o começo



Capitulo 1

Sábado, 31 de outubro
Quarto de Lily Evans


Vocês devem estar pensando “porque ela esta reclamando? Esta é a primeira espinha da vida dela...”.
Mas essa não é uma primeira espinha qualquer. Essa é a primeira espinha da minha vida que esta totalmente vermelha e esta soltando um estranho líquido amarelado.
Nem pensem que vou assim para Hogwarts.
Bem essa historia começou em uma linda manhã de sábado. Os pássaros cantavam, o sol brilhava e não tinha nenhuma nuvem no céu. E onde é que Lily Evans estava?
Deitada em sua cama, é claro. Não era eu que ia desperdiçar meu ultimo dia de férias passeando por esse sol escaldante. Estava totalmente relaxada em minha cama abraçando meu travesseiro quando ouvi passos e meu doce sono era atrapalhado por uma repentino raio de sol.
È claro que minha mãe não me deixaria dormir o dia todo no meu ultimo dia de férias. Mas não custa nada sonhar.
“Acorda little lily!” falou minha mãe docemente, enquanto se encarregava de abrir o resto das cortinas.
Já mencionei que minha mãe tem a péssima mania de dar um apelido para tudo e todos? O meu é liriozinho. O de Petúnia é beatifful princess (o que ela tem de linda princesa eu nunca vou saber).
“hunfhs” respondi alguma coisa ilegível enquanto colocava o travesseiro na minha cabeça.
“Lily querida, acorde!” falou minha mãe gentilmente enquanto tirava meus cobertores e começava a enrolá-los (como eu vi isso estando com um travesseiro no rosto? Sexto sentido talvez).
“Deixa-me dormir...” grasnei para ela. Sabia que enquanto não respondesse ela não iria embora. Na verdade ela nunca iria embora...
“Querida, mas é sábado e já são 9 horas!” falou minha mãe.
Claro, como se eu quisesse ser acordada em uma manhã de sábado às 9 HORAS no meu ULTIMO dia de férias.
Sim mamãe, muito obrigado.
Eu choraminguei um pouquinho quando ela tirou o travesseiro do meu rosto e aquela repentina claridade começou a penetrar os meus olhos.
“Você me pediu para te acordar esse horário hoje, disse que ia passar uma matéria sobre aquela banda de rock que gosta... Como é mesmo o nome? GsH?
“HGs?!” gritei enquanto pulava da cama. Não preciso nem comentar que eu me esborrachei no chão, não é? “Por que não me acordou antes?”
Minha mãe bufou como resposta. E agora que parei para pensar... Ela bem que tentou me acordar, mas sabe, eu não sou uma pessoa muito matinal. Vocês pode me convencer a beijar um lobisomem, ate mesmo (que isso nunca aconteça!) Tiago Potter. Mas acordar cedo?
Isso que é um sonho impossível.
Bem então lá estava eu indo aos tropeços ate o banheiro para me arrumar para a entrevista. Tudo bem que eu só fosse vê-los pela tevê, mas mesmo assim eu tinha que me arrumar!
Vai ver que algum brincalhão jogava um feitiço e o Dave fosse ver sua futura esposa e namorada com o cabelo parecendo uma moita e cara de quem acabava de acordar?
Pobrezinho, com certeza ele sairia correndo e gritando e ficaria traumatizado pelo resto da vida.
Foi quando eu tirei meus cabelos do rosto para penteá-los que eu vi. Bem ali, na minha bochecha.
Ontem era apenas um inocente cravinho, hoje já era um mini-monte Everest.
Ninguém merece.
Minha mãe entrou correndo no banheiro quando gritei com uma sandália na mão. Ela possivelmente pensou que se tratava de algum tipo de inseto, mesmo sabendo que eu sou tipo, totalmente contra matar baratas e lagartas totalmente inocentes. Mas vai saber?
“Lily, onde esta?” Ela começou a olhar pelos lados a procura d’O inseto. Mãe, você percebeu que esta segurando as minhas sapatilhas? Aquelas que custaram mais de 300 euros? Ah claro, você não reparou nisso...
“mamãe...” eu comecei de um jeito totalmente apavorado. È claro que ela ficou um pouco preocupada, pois da ultima vez que eu tinha feito esta cara foi porque eu descobri que estava menstruada “tem uma espinha enorme na minha cara!”
O braço de minha mãe (que ainda segurava minha sapatilha!) caiu e ela ficou com uma cara de que não estava entendendo nada.
È claro, que como boa filha que sou, cheguei perto dela com meu maravilhoso hálito matinal e lhe apontei a protuberância avermelhada.
“Lily, o que você fez com seu rosto?” Ate que enfim percebeu mamãe!
“Nada... Só cocei um cravinho que estava aí ontem, sabe, para ver se ele desaparecia...”
Minha mãe invés de ficar totalmente triste e penalizada sorriu.
“minha filhinha já tem espinhas, a minha caçulinha...” è impressão minha ou os olhos da minha mãe brilharam neste momento? Ei, tem uma adolescente em crise aqui!
“Mamãe... Você não entende!” falei desesperada “amanhã é meu primeiro dia em Hogwarts, eu não posso aparecer lá com esse monstrinho na bochecha...”
“Querida, não se preocupe” ela fez um sinal de pouco caso “é só colocar uma pomadinha aí, que amanhã não vai dar nem para ver direito!”
Ate parece.
Depois disso, ela me mostrou qual a pomada que era para usar e me deixou sozinha com “as neuroses de uma adolescente” como ela chamava.
Tomei um banho rápido, a fim de ficar mais tempo no sofá contando os segundos ate a entrevista.
Sentei em minha cama, peguei um de meus espelhinhos portáteis e comecei a passar a pomada (na bochecha toda, só para garantir).
Aqui diz que o efeito é visível em duas horas.
Vamos ver se os métodos trouxas são tão bons quantos os métodos bruxos...

