* Capítulo 5 *
Dia 338 e o disfarce de Hermione está desmoronando...
Hermione tomou o prêmio da mão de Harry e colocou-o sobre a cômoda.
— Você sabe o que é isso.
— Sim, eu sei. A pergunta é, o que está fazendo com ele? - Voltando às roupas, ela dobrou uma blusa e colocou-a na valise.
— Acho que isso também é óbvio. Eu o conquistei.
— No concurso do último ano?
— Por que as perguntas, Harry? Ganhei o terceiro prêmio no concurso do último ano, e conheci James em função disso.
— E?
— Ele gostou muito de mim e recomendou-me para a vaga de sua secretária, pensei que soubesse.
— Não, eu não sabia. Por que aceitou esse emprego?
— Isso é ridículo. Aceitei o emprego pela mesma razão que leva milhares de pessoas a aceitarem tantos outros empregos. Preciso ganhar dinheiro.
— Sim, mas os participantes desse concurso estão interessados em abrir seus próprios negócios, não em trabalhar para outras pessoas.
— Onde está querendo chegar, Harry?
— Está interessada em abrir um negócio próprio?
— Sim, estou... algum dia. Enquanto isso, trabalhar para você pode ser uma excelente experiência.
— E tem sido?
— Sim, tem sido muito bom — ela concordou, sem desviar os olhos da valise e das roupas.
— Que tipo de negócio gostaria de abrir?
— Uma loja de brinquedos especializada em bebês. Todos os brinquedos seriam únicos, seguros e educativos, confeccio¬nados artesanalmente por artistas locais.
Harry olhou para Sam e sorriu:
— Parece que escolhemos a mulher certa para nos ajudar, princesa.
Em seguida ele aproximou-se, entregou-lhe o bebê e começou a vasculhar o conteúdo de sua valise.
— Harry, pare com isso! Não tem o direito de mexer em minhas coisas!
— Só quero ter certeza de que escolheu coisas práticas — e retirou um conjunto de saia e blusa. — E estou vendo que não.
— Pare com isso! Você sabe muito bem que todas as minhas roupas são práticas!
— Sim, para o escritório. Mas para cuidar de um bebê...
— Harry, vamos ver se me entende. Se tirar mais uma peça dessa valise, juro que vou matá-lo!
— Já que estamos dispensando as peças que não são prá¬ticas, vamos eliminar as feias, também — ele avisou, ignorando sua ameaça e esvaziando a valise. — Não fica deprimida usando essas coisas?
— Não.— Pelo menos não com frequência. A recompensa prometida por James era mais que compensatória. — E que diferença faz se são feias? Elas não são suas.
— Sei que não, mas tenho de olhar para elas. E Sam também. Não quero que passe dias e noites perto de minha sobrinha demonstrando tamanho mau gosto. Isso vai acabar por per¬vertê-la. Francamente, já me sinto contaminado.
— Não seja ridículo!
— Quer apostar? Isso é tão contagioso que já comecei a achar que marrom é bonito. Pelo menos em você — e aproxi¬mou-se do armário.
— O que está fazendo agora? Saia daí!
— O que é isso? — Ele espantou-se, mostrando um vestido verde. — Ah, muito melhor. Reserva essas coisas para quando William está aqui? Ou para quando ele não está por perto?
— William adora esse vestido! — Ela protestou. O que estava dizendo?
— Aposto que sim. Por isso a obriga a andar por aí vestida como um saco de batatas na maior parte do tempo. Esse re¬lacionamento é bastante patológico, não?
— Meu relacionamento com Will... William não é da sua conta.
— Ainda não. Mas com o tempo...
Hermione fitou-o alarmada. O que estaria querendo dizer? Que pretendia um confronto com o noivo fictício? Essa história es¬tava ficando mais complicada a cada minuto.
Vasculhando o que Hermione chamava de roupas de lazer, ele encontrou calças justas, suéteres macios e várias outras peças de bom gosto. Depois de um momento de consideração, Harry decidiu acrescentar à pilha um vestido de seda branca que não tinha nada de prático.
— Para que isso? — Ela quis saber.
