Maggie Brooket



– Pai... Demorou heim!
– Na verdade não, só passou 15 minutos desde q eu falei com você na telefone!
– Estranho... Pareceu muito tempo para mim! – falou o garoto desanimado, baixando a cabeça.
– O que foi filho? – disse Sr. Malfoy preocupado, deu dois passos a frente e parou como se tivesse visto um fantasma – PELAS BARBAS DE MERLIN! Não achei que fosse tão grave!
– Tá pai, eu já entendi! Agora será que dava pra você modificar a memória dessa moça aqui?
– O que? – disseram a enfermeira e Draco em um perfeito uníssono.
– Scorp! Ela é trouxa, não pode dizer isso na frente dela! – sussurrou Sr. Malfoy, parecendo bravo.
Enquanto isso a enfermeira, pega desprevenida dizia:
– MODIFICAR A MEMÓRIA? Como assim? A família inteira de vocês é meio esquisitona? – a moça dizia isso a Draco e Scorpius mais os dois nem sequer perceberam que ela falara.
Em resposta ao pai Scorpius disse em alto e bom som:
– E daí? Vamos modificar a memória dela mesmo! E ela vai esquecer que somos BRUXOS!
– Meu Merlin! Scorp percebe o que acaba de fazer?
– Bruxos? – repetiu a enfermeira arregalando os olhos, apavorada.
– Não é o que parece... – dizia Sr. Malfoy tentando concertar a burrada do filho – Meu filho tem uma imaginação fértil.
– Não sou idiota! Eu sei que existe uma nação bruxa! – disse a moça, com agressividade na voz como se tivesse sido insultada – eu tenho uma filha... Ela recebeu a carta esse verão! Mas eu não vou deixá-la ir para esse hospício que dizem ser uma escola!
– HOGWARTS NÃO É UM HOSPÍCIO!!! – urrou Draco, tão assustadoramente que a enfermeira e o próprio Scorpius deram uma passo pra trás.
– Calma pai...! – disse o garoto timidamente, mas antes que se dessem por si, a enfermeira saíra correndo do quarto berrando a plenos pulmões, pra quem quisesse ouvir, que havia bruxos ali.
Scorpius arregalou os olhos e pulou para o lado do pai de uma forma muito ridícula dizendo:

– Paaai... E agora? O que vamos fazer?
Enquanto Scorpius tinha esse pequeno acesso de nervosismo Draco foi até Rose e passou a varinha em cima dela, lentamente os ferimentos dela foram desaparecendo; a maioria eram muito profundos por isso deixavam cicatrizes, a ruiva deu um enorme suspiro e abriu os olhos, isso em tempo de ver o acesso que Scorpius estava tendo:
– Esse é o meu loiro dramático! – ela falou rindo ao ver o espanto do garoto.
Ele ficou por mais um tempo parado no mesmo lugar, vidrado na figura que acabara de falar, ela se sentou na cama sorrindo. O garoto empurrou Draco, sem ao menos perceber o que estava fazendo:
– Vá com calma Scorp!
O rapaz nem ouviu as palavras pronunciadas pelo pai, correu até a cama de Rose e a abraçou, como se nada mais existisse, ela estava bem, nada mais importava.
– Eu odeio ter que interromper mais temos q “arredar o pé” daqui não acham? – Falou Sr. Malfoy com a expressão preocupada mirando a porta como se ela fosse explodir a qualquer segundo.
– Achei que você ia confundir ela... – falou Scorpius, num tom muito diferente do usado há cinco minutos atrás.
– Depois que você nos entregou pra ela, não temos mais chances com isso, a gente vai é fugir! – retrucou Draco como se fosse uma estupidez o filho não saber disso.
– Fugir de quem? – perguntou uma Rose muito confusa.
– De uma enfermeira maluca que disse pra Merlin e o mundo que tem bruxos aqui! – respondeu o garoto.
– Mais... Ahhh, to boiando, faz quanto tempo que eu to aqui??
– Não temos tempo para isso, aquela louca vai voltar aqui a qualquer minuto!
– E como nós vamos fugir da “enfermeira maluca”? – perguntou Rose, achando graça em tudo aquilo.
Ela se levantou e se aproximou dos dois. Draco segurou os dois pelas mãos e tentou aparatar, mais se surpreendeu ao ver que não conseguia.
– O que foi???
– Deve ter algum feitiço me impedindo de aparatar aqui.
– E como vamos sair? – perguntou Rose muito calma.
– Bom... Como não temos nenhuma capa de invisibilidade, e eu sou um horror em feitiços de desilusão acho que...
Ouviram passos no corredor, não de uma pessoa, nem duas, mais de uma verdadeira multidão liderada pela tal enfermeira.
– Paaaai! – disse Scorpius cutucando Draco que tinha parado de falar e raciocinar para ouvir a algazarra.
– Ééé... Onde eu estava? Ahh sim! – disse ele apontando para a janela.
– Não entendi – falou o garoto confuso.
– Eu entendi! – falou Rose sorrindo, foi se juntar á Draco.
Draco olhou decepcionado para o filho:
– Quer que eu desenhe? – falou Sr. Malfoy aborrecido, simulando uma saída pela janela.
Finalmente o garoto entendeu, mais achou o plano tão estúpido quanto o pai achara ele ao não entende-lo.
– Só tem um pequeno, mini, micro problema, não estamos no térreo! – falou Scorpius olhando para o topo dos prédios mais baixos situados ali na frente.
– E pra que temos varinhas senão pra fazer magia? – dessa vez foi Rose que revidou, afinal, ela sempre achou que o rapaz não estudava o suficiente. Não que Scorpius seja burro, mas estamos falando da opinião da Rose, a filha da Hermione Granger.
– Tá – cedeu Scorpius de má vontade – esqueçam o que eu disse! Finge que não aconteceu.
Os passos no corredor ficavam alarmantemente mais altos a cada segundo que passava.
– Scorp, você primeiro! – falou Draco quase atropelando o filho.
– Eu não! Vai você.
Rose fez uma cara de tédio e pulou para fora da janela, Draco apontou imediatamente a varinha para ela e a queda foi amortecida, mais não tanto quanto o esperado. A garota caiu de costas em cima de um arbusto farto.
– Putz que droga! – murmurou Rose, se levantando toda torta.
Scorpius caiu exatamente no lugar onde ela havia caído.
– Ainda bem que eu levantei rápido né?! – riu-se ela, estendendo a mão para Scorpius.
Ele segurou a mão dela e se levantou emburrado, o loiro foi se encostar-se a uma arvore ali do lado, daquelas bem antigas e grossonas. De forma que ele ficou totalmente fora da vista de Rose.

