Cáp. 1
Só porque sei trocar o óleo do carro e um cara isso não quer dizer que pretendo passar o resto da vida deitada e costas, olhando um chassi. Ficar por ali, fazer esse trabalho, tudo bem, meu pai é dono de uma oficina de carros. E eu tenho mesmo talento para reconstruir carburadores. Mas chega uma hora na vida de uma garota em que ela precisa trocar o macacão por um par de sapatos altos Manolo Blahnik. Não que eu possa me dar ao luxo de ter muitos Manolos, Mas essa é uma das minhas metas, certo?
Meu nome é Hermione Granger, e trabalhei na oficina do meu pai, em Baltimore, durante todo o colegial e nas férias de verão quando estava na faculdade. Não é uma oficina de carros super equipada, mas dá para o gasto, e meu pai tem fama de ser um mecânico honesto.
Aos doze anos, ele me ensinou a usar um maçarico. Depois que dominei a solda, meu pai me deu algumas peças que estavam sobrando na oficina e nosso velho cortador de grama e montei um carro de mão. Aos dezesseis, comecei a reconstruir um calhambeque Chevy de dez anos. Transformei aquele monte de sucata num carro veloz. E participei das corridas locais com calhambeques reformados durante dois anos.
- E aí vem ela, pessoal!-dizia o locutor. –Hermione Granger. Número dezesseis, o terror de Baltimore. Ela se aproxima a toda do carro oito. Vai se cruzar a reta final. Espere um minuto, vejo chamas saindo do carro dezesseis. E muita fumaça. Parece que a garota explodiu outro motor. Ainda bem que ela trabalha na oficina do pai.
Assim, eu sabia construir carros e também dirigi-los. Só que nunca peguei o jeito de dirigir sem destruí-los.
-Mione- dizia meu pai.- Sou capaz de jurar que você estoura esses motores só para poder reformá-los.
Talvez num nível inconsciente. O cérebro é uma coisa muito esquisita. O que eu sabia que, num nível consciente, detestava perder. E perdia mais corridas do que ganhava. Por isso, participei das provas de duas temporadas e caí fora.
Meu irmão mais novo, Draco, também dirigia. Jamais se importava se vencia ou perdia. Gostava de dirigir rápido e coçar o saco com os outros caras. Draco foi eleito o “mais popular” da turma no ultimo anos do ensino médio e também o “mais fadado ao fracasso”.
A expectativa da classe sobre o êxito dele era um reflexo da sua filosofia de vida: Se trabalho fosse divertido, seria chamado de brincadeira. Eu sempre fui a criança seria e Draco a que sempre sabia se divertir. Dois anos atrás, meu irmão disse adeus a Baltimore e deu oi para Miami. Gostava do sol quente e preguiçoso, do mar aberto e das meninas de biquíni.
Há dois dias, meu irmão desapareceu do mapa. E fez isso enquanto eu conversava com ele. Ele me acordou com um telefonema de madrugada.
-Mione- berrou pela linha telefônica. –Vou ter que dar o fora de Miami por algum tempo. Diga à mamãe que estou bem.
Apertei os olhos para o relógio na mesa-de-cabeceira, Duas da manhã. Não era tarde para Draco, que passava muito tempo nos bares de South Beach. Mas realmente muito tarde para mim, que trabalhava das nove às cinco e me deitava às dez.
-Que barulho é esse?-perguntei- Mal dá para ouvir você.
-Motor de barco. Escute, não quero que se preocupe se não tiver notícias minhas. E se aparecerem alguns caras me procurando, não diga nada a eles. Só se for Harry Potter. Diga a Harry Potter que pode beijar meu cano de descarga.
-Caras? Que caras? E o que você quer dizer com não diga nada a eles?
-Eu tenho de ir agora. Preciso... Ai, merda!
Ouvi uma mulher gritar ao fundo e a linha foi cortada.
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Tah ai... cáp. 1 postado...
Então comentem.... pke eu vejo q mta gnt entra ake... + naum comenta.... :(
XOXO
MayPotter
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