Sábado, 31 de outubro
10 minutos depois
Ainda no quarto de Lily Evans


Hum... Agora me lembrei, eu poderia ter usado uma poção contra protuberâncias na pele (mas conhecidas como espinhas). Que eu saiba é proibido usar feitiços, e não poções... Hum... Interessante.

Sábado, 31 de outubro
3horas depois
Quarto hospitalar do Santo mungos


Bem, parece que quando se fala que é para tirar todas as protuberâncias da pele eles querem dizer todas mesmo. Ainda estou traumatizada demais para escrever. Detalhes depois.

Sábado, 31 de outubro
1 horas depois
Ainda no Quarto hospitalar do Santo mungos


Ta, tudo bem.
Parece que vou ter que passar meu ultimo dia de férias neste quarto hospitalar.
Segundo o medico que me atendeu a poção saiu perfeita (claro que eu tive de contar para ele do porque de meu rosto... bem, estar daquele jeito. Meus pais não gostaram muito de eu ter feito isso, mas o medico pareceu achar aquilo normal, mas imensamente divertido a julgar pelos risinhos). Mas o problema é que eu sou alérgica a um dos ingredientes. Depois de muitas perguntas sobre tudo o que usei na poção, descobri que azeite suave da galileia (uma das substancias que tive que usar) tem essência de Lírio. Lírio. A mesma planta que me deu o nome, e pelo que parece a qual sou alérgica.
Eu adoro minha vida.
Me obrigaram a tomar uma poção com o gosto horrível de cera de ouvido (não que eu já tenha provado, cera de ouvido quero dizer) e que tinha a cor de barro.
E tudo por causa desta espinha idiota.
O medico me perguntou qual era meu nome. Acho que ele estava querendo apenas ser gentil. Quando disse que era Lily ele pareceu surpreso um momento e perguntou “Lily? Lily Evans?” no que assenti, ele começou a rir abertamente. Sabe, eu não acho meu nome tão engraçado, pelo menos ele não sabe que meu nome do meio é
Morgana (o que me faz pensar do porque dele já saber que meu sobrenome era Evans... Hum...) “Me desculpe... Prazer em conhece-la Lily, meu nome é David” Ele sorriu e minha raiva se dissipou. Só um pouquinho.
Se a Alice descobrisse isso ia ficar rindo da minha cara pelo resto do ano. Mas ela não cursava mais Hogwarts, um ponto positivo pela saída dela.
Segundo o doutor eu só vou poder sair daqui quando receber alta. Depois de muito insistir, ele me disse que vou poder sair daqui à noite se não tiver mais nenhum tipo de reação alérgica (oba, isso significa que não vou perder Hogwarts)!
Ate que não esta tão ruim assim aqui. Minha mãe me trouxe agora a pouco uma revista que tem a entrevista toda do HGs, que ia passar na tevê (e a qual não assisti, porque estava ocupada demais tendo a cara toda inchada e tentando ensinar a minha mãe como ir ate o hospital). De modo que, agora, eu posso saber realmente se Dave esta namorando com a Jessie ou com a Maggie de uma vez por todas, no conforto desta cama (que não é minha).
Ate que não seria tão ruim se eu não tivesse ficado sem tomar o café, e aqui só servissem uma sopa insossa com caldo de carne.

Agora já entendi porque muitos vegetarianos emagrecem. Quando eles vão para um hospital (por terem a cara inchada porque tem alergia a uma flor) eles passam fome, porque só tem caldinho de carne para comer. E nem sal tem.
Desse jeito nunca vou conseguir engordar.

Sábado, 31 de outubro
1 da tarde
Continuando no Quarto hospitalar do Santo mungos


Plano de fuga 1: adormecer a enfermeira, e depois amarra-la embaixo da cama (onde percebi que ninguém olha). Logo depois pular pela janela, e achar algum restaurante vegetariano para comer.
Plano de fuga 2: Fazer um complô com minha família, assim minha mãe vai se fantasiar de faxineira, e ela vai me esconder no carrinho do lixo (que DEVE estar totalmente limpo), depois nós vamos atravessar a rua de alguma maneira, onde meu pai vai estar esperando no carro para nos levar de volta para casa. E espero que tenha comida vegetariana lá.
Plano de fuga 3: subornar o doutor com algumas barras de chocolate que ainda tenho no bolso...

Esquece todos os planos de fuga. Eu tenho chocolate no meu bolso. Estou salva!!

Sábado, 31 de outubro
1: 05 da tarde
Quarto hospitalar no Santo mungos (desisti de colocar os ‘ainda’, ‘continuando’ e etc.)

