O amanhecer
Título: Sine qua non
Desafiada da vez: Yasmin (Mione-Potter-love)
Desafiante: Luma (Black)
Shipper: Harry e Hermione – (com outros shippers, sendo estes secundários)
Classificação: PG-13 (?)
Gênero: Romance / Humor (pitadas)
Spoilers: Do livro 1 ao 6; Uti Possidetis
Status: Em andamento
Idioma: Português
Observações: Longfic.
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III Proposta
Sine qua non
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Na.: Desculpem a demora, depois de uma curta viajem de “férias”, mas para estudar que para me divertir... Estou de volta e com conjuntivite! Não, não é agradável. Não posso ficar muito tempo no pc. Na verdade, nenhum tempo. Mas o faço mesmo assim...
Sem demora, postando (finalmente!) o capítulo 4 pra vocês, espero que divirtam-se e comentem, bastante.
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Capítulo 4 – O amanhecer
-- Dezesseis anos atrás (sob a perspectiva do casal) --
30 de Junho
2:40 da manhã, residência Potter.
“E eu posso até imaginá-la” a morena suspirou. “De bruços na cama, os cabelos soltos e com uma confortável camisola. Tem a face ponderativa. Está pensando em mim?” Hermione fitou intrigada o diário a sua frente. “Eu a conheço melhor que qualquer outro” as palavras apareceram antes que ela indagasse a si mesma como Harry poderia saber de tudo aquilo. “Agora você franzi o cenho, intrigada. ‘Como ele posso saber?’” Hermione sorriu. “Oh, eu adoro esse sorriso”
- Harry.
Hermione mordeu o lábio inferior, ainda fitando seu diário.
O som da risada dele foi ouvido. E um pequeno sorriso surgiu nos lábios da jovem mulher, antes dela erguer os olhos e se deparar com Harry. Ela se pôs sentada ao instante, na cama. E seus olhos não se deixavam.
Harry ainda estava com a capa de viagem, a alça da bolsa de viagem em seu ombro. Encontrava-se encostado à porta, fitando-a com um sorriso, em suas mãos, o diário permanecia aberto, a pedrinha vermelha brilhando em seu peito.
Ficaram incontáveis minutos apenas fitando-se. O sorriso dele embalando-a e o ar surpreso dela, aquecendo-o.
Ele largou a bolsa com um barulho surdo no chão, fechou o diário calmamente e o depositou sobre uma penteadeira ao seu lado, fechou a porta atrás de si. Então caminhou ao encontro dela, e Hermione deu um grito de alegria, saltando da cama.
Ela saltou ao encontro dele e Harry a susteve no ar. Os braços e pernas da morena o enlaçaram e ela enterrou seu rosto no pescoço dele fechando os olhos, aspirando seu cheiro.
-Senti tanto, tanto sua falta, Harry... – murmurou enchendo suas mãos da capa dele, respirando profundamente sua essência. – Mal posso acreditar que esteja em meus braços, agora.
Harry afastou seu rosto um pouco para olhá-la, as duas esmeraldas dele vagando por cada recanto da face dela. – Minha – disse apenas sorrindo. – Minha - e ele deslizou o dedo polegar por uma de suas sobrancelhas, bochecha e ao chegar ao seu queixo, o ergueu levemente ao seu encontro. Os olhos dele escureceram e se expandiram ao estar bem próximo. – Meu amor – seus lábios se tocaram enquanto ele pronunciava e não se afastaram.
Ofereceram um ao outro seus lábios, a saudade, o carinhoso que detinham, num beijo lento e explorador. Com delicadeza e doçura. Sem pressa, deixando a saudade se esvair com o contato.
-Também senti saudade, nena - ele beijou a ponta de seu nariz, mordiscando-o em seguida. Hermione riu, deslizando no corpo dele, voltando a estar em pé.
-Por Deus, você deve estar exausto – comentou, ao retirar a capa dos ombros dele, com sua ajuda. – Sente fome?
-Eu comi no acampamento antes de vir – contrapôs encolhendo os ombros.
Hermione torceu o nariz afrouxando sua gravata, logo após pôr a capa dele sobre uma cadeira ao canto do quarto. – Sei que odeia aquela comida, e com razão. É horrorosa. Eu posso fazer um...
Ele negou com a cabeça. – Não sinto fome, Mione. Não se preocupe.
Mas ela se preocupou, encarando-o ao morder os lábios. – Venha comigo, você precisa descansar – sem mais, ela o puxou suavemente consigo, para uma porta adjacente à penteadeira.
Era um banheiro espaçoso e elegante todo nas cores marfim, ébano e prata, que com um movimento da varinha de mulher, ficou iluminado.
Hermione foi ao encontro da banheira e ligou as torneiras, voltou-se para Harry e, sorrindo, a morena se prestou a despir o marido calmamente. Retirando por fim sua gravata.