— Só por precaução.
— Já terminou?
— Não. Onde estão seus cosméticos? — E aproximou-se da penteadeira. — Já os encontrei.
— Eu posso cuidar disso, Harry!
— Não se preocupe — ele sorriu, examinando todos os frascos e tubos que encontrava pela frente. — As cores são interes¬santes, mas nenhuma delas combina com você. Exceto... ah, aqui vamos nós outra vez — ele avisou, escolhendo um conjunto de sombras, batom, rímel, máscara e outros cosméticos de uma caixa fechada. — Afinal, o que está acontecendo, Hermione?
— Não sei do que está falando — mentiu, ajeitando os óculos nobre o nariz.
— Ah, não? Dois guarda-roupas separados, dois conjuntos completos e diferentes de cosméticos... e não sabe do que estou falando?
— Não tenho que dar explicações.
— Ainda não. Essa é uma situação temporária, e garanto que ela vai mudar no futuro. Fui claro? — Harry perguntou com tom ameaçador, aproximando-se até que seu nariz estivesse quase tocando o dela.
— Cristalino.
— Ótimo — ele respondeu, guardando os cosméticos na valise e fechando-a com um movimento decidido. — Só para avisá-la, estou levando a nova Hermione comigo. Já passei muito tempo com a outra no escritório — sorriu, apanhando a valise e tomando o bebê de seus braços. — E agora, troque de roupa e encontre-me no carro, próxima parada... Mundo dos Brinquedos.
Hermione não se atreveu a protestar. Seria inútil, e uma dis¬cussão só serviria para levá-lo a fazer perguntas ainda mais perigosas. O que diria quando ele começasse a exigir respostas? A idéia de revelar toda a verdade sobre seu acordo com James a apavorava.
Tudo havia parecido muito simples e inofensivo quando o patriarca dos Potter lhe propusera o trato. Mas agora... Harry não reagiria bem se descobrisse, e as chances disso acon¬tecer eram cada vez maiores. O que tornava o sonho da Baby Dream cada vez menos provável.
Sem perder tempo, Hermione despiu as roupas sujas e tomou uma ducha rápida. Depois de alguns instantes de reflexão, decidiu continuar usando as roupas largas que comprara para compor seu personagem, uma indicação de que precisava da¬quela camuflagem mais que nunca. O conjunto de saia e jaqueta de tom cinza a fez sentir-se melhor, mais segura, e o coque austero na altura da nuca ajudou a esconder os reflexos dou¬rados. Ainda não comprara mais tonalizante, e não tinha nenhum frasco extra escondido no apartamento. Quanto tempo Harry le¬varia para notar a verdadeira cor sob a tonalidade falsa, se é que já não notara?
Novamente protegida pelo disfarce, foi encontrá-lo no carro. Ele ligou o motor e partiu sem dizer absolutamente nada sobre suas roupas.
Mais meia hora e entravam na loja de brinquedos, um galpão imenso e colorido cheio de movimento e alegria.
— Meu Deus! O sujeito que projetou essa loja deve ser ma¬luco! — Ela exclamou, assustada com a correria de um punhado de crianças, por entre as pilhas de brinquedos.
— Fique feliz por não estarmos perto do Natal. Isso aqui vira um manicômio!
— Já esteve aqui antes?
— É claro que sim. Você não?
— Não. E, com sorte, nunca mais terei de voltar.
— Não seja desmancha prazeres. Faço minhas compras de Natal aqui. Meus irmãos contam com isso.
— Seus irmãos são homens crescidos.
— Sim, mas continuam crianças no coração — ele sorriu. — E adoram brinquedos. - concluiu, apanhando um carrinho. — Muito bem, ao trabalho.
Hermione o seguiu sem fazer perguntas. Se não tratasse de manter-se perto dela, poderia passar os próximos cinco meses perdida nessa selva de plástico! Ele parou na seção de bebês.
— Olhe só isso! São bolsas como as dos cangurus! — Sor¬rindo, ele rasgou a embalagem, retirou a bolsa e jogou a caixa vazia no carrinho. — Vamos ver se funciona.