Chocolate.
A melhor criação do homem depois da tevê. Eu poderia comer chocolate no café da manhã, no lanche, no almoço (na sobremesa também), no lanche da tarde, no jantar e na ceia.
O único problema desta criação maravilhosa é que ela da espinha. Pelo menos é o que diz esta revista trouxa, chamada teeneger. Hum... Sera que esse é o motivo por ter um mini-monte Everest na minha bochecha?
Ai droga, aqui diz que estresse também ajuda nisso.
Se depender da minha vida cotidiana (passar nas provas, recusar os convites do Potter, arranjar novas amigas em Hogwarts e minhas nada freqüentes estadias no hospital) eu to ferrada.
Alguém me arranje um saco (de preferência de papel) para colocar na cabeça. Lily Evans esta passando.


Sábado, 31 de outubro
1: 30 da tarde
Quarto hospitalar no Santo mungos


Sabe, eu estava realmente pensando (não que isso seja uma grande novidade). Mas tipo, eu estava pensando.
Eu estou em um hospital.
E o que estou pedindo a mais de um mês para minha mãe? “mãe me leva para um medico?”
“porque querida?” resposta dela sem prestar a mínima atenção em mim.
“porque eu quero engordar” essa parte sempre fazia minha mãe engasgar. Tantas meninas como eu, querendo engordar, e outras querendo perder peso...
Essa era sempre uma conversa que gerava discussão, que nem no inicio quando eu disse para ela que queria ser vegetariana.
Era de se pensar que como ela foi criada na fazenda, ela me apoiaria na minha escolha pessoal de não ingerir animais. Mas quem disse? “O que? Como assim vegetariana? Lily Morgana Evans, o que esta pensando? Você não esta querendo emagrecer não esta? Sabe eu vi na televisão outro dia...” a partir deste momento a minha mente se desligou da conversa. Acho que ela falou durante minutos sem piscar nem respirar sobre como achava que eu devia ir para o psicólogo para tratar de meu ‘pequeno’ problema.
Não preciso nem falar que o medico ao qual ela me levou na verdade, foi um psicólogo mesmo. E que foi justamente ele que conseguiu convencer minha mãe a aceitar a minha escolha pessoal (e a logicamente, depois, a me comprar este diário).
Ate que não foi tão ruim assim ir ate lá.
Bem, mas como eu disse no inicio, eu queria perguntar a um medico o que eu poderia fazer para engordar. Tipo, eu como que nem um ogro, não faço exercícios, fico o dia inteiro dormindo e não engordo uma grama!
Ta, tudo bem, sem exageros. Nestas férias nós fomos à praia, e alem de conseguir ficar com uma linda cor de camarão aferventado (para quem não sabe, é muito vermelho), eu consegui engordar um pouquinho e ganhar um leve bronzeado. Que alias, me garantia lindas sardinhas no rosto...
Quando o doutor David (que comecei a reparar, era um cara muito bonito, com seus vinte e poucos anos) entrou no quarto novamente para dar uma olhada nos pacientes, eu falei com ele o que mais me afligia. Não o fato de não ter namorado, quer dizer,o fato de eu ser muito magra sem fazer esforço nenhum.
E ele sorriu para mim, sabe, bem simpático e mandou um “engordar? Você quer engordar?”
O que, convenhamos. Saiu ridículo ate para os meus próprios ouvidos.
“bem... sim” falei corando um pouco (e o fato de eu ser ruiva não ajudava).
O doutor tentou esconder o sorriso atrás de uma cara seria sem muito sucesso. “bem, bem... Esta é Lily Evans... Bem que ele me falou que...”
Ele quem?
Quando eu perguntei isso em voz alta ele apenas fez um gesto com a mão falando que não era ninguém. Hum...
“Então doutor... O senhor, sabe como é, poderia me dar uma receita para engordar? Eu sei que o senhor não tem que fazer nada disso, porque tem muitos outros pacientes para atender, se quiser volto aqui outra hora ou consulto alguém...” E continuei falando por algum tempo ate que ele negou com a cabeça.
“bem, agora eu não vou poder falar muito com você, Lily. Tenho que atender a alguns pacientes em situações um pouco delicadas no momento. Mas vou tentar vir aqui um pouco mais tarde, tudo bem?” eu assenti sorrindo e ele acenou enquanto saia da sala.
Tenho que admitir que estava um pouco constrangida quando falei com meu problema com ele, mas me aliviei ao ver sua reação.
Eu adorei ainda mais vendo aqueles olhos sorrindo para mim. Só para mim.


Sábado, 31 de outubro
1: 35 da tarde
Quarto hospitalar no Santo mungos


Esqueçam o que eu disse. A culpa foi daqueles olhos azuis (porque o doutor tinha que ter olhos azuis tão perfeitos?). Ainda estou sobre o efeito deles então depois eu escrevo.


