Invasão



Olá! Depois de muito tempo, estou postando um novo cappítulo da FIC. Mas antes, peço licença para fazer  uma pequena propaganda.

É uma grande honra quando um de nós, autores de Fan Fiction ultrapassa os horizontes das Fics e se lança a escrever algo próprio, com personagens inéditos, demonstrando toda a sua criatividade para além das adaptações baseadas nos personagens de outros autores.


Uma dessas autoras que está transcendendo este universo e se lançando como escritora, é a nossa querida Sally Owens. Vocês devem conhecer alguma fic dela, tal como Just Like Heaven, My Girl ou Harry Potter e o Retorno das Trevas. No mundo trouxa ela é mais conhecida como Nikelem Witter, e estará lançando seu primeiro livro - Territórios Invisíveis - Em Novembro, pelo selo Fantas da Editora Estronho.

Fica aí a dica. Se você, como eu, gosta de boas estórias, de aventura e romance, muito bem escrito, não percam Territórios Invisíveis. Eu tive o prazer de sentir o gostinho dessa maravilhosa estória e posso garantir. É cativante e será, tenho certeza, um grande sucesso literário. 


Agora, vamos ao capítulo:



Capítulo 09 – Invasão




Como bem observado por Lupin, o inverno estava chegando e os dias ficando mais frios. E Gina encontrava-se tão fria quanto. No dia seguinte, Harry acordou tarde. A poção ministrada pela enfermeira fez com que dormisse profundamente até próximo da hora do almoço. À tarde a movimentação no quarto foi constante, mas Gina não deu as caras.


 


 


 


Apenas no dia seguinte Harry conseguiu se levantar. Ainda muito debilitado e com auxílio de Rony e Neville, ele conseguiu andar brevemente pelo quarto, mas logo se sentiu fraco e teve que deitar novamente. À noite, Gina apareceu. Tinha o semblante tranquilo, mas indiferente. Serviu-lhe o jantar e até ajudou-o a se arrumar na cama para comer, mas não respondeu suas perguntas e saiu assim que pôde.


 


 


 


 


 


No quarto dia de recuperação Harry já conseguia se movimentar pela casa e fazer suas refeições junto dos outros. Malfoy permanecia confinado em seu quarto e isto deixava  Harry extremamente desconfortável. Mas o que mais lhe afligia era sua relação com Gina. Não suportando mais, assim que surgiu uma oportunidade ele encurralou-a quando ela descia as escadas em direção à cozinha para ajudar a mãe a preparar o almoço.


 


 


 


 


 


 - Precisamos conversar! – Disse ele, sério.


 


- Não sei se quero ouvir o que tem a dizer, Harry. – Respondeu Gina, tentando se desviar dele e continuar, mas ele não lhe deu passagem.


 


- Me conceda alguns minutos. Apenas isto. Depois, se decidir, não a incomodarei mais. – Pediu ele, abrindo então espaço para ela passar, caso desejasse, o que ela não fez.


 


- Você não me incomoda. Só estou magoada com o que aconteceu e preciso de um tempo até isso passar. – Respondeu ela, cruzando os braços e encostando-se ao corrimão da escada – É péssimo quando a gente se preocupa tanto com uma pessoa e ela simplesmente não leva tal sentimento em consideração.


 


- Gina, eu nunca tive a intenção de te magoar. E me importo sim com os seus sentimentos. Não vou agora pedir desculpas pelo que fiz, pois acredito que foi realmente necessário e estava completamente ciente dos riscos. Mas fazê-lo não significou que eu não ligue para você, para o que sente. Muito pelo contrário, o que eu buscava eram justamente mais informações para garantir a segurança de todos e principalmente a sua. – Falou ele, num só fôlego – Mas me despedaça vê-la assim e quero me redimir com você.


 


- Você acha mesmo que é tão fácil assim, Harry? Que pedidos de desculpas podem apagar toda a falta de consideração? Toda mágoa? – Gina parecia ofendida e prestes a deixá-lo ali falando sozinho, mas Harry foi mais rápido e novamente lhe bloqueou a passagem.


 


- Eu sei que não. Até pensei em usar outra tática, como jantares e presentes, mas mudei de ideia. – E ele não segurou um sorriso maroto, o que fez Gina ficar arrepiada.


 


- Não? O que é então? – Ela não aguentou e perguntou curiosa.


 


- Vamos fazer um trato! – Começou ele, ainda sorrindo – Você me perdoa e eu prometo não me colocar mais em riscos desnecessários. E se tiver alguma situação que possa oferecer risco, não irei mais sozinho. O que acha?


 


- Duvido que você cumpra tal trato, Potter! Sua especialidade é colocar-se em perigo. – Respondeu Gina, e pela primeira vez deixou escapar um sorriso tímido.


 


- Mas não disse que não me colocaria em risco. Disse que não o faria sozinho. A partir de agora, não tomarei nenhuma decisão sozinho. Discutiremos tudo em conjunto e não pretendo mais me expor daquela maneira. E faço questão de sua participação nas reuniões e prometo que ouvirei seus conselhos. Só não posso prometer te levar junto, pois isso depende de autorização de seus pais. Mas se eles permitirem, pode até vir comigo.


 


- Você está falando sério? – Gina questionou incrédula – Quer mesmo a minha presença? Minha ajuda?


 


- Claro que quero! – Garantiu ele, buscando as mãos da ruiva e apertando-as levemente – Eu sei o quanto tem se esforçado para participar mais ativamente da luta. E se não fosse por você, certamente eu estaria morto agora. Então nada mais justo do que reconhecer a grande bruxa e mulher que você é.


 


- Você está sendo sincero, Harry? É isso mesmo que pensa? – Gina não podia acreditar no que acabara de ouvir – Você me quer ao seu lado? Não vai mais me deixar para trás?


 


- Não! Desde que convença seus pais, é claro. Mas se eles concordarem, você pode participar de qualquer ação comigo. A começar pela próxima reunião, que deve acontecer esta noite.


 


 


 


 


 


Não houve resposta. Gina pulou no pescoço de Harry, abraçando-o com força.


 


 


 


- Pode deixar que com meus pais, eu me entendo. E já sou maior de idade, posso fazer o que bem quiser! – Respondeu ela, correndo em direção à cozinha.


 


 


 


 


 


Harry manteve-se olhando para onde ela desaparecera sorrindo, até que sentiu que estava sendo observado. Olhou em volta e viu Lupin encostado à porta da biblioteca, de braços cruzados e deixando bem claro que assistira à cena. Ao ser visto, aproximou-se e deu um tapa de leve no ombro do rapaz.


 


 


 


 


 


- Fez muito bem, Harry. Acredite, não é saudável contrariar as ruivas! Seu pai, caso estivesse aqui, lhe diria o quanto elas podem ser “difíceis” de se lidar.


 


- Eu já percebi. – Respondeu ele, passando a mão pelos cabelos rebeldes – Não quero deixar a Gina chateada comigo, de forma alguma. Essa ruivinha é fogo...


 


- Como eu disse, esta é uma atitude sensata. – E mudando um pouco o tom de voz, ele continuou – Não pude deixar de ouvir que deseja fazer uma reunião hoje. Pretende discutir os próximos passos?


 


- Sim! Você pode convocar uma reunião para depois do jantar? E ainda teria alguns minutos para me ajudar com outro assunto que preciso resolver com urgência?


 


 


 


 


 


 


 


Remo assentiu e indicou a biblioteca para que ambos pudessem conversar sem interrupções.


 


 


 


Na hora do almoço todos já estavam informados sobre a reunião. Harry resolveu almoçar com Draco. Assim, enquanto todos se ajeitavam em volta da gigantesca mesa, ele subia as escadas com uma bandeja nas mãos. Já estava mais do que na hora de conversarem. Pediu para que Lupin e Minerva o encontrassem no quarto logo após a refeição. Bateu na porta e entrou.


 


 


 


           


 


- Ora, finalmente! – Draco saudou, com sarcasmo – Meu único amigo veio me visitar!


 


- Pode engolir seu sarcasmo, Draco. Você está entre amigos. – Respondeu Harry, enquanto depositava a bandeja numa mesa.


 


- Meus é que não são. Principalmente o tal de Longbotton e todo aquele bando de ruivos. Se pudessem me esfolariam vivo.


 


- Então é melhor não lhes dar motivos. – Riu Harry – Fred e Jorge adorariam um  motivo para poder pregar uma peça em você. E quanto a Neville... Bem, ele não tem boas lembranças de você no passado.


 


- Eu nem me lembro deste cara, como ele pode me odiar por isso? Não é justo!


 


- Pelo que me disseram você nunca foi muito justo conosco antes, Draco. E Neville não teve a memória alterada, então ele lembra muitíssimo bem de quem você era.


 


- Para começo de conversa não acredito em nada do que dizem. Só pode ser um complô para me colocar contra meu próprio pai. – Insistiu Draco, sentando-se à mesa para almoçar.


 


- Deixe de se iludir, Draco. Você viu o que aconteceu durante nossa fuga. Riddle queria nos matar, e não se importou nem um pouco por você ser filho do braço direito dele. – Respondeu Harry, iniciando seu almoço – Mas não adianta ficarmos discutindo, tenho como provar o que estou dizendo e o farei logo após o almoço.


 


 


 


 


 


Assim sendo, almoçaram em silêncio. Logo após, Lupin e Mcgonagall entraram no quarto e o antigo professor começou a explicar o que faria.


 


 


 


- Draco, Harry nos pediu ajuda numa maneira de lhe mostrar suas lembranças. Normalmente utilizamos uma Penseira para isto, mas como não temos nenhuma em mãos, usaremos um feitiço.


 


- Lembranças? Que lembranças?


 


- Minhas. – Respondeu Harry – Não quero que acredite simplesmente no que dizemos.