— Harry! Não pode fazer isso! Vão prendê-lo por furto, ou desordem!.
— Furto é a palavra usada para descrever o ato de sair de uma loja levando uma mercadoria pela qual não pagamos, e eu jamais faria tal coisa. A embalagem está no meu carrinho para quem quiser ver, e tenho um excelente cartão de crédito em meu bolso.
— Mas...
— Relaxe, Hermione. Eles já me conhecem. Afinal, como funciona essa coisa?
— Por que não lê as instruções? — Ela sugeriu irritada.
— Instruções são para amadores.
— Nós somos amadores — ela lembrou, apanhando a caixa do carrinho. — Aqui diz que deve prender as duas alças superiores em seu pescoço e as duas inferiores em torno de sua cintura.
— Eu sei disso! Mas como vou saber quais são as inferiores e as superiores? Espere... Acho que consegui — ele sorriu, prendendo a bolsa ao corpo e abrindo os braços. — E então, o que acha? Sam está preparada para o primeiro passeio?
— Não — Hermione respondeu, mordendo o lábio para conter um sorriso.
— Não?
— Se a colocar nessa bolsa da maneira como está, vai der¬rubar sua preciosa sobrinha de cabeça no chão.
Harry examinou a bolsa e constatou que a abertura para a cabeça estava voltada para baixo, enquanto as duas para as pernas estavam na parte de cima.
— Droga! — Resmungou irritado.
Uma vendedora aproximou-se e sorriu, jogando os cabelos loiros para trás. O crachá a identificava como Debbi.
— Ora, ora, sr. Potter. Não vem nos visitar a meses! Posso ajudá-lo em alguma coisa?
Ele apontou para a bolsa em seu peito.
— Onde foi que eu errei?
— Você a prendeu de cabeça para baixo — Hermione adiantou-se, irritada com o comportamento da vendedora.
— Acho que a prendeu de cabeça para baixo — Debbi sorriu, como se houvesse acabado de inventar a resposta.
Rápida, a jovem removeu a bolsa do corpo de Harry e voltou a colocá-la, dessa vez corretamente.
Sem querer compreender ou refletir sobre sua reação a pre¬sença da jovem sorridente, Hermione adiantou-se no instante em que a vendedora retrocedeu um passo. Colocar Sam na bolsa e ter certeza de que o anel de noivado brilhava bem diante dos olhos da jovem era uma tarefa mais que complicada.
— Perfeito — anunciou satisfeita depois de alguns segundos, forçando um sorriso na direção da moça. —Sam é a primeira menina na família Potter em... quantas gerações, Harry?
— Muitas.
— Todos estão encantados. Absolutamente todos. Não é ver¬dade, Harry?
— Oh, sim, é verdade.
A jovem olhou de Harry para Sam, e dela para o anel de Hermione. Em seguida suspirou.
— Que bom. Bem, se precisarem de mais alguma coisa, podem me chamar.
— Sim, nós chamaremos — Hermione respondeu satisfeita.
— Hermione, Hermione, Hermione— Harry balançou a cabeça assim que Ficaram sozinhos, os olhos iluminados por um brilho divertido. - O que aconteceu com minha secretária fria e distante?
— Não sei do que está falando — ela respondeu, virando-se para esconder o rubor que tingia seu rosto. — E agora, qual o próximo item da lista?
— Você.
— O... o quê?
Ele segurou seu braço com uma das mãos e empurrou o carrinho com a outra.
— Toda boa mãe, mesmo que seja temporária, precisa de um carrinho — riu. — Pensou que eu estivesse me referindo a outro tipo de prioridade?
— Eu... não, é claro que não! Sabia que estava falando sobre isso.
— Vejo que ainda não as esgotou.
— Não esgotei o quê?
— Sua cota de mentirinhas.
Com isso, ele dirigiu-se ao centro da seção, onde ficavam os carrinhos para bebês. Depois de experimentar dezenas de modelos e testá-los quanto ao equilíbrio, ao conforto e a resis¬tência, apontou para um carrinho duplo.
— Devíamos levar um desses.
