Inesquecível
3 - Inesquecível
E ainda tinha mais. Ele também perguntara por que ela usava aquela cartola. A mesma pergunta do primeiro encontro dele, mas dessa vez Lily não mentira. Ele decorara a resposta, o modo como as mãos acariciavam a superfície do chapéu e as lágrimas, que ela não se incomodava mais em derramar na frente dele, vinham e, ainda assim, ela quase sorria.
“- Às vezes, me parece meio ridículo, mas eu continuo usando. Porque eu preciso. Ser notada, fazer alguma diferença. Eu preciso que as pessoas se virem para mim e pensem alguma coisa, não importa, que eu sou louca, feia, bonita, estranha... eu só preciso fazer alguma diferença na vida delas.”
A segunda parte da resposta ele só recebeu duas horas depois, quando ela já se acalmou.
“Eu quero que eles se lembrem de mim hoje... porque pode não haver um amanhã. Eu não faço planos também. Deixo tudo para a hora, para não me desapontar. Me concentro no momento, porque pode ser o último.”
Mesmo depois de tudo, ela continuava a sorrir, e brincar e agir como se não houvesse amanhã – e agora ele sabia que talvez não houvesse.
“Tudo que é bom dura o tempo necessário para que se torne inesquecível”
Ela dissera a Scorpius, tão encantada, com tanta fé, que ele próprio acreditou.
Acreditou que mesmo que ela se fosse – embora ele ainda achasse que havia esperança de isso não acontecer – ela viveria para sempre, inesquecível na memória de cada um que já a vira rir, cantar ou simplesmente sorrir para a paisagem – os pássaros cantariam, as flores abririam e até o sol brilharia mais, como se o mundo sorrisse de volta.
Foi só sexta-feira, uma semana depois que ele percebeu como ela o mudara, como ela faria falta, que talvez ela acabasse... Sexta-feita ele descobriu um novo mundo, tão amável e estranho quanto a própria Lily e pessoas que sentiam a mesma dor dilacerando-lhes o peito que ele.
Naquela sexta ele foi jantar com a família dela.
O.0.o.o.0.O
- Não.
- Lils, sério, eu te juro que eu não vou entrar em pânico e atacar alguém.
- Ah! – ela zoou, cruzando os braços na frente do peito. – Se você jura... não!
- É um jantar, o quão ruim pode ser?
Ela levantou as sombracelhas e sorriu de lado.
- Você obviamente não conhece a minha família.
Scorpius a abraçou pela cintura, beijando-a e se afastando milímetros.
- Vai.
Ela riu de leve, beijando-o e se afastando.
- Tá bom, mas só porque eu sou o máximo.
Foi a vez dele rir, empurrando-a em direção ao carro – teriam que ir voando, pois Lily ainda não podia aparatar.
- Você tem noção que as chances deles gostarem de você são...
Ele gostava quando eles trocavam papéis, e se divertia com a versão preocupado e meio-séria da ruiva.
- 1 pra mil? 1 pra um milhão? – ela estreitou os olhos para ele, sorrindo.
- Usando minhas palavras contra eu mesma? Cruel.
“- Você tem noção que uma eclipse total – aquela que a gente viu, só acontece na mesma área 1 vez a cada uns 1000 anos? – ela lhe dissera, sorrindo. – E que as chances de nós estarmos no mesmo parque considerando que aquele nem era o seu trabalho é de 1 pra 100? E que as chances de uma garota sangue-puro pegar Febre de Testrálios é de 1 pra 1.000.000?
- Então você pode até ser bom no xadrez, mas as minhas chances de ganhar são mínimas. E eu sou a rainha das chances medíocres – ela gritou vitoriosa, mexendo uma torre.”
Ela ganhara o jogo.
- Eu deixei você ganhar, sabe.
- A-ha – ela respondeu, rindo e puxando ele para o carro. – Queria ir e agora me atrasa. Malfoys.
Ela bateu a porta da casa mais estranha que el já havia visto e logo foram atendidos por um mulher de cabelos castanhos.
- Tia Audrey, esse é o Scorpius, vocês se conheceram no St. Mungus, não? Bem, de qualquer jeito, eu convidei ele pra jantar com a gente. Tudo bem?