 


 


 


 


 


A um sinal de Harry, Lupin se aproximou dele com a varinha em punho, encostou-a em sua têmpora e extraiu um fio branco-perolado, esticando-o até arrebentar. Em seguida, fez um gesto frenético com a varinha e o fio prateado começou a expandir e mudar, adquirindo o formato de uma névoa, que aos poucos dominou todo o ambiente e então este mudou de forma, assumindo a aparência do escritório da mansão Riddle. Draco nunca entrara no local, mas conhecia o estilo.


 


 
- Esta é a lembrança do dia que descobri tudo. – Afirmou Harry, sentando-se.


 


 


 


Draco também se sentou e ficou boquiaberto, enquanto a cena se desenrolava à sua frente. Era a lembrança de Harry, escondido no escritório, escutando Voldemort e Malfoy. Quando a cena acabou foi substituída por outra, agora no escritório, quando Harry encontrava a chave de portal, e em seguida, mudava para o ataque que ele sofrera no quarto revistado. Ao final, as imagens se dissolveram, retomando o formato original. Lupin encostou a varinha novamente na têmpora de Harry, devolvendo-lhe as lembranças. O quarto voltara ao normal e caíra em silêncio enquanto Draco mirava a parede, com os pensamentos em algum lugar distante.
- Tudo isso que me mostrou é verdade Harry? – Perguntou finalmente.


 


- Sim. Não tenho por que inventar nada disso, Draco. E olhe ao redor. A magia está em todo lugar por aqui. E você mesmo viu Riddle, no que ele se transformou enquanto nos perseguia. Aquilo não era humano. Não mais. – Respondeu Harry.


 


- Mas e quanto aos meus pais? Não posso acreditar que estejam do lado dele... – Lamentou-se Draco – E não posso acreditar que seu tio queira me matar. Nunca fiz nada a ele.


 


- Riddle não possui uma mente normal. Seus padrões de moralidade são totalmente diferentes dos nossos, Sr Malfoy. – Minerva disse – Não importa se você é inocente ou não. Ele o matará assim que tiver oportunidade, pelo simples motivo de você o ter contrariado.


 


- E o que eu faço então? Não posso voltar para a minha família. Não tenho para onde ir. Não tenho dinheiro, nada! – O rapaz sacudia a cabeça, desconsolado.


 


- Fique conosco! – Propôs Harry, recebendo um olhar espantado de todos no quarto. Mesmo assim continuou – Você não tem para onde ir. Sua vida atual está condenada. Sua única chance é nos ajudar e recuperar sua vida anterior, e só conseguirá isso se derrotarmos Riddle.


 


- Eu? Aliar-me a vocês e lutar contra minha própria família? – Riu o loiro, sarcasticamente – Acho que não vai rolar, Harry!


 


- Não estou pedindo para lutar contra seus pais. Eu nunca faria uma coisa dessas com você, Draco. Só estou pedindo que me ajude a por um fim em toda esta loucura que Riddle está promovendo. – Garantiu Harry. Ele percebia que apesar de relutante, Draco mostrava-se com tendência a escutar o que ele propunha.


 


- Mas e quanto a eles? O que acontecerá com meus pais no meio desta guerra? – Insistia o rapaz.


 


- Quando chegar o momento da luta, se eles se renderem não lhes faremos mal. – Lupin respondeu antes de Harry – Não temos interesse algum de lhes causar qualquer dano físico. Eu lhe garanto isso. Desde que não tentem nos ferir e se entreguem, estarão seguros.


 


- Não podemos garantir que não receberão a devida punição por parte do Ministério da Magia. – Minerva também se manifestou – Afinal, a lista de crimes que vêm praticando contra a comunidade bruxa é enorme. Mas faremos o possível para garantir que terão um julgamento justo, se vencermos.


 


- Quando vencermos! –Exclamou Harry, incisivo – Não temos opção, é vencer ou morrer.


 


- Se vocês garantem o salvo conduto a eles quando tudo isto terminar... – Rendeu-se finalmente Malfoy – Então está bem. Eu ajudo vocês no que puder.


 


-Ótimo! – Sorriu Harry, dando um tapinha no ombro do rapaz – Então pode começar, nos contando tudo que sabe sobre a relação de seu pai com meu “tio”.


 


 


 


 


 


Passaram a tarde inteira conversando e Draco acabou contando tudo que sabia. Todas as empresas de fachada que sabia existir, os negócios escusos dos quais seu pai participava, tudo. Quando chegou a hora do jantar, Draco desceu para acompanhá-los. Quando este entrou na barulhenta cozinha, imediatamente o silêncio se fez presente e todos ficaram olhando para o grupo, aguardando explicações. Harry adiantou-se e comunicou a novidade.


 


 


 


 - Draco resolveu se juntar à nossa causa.


 


- Ele não é confiável Harry. É um Malfoy – Neville foi o primeiro a deixar clara sua posição.


 


- Ele não é o mesmo que conheceu, Neville. – Respondeu Harry.


 


- Todos nós mudamos. Ele também pode. – Completou Hermione.


 


- Você acredita mesmo nisto, Hermione? – Rony não se mostrava nem um pouco confortável com a ideia de ter Malfoy entre eles.


 


- Sinceramente acredito! Acho que todos merecem uma segunda chance. Eu sei que Draco não foi uma boa pessoa, mas assim como nós, ele não se lembra deste passado. É uma grande injustiça julgá-lo e condená-lo por isso. – Continuou Mione – O que quer que tenha acontecido e que tenha influenciado as atitudes dele, não influencia agora. Ele tem uma chance de se tornar outra pessoa. Uma pessoa melhor. Seremos nós a lhe virarmos as costas agora? Seremos nós a não lhe darmos a oportunidade de redenção?


 


- Draco não tem mais ninguém no mundo além de nós. – Continuou Harry – Ao me resgatar garantiu sua sentença. Se Riddle puser as mãos nele, será morte certa. O pai dele não poderá fazer nada a respeito. Ele teme seu senhor, não tem coragem para enfrentá-lo. Não podemos jogá-lo na rua e deixá-lo a mercê da própria sorte.


 


- Se o fizermos... No que seremos diferentes de nossos inimigos? – Emendou Mione.


 


 


 


 


 


Ninguém respondeu. Todos ficaram se olhando, imaginando se alguém teria algum argumento contra aqueles apresentados. De sua parte, Draco olhava admirado para Hermione. Ele tinha certeza que Harry o defenderia, e com o apoio de Lupin e Mcgonagall, sua aceitação era quase certa. Mas nunca lhe passara pela cabeça que teria o apoio da jovem, a quem tratara tão mau no passado. Ficou encarando-a, de queixo caído, até que a voz grave e rouca de Moody o trouxe de volta.


 


 


 


 


 


- Muito bem, Potter e Granger. Ele fica. Mas não poderá deixar esta casa desacompanhado, em hipótese alguma. Estamos entendidos?


 


- É claro! Muito justo. – Anuiu Harry.


 


- Nem poderá, de maneira alguma, tentar contatar seu pai. Ou dar qualquer indício de nosso paradeiro. E para isto não aceito apenas sua palavra. Exijo que ele faça um Voto Perpétuo. – Concluiu Moody.


 


- Um o quê? – Perguntou Draco, buscando socorro em Harry, mas este também parecia não saber do que se tratava.


 


- Um Voto Perpétuo.- Moody começou a explicar, enquanto se aproximava do rapaz, seu olho mágico girando feito louco na órbita, até se fixar no rapaz – É um feitiço para garantir que não nos trairá. E se tentar, você morre. Simples assim.


 


 


 


Draco engoliu seco. Olhou em volta e viu que não tinha escolha, então dando de ombros, aceitou.


 


 
- Se não tem jeito, tudo bem. Não vou trair ninguém, pode executar o seu feitiço.


 


- Mas não agora. – Molly, que estava parada ao lado do fogão cortou a conversa – Está na hora do jantar. Mais tarde, antes da reunião Alastor poderá fazer o que for preciso. Agora vamos jantar, antes que esfrie.


 


 


 


Ninguém discutiria com Molly Weasley, principalmente quando o assunto é comida. Sendo assim, todos buscaram um lugar à mesa para saborear o maravilhoso jantar que ela preparara.


 


Findo o jantar, e depois de conversarem amenidades para descontrair um pouco, aproximava-se o horário da reunião, de modo que resolveram organizar a grande mesa e prepará-la para a reunião, que seria ali mesmo na cozinha. Moody se aproximou, e tendo Makoto como fiel, lançou o Feitiço do Voto Perpétuo em Draco. Parado a um canto, encostado na parede, Harry assistia à cena, quando Gina se encostou ao lado dele.


 


 


 


- Tem certeza quanto a esta decisão? – Perguntou ela, segurando discretamente sua mão.


 


- Não. Mas o que mais eu poderia fazer? – Respondeu ele, apertando-lhe a mão delicadamente – Devo minha vida a ele, não poderia abandoná-lo agora.


 


- Sei que não. Só espero que ele tenha consciência disto e não faça besteira.


 


- Eu também. – Sorriu ele.


 


 


 


 


 


Moody terminara o feitiço. Draco esfregava a mão onde os laços do feitiço haviam envolvido sua pele e depois. Então sorriu levemente e disse.


 


 


 


- Agora que eu pertenço oficialmente ao grupo e também sou um bruxo, me digam: quando terei uma varinha dessas e aprenderei a fazer feitiços?


 


- Vamos providenciar uma varinha para você, Sr. Malfoy. – Respondeu Mcgonagall. E receberá instrução de como usá-la.


 


- Se precisar de ajuda, posso ajudá-lo, professora. – Mione ofereceu-se, corando imediatamente entre o olhar mortífero de Rony e o divertido de Gina.


 


- Muito bem, chega de enrolação. Vamos começar logo esta reunião, temos muito a decidir. – Esbravejou Moody – Sentem-se!


 


- Tem razão. Precisamos definir como invadiremos Hogwarts. – Apoiou Harry, arrumando um lugar ao lado de Gina – Vocês já tinham um plano, não tinham?


