A Marca



15.

Harry se afastou do livro e olhou com medo para Snape. O professor percebendo o seu desespero lhe disse:
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-Não se assuste Potter! Chris possui o mesmo sangue, mas não é igual.
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-Como assim? Perguntou Harry abismado.
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-Chris é como sua mãe, Sarah, ela é uma bruxa muito poderosa. Ela possui o sangue da família de bruxos das trevas, mas não possui o mal que existe nele. Sarah, por ser diferente, passou tudo de bom para Chris.
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-Entendo!!! Disse Harry pensativo – Mas a mãe de Chris também tinha esta marca?
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-Sim Potter, ela tinha, e era no mesmo lugar.
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-Isso quer dizer que Chris, se quiser, poderia usar o seu poder para derrotar Voldemort?
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-Sim Potter.- Respondeu Snape apreensivo – ela tem tanto poder quanto Voldemort. Mas sua descendência pode falar mais alto... não sei, tenho medo que ele descubra que Chris não morreu, pois ele iria querer que ela se aliasse a ele ou tentaria matá-la novamente.

Harry o olhou e deu um sorriso mau.
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-O que foi Potter? Quis saber Snape.
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-Professor, se Chris é descendente de Salazar Slytherin como Voldemort e eu sou descendente de Godric Gryffindor como meu pai, isso quer dizer...
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-Sim Potter, se vocês se aliarem com o mesmo propósito, creio que vocês podem derrotar o Lord das Trevas.

Harry ficou receoso com a descoberta e disse:
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-Acho que Chris não sabe disso, melhor será se continuar assim, o que o Sr. me diz?

Snape assentiu com a cabeça e disse:
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-Espero que você cuide muito bem dela e no momento certo saiba lidar com esta situação.
Harry deu um meio sorriso e saiu das masmorras rumo a sala Comunal da Grifinória.

**********

Em uma cidade longe de Londres, o Lord das Trevas conversava com o seu fiel escudeiro quando chegou um dos seus Comensais da morte. Era Lucius Malfoy.
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-E então Malfoy! O que me traz de novo? Perguntou o Lord esperando uma boa resposta.
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-Lord – disse Malfoy se acomodando em uma poltrona de veludo – O que lhe trago é de grande valia...
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-Diga logo Malfoy!!!!! Disse Voldemort irado.
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-A menina é filha de Sarah Tackthov, a outra descendente das trevas e, possui o mesmo sangue dos descendentes de Salazar Slytherin... Mas a menina está ao lado de Potter.
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-Aquele fedelho idiota outra vez!!!!! Tens que descobrir se ela também possui a marca.
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-Marca? Que Marca Lord? perguntou Lucius receoso.
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-Não te interessa Malfoy, somente descubra...
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-E se a menina tiver a marca?
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-Ela poderá se aliar a mim ou até mesmo me destruir... se ela quiser, é claro!!!!

Lucius não perguntou mais nada, mas percebeu que se ela tivesse a marca, ela seria muito importante para o mundo das trevas. Sendo assim, Malfoy pensou em procurar o seu antigo amigo, Severo Snape, para ver se descobria algo.

***********

Amanheceu em Hogwarts. Harry e Rony esperavam Chris e Mione descerem para eles irem juntos tomar o café da manhã. Harry ainda lembrava da conversa que teve na noite anterior e se desesperava, pois Chris ainda não podia saber do risco que corria. Mas, de repente as meninas desceram e por alguns segundos, Harry esqueceu do ocorrido, pois aquele lindo sorriso o fez esquecer. Eles desceram, e quando chegaram foram logo se sentando à mesa. De repente, Draco Malfoy chegou à mesa da Grifinória.
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-O que você quer Malfoy? Perguntou Rony com desdém.
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-Nada que te interesse Weasley – respondeu Malfoy chegando perto de Chris – Só preciso falar com a Srta. Tackthova.

Harry se levantou querendo briga, mas Chris o segurou pelo braço e disse:
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-E quem disse que eu quero falar com você Malfoy?
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-Depois que eu disser, você irá querer sim! – disse Malfoy com um sorriso mau.
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-Ela não vai falar com você – gritou Harry segurando-o pelo pescoço – ela não tem nada para falar com você!!!!

Malfoy se desprendeu de Harry e disse sinistramente:
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-O mestre já sabe quem ela é. Sendo assim Potter, você e sua noivinha correm perigo agora.

Malfoy disse isso e saiu para se juntar aos seus. Enquanto isso, Chris perguntava abismada a Harry:
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-Harry, ele estava falando de Voldemort? O que ele sabe sobre mim?
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-Não se preocupe anjinho – disse Harry receoso – Malfoy só quer nos perturbar com essas besteiras... não ligue para o que ele diz.

Chris olhou para Hermione e Rony que estavam apreensivos e Harry estava com medo que Chris descobrisse tudo. Harry acalmou Chris e eles tentaram tomar o café da manhã. De repente, uma coruja negra deixou cair uma carta para Harry. Ele pegou a carta e quando ia abrir, percebeu que a mesma coruja deixava também uma carta para o Profº. Snape na mesa dos professores. Harry abriu a carta trêmulo, mas se maravilhou ao ver aquela letra que ele conhecia tão bem. A carta era de sua tia, Anny McGonagall. Harry leu a carta em voz alta para que os seus amigos também pudessem compartilhar da sua alegria.

“Querido Harry...
Sei que há muito tempo não lhe escrevo, mas saiba que eu não paro de pensar em você. Conversei com o seu padrinho e, me parece que o Ministério da Magia me dará a sua guarda...

