Capítulo 1



Disclaimer: Ai, infelismente eu não tive a sorte de um dia acordar com Harry Potter todinho em minha mente, pronto para ser escrito por mim... Mas a tia J. teve essa idéia maravilhosa no meu lugar e, muito felismente, criou o Draco Malfoy e a Gina Weasley para que eu pudesse pegá-los "emprestado" e criar essa fic aqui!!! Eu sei que não chega aos pés da coisa mais besta que a J. querida escreveu mas não custa nada vocês darem seu voto e coment aí, para me ajudar a melhorar!! ^^


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Aquela poderia Ter sido apenas mais uma tarde em Hogwarts, onde eu estudava havia quase seis anos e meio, mas não foi. Foi um tanto incomum, a começar pelo resultado da partida de Quadribol que havia acabado a pouco: Grifinória 20, Sonserina 230. E embora a culpa não tenha sido totalmente minha eu assumo que setenta por cento estava em minhas costas. Eu estive o tempo todo ocupada demais, olhando pra ele, claro.

Ele, Draco Malfoy, para ser mais objetiva.

Eu não sei o que ele tinha feito com os cabelos naquela manhã antes de sair de seu dormitório, mas com certeza havia ignorado a existência do pente. Os fios louros estavam tão desalinhados que pareciam travar uma guerra pra ver quem era o mais espetado. Isso sem contar aquele sorriso cínico que ele sustentou durante os exatos quarenta e três minutos que esteve montado na vassoura, brincando de pega-pega com o pomo enquanto eu me mordia de raiva das gracinhas que ele fazia. Pelo menos naquele momento eu achei que fosse raiva, mas não era. Era ressentimento, amargura, sentimentos que até então eu não entendia, sentimentos que sufocava dentro de mim por não saber como lidar com aquilo, não sei se ele já tinha conciência disso, mas todos seus atos contribuiam para aumentar minha amargura.

E o resultado do jogo fora realmente chocante.

Primeiro porquê Grifinória até então havia ganhado de Corvinal em quinze minutos de jogo, eu tinha pego o pomo tão rápidamente que o outro time mal tivera tempo de marcar um gol sequer. Tudo bem, Corvinal ficara desfalcada desde que a Srta. Cho-Perfeita-Chorona-Chang havia se formado, mas perder de cento e oitenta a zero era motivo de piada já. E foi o fato de estarmos em primeiro lugar no ranquin das casas que tornou a situação mais absurda.

E eu confesso, o pomo havia sido entregue de mão beijada.

Harry quis me esganar, Rony quis me enforcar e Hermione deu um de seus discursos de que a vitória não era tudo e eu já tinha passado por momentos piores. Grande garota, Hermione, grande amiga também. Ela era uma das poucas em quem eu confiava. Não se pode confiar em muita gente quando se é popular, bonita, é a Nova Rica e namora Harry Potter, Aquele que Sobreviveu.

É, eu estava “rica”.

Papai, depois de quase pedir demissão ao Ministério da Magia e exagerar na bebida numa noite no Caldeirão Furado, jogou todo o salário do mês numa dessas rodadas de “Eu aposto quê”. Até onde eu ouvi os berros de mamãe - que, diga-se de passagem, naquela mesma noite acordaram os vizinhos mais próximos, que todos sabem que estão distantes o bastante para nos deixarem em paz - ele havia apostado que o bateirista das Esquisitonas tinha ligação com o tráfico ilegal - eu me pergunto se existe tráfico legal - de vassouras Shinning Walker, a nova sensação que não saía da cabeça do meu irmão Rony, para a Nova Zêlandia. E o pior era que ele estava certo. Em uma semana haviamos recebido doze mil galeões na conta dos Weasley’s prontos para ser gastos como bem entendíamos. O suficiente até para Percy desejar fazer parte da família novamente.

Além de poder pagar de riquinha na escola eu ainda tinha o privilégio de namorar Ele, o Mito, a Lenda Viva, a Única prova de que tudo acontecera. Foi de repente e rolou tão rápido que quando vi já estávamos sentados na sala de casa, de mãos dadas, olhando pro meu pai com ar de assombro e esperando que ele dissesse algo. Na verdade nem sei se quero falar sobre isso, aliás, quero sim. É uma maneira de enrolar no assunto central da nossa conversa e contar como foi que eu e Harry nos tornamos namorados.

