos arranjos de rosas brancas e vermelhas.
As cadeiras dos convidados ainda estavam vazias. O casamento havia sido marcado para as 11h00min. As pessoas que iam chegando antes disso caminhavam pelo jardim, admiradas com a decoração. Jorge havia sugerido que a cada 30 minutos caíssem sobre os convidados, pétalas de rosa enfeitiçadas com um brilho delicado, que não se perderia até o final da festa.
No interior da casa, as damas de honra já estavam prontas. Foram as primeiras a chegarem ao local. Alice, Lily, Dominique, Molly e Lucy já estavam agoniadas com aquela espera. Quem as visse diria que eram elas as noivas, devido sua ansiedade. Todas as meninas vestiam um vestido tomara-que-caia azulado com um brilho levemente perolado, justo no busto e na cintura, caindo solto até os joelhos. Nos pés todas elas tinham sapatilhas parecidas com de bailarinas, com fitas amarradas até um pouco acima do tornozelo. Os cabelos estavam presos num coque frouxo, com vários fios soltos, se espalhando delicadamente pelo rosto. As damas pareciam verdadeiras fadinhas.
As madrinhas também já estavam no local. Claire, Rose, Sophie e Lauren (uma amiga francesa de Victoire) haviam prometido a noiva que estariam lá bem cedo, para ajudar em qualquer detalhe que faltasse. Todas as madrinhas estavam divinas, em seus elegantes vestidos. Agora só faltavam os dois últimos padrinhos aparecerem, e os casais estariam formados.
Os Malfoy chegaram acompanhados pelos Williams. Todos ficaram admirados com a decoração, principalmente Astoria, que amava festas. Ela soltou uma exclamação de surpresa ao ver as pétalas encantadas caírem sobre eles:
- Meu Deus, que lindo! Scorpius lembre-me de fazer algo parecido no seu próximo aniversário!
- Vai ficar lindo tia, se Scorpius não lembrar eu com certeza te lembrarei esse detalhe. – Vincent disse, prendendo uma risada.
- Pessoal, a gente vai lá dentro ver os últimos detalhes, certo? - Scorpius disse, e logo saiu com Vincent para o interior da casa.
A casa também estava decorada para a festa, a sala tinha sido ampliada magicamente, de modo a formar uma enorme pista de dança. Em uma das paredes tinha um enorme mural com fotos dos noivos, eles sorriam e acenavam para quem estivesse olhando. Tudo estava decorado para combinar com o exterior da casa.
- Até que enfim vocês apareceram! – A voz de Alvo ecoou pela sala praticamente vazia, e ele correu ao encontro dos garotos.
- Hey Alvo, desculpa, minha mãe sempre demora a se arrumar, vocês... – Começou Scorpius, mas foi interrompido por Vincent.
- Meu Deus, é a Rose?
Rose vinha descendo as escadas tranquilamente. Não havia se dado conta de quem acabara de entrar. Vestia um longo vestido vermelho, um pouco justo em seu corpo, marcando suas curvas, e que deixava suas costas nuas. Seus cabelos ruivos estavam presos em uma trança frouxa, que caía pelas costas, e assim como as daminhas, vários fios de cabelo lhe caíam pelo rosto, emoldurando sua face. No pescoço, havia um lindíssimo colar de ouro branco com um pequeno pingente de uma rosa enroscada em um escorpião. Sua maquiagem era leve, para não chamar tanta atenção. E nos pés tinha uma belíssima sandália de salto agulha e tiras finas. Rose sem dúvida se destacava entre as madrinhas.
- Ela está...
Scorpius ficou paralisado. Seria repetitivo dizer que ele tinha achado Rose deslumbrante naquele vestido, mas não vinha outra palavra, na verdade, não vinha palavra alguma. Scorpius tentava falar alguma coisa, mas sua boca não emitia som. Seu coração bateu forte ao ver o colar que a ruiva usava, será que aquilo era alguma mensagem dela pra ele?
- Priminha, assim você me faz cair de quatro! – Alvo disse em voz alta o suficiente pra Rose escutar, e Scorpius disfarçou sua reação.
- Ah, por Merlin! Não exagere Alvo. Você diz isso porque ainda não viu as outras madrinhas! – Rose riu, enquanto se aproximava do trio de rapazes.
- Se elas estiverem como você, não vou conseguir me concentrar no altar! – Alvo fez a melhor cara de safado que conseguiu e Rose sorriu.
Aproveitando o clima de descontração, Rose se virou para os outros meninos que estavam perto do primo e os encarou com uma expressão feliz.
- Oi Vincent! Oi Scorpius! – ela os cumprimentou sorrindo – Como estão?
- Olá Rosecreide! Eu ia te elogiar também, mas o Alvo já disse tudo! – Disse Vincent rindo.
- Oi Rose! – Scorpius começou, ainda controlando suas ações – Você está linda mesmo.
- Ei, Alvo, me ajuda aqui!
Tiago Potter entrara na sala com os cabelos bagunçados, provavelmente de tanto puxá-los de nervosismo.
- Louis, Luiza e companhia estão me deixando louco! Eles não param de correr atrás das fadinhas, que já estão em estado de pânico!
Os jovens riram do Potter mais velho e Alvo foi socorrer o irmão. Vincent que sentiu que o clima ia ficar mais ‘estranho’ aproveitou a hora para deixar Rose e Scorpius sozinhos.
- Er... Eu vou ajudar também, se vocês não se importam! – Ele disse, saindo da sala também.
Rose e Scorpius se encararam por alguns instantes, sem saber o que dizer. Era notável o constrangimento dos dois, principalmente pelo que havia acontecido na noite de ensaio. A ruiva tentou disfarçar várias vezes, olhando em outras direções, mas no final, seu olhar sempre encontrava com o de Scorpius.
- Certo... Isso está bem estranho! – ela disse finalmente.
- Está. Acho que o Vin previu isso... – O loiro sorriu e Rose também, ele estava se sentindo estúpido por não saber o que dizer, por vezes seu olhar caía sobre o colar que a ruiva usava, ele pensou em perguntar alguma coisa, mas Rose provavelmente percebeu o seu olhar, porque disse:
- É um belo pingente não é? – ela abaixou a cabeça e tocou o pingente – Não se preocupe com isso, não uso por algum tipo de provocação ou coisa parecida.
- É muito bonito. – Scorpius concordou – Eu... admito que achei que era uma mensagem pra mim, sabe... depois de anteontem... – O loiro lançou um olhar significativo a Rose.
- É... Talvez você esteja certo e realmente seja uma mensagem pra você... Ou então...
- Então...?
- Então seja apenas uma incrível coincidência.
Scorpius sorriu e deu um passo em direção a ruiva, que agora estava recostada na parede, apenas esperando as pessoas chegarem.
- Você está realmente linda! – ele disse, olhando intensamente nos olhos da ruiva.
- Obrigada. Victoire me ajudou a escolher. Disse que queria suas madrinhas deslumbrantes! – Rose sorriu e revirou os olhos.
- Bom, ela fez uma ótima escolha... Você está realmente deslumbrante! – Scorpius se aproximou mais e tocou no rosto da ruiva. Estava se aproximando mais dela, quando uma pequena figura loira, se colocou entre ele e Rose e puxou a barra do vestido da ruiva.
- Oh Kate! O que quer?
- Tia, mon papa? – A pequena continuava puxando o vestido da ruiva, agora fazendo bico.
Rose encarou a pequena um pouco confusa e depois olhou pra Scorpius.
- Acho que ela quer o pai dela. – ela disse e depois se voltou para pequena criança – Querida, seu papai não está aqui agora. – Rose disse gentilmente.