— Por quê? Só temos um bebê — Hermione apontou.
— Mas com toda essa tralha que ela precisa ter por perto, poderíamos usar o outro assento como uma espécie de depósito ambulante.
Pensando bem, a idéia não era má.
— O que acha daquele ali? Você pode acoplar o segundo assento e transformá-lo em duplo, ou retirá-lo e torná-lo no¬vamente individual.
— Perfeito — ele concluiu, removendo a caixa correspondente da prateleira e colocando-a no carrinho.—Agora, vamos tratar de coisas sérias. Brinquedos!
Duas horas... e três carrinhos mais tarde, Hermione decidiu que era hora de pôr um ponto final nessa loucura.
— Isso é ridículo, Harry. O bebê não vai usar um décimo do que está comprando. É um desperdício!
— Não comece. Tudo que Carina e o bebê não puderem usar será doado a instituições de caridade. Relaxe e divirta-se. Gaste um pouco do meu dinheiro. Melhor ainda, gaste muito do meu dinheiro. Estou adorando tudo isso. E você?
— Também, mas...
— Então, nem mais uma palavra. Estou cansado da Hermione do escritório — murmurou. — Mande-a para casa e chame a outra para vir brincar. Aquela que usa vestidos verdes, calças justas e suéteres macios, e que tem lindos olhos castanhos. Estou louco para conhecê-la melhor.
Ela balançou a cabeça, apavorada. Todas as mentiras que criara estavam desmoronando, e logo estaria completamente exposta. Não queria nem pensar no que aconteceria então...
Felizmente, Sam acordou de seu cochilo e encerrou a con¬versa, anunciando que era hora da mamadeira e da troca de fraldas.
— Pode me dar a sacola de fraldas e uma mamadeira, Harry? — Hermione pediu, retirando o bebê da bolsa.— Vou cuidar dela enquanto usa seu cartão de crédito.
— Já verifiquei, e há um microondas no refeitório dos fun¬cionários. Eles disseram que pode usá-lo para esquentar a ma¬madeira de Sam. Irei encontrá-la assim que terminar de colocar essas coisas no carro.
Hermione olhou para os carrinhos lotados e riu.
— Agora sei por que toda grande família tem aquelas ca¬minhonetes imensas.
— Caminhonete! Sabia que estava esquecendo alguma coisa. Vamos ver... Acho que vi uma bem interessante na seção dos jatos.
— Engraçadinho! — Ela riu, afastando-se com Sam nos braços.
Para sua surpresa Harry foi encontrá-la minutos mais tarde. Os funcionários haviam se encarregado de levar os objetos me¬nores até o carro, e entregariam o restante em sua casa antes do final do dia. Quando Hermione terminou de cuidar de Sam, o automóvel estava carregado e pronto para partir. Dinheiro e charme... o que não se pode conseguir com essa combinação?
Depois de acomodar Sam em sua cadeira, Hermione prendeu o cinto de segurança e suspirou:
— Preciso voltar ao trabalho para poder descansar.
— Poderá descansar esta noite. Convidei meus irmãos para jantar, e terá algum tempo de folga enquanto eles estiverem em casa, brincando com Sam.
— Eles já sabem sobre o bebê?
Harry ligou o motor e saiu do estacionamento.
— Pensei em surpreendê-los. Assim compreenderão melhor a importância de conservarmos essa informação em segredo até a volta de Alexander e Carina.
— E seus irmãos sempre atendem seus chamados ime¬diatamente?
— Eles já descobriram que só têm a lucrar concordando comigo.
— Por que é o mais velho?
— Sim, e porque sou o chefe deles na empresa. O que detém e puxa os fios...
— O que determina o ritmo?
— Pode usar quantas metáforas quiser, mas o significado será sempre o mesmo.
Uma observação acurada. Se fosse esperta, também trataria de lembrar quem impunha o ritmo de acordo com o qual dançava... e quem detinha os fios da marionete de seu sonho, a Baby Dream.
— Hermione! A campainha! Pode abrir, por favor? Estou termi¬nando de trocar a fralda de Sam!
Sorrindo, Hermione abriu a porta e encontrou os quatro irmãos de Harry no corredor.