 


 - Sim, temos. Felizmente resta um amigo vivendo escondido nos arredores do castelo. E temos outro infiltrado no castelo, mas este só atenderá a um chamado seu, Harry. – Disse Lupin.


 


- Meu? Por que só meu? – Estranhou o rapaz.


 


- Por que trata-se de um Elfo-Doméstico. O antigo Elfo da família Malfoy, que você ajudou a libertar anos atrás. – Foi a vez de Minerva responder – Após isto, ele jurou lealdade a você, e só virá se você o chamar, Harry. Chama-se Dobby.


 


- Chamar? Chamar como? – Gina perguntou, curiosa.


 


- Basta dizer seu nome em voz alta. – Explicou Minerva.


 


- Então se eu disser – Dobby! – Ele aparecerá?


 


 


 


 


 


Antes mesmo de terminar a frase, ouviu-se um estampido e uma criaturinha pequena, magra, com orelhas grandes de abano que agora estavam em pé, sob uma pinha de abafadores de chá e grandes olhos verdes, surgiu sobre a mesa. Olhou para Harry e começou a chorar convulsivamente, caindo de joelhos e se arrastando até o rapaz, que assustado, levantou-se e se afastou um pouco. E não foi o único, a aparição de Dobby assustou muita gente.


 


 


 


- Mestre Harry Potter se lembrou de Dobby! Ah, como Dobby está feliz. Dobby pensou que seu grande amigo nunca mais o chamaria, mas aqui está Dobby, novamente com Harry Potter e seus amigos. – E chorou ainda mais, causando comoção principalmente nas meninas.


 


- Dobby, infelizmente Harry, e a maioria dos presentes aqui ainda não se lembram de quem são. Fomos eu e a Profª Mcgonagall quem lhe pedimos para chmá-lo. – Informou Lupin.


 


- Mestre Harry Potter não lembra do pequeno Dobby? – E voltou a chorar, agora um choro de decepção.


 


- Não lembro, mas estou fazendo de tudo apara lembrar, Dobby. Por isso chamamos você, para que nos ajude. – Apressou-se a dizer Harry.


 


- Se Harry Potter precisa da ajuda de Dobby, Dobby irá ajudar Harry Potter. – Disse a pequena criatura, convicta, assoando o nariz em sua blusa – Pode dizer o que precisa que Dobby faça, senhor.


 


- Primeiro, diga-nos como está Hogwarts, Dobby. – Pediu Minerva.


 


- Se diretora pede para Dobby, ele dirá. – Respondeu o Elfo, sentando-se sobre a mesa e cruzando as pernas, suas orelhas se abaixando e ficando estendidas ao longo de sua enorme cabeça – Mas as notícias não são boas, minha senhora.


 


- Não sou a diretora da escola, Dobby. Não mais. – Apartou a mulher, mas dava para perceber a emoção em sua voz ao afirmar isto.


 


- Mas deveria ser. É o que todos os fantasmas do castelo dizem. Que o Professor Snape não deveria ter assumido a direção da escola, que a diretora de direito ainda é a senhora. – Afirmou Dobby.


 


- Talvez um dia Dobby. Se nos ajudar, vamos fazer o possível para que isto aconteça. – Tonks disse, enquanto capturava as mãos da diretora entre as suas – Para isso precisamos de informações. Saber o que mudou no castelo. O que Snape está fazendo com a escola.


 


- Muitas mudanças, minha senhora. Agora, não existem mais as honrosas casas de Grifinória, Corvinal ou Lufa-Lufa, mas uma única casa: Sonserina. O símbolo da escola agora é apenas a serpente e as únicas cores que se vê pelos corredores é verde e  prata. Mas não é só isso. Agora não se ensina mais Defesa Contra as Artes Das Trevas e sim Artes das Trevas. Todos os alunos estão sendo treinados para se tornarem Comensais da Morte, soldados a serviço do Lorde das Trevas. Os antigos companheiros de meu senhor Harry Potter agora passam o dia aprendendo a ser maus, a torturar e matar pessoas. Esta é uma época negra para Hogwarts, meus amigos. E para o mundo bruxo.


 


- E quanto a Hagrid, Dobby. Você sabe onde ele está? – Perguntou Lupin.


 


- O professor Hagrid não foi atingido pelo mal lançado pelo Lorde Das Trevas. – Continuou Dobby – Quando ele percebeu o golpe que estava acontecendo, tentou defender a escola. Mas ele estava sozinho, então fugiu para a Floresta Negra. Vive escondido com seu irmão, desde então. O professor Snape enviou homens atrás deles, mas poucos voltaram com vida.


 


- Mas ele está bem? Nós tentamos entrar em contato com ele, mas nunca recebemos resposta. – Continuou Lupin – Acreditamos que ele tenha receio de que seja uma armadilha para capturá-lo.


 


- Dobby não sabe como ele está. O que Dobby sabe, ouviu das conversas do diretor com os professores e Comensais que vivem no castelo.


 


- E quanto a isto, Dobby. Como é a segurança do castelo? – Tonks perguntou.


 


- É muito grande, senhora. Além dos diversos feitiços criados pelo diretor, ainda há guardas que rondam toda a propriedade, o tempo todo. É impossível invadir o castelo.


 


- A não ser que alguém conheça uma passagem secreta. – Sorriu Lupin – Ou sete.


 


- Você está querendo dizer que conhece passagens secretas que levam para dentro do castelo? – Beth, que permanecera calada até então, sentada ao lado de Makoto, não conseguiu se conter.


 


- Mais que uma, na verdade. Digamos que eu, Sirius e o pai de Harry, Thiago, costumávamos explorar muito o castelo e descobrimos alguns de seus segredos. – E o sorriso do velho professor se alargou ainda mais, fazendo com que ele parecesse mais jovem.


 


- Mas que de nada adiantará se não tivermos uma bela distração e a senha para entrar na sala do diretor. – Moody trouxe-o de volta à realidade.


 


- Sim, com certeza. E é aí que você entra, Dobby. Precisamos de sua ajuda para fazer contato com Hagrid e convencê-lo a se unir a nós. E precisamos também da senha de acesso à sala de Snape. Será que pode nos ajudar?


 


 


 


 


 


Os olhos do Elfo se arregalaram de susto. Passado o primeiro momento, porém, eles se estreitaram, mostrando convicção.


 


 


 


- Dobby ajudará sim. Ajudará Harry Potter e seus amigos. Dobby irá hoje mesmo procurar o professor Hagrid e dizer que há outros que não foram atingidos pelo mau que o Lorde das Trevas lançou no mundo, e que Harry Potter está de volta, lutando contra ele. E Dobby também encontrará um meio de conseguir a senha da sala do diretor, ah! Dobby vai conseguir sim.


 


- Ótimo Dobby. Mas não poderemos invadir até as festas de final de ano. Os alunos ainda voltam para casa nesta época, não voltam? – Perguntou Minerva.


 


- Sim diretora. A maioria vai passar as festas com a família. Mas ainda ficam alguns, e os guardas também. Mas Dobby dará um jeito de conseguir a senha antes disto, Dobby promete.


 


- Certo Dobby. É muito importante que consiga esta informação. – Harry apontou – Mas veja bem, não se arrisque. Não queremos que se exponha, está me entendendo?


 


- Sim, Harry Potter. – Garantiu ele, balançando a cabeça com firmeza, sorrindo – É muito bom ver que, mesmo não se lembrando de Dobby, Harry Potter ainda se importa com ele. Isso só mostra o grande bruxo que Harry Potter é.


 


- Err... Obrigado. Eu acho. – Agradeceu Harry, um tanto confuso.


 


- Por enquanto é só isso, Dobby. É melhor você ir, para que não percebam a sua falta. – Minerva disse, preocupada – Mas volte e nos avise sobre qualquer novidade, por favor.


 


- Sim, senhora diretora. Dobby irá agora mesmo falar com professor Hagrid e voltará assim que tiver notícias. – E com um novo ploc, ele desapareceu.


 


- Então a ideia é invadirmos o castelo usando uma passagem secreta? – Indagou Fred, esfregando as mãos – Parece divertido!


 


- Pode parecer que será divertido, mas não será. Muito pelo contrário, o risco é imenso. – Disse Moody – Nem mesmo eu irei, para não colocar a missão em risco.


 


- Alastor está correto. Deverá ser um grupo pequeno. – Emendou Lupin – Sugiro apenas eu, Harry, Minerva e Kingsley.


 


- Eu também vou. – Gina pronunciou-se imediatamente.


 


- O quê? Você, minha filha? – Molly sorriu, descrente – Não, você só pode estar brincando não é? Você ainda é uma criança, não pode se envolver numa missão tão perigosa quanto esta!


 


- Mãe, eu já não sou mais uma criança. E não estou treinando feito louca, todos os dias, a troco de nada ou por distração e brincadeira. Faço para ser útil, para poder lutar. – Respondeu Gina, com firmeza – E pode perguntar a qualquer um aqui. Sou uma das melhores em combate!


 


- Gina está certa, Molly. – Lupin intercedeu – Ela é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores duelistas. Pode ser de grande ajuda na operação.


 


- Também acho. – Apoiou Harry – Me preocupo com a segurança da Gina, Srª Weasley, mas não acho justo, depois de tanto esforço da parte dela, a deixarmos de lado.


 


- Não estou dizendo isto, Harry. Mas é que me perece tão perigoso o que vocês estão prestes a fazer, parece tão arriscado... – Continuou a se justificar Molly – Ela quase já foi morta por esta gente, não quero que eles a machuquem novamente.


 


- E é exatamente este o ponto, mamãe. – Gina retomou a palavra – Eu já estive na mão deles. Se puderem, vão acabar comigo na primeira oportunidade que tiverem. Não vou ficar aqui escondida, esperando que me encontrem. Quero e vou estar na linha de frente, participando como todos, correndo o mesmo risco que todos.