Sábado, 31 de outubro
3 da tarde
Quarto hospitalar no Santo mungos


Descobri que um modo muito interessante de passar o tempo é observar as pessoas que estão hospitalizadas junto comigo. Elas são muito interessantes.
Um homem esta com o nariz tão grande, que tem que ficar com a cabeça curvada para apóiá-lo na ponta dos pés (deve ser pesado, não?), uma mulher que acabou de chegar esta com os cabelos na altura do pé da cama, e eles não param de crescer. Tem uma bruxa medica ao lado que esta fazendo um feitiço de minuto e minuto, no qual corta os cabelos da mulher no pé do pescoço. Mas trinta segundos depois o cabelo volta ao mesmo lugar. A pobre doutora deve estar esperando uma poção contra crescimento acelerado da cabeleira.
Havia aqui também duas irmãs. Uma estava sem os lábios, e a outra sem os olhos. Mas o medico já conseguiu dar as poções para as duas, e elas já foram liberadas.
Infelizmente eu não tenho permissão para sair da cama (toda vez que tento uma enfermeira entra e me faz sentar de novo), segundo elas, para a poção acabar com toda a minha alergia tenho que ficar de repouso e imóvel (o que com certeza não estou fazendo escrevendo neste diário).
Sabe, ate agora eu não vi nenhum caso serio, apenas alguns cômicos (a mulher com ‘super’ cabelo é um desses) e realmente queria ver aquelas pessoas que estão com feridas de lobisomem, ou que estão com os dedos dos pés no lugar dos ouvidos e vice-versa. Mas quando falei isso com enfermeira ela apenas lançou um olhar reprovador para mim, o que me faz imaginar que ela não vai nem um pouquinho com a minha cara.
Passei a ultima meia-hora perguntando onde estava o doutor David e se eu já poderia ver os casos mais sérios. Acho que ela, já cansada de fazer aquela coisa estranha com as sobrancelhas (sabe aquela coisa de ficar com uma em cima e outra em baixo?), adotou uma nova medida. Invés de me lançar um olhar reprovador, ela simplesmente me ignora.
O que não acho que seja algo tão legal assim porque odeio ser ignorada.
Acho que vou ser mais boazinha com ela. Ela não deve ser tão má assim...

Sábado, 31 de outubro
4:45 da tarde
Quarto hospitalar no Santo mungos


Retiro o que disse. Aquela mulher é muito, muito má.
Dessa vez eu fui toda boazinha. Lancei para ela o meu melhor olhar de [i]‘eu sou uma linda garotinha levada, me desculpe pelo que fiz, vamos ser amigas?’[/i] que funciona ate com minha mãe, mas que parece ser totalmente imune a enfermeiras.
Mas pelo menos isso serviu para ela perguntar rispidamente “o que é?”
Ta tudo bem, eu não posso culpá-la. Estou enchendo o saco dela praticamente a tarde toda.
“Onde estão meus pais?” perguntei gentilmente. Eu não tinha visto eles desde que me deram à revista, e depois eles 'vap' sumiram como mágica!
Sera que eles são bruxos e ninguém me contou?
Em todo caso a enfermeira pareceu confusa, porque era a primeira vez que não perguntava a ela onde estava o doutor David, ou quando eu poderia ver os doentes sérios.
“bem, eu não sei” falou “suponho que devam estar preenchendo a ficha”
Ah claro, estavam fazendo isso há mais de 4 horas.
Uhum, sei...
“onde esta o doutor David?” perguntei a ela. Não foi uma boa escolha da minha parte.
“olhe mocinha, não sei se percebeu, mas o doutor esta um pouco ocupado demais para dar atenção a uma adolescente levada” Ela olhou fixamente para o meu diário que estava aberto em meu colo e seus olhos brilharam maleficamente “a mocinha não deveria estar se movimentando, muito menos escrevendo em um... Diário”.
Foi nessa hora que ela tomou este diário de mim.
E eu olhei para ela em uma mistura de surpresa/aborrecida
“hei!” falei e meus olhos se apertaram daquele jeito quando estou pronta para pular em cima de alguém (não pensem besteira).
É claro que ela não me deu ouvidos e saiu do quarto com seu (meu!) pequeno troféu nas mãos.

A vida não parecia ter mais sentido.
Ta, sem exageros. Eu só fiquei um pouco chateada por ela ter tomado o diário daquele jeito das minhas mãos (mesmo que eu pudesse entender totalmente o motivo pela qual ela fez isso), eu queria meu diário de volta.
E eu teria que encher o saco dela para fazer isso.

È claro que a melhor maneira de se conseguir uma coisa é insistindo tanto que a pessoa tenha que ceder sem escolha ou opção.
A pobre enfermeira não era páreo para mim.
Ela visitou a sala mais três vezes, e em todas as três eu estava lá falando um dos 34 motivos (que mentalmente) criei para que ela me devolvesse este diário.
No final ela acabou cedendo com a condição de eu não perguntar mais:
- onde o doutor David estava;
- quando eu poderia ser liberada;
- onde meus pais estavam;
- quando eu poderia ver as pessoas doentes de verdade.
Achei a condição justa, e ela me devolveu o diário com um sorriso de alivio no rosto.
Pobre enfermeira. Acho que transformei este dia no pior da vida dela.



Sábado, 31 de outubro
5 da tarde
Quarto hospitalar no Santo mungos


Meus pais finalmente apareceram. Eles não pareciam muito a vontade para me falar o que faziam este tempo todo fora e ficavam toda hora mudando de assunto.
Talvez fosse melhor nem saber.
Eles me fizeram companhia, e meu pai não parava de fazer piadinhas sobre o meu memorável ultimo dia de férias.
“Você não queria passar seu ultimo dia de férias na cama? Pois conseguiu Lily...” Haha, piadinha sem graça pai.
Minha mãe acabou de perguntar o que estou escrevendo e eu estou falando para ela que é o que aconteceu comigo hoje, sabe, para recordar meu ‘memorável ultimo dia de férias’.
Ela pareceu aceitar isso muito bem e ficou trocando risinhos com meu pai.
Vai entender o que se passa na cabeça deles.
Ops, o doutor David acabou de entrar. Não acredito! Ele esta vindo nesta direção!
Sera que finalmente vai me dar alta para que eu possa aproveitar o meu ultimo dia de férias enrolada no sofá assistindo reprises das novelas trouxas?