Audrey imediatamente se tornou uma das suas favoritas. Ela convidara Scorpius para entrar, sorrindo animada, dando-lhe boas-vindas e tudo mais. Por dentro, a casa era deliciosamente aconchegante, Scorpius tinha que admitir. As fotos pareciam não ter fim, das mais variadas pessoas, de todos os tipos de cores e tamanhos, mas era fácil afirmar que eram todos parentes.
A reação do resto da família para o loiro foi exatamente a que Lily previra.
“- Eles vão ficar lá, sem saber o que dizer, e alguns dos meus primos e tios, e o papai, é claro, vão te lançar olhares assassinos até alguém decidi quebrar o gelo, fazendo uma pergunta bem constrangedora.”
Pois é.
A que quebrou o silêncio acabou por ser Roxy – essa também Scorpius admitia achar legal.
- Ah, finalmente apareceram! Acordaram atrasados? Tiveram um noite bem ocupada, huh?
Harry, Ron, James engasgaram na bebida, mas a maioria soltou gostosas gargalhadas e o sem-orelha – Bill? Não, devia ser George – iniciou um monólogo de orgulho da filha, imediatamente calado com um tapa na cabeça da sua mulher.
Começou assim.
As conversas rolavam soltas e Scorpius não sabia exatamente o que fazer. Eram tantas, acontecendo paralelamente e pessoas de cantos opostas da sala gritavam comentário uns pros outros sobre conversas que ele nem percebera que estavam acontecendo.
Lily ria da confusão dele, apresentando-o a família, um a um. Os piores foram, sem dúvida, os irmãos dela. O pai apesar de estreitar os olhos para ele, conseguiu sorrir e o cumprimentar. Albus nem sequer estendera a mão até Lily beliscá-lo e ele, ainda examinando-o como se o loiro fosse atacá-lo a qualquer momento, apertou a mão de Scorpius.
James até sorrira e Scorpius se animara, achando que pelo menos esse não seria um problema. Mas depois de um tempo, ele o puxou pelo braço e se seguiu a cena mais coordenada que ele já vira.
Notando o movimento de James, Victoire sussurrou algo no ouvido de um dos tios que lançou um olhar a irmã. Ginny Potter se aproximou da filha e as duas saíram do aposento. Lily ainda lançara um olhar a Scorpius e sorrira – James estava convenientemente ocupado conversando com uma das primas.
De repente, ele se viu sozinho com todos – com exceção óbvia da mãe – os parentes de Lily que tinham expressões sérias e avaliadoras.
- Nós não gostamos de você.
- James! – Rose gritou, balançando a cabeça desaprovadoramente para o primo. – Não é isso, Scorpius. Ok, alguns de nós não gostam de você – ela disse, e James sorriu. – Mas nós só queriamos ter certeza que você não vai acabar machucando a Lily. Ela não precisa de mais nada ruim na vida dela, nós dois sabemos disso.
Ele concordou com a cabeça, e esperou que ela dissesse mais alguma coisa.
- A gente só quer ter certeza que você gosta dela.
Ele encarou Rose bem fundo nos olhos, ligeramente bravo que eles realmente achassem que ele só estava brincando com Lily. Ele se virou para Harry que mantinha os braços cruzados e olhar impassível.
- Eu sei que a gente só começou a sair a algumas semanas, mas eu te garanto Sr. Potter que eu amo a sua filha e nunca ia fazer nada para machucá-la. E eu não vou deixar ela morrer. Ela não pode, simplesmente não pode.
- Negação. Estivemos aí – Hugo comentou, suspirando.
- Deve haver um jeito de salvá-la.
Ninguém disse nada, querendo concordar, mas Scorpius sabia que eles não podiam. Ele próprio admitia que a frase parecia errada nos seus lábios, muito além de impróvavel, a impossibilidade saltando de cada sílaba.
Ele só percebeu que Harry se aproximara quando já estava ao seu lado, uma mão no ombro do loiro.
Ele encarou o loiro bem fundo nos olhos, como se procurasse por uma mentira, uma farsa, qualquer coisa que indicasse que ele não era a pessoa certa para sua filha, mas acabou por suspirar e quase sorrir.
- Você quer beber alguma coisa?
A perguntara ficara no ar. Inconveniente, sem sentido, e ele não entendia de onde aquilo tinha vindo. Ele não sabia o que dizer, então fez que sim com a cabeça. Vários dos ruivos sorriram, alguns estreitaram os olhos para ele, mas fizeram um sinal de respeito com a cabeça, como se não tivessem escolha.