— Dez dólares como são boas notícias.
— Quinze como são péssimas notícias.
— Vinte como ele vai dizer que ficou noivo.
— Harry? Aposto vinte e cinco libras como está enganado. - A porta do outro lado do corredor abriu-se e a Sra. Bumgartle apareceu na soleira.
— O que é isso? Quem está apostando?
— Olá, Sra. Bumgartle — os quatro responderam em coro.
— Não me venham com esses sorrisinhos cínicos. Apostar é ilegal neste estado, sabem?
— Era só uma brincadeira — Michael garantiu. — Estamos apenas tentando imaginar o que Harry está pretendendo.
— Podem ter certeza de que não é coisa boa — ela disparou.
— E agora, parem de falar em voz alta no corredor, ou vou chamar o síndico — e bateu a porta.
— Os cavalheiros não querem entrar?
— Oh, olá, Hermione— Michael cumprimentou-a, aceitando o convite. — Está acontecendo algo de especial?
— É claro que sim! — Os gêmeos, Marc e Stef exclamaram em uníssono.
— E essa não é aquela Hermione gorda do escritório — Rocco percebeu, piscando para ela com o bom humor de sempre. — Há mais alguém aqui?
— Só Samanta.
— Samanta? — Rocco estranhou. — E ela é bonita?
— Linda. Cabelos escuros, curtos e brilhantes, grandes olhos castanhos, um sorriso capaz de derreter o coração de um homem das neves e...
— E? — Michael interessou-se.
— Covinhas. E no corpo todo! — Quatro pares de olhos chocados cravaram-se em seu rosto e, rindo, ela os levou à sala de estar. — Querem beber alguma coisa?
— Vamos lá, Hermione— Stef implorou. — Fale de uma vez! O que está acontecendo?
— Não posso dizer mais nada. A história pertence a Harry e...
— A Alexander, para ser mais exato — Harry corrigiu da porta. A expressão dos quatro irmãos Potter teria valido uma fotografia. Variando da surpresa ao choque, todos olharam no mais absoluto silêncio para a criatura encantadora nos braços do irmão mais velho. Michael foi o primeiro a recuperar-se.
— Essa é Samanta, a tal das covinhas, suponho.
— Ela é... sua? — Rocco perguntou incrédulo.
— É filha de Alexander — Harry explicou. Marc estalou os dedos.
— De Alexander e... como é mesmo o nome dela? A estudante estrangeira por quem ele estava maluco. Carina! Sim, é isso? Aposto que os pais dela ficaram furiosos quando souberam sobre o pequeno incidente.
— Você conheceu Carina? — Hermione surpreendeu-se.
— Só a vi uma vez, e muito rapidamente. Alexander tratou de levá-la embora antes que eu a conquistasse.
— O que acham de prepararmos o jantar enquanto eu conto todos os detalhes? — Harry sugeriu.
Minutos mais tarde, todos os Potter estavam reunidos na cozinha, trabalhando como uma orquestra bem afinada. Hermione observava da porta, admirada com o entrosamento da família e com o carinho que todos demonstravam pela sobrinha. Sam passava de colo em colo, absolutamente feliz. Já estavam terminando quando Stef comentou:
— O que aconteceu com a nossa querida Hermione? Passou por um regime relâmpago?
— O noivo dela a obrigava a andar como um saco de batatas. Não sei por que Will-William insistia em escondê-la sob um disfarce, mas vou descobrir — Harry prometeu.
— Um disfarce? — Rocco perguntou, aproximando-se dela com um brilho malicioso nos olhos.
— Exatamente. E como hoje é uma noite de comemoração, e não precisamos mais desse disfarce tolo... vá mudar de roupa, Hermione, enquanto arrumamos a mesa. Ponha o vestido verde.
Pelo tom de voz de Harry e pelo brilho determinado em seus olhos da mesma cor do vestido, Hermione compreendeu que o que parecia um pedido era, na verdade, uma ordem.
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Comentários (1)
Realmente a sua Fic e de+ amei,por favor continue escrevendo.
2011-07-14