Harry parou e olhou para Chris, Mione e Rony que sorriam muito e continuou:

... Mas ainda não consegui, mas tenho certeza que isto é questão de tempo. Estou chegando a Londres semana que vem e, se Dumbledore deixar, irei até aí para fazer-lhe uma visita e conhecer a minha sobrinha.
Harry, tome cuidado, os Comensais andam fazendo grandes estragos em várias partes e, ... você sabe do que estou falando. Se proteja e a proteja também.
Milhões de Beijos para você, Chris, Mione e Rony.”

Anny McGonagall.

Harry fechou a carta e já havia entendido tudo...
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-Harry – disse Rony – O que Anny quis dizer com se proteger e a proteger também?
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-Ah! Rony. Ela não quer que aconteça nada de mau. Você sabe, Harry Potter sempre procurado por Voldemort, essas coisas – Respondeu Harry de improviso.

Rony ficou meio intrigado, mas esqueceu. Mione e Chris se entreolharam, pois não haviam engolido aquela desculpa.
Harry levou Chris até sua aula e foi junto de seus amigos para a sua aula de poções. Ao chegar, Harry viu Snape muito preocupado mas ele não pôde perguntar nada. Por incrível que pareça, a aula transcorreu bem e no final, quando todos saiam, Snape chamou Harry. Harry pediu que seus amigos fossem na frente e foi até o professor para saber o que ele queria.
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-Sua tia me mandou uma carta – disse Snape a Harry – e pediu para que nós tomemos muito cuidado, pois o Lord das trevas já sabe que Chris está viva.
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-A minha tia se preocupa com o Sr... – disse Harry com um meio sorriso.
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-Claro Potter – respondeu Snape nervoso – ela é um Auror e só quer ajudar aos seus.
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-Não é isso Professor...
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-Não é nada disso que você está pensando Potter – disse Snape ficando vermelho – Eu e sua tia somos amigos. Por incrível que pareça, eu tenho uma grande amiga.

Harry sorriu e mudou de assunto:
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-Ela tem razão, precisamos tomar muito cuidado e proteger Chris de todas as formas.

Harry contou a Snape a conversa de Malfoy e Snape disse infeliz:
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-O pai dele também veio me procurar. Nós conversamos e eu disse que não sabia nada. Mas o Lord das trevas não se deixa enganar e deve saber que eu sou o pai de Chris.
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-E agora professor? Perguntou Harry em pânico.
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-Agora todos nós corremos perigo.
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-Voldemort sabe que Chris pode se voltar contra ele? Perguntou Harry preocupado.
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-Ele deve saber desta possibilidade- respondeu Snape pensativo- Mas tenho certeza que ele fará de tudo para tê-la ao se lado, ou seja, usará muitos artifícios para impressioná-la.

Harry entendeu. Voldemort não estava para brincadeira, mas Harry estava disposto a encarar esta situação para proteger o seu grande amor.

Harry retirou-se da sala e foi se juntar aos seus. Enquanto isso, Snape pensava na conversa que acabara de ter com Harry, quando, de repente, lhe veio a mente à lembrança de Anny. Ela era a pessoa que mais o compreendia, depois de Sarah. Snape se desvencilhou de suas lembranças e saiu das masmorras decidido a falar com Dumbledore.

Enquanto isso, Chris estava na sala comunal da Grifinória, quando sentiu seu pescoço arder novamente.
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-Ai que droga – disse Chris passando a mão no pescoço.
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-O que foi anjinho?- perguntou Harry que acabara de chegar.
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-Tá ardendo de novo- respondeu Chris impaciente – acho que esse bichinho que você falou me mordeu mais uma vez.

Harry riu da brincadeira de Chris, mas mesmo assim, ele se preocupava muito. Harry se sentou ao seu lado e disse:
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-Por que você não foi almoçar?
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-Não estou com fome – respondeu a menina de maus modos.
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-Sei!!! – disse Harry a beijando na testa – Será que eu posso te fazer uma perguntinha?
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-Claro. O que é?
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-O seu pescoço arde sempre ou às vezes?
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-Às vezes – disse a menina – mas de uns tempos para cá tem sido sempre.

Harry calou-se e decidiu não tocar no assunto, por enquanto. Enquanto isso, Snape chegava ao escritório de Dumbledore.
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-Entra Severo – disse o diretor sabendo que ele estava ali. – O que aconteceu?
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-Chris corre perigo. Voldemort descobriu sobre sua descendência - explicou Snape assustado.
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-Eu já desconfiava – disse Dumbledore ficando de pé – Mas não se preocupe, pois Anny e outros virão nos ajudar.
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-Eu sei. Anny me mandou uma carta – disse Snape ficando vermelho – mas não pense em besteiras.
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-É claro que eu não estou pensando em nada disso Severo, e Harry já sabe, não é?
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-Sim, Anny também o avisou.
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-Claro!!! – disse Dumbledore sorrindo – Anny se preocupa demais com vocês.

Snape ficou parado e Dumbledore disse polidamente:
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-Então, vamos esperar Anny chegar e começaremos o plano para a nossa proteção e principalmente Harry, Chris e você.

Snape entendeu, tinha que ter cuidado e, saiu do escritório de Dumbledore. Quando Snape estava na última escada que descia para as masmorras, ele viu que alguém o esperava, seu coração disparou quando ele reconheceu aquele jeitinho meigo e ao mesmo tempo astuto, era sua filha. Chris o estava esperando do lado de fora de sua masmorra.

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