Ela se ajoelhou e o descalçou de seus sapatos e meias, retirou seu cinto e abriu o botão e fecho de sua calça e a retirou. Se ergueu e desabotoou cada botão da camisa dele, despiu-o dela e retirou a camiseta que usava sob esta.
Deslizou sua mão por toda extensão do seu torso, beijando seu peito. Harry a puxou para si e aproximou sua face da dela até que suas testas se tocassem, ele sorriu sob o sorriso dela e perpassou a boca sobre a da esposa antes de beijá-la com sede e ardor. Hermione o correspondeu com voracidade.
Gemendo, Hermione sentiu os lábios de Harry alcançarem seu pescoço enquanto suas próprias mãos perdiam-se no corpo dele, em seus cabelos, em suas costas.
Ela os encaminhou para mais próximo da banheira e com um sorriso Harry a ergueu em seus braços. Antes que Hermione pudesse protestar, Harry entrara na banheira com ela vestida. E no momento que havia se libertado da surpresa, Harry a estava beijando, retirando por fim sua camisola.
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Click.
Harry acordou bêbado de sono, pela manhã. Encontrava-se de bruços na cama e sentiu vagamente um peso às suas costas, mas não deu importância ao momento.
Click.
Franzindo o cenho, ele se voltou para o lado bem a tempo de outro “click”. Hermione o observava com um sorriso e uma máquina fotográfica nas mãos; ela fez um gesto com uma das mãos sobre o lábio, de silêncio. – Não se mova – murmurou, ao se abaixar na altura dele, beijando-lhe os lábios rapidamente.
Click. Click.
-Hermione - chamou rouco de sono.
Ela riu – Só mais uma, Harry. Eu prometo. E não se mova.
-Não me movo – murmurou fechando os olhos, cochilando.
-
Harry abriu os olhos espantado segundos depois, sentindo uma respiração em suas costas e, definitivamente agora, ciente do peso sobre si. – Mas o --?
Hermione o impediu de se erguer, ela se encontrava ao lado da cama. – Quietinho, senhor Potter – ela murmurou com uma mão sobre sua nuca, fitando-o. – Sabe? Chloe acordou bem cedo hoje... – disse bem a tempo de uma mãozinha escorregar para o lado, sobre os ombros de Harry. O homem fitou a esposa, com surpresa. – É, meu amor, parece que ela não gosta de dormir sozinha em seu berço. – Comentou divertida. Harry riu, afundando o rosto no travesseiro para se silenciar.
-- Flash-back --
Eram umas quatro horas da manhã quando Chloe se moveu em seu sono e instantes mais tarde abria os olhos, ainda sonolenta.
Fitou o teto até que se ergueu em seu berço e olhou a sua volta, sorrindo ao deixar cair seus olhos sonolentos sobre um ursinho de pelúcia branco e com uma gravatinha azul; sentado junto a outros tantos numa estante mais afastada do berço.
-Bu-bu – ela chamou estendendo a mão, e movendo os dedinhos para fora do berço. – Ati! Buu-buu! – insistiu, franzindo o cenho. Sob uma força estranha, o ursinho levitou ao seu encontro e quando Chloe o apertou entre seus braços, parecia satisfeita consigo mesma.
Instantes depois, com o braço de Bu-bu firmemente seguro em sua mão, a menininha voltou a observar com curiosidade o quarto com seu grande par de orbes verdes, não havia ninguém lá.
A moreninha se atrelou às barras do berço e tentativamente jogou o ursinho para fora, ele caiu no chão. Segundos depois, era a vez dela de sair do berço; com uma ajudinha de magia, ela chegou ao chão muito mais suavemente que Bu-bu. Pegou o ursinho com uma das mãos, arrastando-o pelo chão enquanto se encaminha para a porta aberta e esfregou os olhos sem esconder um bocejo, com a outra ainda com bu-bu.
-Mom! - Quase cambaleante, se dirigiu para o outro quarto.
Foi ao encontro da cama, subiu na pequena “poltrona” em frente a ela com certa dificuldade e engatinhou pela cama. Até encontrar um corpo, sentindo a familiaridade do cheiro, a garotinha subiu nele e se deitou, aspirou o perfume e caiu no sono ao instante, ainda sem largar bu-bu.
Harry suspirou em seu sono, deslizando a mãos pela cintura da esposa.
-- Fim do flash-back --
Nas fotografias que Hermione tirara, estavam Harry e Chloe dormindo. A garotinha sobre as costas do pai.
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-- (SQN) --
Era cedo e Harry já havia revisando vários relatórios em seu escritório, no ministério da magia.
-Senhor Potter, há alguém que deseja vê-lo.
O homem franziu o cenho, mas não chegou a retrucar. Do outro lado da sala a resposta veio. – Eveline, o senhor Potter está ocupado e pediu que não fosse incomodado.
Eveline, secretária de Harry a mais de dez anos, ignorou o comentário e continuou fitando Harry. – Tenho certeza, senhor, que para esta pessoa em especial, não estará ocupado a ponto de deixá-la esperando.