- Na verdade, eu acho que ela quer comer... – Scorpius disse e se abaixou pra falar com a pequena Kate. – Sés nourriture?
A pequena balançou a cabeça afirmativamente enquanto brincava com os cabelos do loiro.
- Ela quer comer, Rose. Nourriture é ‘comida’ em francês. – O loiro sorriu quando a ruiva corou.
- Ahn... Certo, eu vou buscar alguma coisa na cozinha pra ela então! – disse Rose, ainda desconcertada por não ter entendido a criança – Se importa de cuidar dela um instante? Se ela for lá pra fora vai se sujar, e tia Gabrielle vai querer arrancar minha cabeça fora.
- Sem problemas – Scorpius disse enquanto se levantava com a criança no colo – Quer brincar?
Rose sorriu ao ver Scorpius com Kate nos braços, e saiu em busca do alimento da garota. Tinha escutado sua tia falar algo sobre mingau ou papinha, e foi conferir se já estava pronto ou ela teria que fazer.
A ruiva já deveria prever que o tal mingau não estava pronto. Mesmo não convivendo tanto com a Kate, sabia que a baixinha era um pouco “fresca” com relação a comida. Por vezes ela teimava que não ia comer, e fazia um escândalo quando tentavam obrigá-la. Então, Gabrielle já prevendo uma dessas crises da filha, apenas separou o necessário para preparar o mingau, para quando ela sentisse fome.
- Ótimo, agora vou ter que bancar a cozinheira infantil! – Rose disse pra si mesma e foi preparar a comida da criança.
Ao voltar para sala, a ruiva viu algo que a fez dar gargalhadas. Scorpius segurava Kate pela barriga, e a menina estava deitava, rindo abertamente quando o loiro girava e dizia coisas do tipo ‘Você está voando!’, ‘É a vassoura mais veloz do mundo!’. Rose se aproximou com o mingau da pequena e Scorpius voltou a segurar a loirinha no colo, que continuava rindo das brincadeiras.
- Você tem jeito com crianças. – Disse ela, ainda rindo.
- Tenho? – O loiro sorriu, Kate se esticava em seus braços para pegar o mingau – Nossa, ela deve estar faminta!
- Me dê ela antes que Kate se jogue no chão, em busca do mingau! – Rose brincou e pegou a pequena loirinha no colo – Por curiosidade, desde quando fala tão bem em Francês?
- Aprendi quando tinha 8 anos. Meu pai disse que era pra ganhar garotas quando eu crescesse... – Ele sorriu com a expressão de espanto da ruiva – Brincadeira! Alguém tem que cuidar dos negócios do papai, tive que aprender a falar muitos idiomas. – Ele revirou os olhos – É engraçado, você tem franceses na família e não sabe falar uma palavra!
- Sei sim, Jet’aime, é ‘eu te amo’, certo? Tia Fleur vive falando isso pra o tio Gui... – ela e Scorpius riram – Ah não, Kate, está gostoso! – Rose falou pra pequena loirinha, que fazia birra pra não comer o mingau – Veja, até o Scorpius come. – a ruiva disse, pegando uma colher do mingau e colocando na boca do loiro, que não pode recusar. – Tá gostoso, não é Scorpius? – ela lhe lançou um olhar significativo.
- Tá, delicioso! Se a Kate não quiser, eu como!
Ao ouvir o que o loiro disse, a pequena Kate se debruçou sobre o mingau, como se para esconder do ‘loiro guloso’. Scorpius e Rose riram da criança.
Enquanto comia, Kate era interrompida constantemente por Rose, que a limpava delicadamente toda vez que sujava demais o rosto ou as mãos. Por vezes a ruiva tentava dar a ela o alimento, mas a pequena se recusou depois da terceira colherada, insistindo em comer sozinha para provar que era uma “mocinha”.
Quando finalmente Kate acabou de comer, deu um grande bocejo, indicando que não haveria ninguém capaz de impedir que ela dormisse antes do casamento. A pequena esticou as mãozinhas em direção a Rose, que a pegou novamente no colo. Kate encostou a cabeça no ombro de Rose, e ficou brincando com uma mecha de seu cabelo distraidamente.
- Ótimo! Agora que ela está satisfeita, acha que pode dormir. – Rose brincou, mas isso não pareceu chegar aos ouvidos de Scorpius. O loiro, ao vê-la com a criança nos braços, permitiu-se vagar em seus pensamentos, imaginando o dia em que Rose e ele se casariam, teriam filhos e formariam uma família feliz. Ele só foi despertado de seu transe, quando a voz de Rose ecoou um pouco mais alto que o normal:
- Scorpius, você tá me ouvindo?
- Ham? Nossa parece que ela quer dormir agora né? - O loiro despertou, mas não fazia idéia do que Rose estava falando e acabou repetindo sem querer o que ela tinha dito.
- Foi o que eu acabei de dizer, mas pelo visto, você não estava prestando a mínima atenção! – Rose sorriu e quando fez menção de falar novamente, Vincent apareceu na sala.
- Ainda estão vivos? Bons garotos. Foi assim que os ensinei. Paz, amor e harmonia sempre! – ele brincou e olhou para Kate, que estava aconchegada no colo de Rose – Oh, uma criança!
- Não amigo, um ET – Disse Scorpius ironizando – Conseguiram tranqüilizar as fadas?
- Conseguimos, mas foi dureza, elas não queriam sair dos vasos de rosas de jeito nenhum, tremiam só de escutar as vozes do Louis e da Luiza.
- Ok, agora que vocês tranqüilizaram as fadas, eu preciso ter uma conversinha com aqueles dois. Louis e Luiza são apenas duas crianças de 11 anos, mas aprontam mais que mil! – Rose revirou os olhos – Vincent fique com a Kate! – ela passou a criança para os braços do amigo – Vou lá fora e volto em um instante.
Vincent segurou a pequena sem jeito e olhou pra Scorpius assustado, como se pedisse ajuda. Kate se arrumou em seus braços, encostou a cabeça no ombro do moreno e voltou a dormir.
- Er... Scorpius, eu nunca segurei um ET antes, dá pra você me ajudar, por favor?
- É só ter cuidado pra ela não cair, você ta segurando certinho, pode voltar a sua cor normal – Scorpius riu do amigo, que já estava pálido de tão nervoso – É só uma criança, Vincent!
- Mas a mãe e o pai dela são bem grandinhos, se eu deixar ela cair, to ferrado!
- Ela não vai cair! Me dá ela aqui então. – Scorpius pegou a pequena nos braços que já estava ficando irritada de tanto ser incomodada.
- Você já foi pai ou algo do tipo? – Vincent disse, observando o jeito que Scorpius segurava a loirinha.
- Eu tenho um priminho, esqueceu?
Kate, já irritada com tanta falação, ergueu a cabeça, encarando Scorpius zangada e empurrou seu rosto com as mãozinhas, dizendo:
- Eu quero mimir!
Scorpius riu, e para sua salvação, Gabrielle apareceu na sala, e se aproximou da dupla de amigos com um grande sorriso no rosto.
- Oh mon Merrrrlin! – ela exclamou – Kate deve estarrrr dande trrrrabalho parrrra vocês! – Gabrielle pegou a filha no colo, que dessa vez não se segurou e abriu o berreiro.
- Xiiii, tava demorando. Essa criança tava parecendo Goles em dia de jogo, passou de mão em mão! – Vincent disse entre risos.
- Me desculpem! Estava le em cima ajudando Fleurrr com o vestide de Vic, que acabei deixando a Kate parrrra vocês. Ela já comeu?
- Comeu sim, Rose fez o mingau dela, por isso que ela ficou com sono. – Scorpius respondeu – Mas ela tem que ficar acordada pro casamento né?
