A proposta



Enquanto isso em Manchester a vida de Harry parecia na mesma sempre.
Ele nunca se envolvera com mulher nenhuma apesar de ser muito atraente.
Harry tinha crescido uns 15 cm depois de sua formatura, continuava com os cabelos bagunçados e os óculos redondinhos, mas agora tinha covinhas no sorriso. Seu corpo estava bem mais formado, mas Harry não era forte. Apenas tinha o corpo bem desenhado.
Ele achava que pensar em outra seria uma forma de trair Gina, mas ele também pensava que não teria nada com Gina, não teria motivo para se prender á ela, por mais que a amasse.



A casa de Harry era modesta, tinha dois pisos, mas era pequena.
Tinha dois quartos e dois banheiros, uma cozinha demasiadamente pequena, e uma sala grande. Na sala havia dois sofás empoeirados, porque Harry nunca sentava neles, ele preferia uma poltrona marrom no canto da sala, ao lado da lareira. Ali permanecia horas e horas absorvido em seus pensamentos. Como era um homem sozinho existia coisas na casa que ele nunca tocou, como por exemplo, os sofás.
O quarto de hóspedes nunca foi aberto, talvez Harry nem tenha visto ele quando comprou a casa.
O banheiro do térreo também nunca foi usado por Harry.
A única pessoa que já estivera na casa de Harry era dona Sophia. Uma senhora de cinqüenta anos, porém, aparentando setenta. Ela limpava a casa de Harry de quinze em quinze dias, caso contrário a casa seria um ninho.
Ela era uma senhora muito alegre, ao contrário de Harry. Ela gostava de conversar com ele mesmo ele sendo uma pessoa fria. Sim, Harry havia se tornado um homem frio e sozinho. Às vezes ele pensava em como teria se tornado assim, mas logo interrompia esse pensamento dizendo: - Pois bem senhor Potter, foi você que escolheu assim.

Sophia era uma pessoa sozinha também, seus netos á haviam abandonado e deixado apenas um casebre de madeira para ela, talvez se não fosse por Harry ela estaria morta hoje.




Os dias iam passando lentamente para Harry, seu trabalho como Auror não dava muito entusiasmo já que depois que a guerra terminou ninguém se atreveria a fugir de Askaban e ser capturado por aquele que matou Voldemort. Mas sempre tinha os que queriam vingar a morte dele e faziam de tudo para infernizar a vida de Harry. Harry já nem se importava mais e agia naturalmente capturando eles.
De uns tempos para cá Harry já nem se importava com mais nada até aquele dia ensolarado. Ao amanhecer parecia um dia normal... Mas não seria...

Harry levantou-se cedo para fazer o café, aquele era dia de Sophia vir, e ele gostava de oferecer-la um café como forma de educação e bons costumes.
Harry encontrava-se sentado na poltrona como sempre fazia para ler o jornal quando veio Sophia correndo:
- Senhor Harry, chegou uma carta para o senhor.
Logo Harry deu um pulo da poltrona. Havia seis meses que não recebia carta de ninguém, nem mesmo de Ron e Hermione para desejar-lhe um feliz natal.
Sophia entregou a carta á Harry que á abriu ferozmente.
Era uma caligrafia muito torta, porém Harry teve a impressão de já tê-la visto.


Caro senhor Potter
Gostaríamos de lhe informar que abriu vaga de estudos das artes das trevas na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Como em seu tempo de aluno o senhor demonstrava grande aptidão nessa matéria gostaríamos de convidá-lo para tomar o posto de professor da seguinte.
Se aceitar favor comparecer á escola dentro de dois dias para a apresentação.

Atenciosamente, Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.



Por um momento Harry não acreditou no que lia, e não pode conter as lágrimas ao pensar que poderia voltar á Hogwarts, e quem sabe rever seus amigos novamente.
Permaneceu ali parado durante segundos e então interrompeu o silêncio:
- Madame Sophia, você que á anos tem sido fiel á mim, leia isto e me diga o que devo fazer.
- Mas senhor eu na...
- Sim, você sabe sim, você sabe de tudo.
- Bem, já que o senhor quer.
Sophia leu e releu a carta até suspirar e dirigir o olhar atentamente á Harry.
- Bem meu filho, sabendo de tudo como eu penso saber, acho que você deveria fazer as malas já, e seguir seu sonho, ou quem sabe então reencontrar seu sonho. E deu um leve sorriso que demonstrava confiança.
- É eu não sei... Estou em dúvida.
- Se me permite dizer, o senhor não está em dúvida, o senhor está com medo, um medo terrível de reencontrar as pessoas e principalmente de reencontrar Gina, estou certa?
- É... Bem... Creio que sim.
Se o senhor quiser posso providenciar sua mala.
- Bem, faça isso.