 


- Ela está certa, Molly. – Arthur interrompeu sua esposa, que estava prestes a retrucar a filha – Todos nós temos nossas responsabilidades. Gina já é uma moça, não podemos protegê-la para sempre. Já falhamos uma vez ao não acreditar nela quando tentou nos mostrar o que estava acontecendo. Não vamos cometer o mesmo erro novamente. – E virando-se para a filha, completou – Nós confiamos em você, minha filha. Faça o que achar que deve.


 


- Obrigada, Pai! – Gina agradeceu, indo até o pai e beijando-lhe a face.


 


- Muito bem. Agora que já definimos isto, vamos passar para outro assunto. – Moody retomou a palavra.


 


 


 


 


 


A reunião prosseguiu ainda por mais de uma hora. Quando terminou e todos começaram a se retirar, Draco adiantou-se e puxou Hermione de lado.


 


 


 


 


 


- Oi. Só queria lhe agradecer pelo apoio que você me deu. – Disse o rapaz.


 


- Tudo bem. – Respondeu ela, sorrindo – Só faça por merecer ou eu mesma enfeitiço você.


 


 


 


Ela não aguardou resposta, livrando-se dele e subindo as escadas rumo a seu quarto. Draco permaneceu no mesmo lugar, sorrindo.


 


 


 


Pelos dias seguintes, nada mudou. Harry continuava se recuperando, ficando mais forte dia a dia. Por outro lado, a temperatura caía cada dia mais, anunciando de vez a chegada do inverno.


 


 


 


 


 


Quatro dias após a reunião, já era noite quando ouviram batidas à porta. Batidas fortes e incisivas. Shacklebolt adiantou-se, seguido de outros, todos de varinhas preparadas. Quando este desfez os feitiços de proteção e abriu a porta, esta estava completamente bloqueada por uma figura enorme. O homem abaixou-se e grunhiu.


 


 


 


 - Então é verdade mesmo? A Ordem da Fênix ainda resiste!


 


- Olá Hagrid! - Cumprimentou Shacklebolt abaixando a varinha e sorrindo, enquanto dava um passo para o lado – Não quer entrar?


 


 


 


Hagrid curvou-se ainda mais, atravessando o umbral da porta. Em silêncio, devido ao quadro da mãe de Sírius que ficava no corredor, caminharam até a cozinha, onde o restante do grupo. Assim que Hagrid surgiu, vários “Ohhhsss” se fizeram ouvir, e Draco não se conteve.


 


 


 


            - Mas o que é isso? De que circo esse cara fugiu?


 


- Eu é que pergunto, Malfoy, seu traidor miserável, o que VOCÊ está fazendo aqui? – Esbravejou Hagrid, assustando a maioria, pois ele parecia extremamente selvagem.


 


- Calma Hagrid, Draco está conosco. – Anunciou Lupin, segurando o braço do meio-gigante, que tremia.


 


- Ele não é confiável, Remo. É filho de um deles, está aqui a mando do mestre das trevas, tenho certeza. – Continuou Hagrid, lentamente dirigindo-se para o rapaz, que assustado tentava se proteger no fundo da cozinha, atrás de Mione e Gina.


 


- Ele salvou a minha vida! – Harry colocou-se entre os dois, a mão espalmada na barriga de Hagrid – Devo minha vida a ele. Confio nele.


 


- Se você confia então está bom para mim, Harry. – Hagrid começou a relaxar, mas continuou, ainda olhando para Draco – Mas se você sair fora da linha um tantinho que seja, Malfoy, eu acabo com a sua raça!


 


- Hagrid, acalme-se! – Intercedeu Minerva, e o homem finalmente afastou-se, procurando um lugar onde se sentar.


 


- Desculpem. Ando com os nervos à flor da pele. Vejam bem, desde que o pequeno Dobby me deu o recado de vocês, só esta noite consegui deixar meu esconderijo na floresta. – Desculpou-se ele, sentando-se pesadamente – Ah, mas vocês não imaginam a saudade que eu estava de todos vocês. E olhem só, nem parece que já passou todo esse tempo. Harry, Rony e Mione. Vocês três, juntos de novo. Como senti falta disso, sabem? Todo este tempo, sozinho na floresta...


 


 


 


Hagrid puxou de um bolso interno de seu grosso casaco um lenço gigantesco e secou o canto dos olhos com ele, visivelmente emocionado. Aguardaram ele se recompor e continuaram a conversa.


 


 


 


 


 


- Conte-nos como estão as coisas em Hogwarts, Hagrid. – Pediu Lupin, pegando um garrafão de bebida em um dos armários e servindo em uma grande caneca para o amigo.


 


- Nunca vi nada igual! – Começou ele, tomando um longo gole – Um total desrespeito ao significado da escola. Um desrespeito ao Prof. Dumbledore e aos fundadores. Não há mais casas. Não há mais Quadribol. Sem festas, nem livre arbítrio. Os professores só lecionam matérias voltadas para as artes das trevas. Não imaginei que um dia viveria para ver algo tão triste. Nossa linda escola transformada em campo de treinamento para futuros Comensais da Morte.


 


- Dobby disse que você está sendo perseguido por eles. É verdade? – Perguntou Tonks.


 


- Sim. Desde que eles perceberam que o feitiço lançado pelo Lorde das Trevas não teve qualquer efeito sobre mim, eles tentam me silenciar. Não sei se a ideia era me enviar para Azkaban, servir de refeição para os Dementadores ou simplesmente me matar, mas assim que percebi o que pretendiam, peguei Canino e corri para a floresta. Juntei-me Grope, e nos escondemos. – A caneca vazia repousou sobre a mesa e Lupin voltou a enchê-la – É claro que tentaram nos seguir, mas eles não conhecem a floresta ou seus habitantes como eu conheço. Ah não! Poucos Comensais que entraram à nossa procura retornaram. Depois de um tempo, resolveram me deixar em paz. Mas estão sempre vigiando, então se eu tentar sair do meu esconderijo o risco aumenta muito. Por isso demorei tanto para aparecer. Precisava escolher o momento certo para escapar dos guardas sem ser visto, e isto não é lá muito fácil para mim, não é mesmo?


 


-Mas você conseguiu e é isso que importa, Hagrid. – A diretora deu dois tapinhas de leve na imensa mão que repousava sobre a mesa.


 


- Não tem sido fácil, diretora. Até o pequeno Elfo me contar que vocês estavam aqui pensei que era o único a escapar. – E os pequenos olhos negros marejaram – Nunca me senti tão só, acreditem. Peço desculpas por não acreditar nas mensagens que me enviaram antes, mas achei que fosse mais uma armadilha dos Comensais. Que estavam tentando usar vocês, meus antigos amigos, para me pegarem.


 


- Nós entendemos, Hagrid. – Minerva continuava consolando-o.


 


- Mas eu devia saber. Devia presumir que uma resistência estava se formando. E quando Dobby me deu a notícia de que estavam todos aqui, e que Harry estava conosco novamente, lutando mesmo sem lembrar-se exatamente de quem era... – E Hagrid deu um prolongado suspiro – Essa foi a melhor notícia que eu recebi nos últimos anos.


 


- O Elfo lhe explicou o que pretendemos fazer, Hagrid? – Perguntou Moody, que permanecia parado encostado à porta.


 


- Sim, ele disse. E podem contar comigo. Basta me dizerem quando colocarão o plano em ação. E o que querem que eu faça? – Hagrid perguntou.


 


- Esperaremos as férias de final de ano, quando não teremos alunos na escola. Avisaremos por Dobby o dia, não sabemos ainda quando será possível. Mas o que queremos que você faça é que cause uma distração para que entremos no castelo. – Explicou Lupin.


 


- Isto não será problema. Eu e Grope vamos adorar sacudir um pouco as coisas. – E pela primeira vez, viram-no sorrir.


 


 


 


 


 


O inverno continuou e a cada dia esfriava ainda mais. Logo cairia a primeira neve do ano, mas ninguém dentro da Sede estava ansioso por isso. Trancados ali a maior parte do tempo, mal se davam conta do tempo que fazia do lado de fora. Apesar de antiga, a casa tinha um ótimo sistema de vedação para impedir que o frio atravessasse as frestas e congelasse todos. Mesmo assim, Molly e Tonks encabeçaram a tentativa de alegrar o ambiente e salvar o natal. Arregimentaram Gina e Hermione e começaram a enfeitar a casa para as festas. Aos poucos, dentro do possível, a casa começou a ganhar ares mais festivos.


 


 


 


Ao mesmo tempo, outras atividades prosseguiam. Draco recebeu uma varinha poucos dias após seu ingresso na Ordem, e logo Hermione começou a treinar com ele, todas as manhãs. Além dela, Lupin também assumiu a responsabilidade de ajudá-lo com a magia.


 


 


 


Um ponto de extremo desgosto para os Weasleys era Percy. Desde que chegara, o rapaz não aceitava a situação e muito menos sua condição de bruxo.  Independente do que qualquer pessoa lhe falasse, ou de qualquer prova que lhe era apresentada, ele se recusava terminantemente a aceitar. Passava os dias trancado no quarto, sozinho e deprimido, a ponto de serem obrigados a lhe lançar um feitiço, impedindo-o de deixar a casa, pois sua única vontade era fugir e voltar à sua vida cotidiana.


 


 


 


Quando faltava uma semana para o natal, Dobby reapareceu, trazendo a senha para acessar a sala do diretor. Era o último detalhe que faltava para colocarem o plano em prática. Dobby também confirmou que a grande maioria dos alunos partiria no dia seguinte para as férias de natal. Decidiram que a invasão seria na noite de natal, quando as defesas da escola estivessem mais vulneráveis. Combinaram o horário em que Hagrid começaria a distração e então Dobby partiu. O clima pesou instantaneamente por toda a casa, mesmo estando tão perto do natal. A possibilidade de um confronto era mais do que provável e todos estavam receosos com a operação.


