Pesadelos e magia.
- Não a levem, por favor, não a levem, por favor, ela é minha filha, por favor, POR FAVOR – Uma pequena mulher de cabelos loiros gritava inutilmente, enquanto levavam embora sua filhinha de dois anos. Ela chorava e parecia desesperada.
Emily abriu os olhos, assustada. Tivera um pesadelo. Esse mesmo sonho a atormentava desde que ela era muito pequena. Levantou-se da cama, trocou de roupa foi para a cozinha.
Tomou rapidamente seu café da manhã – Pão com manteiga – e caminhou até a biblioteca da cidade, lembrando que hoje era, por acaso, seu aniversário de onze anos. Emily morava num orfanato e até então ninguém havia se lembrado de seu aniversário, ela não tinha motivos para pensar que seria diferente esse ano.
Pegou alguns livros emprestados e voltou para o orfanato em que vivia. Se demorasse demais, o sol ficaria forte para sua pele muito pálida.
Abriu a porta discretamente e entrou. As outras garotas já haviam acordado e corriam e brincavam pelos quarto e corredores. Emily revirou os olhos e foi para a cozinha. Assim que terminou de lavar os pratos e talheres, alguém a chamou. Ela assustou e acabou cortando a mão, com a faca que estava lavando.
- Emily, vem logo, tem um senhor aqui querendo falar com você – Era a Sra. Harris, uma mulher alta e gorda, responsável pelas garotas daquele orfanato.
- Já vou, já vou - Respondeu Emily num tom vago, enquanto caminhava até um corredor, onde a mulher a esperava. Ela indicou uma porta. Emily abriu-a, entrou e fechou a porta atrás de si.
- Feliz aniversário, Srta. Brook. – Disse a voz esganiçada de um homem muito pequeno.
- Obrigada – Respondeu num tom surpreso.
- Mas quem é você?
- Filius Flitwick, professor de feitiços na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. A Srta. tem uma vaga em nossa escola –
- Eles que te mandaram aqui, não foi? Os donos do orfanato. Eles querem que o senhor me exorcize, não é? Podia ter arranjado uma desculpa melhor do que uma vaga numa escola na qual não me matricularam.
- Não se trata de exorcismo, você é uma bruxa.
Emily ergueu as sobrancelhas, desconfiada.
- Uma o que? Bruxa, você disse? Isso não existe.
- Ah, sim, existe.
- Então, prove.
O homem retirou a varinha do bolso e apontou-a para Emily. Fazendo um corte recém-feito da garota sumir. Ela agradeceu. Escolheu não dizer ao homenzinho que também sabia fazer aquilo.
- Então, eu sou bruxa e tenho uma vaga numa escola de magia? É uma bolsa? Não tenho como pagar.
- Sim, sim, sim. – Ele entregou um envelope a garota.
- Esse é o seu convite para estudar em Hogwarts, caso esteja interessada.
-Sim, estou, professor.
- Então precisamos ir a Londres, comprar seu material escolar e ir para Hogwarts.
Ela confirmou com a cabeça. Os dois foram até a estação de trem da cidade e pegaram um trem para Londres. Emily atenta a todos os movimentos daquele homem, analisando-o. Se ele fizesse alguma coisa suspeita, ela iria embora. Após algumas horas, chegaram em Londres.
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