Harry lhe ofereceu uma bebida forte – trouxa, achava – conhaque, talvez. Ele bebeu metade em um gole só, finalmente deixando o nervosismo mostrar. Lily e a mãe entraram na sala no mesmo instante, e ambas sorriram. Lily se aproximou dele, curiosa.
- Eles não sabem mentir tão bem. Te assustaram muito?
- Ha! Malfoys não tem medo!
Ela riu disso, pegando o copo da mão dele e virando o resto, sem sequer piscar.
- É um pouco forte, mas a gente sempre toma. Se eles te deram, é porque te aceitaram. Ou melhor, o papai aceitou. É uma regrinha idiota. Se o pai aceitar o cara, ninguém na família tem o direito de dizer nada. Papai então é auror, deve ter de dado o olhar – ninguém consegue mentir quando ele faz isso.
Ela soltou mais uma risadinha, estendendo o braço pra Hugo que lhe entregou a garrafa.
- Começamos quando eu descobri – ela sussurrou, enchendo o copo – é bom pra relaxar e esquecer um pouco sobre tudo de ruim que tá acontecendo...
E ela estava certa. Depois de alguns minutos, várias garrafas rodando pela sala, as preocupações pareceram evaporar, e as risadas ecoavam pelas paredes, das piadas mais sem-graça.
E ainda havia a comida. Scorpius estava convencido que aquilo era a melhor coisa que ele já havia comido. Salgadinhos simples mas deliciosamente temperados e doces que derretiam na boca.
E ainda, para completar, uma sorridente Lily, genuinamente feliz, apoiada no peito dele, beijando seus lábios uma vez ou outra.
- O paraíso deve ser assim – ele sussurrou e ela o abraçou mais forte. Eles ficaram assim por alguns minutos, sem ninguém dizer uma só palavra. Pelo menos até Fred puxá-la pelo braço, para o meio de uma roda, onde eles pareciam estar contando histórias de infância.
A noite seguiu absolutamente perfeita. As risadas, as histórias, as pessoas, tudo era um mundo que Scorpius nunca tinha visto antes – eles zoavam um com o outro, rindo de cada besteira que fizessem, mas tão unidos, juntos, obviamente amando a compania da família de um jeito que ele nunca vira.
Eles estavam nos jardins quando aconteceu. Espalhados para todos os cantos, até que Lois, Fred, James e Hugo se levantassem e pedissem para todos se afastarem. Lucy segurava um controle com um único botão vermelho no meio.
No instante que ela o apertou, houve uma explosão. Fogos voavam, dissolvendo em poeira colorida acima das suas cabeças, iluminando o céu escuro de tal modo que a lua não podia combatê-los.
Uma vez ou outra um deles desenha a palavra Weasley no céu e até o endereço da loja de logros dele.
- Okay, quem resolveu enfiar propaganda na nossa linda noite? – Como se combinado cada rosto virou-se para Lucy que sorria com o controle ainda na mão.
- O quê? Como nova sócia da loja, é meu dever fazer propaganda sempre que puder e- ai! – o tapa ecoou num estalinho seco e Lucy se virou para a irmã com um olhar assassino e ambas começaram a correr pelos jardins. Ele poderia muito bem tê-las confundido por duas adolescentes histéricos.
Mais uma vez, houve gritos e risadas e ele se virou para Lily, sorrindo.
E o mundo caiu.
Ela tinha um mão no peito, os olhos quase fechados, como se se forçasse a respirar. Encarou Scorpius e sorriu, algumas lágrimas escapando dos seus olhos.
- Já é inesquecível, Scor.
“Tudo que é bom dura o tempo necessário para que se torne inesquecível.”
- Não – ele não sabia se havia gritado ou só sussurrado, mas a cena congelou e cada ser se virou para Lily que lhes lançou um último olhar, antes de cair para trás, sendo amparada por Albus.
Ela se agarrou nele, o sorriso morrendo definitivamente.
- Eu to com medo...
Foi como se um raio tivesse caido. Todo mundo pareceu acordar, e de repente, as pessoas gritavam, Albus pegava Lily no colo e corria para o portão, para poder aparatar. Alguns desabaram em lágrimas e outros caíram no chão.
Roxy gritava ordens, para avisarem Luna e algumas amigas da prima, mas ninguém parecia escutar.