 


 


 


 


 


Na antevéspera de natal, Harry acordara cedo. Estava nervoso com a missão que estava por vir, e não conseguira dormir muito bem à noite. Cansado de rolar na cama, levantou-se e desceu até a cozinha, que já se encontrava ocupada por Neville, Luna, Minerva, Molly, Tonks. Harry já estava terminando seu café quando Mione chegou e sentou-se ao seu lado, sussurrando para ele “Precisamos conversar”. Harry virou-se para ela, aguardando que começasse a falar, mas ela voltou a sussurrar “Depois do café” e serviu-se de uma panqueca que estava num prato sobre a mesa. Harry terminou de se alimentar e aguardou a amiga, que comeu rapidamente. Então ambos deixaram a cozinha, entrando na biblioteca.


 


 


 


            - Algum problema, Mione? – Perguntou o rapaz assim que fechou a porta.


 


- Problema? Não, está tudo certo. – Respondeu ela, e Harry percebeu ela tinha um olhar travesso – Só queria te dizer que a Gina está precisando conversar com você. Ela está lá no nosso quarto agora, sozinha... Achei melhor te dar o recado longe dos irmãos dela.


 


- Ah tá! Claro. Ela está no quarto? Será que não tem problema se eu for até lá? – Indagou ele, meio atrapalhado, entendendo o porquê de Mione estar com aquela cara.


 


- Não tem problema. Pode ir, ela está te esperando. – Garantiu Mione, abrindo a porta para sair.


 


 


 


 


 


Harry não se fez de rogado. Subiu as escadas saltando a cada dois degraus, atravessou o corredor até o quarto que Gina dividia com Mione e Luna. Bateu levemente na porta, abrindo-a assim que ouviu a autorização vinda de dentro. Entrou e fechou-a cuidadosamente, evitando fazer barulho. Gina estava sentada na pequena penteadeira que havia no quarto, penteando seus cabelos que caiam lisos e sedosos pelas costas, olhando para ele pelo espelho.


 


 


 


            - Bom dia! – Cumprimentou ela.


 


            - Bom dia. – Devolveu ele – Mione disse que queria me ver.


 


- Sim. Tem uma coisinha que quero falar com você. – Respondeu ela, repousando a escova sobre a penteadeira e virando-se.


 


 


 


Só então Harry percebeu que ela ainda estava de camisola. Era uma camisola branca, de seda, que combinava muito bem com os cabelos vermelhos dela e seus olhos cor de mel. Usava um robe da mesma cor, que estava amarrado na cintura. Quando ela se levantou e veio em sua direção, Harry teve que segurar um suspiro. A camisola também era extremamente curta, aparentava ser pelo menos dois números menores do que o manequim de Gina, de modo que no final das contas, o conjunto mais revelava do que escondia as curvas e as belas e bem torneadas coxas da garota. Harry não conseguiu desviar os olhos dela enquanto caminhava, e só quando ela parou bem a sua frente foi que ele levantou o olhar, não sem antes parar longamente em seu decote. Quando voltou a fitar seus olhos, Gina estava completamente escarlate. Mas sorria. Harry engoliu em seco, tentou se controlar e retomou a conversa.


 


 


 


            - Então... O que é que você queria me falar mesmo?


 


- Obrigada! – Disse Gina, envolvendo o pescoço de Harry com os dois braços e puxando-o para um beijo.


 


 


 


 


 


Harry ficou sem ação por um segundo. Desde que Mione dera o recado, ele não pensava em outra coisa a não ser poder ficar assim, perto de Gina novamente, a sós. Como ocorrera na noite em que jantaram em Paris. Sentir o toque de sua pele, seu delicioso perfume. E claro, ele tinha a esperança de sentir o gosto daqueles lábios novamente. Mas não esperava encontrar tudo aquilo ao entrar no quarto. A visão de Gina de camisola o deixara completamente desnorteado. Não era mais uma menina que ele tinha a sua frente. Era uma mulher, uma bela e sensual mulher que merecia ser beijada como tal.


 


 


 


Assim, passado o primeiro instante de atordoamento, Harry levou suas mãos às costas de Gina, puxando-a ainda mais de encontro a seu corpo. O contato causou arrepios na jovem, ainda mais quando Harry aprofundou o beijo, pedindo passagem para que sua língua encontrasse a dela. Uma de suas mãos subiu até a nuca, puxando-a ainda mais para si. O beijo ganhou intensidade e volúpia, e logo os dois estavam totalmente entregues ao momento, até que Harry começou a beijar seu pescoço e então Gina se afastou.


 


 


 


- Não! – Disse ela, categórica, espalmando as mãos no peito do rapaz, afastando-o – Chega!


 


- Ok! – Concordou ele, após tentar brevemente retomar os beijos e perceber que ela estava falando sério. Foi um grande sacrifício, pois sua intenção era beijar todas as lindas sardas que pudesse achar naquela ruivinha – Não vou insistir. Por enquanto. Mas pode me agradecer assim sempre que quiser, não vou reclamar.


 


- Imaginei que não. – Respondeu ela, sorrindo – É sério, queria te agradecer por ter me apoiado outro dia na reunião. Você prometeu e cumpriu a promessa.


 


- Só disse o que penso. – Respondeu ele com sinceridade.


 


- Eu sei. Por isso mereceu o beijo. – E ela deu mais um beijo, bem de leve em seus lábios.


 


- Gina, não é de hoje que tenho pensado numa coisa. – Harry ficou sério de repente, demonstrando a seriedade do assunto – Sobre nós. Quero fazer a coisa certa, e sinto que o certo é ficarmos juntos. O que acabou de acontecer só reforça ainda mais o que penso, o que sinto.


 


- Eu também quero ficar com você. – Gina aninhou-se em seu peito, colando seu ouvido no coração que pulsava forte – O que sinto é muito forte, Harry. Não sei bem o que é, mas sinto que é único. Nunca mais vou sentir o mesmo por outra pessoa.


 


- Eu também penso o mesmo. Não importa o que tivemos antes. Ou por que terminamos. Não importa se lembramos ou não. O que importa é o que sentimos um pelo outro agora, e o que sinto é que não posso viver mais sem você. Não posso ficar longe de você. – E capturando o queixo de Gina, forçou-a a olha-lo diretamente nos olhos – Gina Weasley, quer ser a minha namorada?


 


- É claro que aceito, Harry Potter. – A resposta veio seguida de mais um caloroso beijo.


 


 


 


 


 


 


 


Resolveram tornar público o relacionamento deles no almoço de natal e assim o fizeram. Após o almoço, enquanto todos saboreavam a deliciosa sobremesa, Harry pediu licença e contou a todos que ele e Gina estavam namorando. Pediu autorização para os pais da moça, que de pronto permitiram, e esta novidade serviu para ajudar a melhorar o clima da casa. O que não durou muito.


 


 


 


No final da tarde, o grupo já estava pronto para partir. Usavam roupas pesadas, pois a neve finalmente caíra e uma camada de quase quinze centímetros cobria o chão da cidade. Além disso, levavam a capa de Harry e o mapa que Lupin comentara. E suas varinhas, é claro.


 


 


 


Deixaram a sede, e dali mesmo na praça desaparataram com Harry e Gina sendo guiados pelos mais velhos. Surgiram numa ruela mal iluminada de uma pequena vila, onde havia ainda mais neve sobre o solo. Encostaram-se contra uma parede, de modo que não pudessem ser vistos por quem passasse pela rua. Foi apenas precaução já que a pequena vila estava deserta. Ninguém andava nas ruas, todos estavam dentro de casa, com exceção de um ou outro guarda que fazia sua ronda.


 


 


 


Seguiram sorrateiramente, contornando as paredes dos prédios e utilizando as sombras para se ocultarem até que chegaram aos fundos de uma loja, onde Lupin Fez sinal para esperassem. Concentrando-se na maçaneta da porta, murmurou vários feitiços até que, com um estalo seco, esta se abriu. Mesmo assim ele aguardou mais um pouco, até ter certeza de que não acionara qualquer alarme e só então entrou seguido por Gina, Harry, Minerva e, por fim, Kingsley. Estavam numa imensa loja de doces e guloseimas, com os doces mais estranhos, lindos e curiosos que Harry já vira. Mas não teve tempo de parar para avaliar melhor o lugar, pois Lupin já contornava o balcão, onde havia uma escada que levava a um porão, onde Remus murmurou “Lumus”, e o ambiente se iluminou, gesto que foi repetido pelos demais enquanto o antigo professor procurava por um alçapão. Quando o encontrou, muito bem disfarçado, abriu-o e indicou que os outros entrassem. Lupin lacrou-o novamente quando todos passaram.


 


 


 


Agora estavam em um túnel úmido e lúgubre, estreito e comprido, que se perdia de vista, em curvas e declives.


 


 


 


- Estamos numa das passagens secretas, que leva da Dedos De Mel, daqui da vila de Hogsmeade até dentro do castelo de Hogwarts. – Explicou ele, mais para Gina e Harry.


 


- Ainda não acredito como vocês foram capazes de descobrir estas passagens secretas. – Comentou Minerva – Nem os professores tinham conhecimento.


 


- A senhora se lembra de como éramos, não? – Perguntou Lupin, sorrindo – Então não deveria estar tão surpresa assim.


 


- O pior é que é verdade. Você, Sírius e Thiago eram impossíveis. – E ela sorriu para o amigo em cumplicidade – Mas e agora? O que faremos?


 


- Vamos seguir o túnel até o final e torcer para que a saída ainda esteja lá. Rabicho também conhecia o túnel, apesar de não usá-lo com frequência. Normalmente apenas Sírius e Thiago vinham usavam-no, escondidos, para chegar à vila.


 


- Então vamos torcer para que ele tenha se esquecido desta passagem. – Completou Kingsley, tomando a frente.


