Acontecimentos que surpreendem



-Hermione! – Ouvi uma voz corta clima chamando meu nome. Soltei Harry e me virei pra trás num susto, me levantando.


-Draco? – Aquele loiro estava parado na entrada da sala, olhando incrédulo para a cena que estava vendo. – É, eu posso explicar? – Essa era uma pergunta que eu fazia pra ele e pra mim mesma, na verdade acho que eu não posso explicar, quer dizer, não conseguiria.


-E o que você tem que explicar para esse ex-comensal da morte? – Harry também se levantou, olhou pra mim e depois ficou encarando Draco.


-Eu? Harry... – Ok, eu posso ser a bruxa mais brilhante da minha idade, mas nada brilhante vinha a minha mente pra ser dito naquele momento.


-Me desculpe ter atrapalhado o casal, já estou de saída. – Draco se virou, meio desapontado, e eu sabia o por que.


-É, sai daqui logo, some daqui Malfoy! – Harry gritou de volta para ele.


-Não Draco, espera. –Ele estava quase perto da porta, mas parou para me esperar. Eu estava com raiva de mim, com raiva do Harry por ter me feito querer beijá-lo, não estava nem raciocinando direito. Fui andando até perto de Draco, mas antes de chegar a seu lado gritei. – E VOCÊ, HARRY POTTER, VÊ SE ESQUECE TUDO O QUE ACONTECEU AQUI!


 


Eu saí sem nem olhar pra trás. Draco ao meu lado. Assim que a porta da sala precisa se fechou eu me encostei na parede, olhei para Draco, que me encarava com um pouco bravo. –Vamos conversar?


-Tá bom. –Ele respondeu simplesmente.


Achamos uma sala vazia no mesmo andar, nos sentamos encima de uma carteira.


-Então...- Eu comecei, mas não sabia como continuar.


-Então? – Ele estava sentado do meu lado e me olhou, levantando as sobrancelhas.


-Então que eu estou completamente confusa Draco. Eu não sei porque beijei Harry, eu não sei porque me deixei levar, eu tenho um namorado, por Merlin! –Eu estava quase chorando de tão nervosa.


-Não precisa explicar nada Hermione, só fica tranqüila. –Ele me abraçou.


Depois de uns 5 minutos, eu já estava mais calma e me lembrei da pergunta que eu queria fazer para ele.


-Draco. –Ele me olhou. – Como você me achou lá na sala precisa? – Ele sorriu.


-Essa é fácil Hermione. Eu estava preocupado com você, queria saber se você não estava mais nervosa, te procurei pelo castelo inteiro, quando não te achei, fui em frente a sala precisa e pedi para te ver.


-Obrigada. –Eu sorri pra ele.


-Hermione, posso te fazer uma pergunta? – Eu o olhei curiosa.


-Mas é claro. –Sorri.


-Se... – ele começou a buscar as palavras. –Se eu não tivesse chegado lá... aquela hora... você teria continuado com ele? Ou teria parado? – Ele me olhou fixamente, esperando uma resposta.


-Sabe Draco, eu não faço a menor idéia! – Eu comecei a rir. E ele riu comigo. Em meio a risos eu continuei. – Eu espero que caso você não chegasse lá, eu parasse, que surgisse em mim um lampejo de lucidez e eu parasse. – Nós rimos ainda mais.


- Então, sorte minha que eu cheguei. –Ele sorriu.


-Sorte minha Draco, a sorte foi minha. – Sorri de volta. –Nossa, já está tarde, é melhor a gente ir. –Olhei para o meu relógio, já marcavam 23hs.


-Ah não. Ninguém vai vir nos procurar Hermione. E eu não te aconselharia a ir pra sala comunal da grifinória, Weasley e Potter devem estar por lá, só esperando para falarem com você. – Daí eu pensei, ele tinha razão, eu não queria ver Harry nem Ron hoje.


-Mas eu estou cansada. – Olhei para ele.


-Não seja por isso, deita aí, encosta a cabeça no meu colo. –Ele apontou para o seu colo, e eu deitei ali.


-Draco, o que eu faço com o Ron?


-Agora nada, é melhor a gente falar de outra coisa, não fique preocupada agora. –Ele me olhou com aqueles olhos azuis.


-Quer falar de que então? –Perguntei curiosa.


-Me fala da sua família, ninguém nunca me falou muito sobre as famílias trouxas. –Ele disse de um jeito fofo.


-ok. Então, meus pais são dentistas... –Comecei a contar toda a minha vida para ele.


Depois de umas 2hs eu acho, eu já tinha contado tudo para ele, até o que eu gosto de comer no café da manhã:  waffle com chocolate, e suco de laranja.


-Anotado. –Ele disse sorrindo e passando as mãos em meus cabelos, depois que eu respondi o que gostava de comer no café da manhã. Eu sorri para ele. –Draco, estou com sono. –Acho que meus olhos já estavam quase se fechando.


-Tá com sono? Então pode dormir. – Ele sorriu e continuou passando seus dedos em meus cabelos, era tão bom. E meus olhos foram se fechando, enquanto ele acariciava meus cabelos.

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