Voltando para Draco, a situação era diferente. Após ele ter lançado o feitiço amortecedor para o filho, a enfermeira entrou no quarto.
– Ele é o bruxo! – apontou ela tremula para Sr. Malfoy.
– Calma Maggie! – disse um homem alto e moreno se colocando na frente dela – não precisa se descabelar!
Ela lançou um olhar de profundo desgosto a ele e o empurrou com ignorância.
– Não se meta no meu caminho Thomas! Você já atrasou minha vida o bastante!
Dito isso ela avançou para Draco com uma expressão assustadora. O moreno a segurou, impedindo-a de dar sequer mais um passo.
– Me larga seu cretino!
– Pode chamar de Dino, meu amor!
Ela pisou no pé dele com muita força, ele berrou de dor involuntariamente a largou. Maggie se precipitou ao encontro de Malfoy:
– Por que você ainda ta aqui Malfoy? – berrou Dino com os olhos lacrimejando.
– Obrigado pelo Malfoy! – disse Draco se jogando da janela.
Maggie gritou de raiva, direcionou toda a sua raiva para Dino:
– DINO THOMAS! Da próxima vez que você se meter no meu caminho de novo, NÃO VAI SOBREVIVER PARA CONTAR A HISTÓRIA! – ela saiu enfurecida pela porta esbarrando em Dino quase o fazendo cair.
– Mas você não vai me impedir de mandar a Jenny pra Hogwarts!
A mulher que estava decidida a deixar o ex-marido ali falando sozinho, parou de repente ao ouvir as palavras por ele enunciadas.
– Você está louco se achou realmente que eu iria deixar você levá-la! Ela também é minha filha! Eu tenho o direito de mandá-la a uma escola normal!
– Mas se ela é bruxa, ela tem que ir pra escola de bruxaria! – Dino não acreditava na ignorância da mulher.
– Podemos acabar com isso... – começou ela, mas foi interrompida pelo moreno.
– Ela é uma Bruxa! E nunca vai deixar de ser! A magia dentro dela já está se manifestando, temos que mandá-la pra Hogwarts pra ela poder controlar isso!
Maggie se desesperou ao pensar na filha fazendo feitiços involuntariamente pela escola normal.
– Tudo bem, – ela se deu por vencida – mas ela vai parar de ir á escola normal? Eu também acho importante ela aprender o que ensinam lá!
– Ela pode freqüentar as aulas de verão...
– É... Talvez funcione – a enfermeira deixou o quarto, cabisbaixa.
Dino sorriu triunfante, finalmente ele a convencera!

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