Sábado, 31 de outubro
5:30 da tarde
Saindo por uma das passagens para trouxas com parentes bruxos
Estado mental: chocada


Acho que estou em estado de choque.
Ta, tudo bem. A lice sempre falou que sou melodramática e que tenho tendências psicopatas (nem queiram saber...).
Mas eu realmente não estou sendo melodramática quando digo que minha vida acabou...
E estou falando serio
O doutor me levou ate sua sala particular. Nem pequena demais nem grande demais. Coubemos com conforto nós quatro.
Sinceramente achei estranha a experiência de ser examinada por uma fita métrica, alguma coisa dura e grande que julguei ser a balança e uma agulha que apenas com uma leve picada tirava amostras do meu sangue.
Claro que isso não seria tão estranho se essas coisas não se movimentassem sozinhas (o doutor estava sentado conversando com meus pais) e uma pena anotasse tudo em um bloquinho.
Realmente isso é tudo normal...
Obviamente que às vezes esqueço de que sou uma bruxa e que algumas pessoas podem usar magia.
Mas convenhamos, eu só pertencia aquele mundo a menos de sete anos. Ninguém esperava que conseguisse me acostumar a coisas se movimentando sozinhas por causa de magia.
Mas o doutor não, ele parecia achar muito divertido o meu espanto quando aqueles instrumentos começaram a se mover...
O que me faz pensar que ele não atendeu a muitos bruxos nascidos trouxas, afinal.
Minha mãe naquela hora olhava para mim, parecendo indiferente às amostras de magia que eram feitas ao seu redor. Já meu pai olhava desconfiado para a parede, como se de repente ela pudesse abrir os olhos, sorrir e começar a dançar la cucaracha.
E meu pai adora essa música.
Depois que o doutor me pediu para que me sentasse ele começou a examinar o bloco de rascunho ao qual a pena escrevia.
Passou alguns minutos analisando as informações e outros fazendo cálculos e mexendo em alguma coisa em sua escrivaninha.
Por fim, ele levantou sua varinha e fez com que a pena voltasse a se mexer e escrever o que ele falava.
“Bem...” Começou, e meu pai que batia distraidamente na parede voltou sua atenção para o doutor “pelo que pude perceber o motivo que a trouxe aqui foi o seu receio, Lily, de estar abaixo do peso...”
Eu assenti enquanto minha mãe me olhava atravessado.
“Decidi fazer um exame geral, para ver como andava seu organismo e eles mostraram que seu sangue esta com medidas normais, apenas com uma quantidade de açúcar um pouco elevada... Você gosta muito de doces Lily?”
Eu corei um pouco enquanto novamente assentia. Meu pai olhava tudo aquilo com curiosidade e minha mãe não tinha nenhum expressão no rosto.
Sabia que assim que chegasse em casa levaria uma baita bronca.
“Você vai ter que aprender a controlar melhor sua alimentação Lily, pois isso pode acarretar em algumas doenças como a diabete, que acredito que não tenha cura nem entre os bruxos nem entre os trouxas...”
Minha mãe olhou para mim com aquela cara de ‘eu sabia!’ Que fiz o possível para ignorar.
“Tirando isso não há nenhum outro problema com o que se preocupar. E seu peso, Lily, embora seja menor do que deveria ser para a sua idade, esta em medidas normais para a sua altura. Então não a mais o que se preocupar, você esta com o peso extremamente normal...”
Aquilo começava a girar em minha mente.
‘Você esta com o peso extremamente normal.’
O QUE?????!
Acho que ele viu minha cara de descrente, pois me mostrou o papel onde estavam todos os dados que ele havia recolhido e ensinou como havia chegado ao resultado.
“Esta vendo Lily? Aqui esta seu peso e aqui a sua altura. Então elevamos a sua altura ao quadrado e depois dividimos por seu peso. O ideal é que fique entre 18,5 e 24,9. E o seu deu 19,2 o que quer dizer que seu peso esta normal...”
Eu apenas assenti levemente sem acreditar realmente no que estava ouvindo. Ele me passou a receita de uma poção para que eu bebesse caso tivesse alguma outra crise de alergia, e me despedi dele quase sem perceber.
Antes de sair da sua sala, no entanto, ele me chamou a um canto e me entregou um pedaço de papel com seu nome, a localização de sua casa e me falou que poderia chamá-lo a qualquer hora que ele iria me atender.
Depois disso ele se despediu de meus pais falando um “Boa tarde Sr. e Sra. Evans”.
Quando vim dar de novo por mim já estava quase de volta em casa, escrevendo neste diário...
E quer saber o que não saía da minha mente esse tempo todo?
Eu não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito...

Porque simplesmente é demais para um dia só, e se por acaso é o seu ultimo dia de férias é infinitamente pior.
Talvez eu ainda esteja na minha cama dormindo, esperando apenas minha mãe me acordar...