- Sim! Ela serrrá a porrrta aliança. Tem que estarrr acordade! – Gabrielle sorriu – Bom, vou lá prrra cime com ela. – a loira caminhou em direção às escadas, mas antes de subir se virou para Scorpius e agradeceu – Merci beaucoup!
- Pour rien! - Scorpius respondeu sorrindo.
- Posso saber o que aconteceu entre você e a Rose na minha ausência? – Vincent perguntou enquanto os dois saiam novamente da casa.
- Você perdeu um belo mingau, acredito que se você estivesse aqui naquela hora não tinha sobrando nada pra Kate!
- Ah, qual é! Você sabe do que eu tô falando! – Vincent pressionou – Vocês dois estão estranhos desde anteontem... E quando cheguei agora pareciam íntimos novamente. Perdi alguma coisa?
- Não perdeu nada, Vin. – Scorpius revirou os olhos – Se tivesse acontecido algo você saberia, é o meu melhor amigo, ou não?
Faltava pouco mais de trinta minutos para a hora marcada para o casamento, e agora os convidados chegavam aos montes.
Os padrinhos e as damas de honra agora recebiam grande parte dos convidados, enquanto Teddy andava de um lado para outro dentro da casa da avó, absolutamente nervoso. Harry, Rony, Draco e até mesmo Duda, tentaram acalmar os nervos do rapaz, mas só conseguiram deixá-lo mais agoniado.
Do lado de fora, Dominique estava encaminhando uma senhora para seu lugar, quando viu a família Carter chegar ao local. Seu estômago deu um grande salto ao perceber o quanto Michael ficava perfeito de preto. Sacudiu rapidamente a cabeça, na tentativa de afastar tais pensamentos. Não poderia se dar ao luxo de permitir que qualquer um desconfiasse dos dois.
Tranquilamente, ela caminhou até a família de seu “namorado” e os cumprimentou, oferecendo ajuda para encontrarem seus lugares.
- Que bela jovem! – exclamou a Sra. Carter, assim que Dominique se aproximou.
- Obrigada! – Dominique agradeceu – Venham comigo, vou lhes mostrar seus lugares.
Michael, seguindo o próprio plano de ignorar a menina na presença de todos, precisou se esforçar muito para não puxá-la pra si e beijá-la.
- Aqui. Sintam-se à vontade. – ela sorriu para os Carter. Ia saindo quando ouviu Michael chamá-la.
- Pequena Weasley, você sabe onde Scorpius e Vincent estão? – ele perguntou, fingindo estar totalmente desinteressado.
- Provavelmente dentro da casa, tentando acalmar meu cunhado que parece disposto a fazer um buraco no chão, de tanto que anda. – explicou ela, revirando os olhos. Fez menção de sair novamente, quando Michael a chamou novamente.
- Pequena Weasley?
- O que foi agora? – ela se virou para encará-lo, com as mãos na cintura.
- Você está realmente fantástica! – Michael piscou para menina, fazendo com que sua mãe lhe lançasse um olhar de advertência. Não gostava da ideia de seu filho dando em cima da irmã da noiva, que obviamente era bem mais nova que ele. Aquilo não era nada certo, do ponto de vista da Sra. Carter.
Mal sabia ela que o certo e o errado para os dois já não existia.
Os convidados já estavam sentados em seus devidos lugares. Parado em frente ao altar, Ted Lupin estava ansioso pelo momento em que veria Vic aparecer naquele tapete vermelho, caminhar graciosamente até seu encontro e finalmente tornar-se sua esposa. Os padrinhos também já estavam em seus devidos lugares. Tiago e Claire, Rose e Scorpius eram os padrinhos do noivo, enquanto Sophie e Vincent, Alvo e Lauren, eram os da noiva.
Embora Ted fosse órfão de pai e mãe, no lugar em que deveriam estar Remo e Ninfadora, se encontravam Harry e Gina. Andrômeda fizera questão que o casal ocupasse o lugar de sua filha e seu genro, tendo em vista que desde o nascimento de seu neto até os dias atuais, eles representaram a figura de pais do jovem.
Ted encarava seus amigos e parentes com uma expressão completamente ansiosa. Será que as noivas costumavam demorar tanto assim? E respondendo sua pergunta, eis que finalmente começaram a tocar a Marcha Nupcial. Na frente, vinham as Damas de Honra, segurando suas cestinhas com pétalas de rosa, e esboçando um belo sorriso no rosto. E ao fundo, vinha uma linda jovem, que Ted julgara uma verdadeira princesa.
Ao som da Marcha, todos os convidados se colocaram de pé e instantaneamente voltaram seus olhos para o início do tapete. Ficaram boquiabertos quando viram a beleza da noiva ofuscava qualquer um que estivesse no local. Victoire estava acompanhada se seu pai Guilherme, e lentamente caminhava em direção ao altar. Seu longo vestido branco tinha um brilho perolado e vários fios dourados, que lhe davam um charme especial. Era um vestido tomara-que-caia, justo até a cintura e com saia no estilo evasê. Vários fios dourados formavam desenhos de flores delicadas no tecido da saia. Os longos cabelos loiros de Victorie estavam presos em um rabo de cavalo bem trabalhado, com vários cachos caindo pelas costas. Na cabeça ela trazia uma linda tiara, cravejada de diamantes e pedras da lua. Sua maquiagem era clara. Apenas um Gloss para realçar os lábios e uma sombra perolada pra realçar o brilho dos olhos azuis. Victoire, sem dúvida, era a noiva mais bonita que qualquer um já havia visto.
Assim que chegou ao altar, Victoire foi recebida por seu noivo com um grande sorriso. Os dois estavam completamente nervosos, e isso era visível para qualquer um.
Quando o mago começou a falar, um silêncio absurdo reinou. Todos prestavam atenção nas belas palavras ditas, no quão importante era a formação de uma família e na responsabilidade que os noivos assumiriam a partir daquele momento.
Finalmente chegou a hora da troca de alianças. A pequena Kate caminhou até o casal, segurando sua almofadinha, e Ted Lupin foi o primeiro a dizer seus votos.
- Eu, Ted Lupin, recebo você Victoire Weasley, como minha esposa, prometendo amar e respeitar durante todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe. – Ted colocou a aliança no dedo anelar esquerdo de Victoire, que agora já não conseguia conter as lágrimas.
- Eu, Victoire Weasley, recebo você Ted Lupin, como meu esposo, prometendo amar e respeitar durante todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe. – Victoire seguiu o exemplo de Ted e colocou a aliança em seu dedo.
- E é com o poder investido em mim, que eu, Mago Norman Alastor Masen Harnois, membro da Ordem de Merlin e responsável pelas uniões do mundo mágico, os declaro casados! – disse o mago – Pode beijar a noiva!
Sem precisar ouvir uma segunda ordem do mago, Ted abraçou sua esposa carinhosamente pela cintura e a beijou.
Todo local explodiu em palmas e mais uma chuva de rosas caiu sobre os convidados.
Molly e Fleur estavam completamente emocionadas. Arthur e seu filho Gui já haviam perdido as contas de quantos lenços haviam conjurado para que elas pudessem enxugar as lágrimas. Gabrielle também estava emocionada com o casamento da sobrinha, mas assim como Gina, Hermione, Angelina e Audrey, conseguia conter sua emoção e evitar que suas lágrimas transformassem o evento em uma grande choradeira.
Enquanto os noivos eram obrigados a andar por todo local, cumprimentando os convidados e agradecendo a presença, os que já haviam cumprido seu papel como padrinhos, damas de honra e ouvintes de reclamações de Victoire, agora respiravam em paz.