 


 


 


Seguiram o caminho com dificuldade. O túnel era realmente muito estreito. Crianças não teriam dificuldade em se locomover, mas adultos sim, sendo ainda pior para alguém do porte do antigo Auror, que tinha aproximadamente dois metros de altura. Ele quase tinha que avançar de cócoras, o que atrasava muito o progresso do grupo. Depois de aproximadamente uma hora, surgiu um aclive no caminho e, pouco depois ele chegou ao fim. Mas não como era esperado por Lupin. À sua frente, em vez de uma escada que levava para a saída havia apenas um monte de pedras. A passagem fora bloqueada.


 


 


 


- Bom, parece que Rabicho ainda se lembrava de onde era a passagem, afinal. – Apontou Harry, desanimado.


 


- Sim. – Concordou Lupin, enquanto examinava os destroços, sorrindo – Mas ele só tinha uma ideia sobre onde era a entrada do túnel, não seu trajeto.


 


 


 


 


 


Sem explicar o que faria a seguir, Lupin se aproximou da parede. Com um movimento da varinha criou uma nova escada, que subia até um ponto a uns três metros de distância do anterior. Subiu os poucos degraus, até ficar muito próximo à parede. Colou o ouvido nela, prestando atenção por algum tempo, enquanto era observado com curiosidade pelo restante do grupo. Então sacou novamente a varinha, encostou-a na parede e murmurou – “ Abbafiato!”, e em seguida “Bombarda!” quando a parede explodiu, porém sem causar ruído algum. Mais um movimento de varinha e a poeira sumiu. Lupin colocou a cabeça pelo buraco, ultrapassou-o em seguida e fez sinal para que os outros o seguissem.


 


 


 


Perceberam que estavam num longo corredor vazio, mal iluminado e lúgubre. Kingsley, que foi o último a passar, também, apontou a sua varinha para o buraco e murmurou – “Reparo!”, e a parece voltou ao normal.


 


 


 


 


 


- Estamos no corredor do sétimo andar. – Anunciou Lupin – A sala da diretoria não é longe, mas devemos nos apressar e tomar todo o cuidado possível. Não sei por quanto tempo Hagrid conseguirá mantê-los longe.


 


 


 


Era audível, mesmo àquela distância, o som de uma batalha que se desenrolava. Grope, o irmão gigante de Hagrid urrava e parecia lançar pesadas pedras contra as defesas do castelo, enquanto Hagrid gritava para incentivá-lo e a quem mais estivesse com eles.


 


 


 


Com o máximo de cuidado possível, evitando fazer qualquer barulho, seguiram até o final do corredor. Conforme esperado, não havia ninguém guardando o local, e não tiveram dificuldades para chegar ao andar onde ficava a sala do diretor. Mas assim que viraram uma esquina, um barulho de objetos caindo no chão estrondosamente se ouviu, oriundo de uma sala mais a frente, e os fez congelar no local em que estavam. A porta se abriu com violência, quase sendo arrancada de seu batente e uma criatura pequena passou voando por ela, dando cambalhotas e rindo grosseiramente e que parou imediatamente ao ver que tinha plateia.


 


 


 


 


 


- Ora, ora, ora! O que temos aqui? Seriam intrusos no castelo? – E seus olhos brilharam maliciosamente.


 


- Pirraça! – Murmurou Minerva, sua voz trêmula – Fale baixo ou vai acabar nos revelando.


 


- E se for isso que eu quero, professora? – Continuou Pirraça – E olha só, a diretora destituída não veio só. Trouxe o Lobo Lupin e o Potter Pirado para ajudá-la a retomar a escola, foi?


 


- Estamos aqui para falar com Dumbledore, Pirraça. – Disse Lupin – Precisamos da ajuda dele para tentar resolver esta situação, Fazer com que tudo volte ao normal. Ou você vai me dizer que gosta de como as coisas estão agora?


 


- Não há nada que se possa fazer. – Retrucou ele, sua expressão deixando de ser maliciosa e tornando-se séria, talvez pela primeira vez em centenas de anos – O Lorde das Trevas derrotou Dumbledore. Derrotou todos vocês. Ele dominará o mundo, não importa o que façam.


 


- Mas e se tivesse uma chance de consertar tudo o senhor não tentaria, senhor Pirraça? – Gina perguntou – O senhor prefere como está hoje ao que era antes dele mudar tudo?


 


- Não, eu não gosto de como está. – E o olhar de Pirraça agora era frio e rancoroso – Os Comensais não me deixam em paz, tentam me expulsar do castelo desde que joguei um balde de lesmas na cabeça do diretor Snape. Tenho que me esconder a maior parte do tempo, só posso me divertir tarde da noite ou como agora, quando todos estão ocupados.


 


- Então! Não seria melhor voltar ao que era antes? – Insistiu Gina – Por favor, ajude-nos. Nós precisamos ver o quadro do diretor e rápido.


 


 


 


 


 


Pirraça pareceu considerar a ideia por algum tempo, então voltou a sorrir e a dar cambalhotas no ar.


 


 


 


- Sou um poltergeist que adora confusão. E a confusão está lá fora. Acho que vou participar da brincadeira, talvez cause mais algum estrago aos Comensais. Aproveitem o tempo. – E desapareceu pelo corredor, gargalhando e derrubando as armaduras ao passar.


 


 


 


Com urgência ainda maior, chegaram na frente das gárgulas, que guardavam a entrada da sala do diretor. Lupin retirou o Mapa do Maroto de um bolso e, consultando-o, viu que a sala estava vazia. Snape estava na orla da floresta junto com os outros guardas. Fez um sinal de positivo para Minerva que se adiantou, murmurando a senha – “ Sectusempra!”. As gárgulas giraram, abrindo caminho para a escada que dava acesso à sala. Todos subiram, com exceção de Kingsley, que permaneceu no pé da escada sob a capa de invisibilidade de Harry, montando guarda.


 


 


 


A sala estava num silêncio profundo. Apenas dava para ouvir um som baixo de ressonar vindos dos vários quadros espalhados pelas paredes. A sala estava escura e fria, tanto que necessitaram conjurar luz com suas varinhas para enxergarem o caminho. Gina encontrou velas e com um aceno de sua varinha, acendeu todas, trazendo uma bem vinda claridade ao ambiente. Minerva não conteve um suspiro de pavor ao olhar a sala. Além dos quadros dos diretores, havia vários quadros mostrando cenas dantescas, de pessoas sendo torturadas, enfeitiçadas ou mortas em decorrência de feitiços. Numa mesa, vários frascos contendo poções e venenos. Numa estante havia diversos animais embalsamados ou em vidros contendo álcool. No alto de outra repleta de livros de magia negra repousava um chapéu surrado, todo empoeirado e um esquife, contendo uma espada.


 


 


 


 


 


            - O que Snape fez com essa sala? – Murmurou Minerva.


 


- Parece que a transformou em sua sala. Com tudo que lhe agrada. – Respondeu Lupin.


 


- Está meio óbvio que esse cara é do mau. – Comentou Gina – Como ninguém suspeitou dele antes? Como puderam confiar nele tanto tempo?


 


- Ele sempre se mostrou uma pessoa de confiança, minha cara. – Disse uma voz calma e suave, vinda detrás da mesa do diretor.


 


- Alvo! – Minerva adiantou-se, contornando a mesa e acariciando a moldura de um quadro, onde um homem extremamente idoso de barba longa e óculos em formato de meia lua sorria placidamente – Como é bom vê-lo novamente.


 


- Minha cara Minerva. Acredite, o prazer é todo meu. – Retribuiu Dumbledore – Sinto muita falta de nossas longas conversas.


 


- E eu de seus sábios conselhos, Alvo. Agora, mais do que nunca. – Finalizou ela.


 


- Eu imagino Minerva. E vejam só... Harry! E Gina Weasley! Que agradável surpresa, sempre acreditei que o destino os uniria um dia, meus jovens.


 


- Olá Diretor. – Cumprimentou Harry – Estamos unidos, mas sem nos lembrar de nosso passado. Por isto estamos aqui, para lhe pedir ajuda.


 


- É claro. Sabe Harry, óbvio que eu tenho ciência do feitiço lançado por Tom e do resultado dele no mundo bruxo, mas veja, nem mesmo a mais poderosa magia negra é capaz de vencer o poder supremo, o que há de mais forte no mundo.


 


- Que poder é este, professor? – Perguntou Gina.


 


- O amor, obviamente, minha jovem. Observe que, mesmo com o plano de Tom dando aparentemente certo, ele não conseguiu impedir que vocês dois se reencontrassem e que o amor de vocês voltasse a florescer. Ou estarei enganado?


 


- Bom... Digamos que o senhor não esteja totalmente errado. – E Gina corou violentamente, o mesmo acontecendo com Harry.


 


- Professor, a verdade é que apesar de termos nos reencontrado, ainda não lembramos de nada do passado. Nem nós nem mais ninguém. E viemos aqui na esperança de que o senhor possa nos ajudar. – Harry disse – Que possa nos dizer uma forma de derrotá-lo.


 


- Eu estava esperando esta visita há meses, Harry. Talvez eu possa ajudá-lo de várias formas, principalmente a preencher as lacunas de sua memória. Mas infelizmente não posso ajudar muito na solução da atual situação. – Lamentou Dumbledore.


 


- Mas Alvo... Você foi e ainda é um dos maiores magos dos últimos séculos.  – Apontou Lupin, surpreso – Se você não puder nos ajudar estaremos perdidos.


 


- O que vocês precisam entender meus caros, é que eu sou apenas uma impressão do meu Eu em vida, guardado neste quadro, para aconselhar as gerações futuras de diretores. Não possuo todo o conhecimento de meu Eu em vida, apenas uma parcela dele. Além do mais, Tom só desferiu seu surpreendente golpe após minha morte. Então não posso ajudá-los muito com relação a isto. – Apontou Dumbledore.


 


 


 


 


 


Houve um silêncio pesado e cada um dos presentes analisava o peso daquelas palavras e tentava imaginar o que fazer a seguir. Mais para quebrar o silêncio e pensar em outra coisa foi que Harry perguntou.