Sábado, 31 de outubro
7 da noite
Quarto de Lílian Evans


Não me enganei quando pensei que minha mãe me daria uma baita bronca quando chegasse em casa.
As pessoas devem pensar ‘mas a filha dela esteve no hospital hoje, ela deve estar sendo boazinha...’
Boazinha nada. É horrível quando nós, ruivas, estamos com raiva e damos broncas em alguém, porque não importa se essa pessoa esteve no hospital e se esse era o seu ultimo dia de férias...
A bronca vinha do mesmo jeito.
Então era simplesmente abaixar o olhar e pensar em lugares felizes, Hogwarts ou sua cama quentinha talvez, enquanto deixava que a fera extravasasse toda a sua raiva e a deixasse em paz.
E o pior era que eu sabia que tudo aquilo não era culpa apenas minha, e sim também de petúnia que havia saído de manhã cedo com o namorado e que ate agora não havia voltado.
Para mamãe tudo bem sair de dia com garotos, mas à noite apenas com permissão expressa, o que era muito difícil de conseguir.
Eu quase pude ver uma fumacinha saindo dos cabelos de minha mãe quando ela percebeu que Petúnia ainda não havia chegado em casa.
Segundos depois ela simplesmente explodiu em mim.
Ela falou da minha irresponsabilidade em preparar uma poção quando magia para menores fora da escola era proibido (não adiantou nada explicar que poções não era magia diretamente), ela discursou como adolescentes perdiam suas vidas ou se machucavam seriamente por motivos bobos, declarou que eu havia descoberto uma nova doença ( a de se achar muito magra), me ameaçou levar novamente ao psicólogo e mostrou todas as falhas e pontos negativos por eu ser vegetariana (ao qual eu discuti longamente com ela).
Claro que tudo isso foi discutido em um tom baixo o suficiente para que os vizinhos não ouvissem, mas alto o suficiente para que meus tímpanos começassem a latejar dolorosamente depois de um tempo.
Realmente não sabia como papai havia agüentado se casar com ela.
Ao olhar para os lados vi que ele fugia furtivamente da poltrona e ia para a cozinha com a desculpa de ‘procurar algo para beber’.
Pobre papai, aquela altura já deveria ser surdo.
Tive que ouvir mais alguns longos minutos a voz de mamãe e quando cheguei perigosamente ao ponto de começar a brigar com ela a porta foi aberta e minha salvação entrou.
Bem, quase.
Petúnia tinha a chave de casa, por isso abriu a porta inocentemente enquanto se despedia de seu namorado já no portão.
Foi quando ela se virou e percebeu os olhos e a boca apertada de minha mãe, alem de o rosto totalmente vermelho que ela pressentiu o perigo e pareceu se encolher enquanto uma torrente de palavras furiosas pararam de se dirigir a mim e se dirigiram a ela.
Passei algum tempo observando uma mulher ruiva de longos cabelos ate o meio das costas, com lindos olhos castanhos e um corpo de dar inveja a qualquer super-modelo.
Ela esbravejava com uma loira um pouco mais alta que ela que tinha um cabelo cor-de-rato e esses olhos castanhos tao bonitos. Ela tinha um pescoço um pouco grande de mais e o rosto era um pouco puxado para a frente lembrando um cavalo.
Tentei memorizar bem aquela cena antes de fugir furtivamente para a cozinha me juntar ao meu pai. Tinha a impressão de que aquela seria a ultima vez que veria minha querida irmã...

Encontrei meu pai na cozinha bebendo um copo de suco sentado a mesa. Assim que entrei no recinto ele direcionou o olhar para mim e depois voltou sua atenção para o copo.
“Mamãe desistiu” Falei para ele enquanto abria a geladeira “agora ela esta brigando com petúnia”
Papai assentiu olhando novamente para mim e completou “ouvi os gritos”.
Eu ri silenciosamente enquanto pegava um copo e me servia de suco. Sentei na cadeira ao lado dele e tomamos nosso suco calmamente, vez ou outra olhando em direção a porta por causa dos gritos.
“Acho que você devia ajudar petúnia papai” falei.
Ele pareceu engasgar com o suco e começou a tossir loucamente. Depois de alguns copos d’água e tapinhas nas costas a cor do rosto dele pareceu voltar ao normal.
“Eu não vou falar com sua mãe agora” respondeu com cara de quem tinha acabado de ouvir que o céu era cor-de-rosa e não amarelo... Se é que me entende.
Eu suspirei pesadamente. Onde estava a coragem masculina quando se precisa dela? Dormindo no sofá e assistindo televisão, talvez.
Quando expus meus pensamentos ao meu pai ele apenas me olhou com sua melhor cara de coitadinho “a simplesmente algumas coisas que é melhor não se fazer, Lily” falou.
E se casar com uma mulher explosiva realmente deveria ser uma delas.
Observei melhor o homem a minha frente. Ele tinha um cabelo loiro-acinzentado e uma pele muito branca cheia de sardas. Usava uma blusa de algodão sem mangas e uma calça social.
Olhando para mim mesma percebi que em nada parecia com aquele homem. O meu temperamento explosivo e minha aparência eram quase idênticos a minha mãe. A única coisa que evidenciava que eu era filha de Robert Evans eram os intensos olhos verdes especuladores.
Olhos ao qual Alice sempre elogiava dizendo que era a cor mais linda que ela já havia visto.
Enquanto meu pai era calmo e sereno, minha mãe tinha um temperamento instável e gostava sempre de mostrar seu ponto de vista.
Nunca realmente entendi porque pessoas tao diferentes se casaram. Ao meu ver as pessoas deveriam ser parecidas com as pessoas a quem amam.
"papai..." comecei a perguntar lentamente enquanto ele se virava curioso para mim "porque você se casou com mamãe? Quero dizer, voces dois são tão diferentes mas parecem se dar tão bem..."
Ele deu um sorriso para mim enquanto colocava seu copo de suco na mesa.
"Achei que um dia iria me perguntar isso Lily..." o olheio surpresa "no começo sua mãe era apenas teimosa, uma garota dificil de se conseguir e com um genio endiabrado. Lembro que na faculdade a maior parte dos veteranos daria tudo para sair com sua mãe, mas ela recusava todos..."
Pisquei lentamente enquanto me recodava que eles tinaham se conhecido na faculdade de econimia.
" Nunca, em meus mais secretos sonhos, eu iria pensar que sua mãe aceitaria quando eu tomasse coragem para convida-la para sair, mas assim o fez..." Ele olhou para parede como se recordando de um sonho bom "foi amor a primeira vista, por minha parte e o sonho da minha vida era que ela percebesse isso e me amasse tambem..."
Olhei surresa para aquela reação de meu pai. Ele era romantico todo dia dos namorodos, o dia em que se conheceram, o dia em que namoraram e o dia em que enfim se casaram. Ele sempre a presenteava com uma flor diferente. No ano em que petunia nasceu foi uma petunia. No ano em que nasci, foi um lirio. Mas eu relamente não estava preaparada para aquela declaração de amor por parte de meu pai.
"Talves Lily, as nossas diferenças que nos fizeram amar tanto um ao outro. Eu amo a sua mãe exatamente por ela ser tão diferente de mim..."
Não sei porque, mas aquilo me fez lembrar o Potter. Balancei a cabeça tentando deter os pensamentos enquanto sorria para o meu pai compreensiva.
"você é o unico que consegue abranda-la meu pai..." Ele sorriu novamente enquanto ficavamos em um silencio confortavél, ouvindo casualmente a briga que vinha da sala.