Dominique caminhava em direção aos primos e aos amigos (dentre eles, Michael Carter), quando sentiu alguém segurar seu braço. Virou-se rapidamente para ver quem era, e ficou surpresa ao se deparar com um belíssimo rapaz, alto, de cabelos e olhos castanho-claros e com um sorriso de tirar o fôlego de qualquer mulher naquela festa. Era Landon Worrington, sobrinho do esposo de Gabrielle.
- Land! – Dominique o cumprimentou, animada – Por Merlin, não te vi chegar! Por que não me procurou? Estava com saudades! – ela acusou e logo sorriu. Michael, que acompanhava de longe, estreitou os olhos em desaprovação à cena.
- Pardon, mon Chérie! – Landon retribuiu o sorriso – Cheguei atrasado e não seria elegante de minha parte caminhar até o altar só para cumprimentar minhas “primas”!
- Não mesmo! Sem contar que Vic provavelmente arrancaria sua cabeça. – ela brincou, fazendo Landon dar uma grande risada.
- Por falar na noiva, onde ela está? – Landon olhou em volta – Não tive tempo de cumprimentá-la.
- Está por aí, sorrindo e acenando para os convidados! – Dominique revirou os olhos – Nem adianta ir atrás dela agora. Da última vez que a vi, estava conversando com uma velha, no sentido literal da palavra, amiga da tia Muriel. Pelo que pude ouvir, ela disse que Vic deveria ter feito um pequeno regime antes de usar o vestido.
- Uau, isso não me parece adequado para se dizer a uma noiva!
- E não é. Mas tia Muriel costumava ver defeito em tudo e suas amigas seguem a mesma linha. Por isso se te dizem que está horrível, você deve agradecer e se sentir a melhor pessoa do mundo, pois as palavras querem dizer exatamente o oposto.
- Certo. Acho que vou me lembrar disso! – ele balançou a cabeça.
- Venha, vou te apresentar aos meus outros primos e alguns amigos! – Dominique segurou a mão de Landon e caminhou por entre as várias pessoas que estavam espalhadas no salão, em direção aos parentes e amigos.
Michael, que estava recostado na parede, bebendo seu adorado Uísque de Fogo, assumiu uma postura mais séria e formal, ao ver sua Pequena Weasley se aproximar de mãos dadas com um cara que ele nunca havia visto.
- Bom, para aqueles que não conhecem, esse é meu... Quase primo, Landon Worrington! – Dominique apresentou o belo rapaz, que fez questão de sorrir e fazer um breve aceno com a cabeça.
- Land, esses são, Vincent, Scorpius, Alvo e Alice; – ela apontou para eles, e Landon ergueu a mão, os cumprimentando – Hugo e Lily; Molly, Lucy, Fred e Roxanne; – Landon acenava e dizia “muito prazer” a todos – Michael e Sophie; – os olhos de Landon se demoraram um pouco em Sophie e seu belíssimo e decotado vestido azul, então finalmente sorriu. Isso não passou despercebido por Vincent. – Está faltando alguém aqui...
- Onde está o Louis? – ele perguntou, procurando pelo seu primo menor.
- Provavelmente tentando matar as fadinhas do jardim de susto, ao lado da Luiza! – ela respondeu, e revirou os olhos – Bom, tirando o Vincent, Scorpius, Michael, Alice e Sophie, todos esses são meus primos!
- Uau... É bom ter... Ter uma família grande! – Landon tentou parecer simpático, embora estivesse impressionado pelo número de pessoas com o mesmo sobrenome e afinidade sanguínea, a sua frente.
- Eu fico me perguntando... Como alguém pode ser “quase primo”? – Michael comentou, enquanto devolvia seu copo vazio para uma bandeja que passava sobrevoando suas cabeças, e pegava mais um.
Landon sorriu, divertindo-se com a ironia do rapaz e se virou para ele com uma expressão tranquila.
- Sou sobrinho do esposo de Gabrielle. Isso é o que costumamos chamar de parente por associação!
Michael ia responder, mas bem na hora, Rose apareceu, com uma expressão levemente aborrecida, e tratou logo de pegar uma taça de Champanhe, de outra bandeja enfeitiçada que passou próxima a ela.
- Se eu tiver que brigar com Louis, Luiza e companhia mais uma vez, vou enlouquecer! – Rose comentou e bebeu um gole de seu Champanhe, sem nem mesmo notar a presença do rapaz que estava ao seu lado.
Landon, entretanto, não só notou a presença de Rose, como ficou boquiaberto ao ver a jovem. Por um instante pensou em considerar a possibilidade dela ser alguma Veela, amiga de Victoire, mas ao reparar seus cabelos vermelhos e perceber que havia mais pessoas com essa mesma característica no grupo apresentado por Dominique, julgou que ela fosse a pessoa que estava faltando.
- Desculpe, acho que não fomos apresentados! – Landon disse educadamente, fazendo com que Rose se virasse e o encarasse, com uma expressão curiosa – Sou Landon Worrington! – o rapaz encarou profundamente os olhos de Rose e em seguida, segurou sua mão livre e a beijou.
Scorpius sentiu seu estômago revirar nesse momento. Seus olhos estavam estreitados de forma violenta. Assustou-se ao perceber que o ciúme que se apoderou dele naquele instante era praticamente incontrolável.
- Prazer, Worrington! Sou Rose Weasley. – a ruiva disse, um pouco sem jeito.
- Com licença! – disse Scorpius de maneira seca e saiu, mas não sem antes lançar um olhar de repugnância em direção a Landon e Rose.
- Ah, por favor, sem formalidades. Me chame apenas de Landon! – ele sorriu mais uma vez.
- Nesse caso, me chame de Weasley! – Rose disse e se virou para Fred – Tio Jorge está procurando por você. Acho que tem algo a ver com a surpresa e fogos.
- Certo! Deixe-me ir atrás do velho, e, por favor, só aprontem quando eu voltar! – Fred saiu do salão.
- Bom, eu também já volto. – Rose anunciou e antes que Landon ou qualquer um ali pudesse falar algo, já estava fora do salão, a procura de Scorpius.
Scorpius estava no jardim, onde outra pista de dança havia sido formada, encostado em um dos arranjos e bebendo Uísque de Fogo. Sabia que sua saída repentina da sala fora algo infantil e tolo, mas não conseguiu evitar.
Como aquele cara podia olhar para Rose, sua Rose de forma tão... Por Merlin, ninguém tinha o direito de desejá-la, a não ser ele. Mas era inevitável, ele sabia. Assim como também sabia que não tinha direito de reclamar, se ela se encantasse de repente por ele e decidissem sair juntos da festa. Rose, agora, apenas aguardava sua decisão e sabia que se demorasse, um dia, ela não estaria mais esperando por ele. Um dia ela se cansaria de esperar e encontraria alguém que acreditasse em sua sinceridade, e quem sabe até seria mais feliz do que foi ao seu lado. Eles se casariam, e...
- Scorpius? – a voz baixa de Rose o despertou de seus pensamentos.
- Rose, agora não, por favor. Não quero conversar. – Scorpius disse, tentando não transparecer seu ciúme.
- Tudo bem! – Rose, ao contrário do que Scorpius imaginava, se aproximou mais dele e simplesmente o abraçou. Sem prévio aviso, nem nada, Rose simplesmente passou os braços em volta do corpo de Scorpius, e encostou a cabeça em seu peito, o pegando de surpresa. – Tecnicamente não estamos conversando.
- Não, não estamos! – Scorpius sorriu e retribuiu o abraço, a apertando mais contra seu corpo, como se quisesse impedir que ela fugisse e não voltasse jamais. – Desculpe por ter saído daquele jeito e ter olhado você daquela forma.
- Shhhh... Você disse que não queria conversar, então não puxe nenhum assunto. Apenas me abrace! – ela o advertiu, e pôde ouvir uma risada baixa.