 


 


 


            - O senhor disse que poderia me ajudar a recuperar a memória. Como?


 


- Bem, como todo idoso, eu já não confiava muito em minha memória nos últimos tempos. E visto a importância dos assuntos que tratamos diversas vezes, tomei a precaução de guardar a maioria de nossas conversas e os treinamentos que ministrei a você.  – E Dumbledore apontou para um armário embutido em uma das paredes – Elas são suas. E sugiro que leve a penseira também. Ela lhe será muito útil.


 


 


 


 


 


A professora McGonagall, que já conhecia intimamente a sala, foi até o armário, abriu-o, revelando uma estante de vidro cheia de pequenos frascos com conteúdo branco-perolado e uma bacia rasa, repleta de runas. Uma penseira. Com um gesto de varinha, ela mirou a penseira e esta começou a diminuir de tamanho, até ficar parecendo um pires de chá. Em seguida examinou a estante, retirando todos os frascos que tinham o nome de Harry gravado. E eram muitos.


 


 


 


- Minerva, por gentileza, pegue as lembranças que envolvem Tom também. Creio que será de grande ajuda para entendê-lo novamente. – Pediu Dumbledore.


 


 


 


Minerva atendeu ao pedido e retirou mais algumas lembranças. Terminada a operação, a atenção voltou ao quadro.


 


 


 


- Bom, pelo menos a viagem não foi inteiramente perdida. – Harry não conseguia disfarçar sua decepção – Agora pelo menos poderei entender melhor tudo o que está acontecendo.


 


- E isso é imprescindível para a sua vitória, meu jovem. Você precisa conhecer a fundo seu inimigo se deseja derrotá-lo.


 


- Sim, mas nada do que tem nessas lembranças poderá nos ajudar a descobrir que feitiço ele usou para mudar tudo. Nem o que podemos fazer para reverter a situação. – Continuou Harry.


 


- Ah sim. Quanto a este ponto, como disse antes, não posso ajudá-los, mas sei de uma pessoa que pode. – E Dumbledore apoiou o queixo sobre suas mãos, sorrindo enquanto apreciava o resultado que sua afirmação causava em seus ouvintes – O Ancião!


 


- Ancião? Que ancião? – Perguntou Gina, sem entender.


 


- O Ancião é uma figura lendária. Dizem que é o homem mais velho do mundo, um bruxo poderosíssimo e detentor de vários segredos. – Explicou Lupin – Mas não passa de uma lenda, só isso.


 


- Na verdade não é uma lenda, Remo. – Cortou Minerva – Ele existe. Eu mesmo já o conheci, há muitos anos atrás.


 


- O Ancião é o único que pode revelar a vocês o feitiço usado por Tom. E como combatê-lo. – Acrescentou Dumbledore.


 


 


 


 


 


Neste momento, a porta da sala escancarou-se. Imediatamente todos se viraram, varinhas a postos, mas quem entrou foi Pirraça, e desta vez ele já não gargalhava e deixara suas cambalhotas de lado. Na verdade, ele parecia apavorado.


 


 


 


- Eles estão vindo! – Gritou o poltergeist – Os Comensais conseguiram encurralar e matar o gigante. Hagrid fugiu, e agora eles estão voltando para o castelo.


 


- Vamos sair daqui. Agora! – Ordenou Lupin, correndo para a porta, sendo seguido de perto pelos outros.


 


 


 


 


 


Quando chegaram ao pé da escada, Kingsley saiu debaixo da capa e juntou-se ao grupo. Correram de volta pelos corredores, mas já era possível ouvir o som de vozes, indicando que os Comensais já estavam dentro do castelo e comemoravam a façanha. De repente, as vozes pararam, ao ouvirem o som deles correndo e então era tarde demais. Já não era mais segredo a presença deles ali. Apesar de saber que não tinham para onde fugir ou se esconder, continuaram em direção ao corredor do sétimo andar. Viraram à esquerda em um dos corredores e Lupin levou-os através de uma passagem secreta, atrás de uma tapeçaria, direto ao sexto andar. Mas assim que contornaram uma nova esquina do caminho, deram de cara com um grupo de Comensais vindo em sua direção que os superava em número numa proporção de dois para um.


 


 


 


Os dois grupos ficaram se encarando por um momento, até que um dos comensais resolveu falar.


 


 


 


 


 


            - Harry? O que você está fazendo aqui?


 


            - Cho? O que VOCÊ esta fazendo aqui? E com eles? – Indagou Harry.


 


- Não lhe parece óbvio, meu amor? – Respondeu ela, sorrindo malevolamente– O Lorde das Trevas me concedeu a honra de fazer parte da nova ordem. Garantiu a segurança da minha família e a minha missão era cuidar de você. Eu era, digamos assim, sua carcereira. Imagine a decepção dele quando você fugiu, bem debaixo do meu nariz. Veja para onde ele me mandou. Fazer a guarda de Hogwarts.


 


- Como é? Você sabia de tudo? Não teve a memória alterada e mesmo assim ficou do lado dele? – Harry, assim como todos os outros, estava surpreso com a revelação.


 


- Sim, eu sempre soube. No começo fiquei em dúvida se aceitaria ou não, afinal ele matara Cedrico. Mas então pensei bem, ele me prometeu que se o apoiasse, poderia ter você de novo. Como era antes de você se apaixonar pela Weasley. Então decidi aceitar.


 


- Cho, que loucura é esta? Você se aliou ao meu tio, traiu todos nós só para ficar comigo? Mesmo sabendo que eu nunca fui apaixonado por você? – Harry agora começava a sentir pena da jovem.


 


- VOCÊ IA SE APAIXONAR! – Gritou ela, descontrolada – É tudo culpa da Weasley. Não sei como ela encontrou você, mas se isto não tivesse acontecido, você ainda seria meu. E pode voltar a ser, Harry. Renda-se e eu tenho certeza de que o mestre o perdoará. Você pode voltar a ter a vida de antes. Em paz. Comigo. Pode se apaixonar por mim e seremos felizes, na nova ordem que está nascendo.


 


- Nunca! – Respondeu o rapaz – Prefiro morrer a voltar para aquela vida de mentiras.


 


 


 


 


 


Cho, que trazia um sorriso de esperança no rosto, fez uma careta de desagrado.


 


 


 


- Se é assim que prefere... O mestre o quer de volta. Vivo ou morto. Eu lhe dei a oportunidade de sair disso com vida, e você a recusou. Então não me deixa outra opção. – E ela apontou sua varinha para o peito do rapaz, gesto acompanhado por seus companheiros.


 


- Não precisa terminar assim, Cho. – Ele a imitou, e agora todas as varinhas tinham na mira algum inimigo.


 


- Precisa sim. Se você não vai ser meu, não será de mais ninguém.


 


- Ok, agora chega! – Cortou Gina, adiantando-se e postando entre Harry e Cho – Cansei de ouvir suas sandices, garota. O Harry não te quer e pronto. E se quiser pegá-lo, terá que passar por mim.


 


- Isso será um prazer, Weasley. Matem-nos!


 


 


 


 


 


Antes que ela terminasse de falar, feitiços cruzavam o corredor, ricocheteando nas paredes, batendo em escudos e alguns atingindo seus alvos. Gina lutava ferozmente contra Cho, que não esperava uma adversária tão boa e tinha dificuldades para afastá-la. Minerva convocou um grande escudo sob o qual Remo e Kingsley disparavam raios e de onde já haviam tirado de combate três comensais. Harry lutava contra um e afastava-se do restante do grupo, procurando ficar próximo de Gina. Com uma volta rápida de sua varinha, derrubou seu adversário, e antes que outro se postasse para duelar com ele, Lupin chamou-o.


 


 


 


 


 


            - Harry! Gina! Venham, precisamos sair daqui!


 


- Sigam em frente. Nós vamos segurá-los mais um pouco. – Respondeu Gina, lançando uma Maldição para Rebater Bicho-Papão em Cho, que foi lançada longe, caindo desacordada e deformada no chão.


 


- Podem ir! – Garantiu Harry, postando-se ao lado de Gina e fechando o corredor – Iremos assim que possível.


 


            - De modo algum que partiremos sem vocês. – Protestou Minerva.


 


- Eles não vão nos pegar, pode ficar tranquila. Já tenho um plano, mas não dará certo para todos. Saiam, não temos muito tempo. – Insistiu Harry


 


 


 


A contragosto, os três fugiram pelo corredor em direção à passagem secreta. Harry derrubou mais um adversário e ergueu um novo escudo. Pegou Gina pelo braço e arrastou-a devagar pelo corredor.


 


 


 


            - Belo feitiço. – Disse ele, apontando para Cho, ainda desacordada.


 


- Obrigada. Nem sabia que podia fazê-lo, ele surgiu de repente na minha cabeça. – Respondeu ela, enquanto puxava Harry para se desviarem de uma maldição da morte lançada por um dos inimigos – Alguma ideia de como podemos escapar daqui?


 


- Com certeza. Eu não disse que tinha um plano? Vamos! – E Harry lançou um feitiço contra o teto do corredor, derrubando parte deste entre eles e os Comensais. Aproveitando a cortina de poeira que se formou, pegou Gina pela mão e saiu correndo pelo outro lado do corredor. Entrou na passagem secreta usada por eles anteriormente e entrou na primeira sala que encontrou, lacrando a porta com um feitiço.


 


- E agora? – Insistiu ela.


 


- Dobby! – chamou Harry. O pequeno Elfo-Doméstico, imediatamente surgiu à sua frente.


 


- Harry Potter chamar Dobby? O que Dobby pode fazer pelo mestre?


 


- Dobby, estamos presos aqui. Consegue nos ajudar a escapar? – Suplicou Harry.


 


- Claro mestre. Posso levá-los para onde quiserem. – Assentiu ele, enquanto o som de passos reboava pelos corredores do castelo e portas eram abertas estrondosamente.