Harry continuou ali paralisado pensando em como Hermione e Rony o receberia, em como estariam o Senhor E a Sra. Weasley, e principalmente em como estaria Gina.
Pensou também em Neville e Luna, por quem tinha admiração e saudade.
Leu e releu a carta até chegar a sua decisão. Mexeu em seu cofre, por incrível que pareça o cofre se encontrava atrás do armário da cozinha.
Procurou por madame Sophia, que estava em seu quarto arrumando suas roupas e objetos pessoais.
Harry ao passar pela porta bateu com o ombro na travessa, o que fez a senhora olhá-lo.
- Senhor Potter precisa de algo?
- Sim, preciso. Preciso que você me acompanhe até a sala.
Chegando lá a doce senhora observou que havia uma pasta cheia de papéis na mesinha de centro, e uma pena. Ela como era trouxa achou aquele objeto muito estranho, mas como já estava acostumada não deu muita bola.
- Se é que posso... O senhor me chamou aqui para...?
- Bem, eu tomei minha decisão, irei para Londres. Mas não quero vender minha casa, não quero o dinheiro, quero dá-la para alguém que realmente precisa alguém que realmente mereça, e esse alguém é você. Por favor, assine aqui?!
A pobre senhora não se conteve, abraçou Harry fortemente e desabou em lágrimas.
- Senhor, não sei como agradecer.
- Ora, pois não agradeça, apenas faça bom uso dela.


Minutos depois Harry deixara a pobre senhora em sua nova casa, e foi seguir seu sonho.

Harry viajou pela rede de Flu, e como sempre fora atrevido foi parar direto na sala do diretor.
Harry chegou cego até a sala pois seu óculos caiu.
Parecia não haver ninguém então Harry pegou sua mala e girou os calcanhares...
- Ham ham
Harry virou para ver a mulher magra, alta, nariguda e com os lábios mais finos que ele já vira. De repente Harry percebeu que agora quem comandava Hogwarts era Minerva.
Harry não sabe bem, mas teve uma grande alegria ao vela sentada naquela cadeira estofada atrás de uma mesa toda bagunçada.
Bem atrás dela tinha um quadro enorme que Harry não sabia de quem era até que viu uma luz vindo do fundo do quadro como se fosse um tiro, e de repente apareceu Alvo Dumbledore e lhe deu uma piscadinha.
Harry não conteve a emoção, sempre fora um homem de Dumbledore, e agora retornara á sua casa.
Minerva percebeu a emoção nos olhos daquele que não era mais um menino de 16 17 anos como da última vez que ela o viu. Agora era um homem com um futuro cheio de incertezas.
- Ah, bem eu disse para Alvo que você viria, ele estava ansioso.
- Eu. Eu não imaginei revê-lo, desculpe não pude controlar.
- Ora, chega de bobagens Harry. Sente-se, vamos conversar.
Harry se sentou na cadeira que a diretora lhe apontou, ficou ali observando que poucas coisas mudaram desde a última vez que estivera na sala do diretor.
- Harry, você já escolheu seu cômodo? Falou Minerva, tirando Harry do transe.
- Ah, não... Vim por rede de Flu, parei aqui.
- Eu já imaginava.
- Bem, temos um quarto vago ao lado do dormitório do senhor Neville.
Harry ficou imensamente feliz ao saber que Neville estava no colégio, que iria reencontrar aquele garoto estranho que gostava de sapos e plantas, mas que sempre fora seu amigo de verdade, sempre esteve ali com ele.
- O que você me diz?
- Está ótimo.
- Bem então deixe suas malas ai, e de uma volta para rever o castelo.
É claro que Minerva sabia que Harry estava ansioso por isso.
- Mais tarde passe aqui para acertarmos as coisas sobre sua nova disciplina professor Potter. E com uma piscadinha e um sorriso misturado de felicidade e malícia levou Harry até a porta.




Harry agora caminhava pelos corredores como se ainda estivesse no quinto ano. Caminhava sorrindo muito, sorrindo por rever o lugar onde passou os melhores e os piores momentos de sua vida. De repente deu vontade de seguir para a sala precisa. Chegando ao corredor se deparou com alunos e alunas do terceiro ano, que pareciam perdidos ali. Talvez quisessem usar a sala precisa, mas realmente não precisavam.
Quando Harry se aproximou, ouviu duas meninas cochicharem e por um momento imaginou serem Lilá e Parvati. Um outro garoto bem magricelo e alto se virou com uma cara de espanto. Porém quando Harry se aproximou um menino baixinho, com os cabelos castanhos caídos ao ombro foi quem falou: - Não acredito o... O... O senhor é o Potter? Digo Harry Potter?
Harry sorriu ao ver o espanto do menino.
- Sim, sou eu e você é...?
- Arthur... Senhor é uma honra conhece-lo, é verdade que o senhor derrotou Lord Voldemort á seis anos?
- É sim. Mas se me permitem não gostaria de falar muito sobre isso.

Harry saiu rindo em direção á sala precisa enquanto o garoto ficava boquiaberto atrás.
De repente Harry teve uma súbita felicidade por ser recebido tão calorosamente.
Quando adentrou na sala precisa encontrou um escritório muito bem iluminado, com vários livros de Artes das Trevas e no outro lado da sala um sofá bem semelhante àquele marrom velho de sua casa. No centro da sala tinha um tapete bordô e algumas almofadas pretas, e do outro lado tinha algumas guloseimas em uma mesa. E uma jarra de cerveja amanteigada.
Harry adorou estar ali, leu alguns livros, bebeu comeu, até que dormiu...









Respondendo á comentários:

Tonks e Lupin: Obrigada pela dica, é que eu vou escrevendo como me vem na cabeça e só depois então eu corrijo e dou enrredo. Agora nesse capítulo dei mais ênfase aos locais ;) Espero que goste.

Thamiris R d M: Que bom que está gostando, e acho que essa fic vou acabar rápidinho pois nesse mês estou com folga..

Beiijo

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