Os dois ficaram abraçados durante um bom tempo. Rose apenas escutando as batidas do coração de Scorpius, enquanto ele acariciava seus cabelos e beijava o topo de sua cabeça de forma carinhosa. Nenhum deles percebeu o momento em que as pessoas começaram a sair do grande salão e começarem ocupar a pista de dança no jardim. Como sempre, quando estavam juntos, o tempo e o espaço era algo insignificante, que não prestavam a menor atenção.
Astoria e Hermione tinham acabado de sair do salão, quando, de longe, avistaram os filhos juntos. As duas pararam subitamente, ambas com um grande sorriso no rosto, para admirar os dois.
- Eles não são lindos? – Hermione perguntou à amiga, sem desviar os olhos de Rose e Scorpius.
- São! – Astoria também não tirou os olhos do casal e inclinou a cabeça pra um lado, para admirá-los de outro ângulo – Ah, Mione, nós podíamos dar uma ajudinha, não acha? – A loira olhou pra amiga com uma expressão decidida.
- Sim... Mas estaríamos agindo errado, nos metendo em um assunto só deles, não acha? – Hermione também inclinou a cabeça, para observá-los. Precisava concordar que Astoria e ela estavam se saindo boas ‘mães corujas’.
- Claro que não! – Astoria riu e olhou novamente o casal – E além do mais, eles não precisam saber, precisam? Nós só iremos deixar inúmeras oportunidades para os dois ficarem a sós, e aí meu filhinho cuida do resto. – Ela admirou Scorpius – Ai, ele cresceu tão rápido!
- Pensando por esse lado, acho que a coisa pode até funcionar! – Hermione encarou a amiga e sorriu – Tem razão! A Rose também tá uma moça! – Hermione suspirou.
Astoria ia concordar com a amiga, quando seu marido chegou, a abraçou pelos ombros carinhosamente, e a encarou com um sorriso.
- Do que falavam? – perguntou Draco, enquanto pegava uma taça de vinho de uma das tantas bandejas que sobrevoavam o local, servindo os convidados.
- Sobre nossos pequenos e em como eles combinam! – Astoria apontou discretamente para onde Rose e Scorpius estavam.
- Ah sim. É, preciso concordar que Scorpius e Rose formam um belo casal!
- Astoria sugeriu que nós déssemos um “empurrãozinho” para que eles possam reatar o relacionamento! – Hermione comentou, sem desviar o olhar da filha.
- Mas isso não deveria ser assunto deles? – Draco ergueu uma das sobrancelhas.
- Não quando eles se recusam a enxergar um fato tão óbvio! – Astoria sorriu para o marido.
- Eu ainda acho, que...
- Eu queria saber o motivo daquela amiga da tia Muriel insistir em reclamar de tudo! Mais um tempo com aquela velha e eu a azaro! – Rony surgiu no meio dos convidados, com uma expressão levemente aborrecida – Mas e então, sobre o que conversavam? – Rony abraçou Hermione pela cintura e deu um beijo em seu rosto.
- Sobre a vida sentimental de nossos filhos e em como nossas adoradas esposas pretendem interferir! – Draco respondeu, e apontou para o casal que continuava abraçado, sem se dar conta das pessoas que o observavam.
- Ah sim! – Rony encarou o casal e também inclinou a cabeça, para vê-los melhor de outro ângulo – Mas isso não deveria ser assunto deles?
- Eu perguntei isso, mas segundo elas, os dois se recusam a enxergar o óbvio! – Draco revirou os olhos – Acho que só nos resta aceitar e ajudar no plano.
Rony balançou a cabeça em um sinal afirmativo, ia falar mais alguma coisa, mas foi impedido por Harry e Gina que chegaram para se unir ao grupo.
- O que estão fazendo? – perguntou Gina, um pouco intrigada ao ver o irmão, a cunhada e os amigos de cabeças inclinadas, encarando algo a sua frente.
- Observando nossos filhos! – Rony respondeu.
- E pensando em alguma forma de uni-los novamente! – Hermione completou.
- Mas isso não é um problema deles? – Harry perguntou, e assim como os demais, também tombou a cabeça.
- Não se nós pudermos interferir! – Draco respondeu – Tá na cara que a Rose ainda ama meu filho. Também, ele puxou ao pai!
- A Rose? – Rony perguntou e se virou para encarar Draco – Por favor, seu filho morre de amores pela minha menina desde criança! O charme dos Weasley conquista qualquer um.
- Ora homens, não briguem! – Astoria os repreendeu – Os dois se apaixonaram e não importa o charme de qual família seduziu quem primeiro.
- Tem razão! – Draco concordou – Embora todos saibam que nós, Malfoys, somos irresistíveis, não devemos brigar para saber quem se apaixonou por quem primeiro.
- Irresistíveis? Vocês? Por Merlin, parecem um bando de bonecas trouxa com esse cabelo loiro claro, e agora vem me dizer que isso é charme? – Rony retrucou a alfinetada – Irresistíveis somos nós!
- Vocês e suas cabeças de cenoura!
- Ronald Weasley e Draco Malfoy, parem já! – Hermione se virou para encará-los, e diante da expressão autoritária, nenhum deles ousou discordar. – Assim está ótimo!
Novamente todos voltaram sua atenção para Rose e Scorpius, quando Jorge, Angelina, Percy e Audrey apareceram.
- E aí turma, qual é a diversão do momento? – perguntou Jorge animado.
- Estamos olhando os filhos deles, e chegando a conclusão de que formam um belíssimo casal! – Harry respondeu.
- E também estamos todos pensando em uma forma de fazerem com que fiquem juntos novamente. – Gina completou.
- Mas isso não é...? – Percy ia perguntar, mas foi interrompido por um coral de vozes bem ensaiadas que respondeu:
- Não quando se recusam a enxergar o óbvio!
E foi esse barulho de vozes, que finalmente fez com que Scorpius levantasse o rosto e encarasse as pessoas a sua frente. Ficou surpreso ao ver seus pais, seus ex-sogros, o casal Potter e mais dois casais Weasley, observando Rose e ele, com cabeças inclinadas e sorrisos bobos nos rostos.
- Eu realmente não acredito nisso! – Scorpius comentou em voz baixa e constrangida.
Rose ergueu o rosto e encarou o rapaz, confusa.
- Não acredita em que?
- Vire-se e veja você mesmo!
Seguindo o conselho de Scorpius, Rose se virou e deu de cara com grande parte de sua família e seus ex-sogros, os encarando, ainda com sorrisos bobos.
- Mas não é possível! – ela se virou para encarar Scorpius. Estava tão vermelha quanto seus cabelos.
- Para eles, é possível sim! – Scorpius finalmente riu e encarou o grupo, com uma expressão aborrecida – Ah, qual é! Tirem uma foto que dura mais, sabia?
- OPA! Ótima ideia! Pega a câmera Mione, e vocês dois aí na frente, voltem para suas posições! – Jorge disse em voz alta, fazendo com que todos caíssem na gargalhada.
Se antes Rose estava vermelha, agora estava praticamente roxa.
- Por favor, vocês querem parar de olhar? – a ruiva levou as mãos no rosto, demonstrando todo seu constrangimento.
- Desista! Eles vão continuar nos constrangendo! – Scorpius deu de ombros, conformando-se rapidamente com a situação. – Venha, é hora da nossa saída estratégica! – Scorpius pegou a mão de Rose, mas antes de arrastá-la para pista de dança, lançou um olhar para o grupo que ainda ria e disse – Ok, nós vamos dançar, aproveitem e tirem fotos enquanto podem. E pai, por Merlin, eu nunca mais quero ver você com aquela expressão de duende feliz no rosto!