Foi pouco antes do Natal, em meu quinto ano, o sexto dele. Eu havia metido o pé na bunda do Dino Thomas porque ele sugeriu que eu não deveria cruzar as pernas e mascar chiclete enquanto jurava que estava interessada no meu livro de Transfiguração como eu sempre fazia quando os dias ficavam cinzentos e patéticos. E eu fazia de propósito. Nem sei com quem aprendi isso. Mas eu me sentava num banco, cruzava as pernas, enfiava um chiclete na boca e ficava folheando o mesmo livro de Transfiguração que ninguém, a não ser Hermione, teria paciência pra ler. Então ele disse que não queria os outros de olhos nas pernas da namorada Dele. E eu perguntei se ele preferia não me namorar. Adoro ser desacreditada. Ele me desacreditou. E com toda a sutileza do mundo me levantei e tirei nossa aliança de compromisso, deixando-a “ocasionalmente” cair no chão. Me retirei sem mais uma palavra e fiz questão de não lhe dirigir o olhar. Quinze minutos depois eu estava na Sala Comunal da Grifinória perguntando ao Harry se ele já tinha terminado o trabalho de Poções que Snape lhe pedira para aumentar sua nota - um daqueles Deploráveis garranchosos e feios que ele adorava usar como decoração para as redações do probre Pottinho - e ele me disse que já, enrolando um pergaminho amarelo. Conversamos por uns minutos até que eu toquei no assunto sobre o Dino, e - ai, como eu fui falsa - chorando, eu disse que tinha dúvidas do que ele sentia por mim. Harry, como bom amigo que é, me aconselhou a não ficar magoada que seria em vão, disse que eu superaria aquilo e me abraçou. E ainda disse que sabia como eu me sentia, o que me fez lembrar na Chang e desejar estripar aquela garota ignóbil, claro que ele se referia a ela, estava entoado em sua voz.

Eu podia sentir o calor do corpo dele quando nos afastamos, um calor que me atingia e causava sufoco, mas não tão quente como meu rosto. Aí eu soube, eu ainda gostava dele. Pra mim não era mentira quando eu disse pra mim mesma que o esqueceria. Tanto que enrolei com Miguel e depois com Dino, cheguei a acreditar que com ele seria não eterno, mas duradouro.

Me enganei, mas errar está no contexto. Tanto que metade de mim acha que falar de Dino a Harry, chorar e beijá-lo foi uma grande idiotice. Mas as idiotices são boas quando bem aproveitadas.

Eu estava pensando agora... Pobre Harry. Só beija as garotas que choram por outros. Certo, eu não estava chorando PELO Dino. Pensando melhor, por que eu estava chorando mesmo?!

Ah, claro, fazia parte do meu plano obscuro de agarrar o Harry. O plano era exatamente esse: chorar, me fazer de sofrida e beijar Harry Potter.

Se foi bom?!

Tadinho...

Harry teve que se lembrar de Cho - se você já beijou alguém que estava chorando certamernte irá se lembrar quando encostar sua boca em lábios molhados por lágrimas pelo resto de sua vida - mais uma vez naquela noite, sentir-se culpado por se aproveitar de minha fragilidade, mais culpado ainda por beijar a irmã de seu melhor amigo assim, e ainda perdeu qualquer vínculo amigável com Dino. Talvez os dois se esbarrem um dia e se peguem no tapa, ou montem o clube dos Abandonados por Gina Weasley - AGW é uma bela sigla - convidando Miguel para participar. Não, não sei... Teria que perguntar a um dos dois.

Mas eu tive um ato de bondade naquela noite - porque eu não sou essa víbora que vocês pensam que eu sou - e sequei meu lindo rosto nas vestes. Sem lágrimas foi bem melhor, bem menos salgado.

E eu disse que foi rápido.

Quatro dias depois, véspera de Natal, estávamos fitando o semblante pensativo de meu pai, e antes mesmo da ceia começar éramos namorados.
Não soa bem?! Namorados. Eu gosto.. Na-mo-ra-dos. Eu namorando Harry Potter. Eu que fui cega por ele um dia, sem retribuição alguma - isso ainda me corta o coração -, estava namorando-o.

Deus é Bom, muito Bom. Por isso eu acredito Nele como acredito que eu não serei linda o resto de minha vida, nem popular. Na verdade eu já deixei de ser popular, mas isso é assunto para depois.

Pronto. Falei do Harry. Tão Intenso, tão Inesquecível, tão Instigante e tão fácil de se desencantar. Isso é uma coisa que só se descobre depois de ver como ele é humano e comum. Ninguém deveria conviver com as pessoas pelas quais tem adoração. Desvaloriza a imagem de perfeição que se cria da pessoa.

Harry... Citei um ponto alto nele. Harry Potter.. O que eu chamaria de “I ao Cubo”. Imagine o que quizer, eu tenho motivos de sobra pra dizer que ele era um verdadeiro “I ao Cubo”.

Talvez eu fale mais sobre isso. Mas agora quero voltar ao ponto alto da conversa.

Era Sábado, eu namorava Harry Potter, e havia acabado de perder uma partida de Quadribol para a Sonserina. E vou repetir: foi de propósito.

Foi por causa Dele. Dele e pelo simples fato dele existir.

N/A: gnt.. tm uns errinhos por aí mas me perdoem.. digam o que estão achando, blz?

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