Scorpius perdeu a força das pernas e desabou completamente. Ele ainda encarava o lugar onde Lily caíra, vendo-a sorrir, sentindo suas lágrimas e odiando a si mesmo por saber que estava errado, não havia como salvá-la, não havia esperança, não havia nada.
Os gritos de Roxy se transformaram em soluços e por um momento, tudo que houve foi o silêncio, as preocupações e o desespero.
O conhaque perdera o efeito.
O.0.o.o.0.O
Ela quisera falar com todos um a um. Todos – sem exceção – saíram em lágrimas, alguns gritando de ódio, outros simplesmente desesperados.
James abraçava a mãe sussurrando incansalvelmente “não minha irmãzinha, não ela...”. Albus se jogara no chão, amassando os óculos com a mão. Não havia uma pessoa naquele lugar que não estivesse miserável, porque todos podiam sentir.
Estava no ar, circulando em volta deles, o cheiro forte e incômodo.
A morte.
Linny acabara de sair, carregando uma carta que Lily escrevera para os seus alunos em Hogwarts. Ela passou reto por ele, soluçando.
Então fora a vez dele.
Mesmo agora, ela sorria. Ele se aproximou, segurou a mão dela e suspirou, as lágrimas já a caminho.
- Eu to com medo... – foi um pequeno sussurro e ele apertou a mão dela com mais força.
- Como você acha que é? Morrer?
Ele não sabia o que responder. “Você não vai morrer” seria a resposta que ele queria dar, mas era falsa, imprópria, ridícula – ele sabia disso.
- Papai me disse que não ia doer. Mas eu acho que vai ser que nem nascer. Eu estou em um lugar, daí algo acontece e eu saio dessa vida – e vai doer. Dói para o bebê, por que não doeria aqui? Mas talvez eu não me lembre...
Ela chorava já há tempos, a voz, não animada, não histérica, mas apavorada.
- Você não tá sozinha...
Ela gritou de raiva, tentando tirar as lágrimas do caminho, mas elas continuavam a vir.
- Claro que eu estou! Você vai morrer comigo? Não! Eu vou morrer sozinha, e eu estou com tanto medo, Scorpius… e se não tiver nada lá? E se não tiver nada além disso? O que vai acontecer comigo...?
Ela gritou de novo, como se fizesse alguma diferença, mas o choro ecoou pelas paredes que o ricochitearam de volta, indiferentes. Se possível, mais lágrimas vieram.
- Não me deixa... pelo menos por enquanto. Eu te amo tanto… eu não sei como você fez, mas eu te amo tanto... não me abandona...
Ela sussurrava, perdida, palavras desconexas, uma mistura de declaração de amor com uma uma dor que dilacerava o seu peito e ele tentava se livrar, ele podia ver. Via o desespero daquela garota – ela era uma mulher, claro, a mais incrível e maravilhosa mulher que ele já conhecera – mas ali, chorando, perdida, era uma garota que precisava de ajuda, ajuda que nem ele, nem ninguém podia dar.
Era mais que medo. Muito mais.
- Eu queria me casar e ter filhos... eu queria mudar o mundo, virar diretora... Scor, eu queria tanto...
Ele a abraçou, e as suas lágrimas molharam o perfeito cabelo vermelho dela. Ele a segurava forte, a machucando, até. Mas ele não podia soltar, não podia sequer piscar, porque talvez um segundo que ele perdesse ela teria ido em embora, o deixado para sempre, e talvez, só talvez, se ele a segurasse bem forte, ela jamais iria, e ficaria lá pra sempre, nos seus braços, o lugar dela.
Ela que deu o primeiro passo e se desvencilhou. Estava fraca, a respiração quase inexistente e gritar e chorar não ajudava. Ela se deitou, afundando por baixo das cobertas, mais calma.
Scorpius não sabia como ela conseguia, porque ele não podia se livrar do desespero, da mão invísivel que apertava o seu coração, nunca demais, não, não o matava como devia – porque se o fizesse, ele poderia acompanhá-la e ela não estaria sozinha.
- Ainda há uma chance... tem que haver – soava errado, ele sabia, era errado. Mas a alternativa ardia muito mais e ele não tinha escolha se não se ater a essa. – Um e um milhão? Em dez milhões? Você vai dar um jeito, eu sei...
Ela quase sorriu, apertando a mão dele, os papéis invertidos.
- Existe uma diferença entre um chance mínima e nenhuma chance, Scor. Eu também gostava de fingir que não, mas com o tempo fica mais difícil...