- Eu não estava com uma expressão de duende feliz! – Draco contestou.
- Tem certeza? – Scorpius ergueu a sobrancelha e piscou para o pai. Em seguida arrastou Rose para o meio da pista, onde várias pessoas já dançavam animadamente.
O grupo de Weasley, Potter e Malfoy, ainda ria do constrangimento da dupla, quando Draco se virou para esposa e perguntou:
- Eu não estava com uma expressão de duende feliz, estava?
- Não amor! Com certeza não! – Astoria respondeu.
- Na verdade você mais parecia uma Barbie com aquele sorriso congelado! – Rony brincou, arrancando risada de todos.
- Antes parecer uma boneca trouxa, do que uma abóbora sorridente usada em festas de Halloween! – Draco retrucou.
- E lá vamos nós de novo... – Harry revirou os olhos, pronto para mais uma disputa entre o cunhado e o amigo.
Os convidados estavam empolgados na pista de dança. Pareciam ter se esquecido por completo que estavam em um casamento. As músicas, é claro, se alternavam entre românticas e dançantes, mas ninguém parecia notar tanto a diferença.
Rose e Scorpius já estavam dançando há algum tempo, quando a ruiva disse sentir sede. Fez menção de pegar outra taça de champanhe para beber, quando Scorpius, gentilmente, segurou sua mão, impedindo-a.
- Eu estou com sede! – Rose protestou, fazendo uma cara emburrada.
- Tudo bem, eu pego alguma coisa pra você beber! – disse Scorpius, ignorando a expressão emburrada da menina.
- Posso saber qual é o problema da taça de champanhe?
- O problema, senhorita emburrada, é que você já bebeu três taças e uma dose de Uísque de fogo! – ele acusou – Estive observando, e não acho que precise de mais álcool em suas veias.
- Mas...
- Me espere aqui e volto já com algo que não faça você cair por aí bêbada! – Scorpius finalizou o assunto e saiu, antes mesmo que Rose tivesse a oportunidade de reclamar.
- Claro, ignore a Rose e a deixe falando sozinha! – Rose disse para si mesma, contemplando as costas de Scorpius antes dele desaparecer entre os convidados – Loiro controlador... – ela disse e logo sorriu – E lindo! – completou.
Pouco tempo depois de Scorpius ter desaparecido em busca de uma bebida para Rose, Landon apareceu na frente da ruiva, exibindo seu sorriso perfeito e galanteador.
- A festa está linda, não é? – ele comentou de forma simpática.
- Sim. Digna de Victoire e Teddy! – Rose concordou sem dar muita atenção ao rapaz.
- Ouvi histórias sobre você. Parece que é a mais inteligente da família! – Landon tentava puxar assunto, mas não tinha muito avanço com Rose.
- Todos nós somos inteligentes. A diferença é que eu sou a CDF. – Rose nem se quer encarava Landon.
- Acho que você não é do tipo que gosta muito de falar, acertei?
- Em parte. – Rose finalmente se virou séria e encarou o lindíssimo rosto de Landon – Só não costumo ser comunicativa com pessoas que julgo não valerem à pena.
- Uau, nem me conhece e já me julga? – Landon perguntou incrédulo.
- O que você quer? – Rose perguntou impaciente.
- Quero que dance comigo!
- Desejo negado, agora se me der licença... – Rose fez menção de sair do local, mas Landon a segurou pelo braço. – Quer me soltar, por favor?
- O que há de tão ruim em uma dança? – ele insistiu.
- Eu não quero dançar com você, é isso que há de ruim! Agora me solte! – Rose começava a ficar nervosa.
- Por favor, só uma dança! – Landon tornou a pedir.
Rose já estava pronta para dar uma resposta mal educada, quando viu Scorpius se aproximar, e sua expressão se tornar totalmente intimidadora, ao presenciar tal cena.
- Posso saber qual é o problema? – a voz de Scorpius era tão fria quanto uma pedra de gelo – Rose, aqui está seu ponche.
- Obrigada! – Rose se soltou da mão de Landon e foi para perto de Scorpius, que a abraçou pela cintura.
Landon olhou de Scorpius para Rose, até que por fim, sorriu e balançou a cabeça.
- Já entendi! – ele disse, mais para si do que para os dois – Vocês se amam, mais por algum motivo estúpido preferem negar isso e deixar as coisas acontecerem de forma atrapalhada, do que assumir o que sentem e ficarem juntos. É algo forte, dá pra ver nos olhos de vocês. Não me surpreenderia se descobrisse que é algo de anos e se eu acreditasse nessas coisas, diria que foram feitos para ficarem juntos. – Landon riu – É tudo tão óbvio! A Rose ignora todos a sua volta, mas quando vê você – ele apontou para Scorpius – seus olhos brilham de uma forma inexplicável. E você, Scorpius, tenta fingir que não se importa, mas é só ver a Rose que sua expressão muda. Querem saber? Me desculpem por ter atrapalhado. Se eu tivesse notado antes, não estaria aqui fazendo esse papel ridículo.
E sem dizer mais nada, Landon se virou, deixando Rose e Scorpius para trás, boquiabertos, sem coragem para se encarar ou dizer alguma coisa que os fizesse se mexer.
A música animada que tocava já tinha acabado e dado lugar para uma mais lenta, quando Scorpius resolveu finalmente quebrar o silêncio.
- Você quer dançar de novo? – ele perguntou, sem conseguir encarar Rose.
- Claro! – ela concordou e eles caminharam novamente para o centro da pista de dança, onde agora vários casais, dentre eles Alvo e Alice, Tiago e Claire, e, Hugo e Lily, dançavam abraçados.
(Esta vez, este lugar)
Misused, Mistakes
(Maltratados, erros)
Too long, Too late
(Tempo demais, tão tarde)
Who was I to make you wait
(Quem era eu para te fazer esperar?)
Scorpius passou os braços em volta da cintura de Rose, enquanto ela colocava os dela em volta de seu pescoço. Eles queriam se encarar, na tentativa de confirmar a observação feita por Landon, mas faltava coragem.
O coração dos dois batia descompassado. Às vezes lento demais, às vezes rápido demais... Já estavam acostumados com a proximidade, mas havia algo diferente naquele momento.
- Eu já disse o quanto está linda hoje? – Scorpius perguntou, tentando puxar algum assunto que afastasse aquela sensação estranha de que algo estava se perdendo bem debaixo de seus narizes.
- Já... Mas obrigada por dizer de novo! – Rose sorriu rapidamente e desviou o rosto.
(Apenas uma chance)
Just one breath
(Apenas uma respiração)
Just in case there's just one left
(Caso reste apenas um)
Cause you know,
(Porque você sabe)
you know, you know
(você sabe, você sabe)
- Espero que tio Jorge não tenha levado a sério a história da foto! – dessa vez foi Rose quem tentou puxar assunto.
Scorpius riu.
- Acho que ele não chegaria tanto. E pela minha visão quase panorâmica, não tem ninguém nos encarando... Pelo menos não ainda! – Scorpius disse de forma divertida – Eu gosto dessa música. Tem uma bela letra.
- Você conhece essa música? – Rose o olhou, espantada.
- Sim! Por que o espanto? – ele sorriu – Vamos lá, é de uma banda trouxa, mas ainda sim é muito bonita. Fala de sentimentos e coisas...
- Complicadas. – Rose completou a frase.
- Sim. – Scorpius concordou.
(Que eu te amo)
That I have loved you all along
(Que eu te amei o tempo todo)
And I miss you
(E eu sinto sua falta)
Been far away for far too long
(Estive longe por muito tempo)
I keep dreaming you'll be with me
(eu fico sonhando que você estará comigo)
and you'll never go
(e você nunca irá)
Stop breathing if
(pararei de respirar se)
I don't see you anymore
(eu não a vir mais)
- Quem compôs essa música devia estar realmente disposto a ser perdoado! – Scorpius comentou pensativo.