"Então quer dizer que amanhã você ira voltar para Hogwarts querida..." falou meu pai querbando aquele silencio tao 'silencioso'.
"vou" Falei sorrindo. Não sabia se estava animada por voltar para Hogwarts ou deprimida por não ter com quem sentar no vagão.
"E vai fazer asniversario lá também, creio eu".
Dessa vez sorri tristemente. Por mais que tudo fosse tão bom em Hogwarts ainda sentia falta de minha familia. Para o meu pai era um desagrado quando nós não passavamos uma data especial juntos. Infelizmente por estudar em um colegio interno, e meu aniversario ser no meio das aulas, a seis anos nao podia comemora-lo com minha familia e isso me entristecia.
"sabe o quanto gostaria de passar o meu aniversario com você papai, mas nao posso..."
Os olhos dele brilharam nesta hora e ele abriu a boca para faalr algo, mas preferiu esconder este pequeno segredinho de mim.
"sim, filha... Eu entendo..." Falou com a voz um pouco triste.
Para quebrar o silencio que se alastrou comentei curiosa:
"O senhor e mamãe irão me levar para a estação amhanhã, não é papai?" Na verdade eu sabia que a resposta seria sim. Eles faziam questão de sempre me levar. Do mesmo jeito que petunia sempre fazia questão de ficar em casa.
"claro querida. Eu e sua mãe levaremos você, como sempre. Apenas trate de não se atrasar amanhã novamente, esta bem?"
Eu assenti e nós ficamos conversando banalidades ate que Petunia subiu para o seu quarto furiosa e mamãe apareceu na cozinha com cara de derrotada. Decedi que era melhor deixar os dois sozinhos e por isso estou agora aqui, no meu quarto, contando o que se passou com o resto do meu dia.
E sabe o que percebi agora?
Pode não ter sido o melhor ultimo dia de ferias da minha vida...
... Mas tenho certeza de que nunca mais vou esquece-lo.

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olá james,

Como vai querido primo? Eu vou bem.
Me desculpe por nunca mais ter mandado noticias minhas, mas as coisas estão um pouco corridas no hospital, e hoje conheci uma paciente muito interessante...
Você deve estar se perguntando quem sou eu e o que fizeram com seu querido primo David, ja que prefiro não comentar as peculiaridades que acontecem neste hospital, mas talves isso lhe interesse...
Hoje conheci a tão famosa Lily Evans. Sera que estamos falando da mesma garota a qual Sirius disse que você é obcecado?
Sinceramente ela é um pouquinho diferente do que imaginei.
Cabelos em um vermelho vivo e olhos de um verde esmeralda muito bonito. Não me surpreendeu nada o seu interesse por ela. Eu proprio cheguei a ficar interassado...
Mas antes que voce me torture com o cruciatos, foi um interesse estritaemnte profissional. Ela foi a ptimeira jovem de quase dezessete anos que conheci reclamando por estar magra demais.
Você acredita nisso? Quase não pude conter a surpresa quando ela em perguntou se eu podia ajuda-la a achar um modo de engordar.
Realmente ela é uma garota diferente. E muito simpatica e atenciosa também. Acredita que ela ficava pergutnando a toda hora se poderia ver os pacientes que estavam realmente feridos? A maior parte das jovens de hoje em dia fogem com uma simples menção a sangue. O que me faz pensar que ela pode se tornar uma medica no futuro...
Esta certo, vou parar de emblomar e contar logo a você o porque de ela estar no hospital. Bem, pelo que parece ela tentou fazer uma poçao (nao posso lhe dizer porque, é confidencial), so que pelo que parece ela é alergica a um dos ingredientes...
E bem, nem queira saber o resultado.
Ela passou uma parte da manhã e a tarde toda no hospital se recuperando. So saiu mais cedo porque a Odite (sabe aquela enfermeira velha e chata?) me emplorou para que a liberassem pois ela nao suportava mais aquela garota atrevida e impertinente.
Ela realmente é minha heroina por ter conseguido transformar a fria enfermeira em uma desesperada senhora de idade.
Talves você possa usar isso como desculpa e mandar uma carta para ela falando de suas condolencias.
Tenho que parar de escrever por aqui. Tenho que terminar uns relatorios para amanhã.
Dê um abraço por mim a seu pai e sua mãe