- Eu nunca vou esquecer de você – ele fala, antes que o silêncio se instale, porque a morte está impregnada no silêncio e ele não está – como se ele algum dia estaria – pronto para deixá-la ir.
Dessa vez, é mesmo um sorriso.
- Ninguém vai, Lil. Você mudou o mundo, o meu mundo, pelo menos…
Ela respira fundo, mas o ar parece não chegar até ela. Uma tosse. Ela está queimando, ele sente, mas ignora, encarando-a bem nos olhos, a única parte intocada dela, o brilho que Lily sempre carregava consigo, ainda lá, ao longe, uma pequena esperança.
O curandeiro entra, assim como os pais e os irmãos dela. Eles se sentam ao redor, tão miseráveis quanto ele e ninguém fala nada. O loiro sente a morte vindo, mas não há palavras ou sons que ele possa fazer.
Lily estava morrendo.
- Mente pra mim... – a súplica era pra todos e pra ninguém. A família dela não conseguia falar – James segurava a outra mão dela e Albus apertava o braço da irmã com força, como ele, achando que talvez, se a segurasse, ela não iria abandoná-los. A mãe passava a mão pelos cabelos da filha, tão vermelhos quanto os dela próprio e Harry só olhava, a mão pairando sobre a pele de Lily, sem querer tocar, sem querer sentir o calor, a prova de que não restava muito mais.
- Mente...
- Vai ficar tudo bem – ele consegue dizer e ela riria se tivesse forças, querendo esticar a mão e se segurar em todos eles, mas sem forças, sem vontade, quase sem vida.
- Eu estou tão cansada – ela consegue dizer, e soa tanto como últimas palavras que ele não encontra forças para responder.
Harry acaricia o rosto da filha, tão delicada, uma criança, pura e inocente que implora ao pai para que eles voltem para casa.
- Durma então, meu amor – ele diz suavemente, os olhos verdes molhados de lágrimas, com tanto medo quanto Scorpius de piscar.
Lily suspira como se agradecesse, e sorri, diferente de todas as outras vezes. Em paz, a mesma incrível mulher linda e decidida, o sofrimento partido, o medo quase evaporado.
- Eu te amo...
Scorpius sussurra, mas Lily já fechara os olhos azuis uma última vez, ainda sorrindo, a respiração desaparecida, dormindo como um anjo.
Ginevra Potter soluça e Scorpius fecha os olhos.
Lily jamais acordaria novamente.
O.0.o.o.0.0
“Improvável, Scor, é isso que nós somos. Ninguém apostaria nisso, mas não impede de acontecer. Na verdade, faz tudo muito mais divertido.”
“Impossível não existe, loiro. Só existem coisas mais difíceis, menos prováveis e que nós ainda não descobrimos como fazer.”
“Inesquecível, ok? É a única coisa que você tem que me prometer que eu vou ser para você. Não linda, legal, divertida – inesquecível. Você, pelo menos, eu sei que vai ser pra mim.
Eu te amo, Scorpius.”
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N/A: Então.
The End.
Triste, eu sei. Mas não podia terminar de outro jeito. Amor não conserta tudo, minha gente. Mas eu não acho que Scorpius vai esquecer ela, acho que ele vai se casar - morena ou de cabelos castanho, definitivamente não loira e ruiva... não acho que ele conseguiria - vai ter filhos, vai viver a vida incrível que a Lily queria que ele vivesse -
Ou vai ser feliz, mas jamais se casar, pois nunca vai encontrar alguém que ele ame como a Lils. Quem sabe?
De qualquer jeito, mesmo depois de tudo, acho que ele - e todo mundo - ainda vai guardar um lugar especial no coração para a estranha garota ruiva de cartola amarela.
Momento nostálgico.
Ok, passou hehehe Ah! E eu realmente acho que a Luna teria sido madrinha da Lils e que ela seria meio estranha - a Luna faria questão de dar presentes estranhos e falar das coisas mais sem-noção, vocês não acham? E o George padrinho - e por causa disso ela seria meio rebelde e faria as coisas bem no estilo "o que der na telha". Além de marota, é claro.
Mas é isso.
Espero que tenham gostado.
Beijos a todos!!
Comentários (1)
muito muito perfeita!!!!!!!!!!!!!!!!! chorando muito aki. na boa, vc poderia ter feito um final menos triste, mas tah perfeita msm assim!!!!!!!!
2012-05-08