- Talvez. Ou então só estava inspirado no momento e decidiu compor algo que demonstrasse o amor e o arrependimento de alguém. – Rose disse, sem ter coragem de virar o rosto para encarar Scorpius.
(de joelhos, eu pedirei)
Last chance for one last dance
(Última chance para uma última dança)
Cause with you, I'd withstand
(Porque com você, eu confrontaria)
All of hell to hold your hand
(todo o inferno para segurar sua mão)
I'd give it all
(Eu daria tudo)
I'd give for us
(Eu daria tudo por nós)
Give anything but I won't give up
(Dou qualquer coisa, mas eu não desistirei)
‘Cause you know,
(Porque você sabe,)
you know, you know
(você sabe, você sabe)
Enquanto dançava, Scorpius murmurava a letra da música e se perdia em tantos pensamentos, que estavam diretamente ligados a menina com quem ele dançava.
- Você realmente conhece a música! – Rose comentou.
- Sim, eu conheço! – ele sorriu – Ora, por que te espanta tanto que um bruxo conheça uma música trouxa?
- Não é isso. Eu me espanto por você conhecer uma música trouxa! – ela explicou, fazendo Scorpius sorrir ainda mais.
Scorpius se aproximou mais de Rose, colando seu rosto ao dela, e começou a cantar em seu ouvido a canção romântica que tocava.
(Que eu te amo)
That I have loved you all along
(Que eu te amei o tempo todo)
And I miss you
(E eu sinto sua falta)
Been far away for far too long
(Estive longe por muito tempo)
I keep dreaming you'll be with me
(eu fico sonhando que você estará comigo)
and you'll never go
(e você nunca irá)
Stop breathing if
(pararei de respirar se)
I don't see you anymore
(eu não a vir mais)
Rose sentia seu corpo estremecer a cada palavra que era sussurrada em seu ouvido. Seus olhos estavam marejados. Como ela queria que aquelas não fossem apenas palavras de uma canção. Que fosse realmente Scorpius quem estivesse dizendo tudo aquilo pra ela.
Scorpius afastou seu rosto para observar a expressão de Rose. Estava tão mexido quanto ela, e precisava olhar em seus olhos. Precisava ver o que se passava ali, e só conseguiria entender quando estivesse encarando ela.
(Tão longe)
Been far away for far too long
(Estive longe por muito tempo)
- Você canta muito bem! – Rose comentou a primeira coisa que lhe veio em mente.
- Obrigado! – Scorpius sorriu e então segurou o rosto da Rose entre as mãos, encarando-a de uma forma que ela jamais havia visto. Era um olhar profundo, com explicações e contradições. Um olhar magoado e ao mesmo tempo disposto a corrigir todos os erros.
E então, quando ela menos esperava, Scorpius começou a cantar de novo. Só que dessa vez, fazendo a versão dele da música e acrescentando o nome dela em cada parte da letra.
(Tão longe)
Been far away for far too long
(Estive longe por muito tempo, Rose)
But you know, you know, you know
(Mas você sabe, você sabe, você sabe, Rose)
I wanted
(Eu queria, Rose.)
I wanted you to stay
(Eu queria que você ficasse)
Cause I needed
(Porque eu precisava)
I need to hear you say
(Eu preciso ouvir você dizer)
"That I love you
("Que Eu te amo)
That I have loved you all along
(Eu te amei o tempo todo)
And I forgive you
(E eu perdoo você)
For being away for far too long
(Por estar longe por tanto tempo)
So keep breathing
(Então continue respirando)
Cause I'm not leaving you anymore
(Porque eu não vou mais te deixar)
Believe it Hold on to me and, never let me go”
(Acredite e segure-se em mim, e nunca me solte”.)
- Rose, eu te amo! – Scorpius já não cantava mais. Dizia tudo de forma clara e decidida, ignorando o fato de serem os únicos a estarem parados em meio aos outros casais que dançavam, e também o fato de que seus olhos ardiam com as lágrimas que dessa vez, ele se recusava a deixar cair – Eu te amei o tempo todo, e eu sinto a sua falta! Todos os dias, todos os minutos, eu quero você comigo de novo. Pois eu sonho que você está comigo sempre, e parei de respirar desde o dia que partiu.
- Scorpius... – a frase de Rose foi interrompida no momento em que Scorpius capturou seus lábios num beijo apaixonado.
Os casais que dançavam na pista, pararam para admirar aquela bela cena. Todos sorriam e conseguiam sentir o amor dos dois se espalhar pelo local.
Era como se o mundo estivesse sendo renovado. Novas cores, um novo ar, uma nova paz. Todos podiam sentir que algo bom finalmente havia acontecido.
Scorpius e Rose haviam se esquecido completamente que estavam em um lugar cheio de pessoas e não tinham ideia que eram observados por todas elas. No instante em que seus lábios se encontraram, foram levados para seu mundo particular. Um lugar mágico, em que só havia eles.
Não se sabe quanto tempo eles ficaram se beijando. Talvez aquele momento só tivesse durado alguns minutos ou talvez horas, mas quem se importa com o tempo, quando há algo mais importante para se preocupar?
Pouco a pouco aquele beijo apaixonado foi se tornando mais calmo, mais lento, até que por fim, os dois se separaram e se abraçaram. Pareciam ter medo de que caso se soltassem, um ou outro pudesse partir novamente.
Nesse exato momento, as pessoas que estavam em volta, começaram a bater palmas, como uma forma de elogiar aquela bela cena presenciada.
Scorpius e Rose se afastaram e olharam em volta, a procura do motivo daquela comemoração, e coraram até a raiz dos cabelos, ao perceberem que eles eram os homenageados pelas palmas.
Rose encostou a cabeça no peito de Scorpius, completamente envergonhada. Ele riu, e acariciou suas costas, em sinal de apoio.
- Acho que roubamos a cena! – ele disse, em tom de brincadeira. – Agora só basta saber se seu tio Jorge tirou a foto.
Rose riu e se afastou para encará-lo.
- Se sim, espero que tenha sido uma boa foto!
- Eu também! – Scorpius concordou, e quando se aproximou para beijar Rose mais uma vez, uma chuva de pétalas de rosa caiu sobre suas cabeças.
Os dois olharam para cima, e de repente caíram na risada. Não sabiam ao certo o motivo de tanta graça, mas de repente, tudo ficou mais divertido, cheio de cor. Tudo pareceu ter um novo significado para os dois, e talvez fosse isso que os fizesse rir.
De longe, a família dos dois jovens observava tudo, com um sorriso gigantesco no rosto. Dessa vez não se importavam se estavam sendo ou não ridículos ao observá-los com expressões tolas no rosto. Estavam felizes demais para se importarem com tais detalhes.
- Eu disse que eles se amam! – Astoria comentou, secando delicadamente uma lágrima que escorria pelo seu rosto.
- Sim. Eles nasceram pra ficar juntos! – Hermione concordou, tão emocionada quanto a amiga.
- Só uma coisa nessa história me deixa triste... – Jorge suspirou.
- O que? – Harry perguntou curioso.
- Eu nem tive tempo de tirar a foto! – ele respondeu, fazendo todos caírem na risada.
Finalmente chegou a hora em que a noiva jogaria o buquê. Todas as mulheres solteiras da festa – exceto Rose e Sophie – estavam no meio daquela multidão, prontas para disputarem o buquê a tapas, se necessário.
Victoire sorriu, e com a ajuda do esposo subiu em uma cadeira, virando-se de costas.