Atenciosamente,

David Potter

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Primo,

Não entendo o que Sirius quis dizer com 'obcecado'. Ela era apenas um desafio ao qual enjoei.
Não me importa o que passa ou nao passa com a senhorita Evans e não vou enviar-lhe nenhuma carta de condolencias ja que não tenho nenhuma intimidade com ela.
Espero que termine logo seu relatorio.

Atenciosamente,

James Potter

Ps: Mamãe esta pergutando se você vira passar o natal conosco este ano. Cara, acho melhor você vir. Se não, não ira sobrar pedacinhos de David Potter para vir aqui ano que vem...

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Sirius,

O que aconteceu com o James?
Falei para ele que a Lily teve uma reação alergica por causa de uma poção que ela fez, e por isso passou o dia todo no hospital e tudo o que ele diz é que ela foi um simples desafio...
Não entendo o que esta acontecendo. Pensei que ele fosse apaixonado por ela (embora não adimitisse).
Espero que sua frieza seja apenas momentania e que ele volta a ser o James de sempre...
Mas não quero que o assunto desta carta se resuma a James.
Como é que vai Sirius? Soube por uma carta de Remo que seus pais o obrigaram a passar seu ultimo dia de ferias aí, envés de na casa de James.
Espero que não esteja tão ruim as coisas na sua casa.

Atenciosamente,

David Potter

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Caro David,

As coisas estão otimas aqui em casa. Minha mãe nao para de reclamar comigo e esta tentando fazer com que eu mude a decoração do meu quarto. Meu irmão passou o dia todo enfiado no seu quarto e quando saía me ignorava completamente. Meu pai é o unico que parece ter alguma consideração por mim, ja que esta totalmente quieto e calado em seu tumulo.
Realmente eu preferia estar aqui em vez de estar na casa dos Potter.
Quanto a James acho que ele não vai melhorar, pelo menos não em relaçao a Lily. O ultimo fora que ela deu nele me fez ate sentir PENA do pontas.
O que relamente não é algo muito comum.
E o que foi que aconteceu com a Lily? Ela ja esta bem?
Como é que vai as coisas com minha enfermeira preferida, a odite (por mais que ela tente negar eu sei que todo aquele desprezo e frieza na verdade é um amor incontrolavel por mim)?
Espero que não esteja Tão bem quanto eu...

Atenciosamente,

Sirius Black

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Hannah,

Querida, me desculpe por ter demorado tanto tempo para responder sua carta.
Tem razão, aquela ultima noite em Hogwarts realmente foi maravilhosa.
Me desculpe por nao poder conversar muito com você, mas estou tendo que consolar o pobre James que acabou de receber a notica de que Lily Evans bebeu uma poção e que teve que passar o dia todo no St. Mungus.
Podemos nos encontrar novamente amanhã e matar a saudade, o que acha?

Carinhosamente,

Sirius

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Clarisse,

O meu Merlin!
Eu não acredito que realmente achei que o Sirius tinha me largado para ficar com outra. Na verdade ele estava consolando o James porque a Lily Evans bebeu uma poção e ficou envenenada! E que teve que passar um tempão no hospital!
Da para acreditar?

Sinceramente,

Hannah Meltins

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margareth,

Sabe o que acabei de descobir querida? Que a Lily (isso mesmo, aquela Lily) foi envenenada e que passou semanas no hospital.
E o pobre James esta inconsolavel, e que sabe, você deveria fazer alguma coisa por ele...
Não se preocupe querida. Vou enviar alguams cartas para nossas miguxas...

'tristemente',

Clarisse Rolewood

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Caro James,

Que história é essa de que a Lily foi envenenada por um trouxa que descobriu seu amor por ela?
E que história é essa de que você foi consolado pela Margareth e que vai se casar com ela no fim do ano?
SERA QUE DA PARA EXPLICAR PORQUE EU COMO SEU AMIGO NÃO ESTOU SABENDO DISSO???!
Eu sei que o fora que voce levou dela da ultima vez foi pior que os outros, mas isso não é motivo para você ja ir indo se casar com outra!
Responde logo ou nunca mais te empresto meu dever de história da magia para que você use como 'referencia' (sei muito bem que você o copia).

Ansiosamente,

Remus Lupin

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Caro aluado,

O QUE PELO AMOR DE MERLIN ESTA ACONTECENDO?
Eu sei que a lua cheia esta perto, mas você pirou de vez amigo.
E que história é essa de que vou em casar com a Marguereth?

De um amigo são para outro totalmente louco,

James Potter

Ps: Amanhã temos que decidir qual sera o 'presente' de boas-vindas ao sonserinso este ano. Espero que ate lá a sua mente tenha parado de ter alucinaçoes...





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N/a: Gente, é isso aí. O primeiro capitulo! Espero que tenham gostado, e qualquer erro (ate emsmo de portugues o.O) me comuniquem para que possa concertar.
É claro, tambem, que a autora iria adorar receber alguns comentarios... (*.*)

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