 


- Ótimo! Então nos leve para a sede da Ordem, por favor. – Pediu Harry.


 


 


 


 


 


Dobby pegou na mão de cada um dos jovens e com um estalo, desapareceu. Surgiram imediatamente na cozinha da sede, onde a maioria dos membros estava sentada, enquanto aguardavam notícias do grupo de assalto. Molly deixou sua xícara cair com o susto, e literalmente pulou sobre os jovens para abraçá-los.


 


 


 


 


 


            - Meus queridos! Estava tão preocupada. Vocês estão bem?  - Perguntou ela, aflita.


 


- Onde estão os outros? – Moody também se manifestou, preocupado pela ausência dos demais.


 


- Estão a caminho. – Respondeu Gina, soltando-se do abraço da mãe e sentando-se. Só agora percebia o quanto suas pernas tremiam – Tivemos problemas e acabamos nos separando na volta.


 


- Que tipo de problemas? – Tonks ficou pálida – Remo está bem? Está ferido?


 


- Encontramos alguns Comensais enquanto nos retirávamos, mas está tudo ok. Ninguém se feriu. – Informou Harry, e sorrindo continuou – Exceto os Comensais, é claro.


 


- E vocês não vão acreditar. Sabem quem era uma Comensal disfarçada, e que estava vigiando o Harry também? – Gina olhou ao redor, esperando que alguém se manifestasse, mas como isso não aconteceu, ela mesma respondeu – Aquela vaca da Cho Chang.


 


- Como é que é? – Manifestou-se Draco, que estava sentado ao lado de Hermione.


 


-É verdade, Draco. Ela estava fingindo este tempo todo. Ela se lembra perfeitamente de quem é, só estava fingindo. – Harry não escondeu o desagrado ao se lembrar da conversa com a ex – Mas Gina acabou com ela. Quando saímos, Cho estava caída, e parecia ter asas de morcego brotando das orelhas. – E riu, sendo acompanhado pelos demais.


 


 


 


 


 


Dobby, que ainda estava ali, pediu licença dizendo que precisava voltar ao castelo ou suspeitariam de sua ajuda. Ovacionado pelo grupo e extremamente envergonhado, o pequeno Elfo- Doméstico desapareceu e só então o casal começou a contar como fora a incursão.


 


 


 


Quase uma hora depois finalmente o restante do grupo chegou e não esconderam o alívio de encontrar os dois já ali, na sede. Como a maior parte da aventura já havia sido narrada, imediatamente iniciou-se um debate sobre as informações passadas por Dumbledore. Daí decidiram que Harry acessaria as lembranças que ganhara de presente o mais breve possível, mas como bem observado por Lupin, isso teria que ser aos poucos. Eles não tinham ideia do efeito que as memórias perdidas poderiam ter sobre o rapaz, então resolveram que, apesar de começar já no dia seguinte, o faria com parcimônia. Por último entraram na discussão sobre o artefato que estava em poder de Riddle e quem poderia ajudar-lhes.


 


 


 


 


 


- Então, Minerva. – Perguntou Lupin, em certo momento – Onde podemos encontrar o Ancião?


 


 


 


Minerva esfregou as mãos, nervosamente. Parecia desconfortável com a situação em que se encontrava.


 


 


 


- Quando Alvo me levou para conhecê-lo, me fez prometer que nunca revelaria a ninguém quem ele era e onde morava. – Disse ela.


 


- Mas foi o próprio diretor quem o mencionou. Isto não a libera da promessa? – Perguntou Mione.


 


- Sim. Suponho que sim, srtª Granger. – E soltando um longo suspiro ela acabou por dizer – Ele vive em Roma. Mais especificamente, no Vaticano.


 


- Muito bem. – Disse Harry, levantando-se da cadeira onde estava sentado, sua xícara já vazia – Então parece que vamos para a Itália!


 


 


 


 


 


 


 


 


 


NB.: Só uma palavra me ocorre: U-A-U!!! Demorou, sim. Até mais do que gostaríamos, mas eles estão de volta, pessoas. Nossa turma de heróis favoritos voltou!! E que volta!! Além de Dobby, que é meu favorito entre os favoritos, mal consigo respirar depois de tudo isso. Claudinho, que beleza de capítulo. Dá uma vontade imensa de ler tudo de novo (como se eu já não tivesse feito isso...rsrs). Parabéns, querido. Seu medo de ter perdido o ‘jeito’ da fic pode ficar sepultado pois se isso é perder o jeito, quero ser contaminada com esse vírus. Galera, não sei quanto a vocês, mas espero que tenham sentido a adrenalina e a falta de ar que me acompanharam durante a leitura toda. Algo como aquela sensação deliciosa que se tem ao andar de montanha russa. Ergam os braços e gritem: Uhuuuuuuuuuuuuuuuuu.


 


E, por Merlin, que venham os próximos capítulos logo, logo. Será complicado esperar mas sei que, dessa vez, será uma espera menor. Certo, Claudinho??


 


 


 


 


 


NA: Depois de muito tempo, está aí mais um capítulo da FIC. Não vou tentar me justificar ou desculpar pela demora, pois isso não tem desculpa, eu sei. Mas a vida toma alguns rumos e nos leva a nos afastarmos do que gostamos de fazer. Não posso prometer, mas a minha intenção é não parar mais até terminar esta FIC. Espero continuar postando sem intervalos longos a partir de agora.


 


 


 


Como puderam perceber, agora tenho uma Beta. Pedi e a Lica gentilmente aceitou a árdua tarefa de rever o que escrevo e corrigir as besteiras que escrevo. Isso certamente refletirá na qualidade do texto e na compreensão da estória. E eu só tenho a agradecer esta grande ajuda que ela está me dando.


 


 


 


Quanto ao Capítulo, espero que tenham gostado. Eu realmente fiquei com receio de estar um tanto enferrujado, e espero que me perdoem se assim for.  Aqui tivemos de volta mais alguns personagens que todos adoramos, Dobby e Hagrid. E no próximo capítulo, nossos heróis vão viajar novamente e finalmente descobrir o que está realmente acontecendo.


 


 


 


Ficaria extremamente feliz se tivesse um feed-back de vocês, sabendo o que acharam deste capítulo e o que estão achando da FIC até agora.


 


 


 


Aguardamos vocês no próximo capítulo.


 


 


 


Bjs e Abraços,


 


 


 


 


 


Claudio


 

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Comentários (8)

  • rhaorhao

    Mal pude acreditar qd vi as atualizações de fanfics. Tive que reler toda a fic pra me localizar na história e por isso estou indo dormir a essa hora da noite. Mas quer saber: valew à pena. Achei que você voltou com tudo ao escrever as cenas de ação. Um grande abraço e que venham mais capítulos.

    2012-06-26
  • Milton Geraldo da Silva Ferreira

    Beleza de capítulo. No aguardo de novas atualizações (que será logo, logo!?)

    2012-06-16
  • Ademir Jose Zuanazzi

    Bem vindo em seu retorno! Sua fic ficou na minha lista só aguardando. E pelo visto você não perdeu a mão, continua bom escrevendo. Fico no aguardo do próximo capitulo. 

    2012-06-15
  • Lica Martins

    Antes de qualquer outro comentário: ser beta da tua fica é um prazer gigante, amigo. Ler em primeira mão e ainda ter direito a tira-dúvidas, pitaco e spoillers não tem preço! hehehe Qto ao livro da Nika, mal estou aguentando aguardar até novembro e, tenho a mais absoluta certeza de que a galera vai A-M-A-R pois fala disso tudo que nos uniu aqui: boa história, personagens excelentes e aventura, aventura e... aventura! heheQuanto ao capítulo, já surtei no pé da página, mas posso surtar de novo por aqui: uhuuuuuuu, delicia! Aproveita a maré de inspiração e manda ver no próximo pq estamos curiosos para saber o que vai acontecer. E que venha o 10!!!

    2012-06-14
  • Mago Merlin

    O capítulo ficou otimo, muito bom mesmo. Hagrid voltando, assim como Dobby, dois dos melhores personagens. Uma pena que o grope morreu, mas faz parte. Cho(rona) sendo comensal foi uma surpresa, mas faz sentido ja que ela é obsecada e um pouco fora da realidade. vai sofrer na mao da Gina. espero pelos proximos. Mago Merlin

    2012-06-14
  • Nikolay Evans

    Fico feliz que você não abandonou a fic cara, e ainda voltou em grande estilo!Capítulo muito bom, prende a atenção do começo ao fim!Altas revelações!Aguardo anciosamente peo próximo!!!^^

    2012-06-14
  • Deusa Potter

    Meu Merlin!!!!!!!!! Eu acho que estou sonhando... Claudio, vc voltou!!!!!!!!!!!!!! Vc nao imagina a felicidade que senti ao ver que vc tinha reaparecido, apesar de ter achado de inicio que era um erro do site... rsrsrsEnferrujado? Se todos enferrujassem assim, eu seria a leitora mais feliz do mundo. O capitulo esta maravilhoso, como esperado dessa fic. Não sei pq, mas ja imaginava que a Cho não era la muito boazinha (Ok,confesso que nao gosto da Chorona e esperava que ela se desse mal) e o Dobby, ah se eu pudesse encheria-o de beijos... Aguardo ansiosamente o proximo capitulo.

    2012-06-14
  • Gui_Hawk

    Cara vc não sabe como estou feliz por ter voltado a postar essa fic, tive que ler tudo de novo pq não lembrava mais, e novamente a historia me emocionou,e fique despreucupado ñ perdeu o jeito o capitulo mantem a otima qualidade de sempre.Ver o Dobby e o Hagrid na historia é uma maravilha,pena que o grope morreu.Snape vai ser do mal então, é uma pena se ele fosse bom poderia ajudar e muito a ordem.E Chorona ser uma comensal disfarçada foi surpreendente, agora espero que não demore para continuar e volte a postar na sua outra fic que também é otima. 

    2012-06-14
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