- Bom, preparadas? – ela perguntou para as meninas – Então lá vai! Vou jogar no três ok?! Um... Dois... e... TRÊS! – Victoire jogou o buquê para trás, e todas as meninas gritaram de emoção, para logo depois ficarem desanimadas. O tão disputado buquê não havia caído no meio da multidão. Ele fora parar justamente em cima de uma das únicas meninas que não o queriam: Rose Weasley.
- Uau, Rose, você é realmente sortuda! – Victoire comentou, enquanto se aproximava da prima.
- Sou? – Rose encarou o buquê e sorriu um pouco sem jeito.
- Agora só basta nos dizer quem é o noivo! – o esposo de Gabrielle exclamou em tom de brincadeira, fazendo todos rirem.
- Bom, eu... Eu não sei! – Rose já não sabia onde enfiava sua cara, tamanha era sua vergonha.
Alvo, ao ver a prima naquela situação, lançou um olhar rápido a Alice, antes de dizer em voz alta:
- Como assim não sabe? O noivo sou eu!
Todos se viraram pra encarar Alvo. Ele caminhou até Rose e a encarou fingindo seriedade. Scorpius ao ver a cena, fez uma nota mental, lembrando de agradecer Alvo depois.
- Não vai me dizer que já se esqueceu de todos esses anos?
- Não! – disse Rose rapidamente, entrando no jogo do primo – Eu só não queria expor você. Sabe como é, são muitos convidados.
- Sei, sei, mas não precisa esconder isso, moranguinho! Todos sabem da nossa incrível história de amor, que começou quando nossas mães engravidaram, e desde então eu soube que você era a pessoa ideal pra mim. – ninguém no local conseguia mais prender as risadas – Na verdade, Rose e eu nos casamos já, há muito tempo. Você lembra? No jardim da casa da vovó, nós prometemos ficar juntos para sempre... Trocamos até alianças!
- Ah, claro que eu lembro! Como eu ia me esquecer desse dia? – Rose encarou os convidados com uma expressão sonhadora – Usamos como alianças, as rosquinhas amanteigadas que a vovó havia feito.
- Sim. Mas tudo acabou, quando Tiago comeu a minha aliança. – Alvo encarou o irmão de forma acusadora.
Tiago levantou as mãos para o alto, fingindo inocência e disse:
- Desculpem! Eu estava realmente com fome.
- Você está sempre com fome. Foi por causa disso que meu casamento não durou mais que um dia. – Alvo suspirou e encarou parte dos convidados.
- Desculpe, mas eu achei que você estava me traindo. Quando te vi sem a rosquinha no dedo, achei que estivesse olhando para as fraldas de outra menina!
- Eu nunca olharia para as fraldas de outra menina! – Alvo fingiu-se de chocado – Em todo caso, foi uma união curta, mas feliz.
- Sim. Mas eu te perdoo, porque no final, também comi a minha aliança! – Rose passou a mão no cabelo. – Mas nós podemos nos casar de novo.
- Claro, vamos aproveitar toda essa gente aqui. – Alvo disse entre risos. – Por favor, alguém aí tem um par de rosquinhas amanteigadas?
- Não filho, eu acho que ninguém anda por aí com rosquinhas nos bolsos! – Harry respondeu. Ele, Gina e companhia gargalhavam de toda a brincadeira que havia se tornado aquela situação.
Rose suspirou, fingindo tristeza.
- Bom, acho que nosso casamento vai ter que esperar.
- Sim, Rose. Mas tudo bem. A gente se casa depois, quando eu comprar um pacote de rosquinhas na DedosdeMel.
- E esconderemos nossas alianças de Tiago. – Rose concordou fielmente.
- Sim, e só as usaremos quando estivermos sem nenhuma fome. Não podemos cair na tentação de comer a aliança novamente.
- Não mesmo! – Rose riu.
- Agora já chega de falarmos da nossa vida. Voltem dar atenção aos verdadeiros noivos, enquanto Rose e eu vamos para o outro lado planejar os detalhes da nossa açucarada união! – disse Alvo, que rapidamente passou o braço pela cintura da prima e a afastou de toda aquela multidão.
- Obrigada Al! – Rose agradeceu e abraçou, quando já estavam dentro da sala magicamente ampliada, da casa de Andrômeda.
- De nada! Considere isso como minha saída estratégica! – ele retribuiu o abraço e afagou seus cabelos carinhosamente – Sabe, eu estive pensando...
- Em que? – Rose se afastou para encará-lo.
- Que nós podíamos usar rosquinhas açucaradas dessa vez, ao invés de amanteigadas. Não quero viver a tragédia do nosso último término! – Alvo disse tristemente, mas logo caiu na gargalhada junto com a prima.
Definitivamente aquela festa casamento ficaria marcada na memória de todos, como uma das melhores da família Weasley.
Felicidades a Victoire e Teddy... Sorte para volta de Rose e Scorpius... E expectativas para a relação de Vincent e Sophie, que depois do papel de padrinhos sorridentes, não trocaram nenhuma palavra.
~~
N/A Antes de me pronunciar a respeito do capítulo, darei um simples aviso: Gica Santos, minha vingança será maligna e cruel. Me aguarde, my little twin! ¬¬
Ok, ameaças feitas, vamos ao que interessa!
Como vcs estão meninas? Espero que muito bem.
Eu gostaria de dizer o mesmo a vcs, mas minhas aulas começaram e eu estou oficialmente no último ano de faculdade. Então vcs já podem imaginar como minha vida estará esse ano, né?! E pra completar, titia Mily está com o joelho enfaixado. Me sinto o próprio Dr. House, mancando do jeito que estou ¬¬
Como puderam notar, esse capítulo foi SÓ sobre o casamento. Eu não esperava que a coisa fosse ficar tão grande. Só quando terminei as cenas e montei no Word a sequência lógica dos fatos, que fui perceber o tamanho da coisa. Foi por causa disso que decidi deixar as aventuras das férias das nossas “crianças” para o próximo capítulo.
Sei que estão muito curiosos quanto a Vincent e Sophie, maaaaaas, me aguardem.
Rose e Scorpius estão juntos? Uau, talvez sim, talvez aconteça alguma coisa... Será que fui a única a perceber que apesar de toda declaração ele não disse que acredita nela? Huuuuummmm... Vamos deixar isso pra lá.
Aquelas que pediram Louis e Luiza, eu tenho uma notícia: MELDELS eles só tem 11 anos! HAUAHAUHAUAHAUAHAUA são amiguinhos, gente! Não tentem matar o Duda dessa forma. Seria demais para o coraçãozinho de porco dele kkkkkkkkkkk Mas eles vão aparecer mais no próximo capítulo.
Deixe-me ver se tem mais alguma coisa para ressaltar... Ah sim, sobre a nova personagem que vai entrar na fic. Todo mundo tá errando quanto ao palpite hein! Melissa Cartingan não é irmã do Vincent... Mas pode mexer com os sentimentos do Fred... Quem será essa garota hein?! Tentem descobrir!
Agora sim, acho que não há mais nada para se falar.
Agradeço a todas que comentaram! Vcs são uns amores!
AMOOOOOOOOOOOO vcs x3
XoXo,
Mily.
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Comentários (3)
Amei,Amei!!Chorei muito aki a musica foi perfeita pra cena.Agora toda vez que escuto ela e a musica Broken lembro deles 2!!!Ameiiiii S2 S2
2012-05-12cara, eu vi a música depois que li a cena , a música é perfeita demais , cada vez que eu ouço fico me lembrando da parte em que eles se beijam no casamento .
2011-12-31CHOREI HORRORES! Amo a música e ficou perfeita com a cena :')
2011-07-26