O moreno confiava absolutamente na mulher que o fitava e assentiu com um sorriso. – Mande-a entrar, então, Eveline.
-Mas senhor Potter, eu devo dizer que...
-Por favor, senhorita Dots, jamais tome minha palavra – ele a repreendeu em tom severo.
-Sinto muito, senhor – ela murmurou baixando a vista, novamente para sua mesa.
-Já deveria ter aprendido que não se deve interpor às palavras de um superior – ele continuou.
-Sim senhor.
Harry suspirou. Joanna Dots era sua mais nova estagiaria, tinha vinte anos e uma das mentes mais astutas que já observara. A estaria treinando nos próximos três meses para que pudesse se tornar uma auror. A garota era brilhante, mas, algumas vezes, tinha dificuldade em fechar a boca.
Instantes depois, Hermione entrava na sala com um ar sóbrio e profissional – como sempre fazia quando precisava tratar de missões e assuntos que diziam respeito ao trabalho com o marido - mas Harry, ainda assim, a observou fixamente como se estivesse a ponto de pular ao encontro de uma presa, sua presa, Hermione.
Ela ergueu a sobrancelha, mas um pequeno sorriso surgiu em seus lábios, para quebrar o ar profissional dela.
-Bom dia, Senhor Potter – cumprimentou muito seriamente, cheia de impassividade.
-Como vai, senhora Hermione – não era admitido que a tratasse por “senhora Potter”. – Dormiu bem?
Hermione não pode conter o riso. – Por Merlim, Harry – disse em tom de repreensão.
-O que? - Ele indagou inocentemente, fitando-a com aqueles orbes verdes que brilhavam enquanto perpassava por seu rosto e discretamente por seu corpo, como uma caricia. – Foi apenas uma pergunta cordial...
–Sim, cordial. – A mulher expirou e riu mais uma vez. Antes de fitá-lo como a respeitável senhora Hermione, chefe do departamento de mistérios. – Preciso que dê uma olhava nestes nomes para mim, alguma coisa simplesmente não bate – comentou dirigindo-se a sua mesa.
Harry achou que a saia a qual decidira vir hoje ao trabalho ficava muito bem em sua esposa. Ele não pôde ouvir praticamente nada quando os quadris dela moveram-se de um lado a outro enquanto se dirigia a ele. O homem a fitou, Hermione sorriu educadamente, mas... havia algo mais. Ele franziu o cenho, o modo como andava, a roupa que escolhera, o tom de voz que utilizava... Ela parecia querer provocá-lo. Ele pensou que estava dando muito certo.
-Senhor Potter, se preferir, eu posso o fazer – as palavras quebraram o contato visual de Harry e Hermione; eles seguiram a voz.
Hermione sorriu ao fitar a jovem. – Oh, olá senhorita Dots - a jovem assentiu apenas, devolvendo o sorriso; sempre se sentira intimidada com a presença marcante de Hermione.
-Como tem sido o trabalho com o senhor Potter? Ele é bem exigente não é?
A jovem tornou a assentiu. – Tem sido muito gratificante, eu tenho sorte por tê-lo como meu “tutor” - Ela era linda, ruiva de olhos cor de mel, toda curvilínea e, pelo jeito, tinha uma paixonite pelo chefe; a mulher não deixou passar o olhar de adoração que a garota dispensava ao moreno. Hermione ergueu a sobrancelha, mas simplesmente sorriu.
-Tenham um bom dia.
-Só era isso? Quanto aos nomes? – Harry indagou, tratando de adiar a partida dela.
-Acredite em mim, senhor Potter, isso tomara boa parte de seu tempo - ele assentiu, olhando por um instante o pergaminho a sua frente, uma lista com cerca de vinte e cinco nomes.
–Almoça comigo?
-Eu precisaria ver minha agenda – ela comentou zombeteira. – Além do mais, senhor Potter, deveria saber que não são permitidos relacionamentos entre funcionários no horário de serviço – acrescentou.
-Se supõe que o horário de almoço não se enquadra nesta regra.
-Oh – ela fingiu ponderar. – Se é assim... À mesma hora? - Harry sorriu meneando a cabeça. Hermione se encaminhou para saída outra vez com aquele balanço hipnotizante, deixando Harry segui-la com o olhar;
-Ah, e para sua informação – ela o fitou por sobre os ombros, com um sorriso arguto e sensual. – Eu dormir muito bem.
Harry voltou ao trabalho com um sorriso estranho que não se apagou por todo o dia.
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Hermione se despediu com um agradecimento a Eveline. Satisfeita consigo.
Se achava que ela iria simplesmente desistir, estava redondamente enganada. Ela descobriria quem era a sem-vergonha e depois de acabar com ela, decidiria o que fazer com Harry.
E podia imaginar o qual ruim amante era a que Harry encontrara, porque podia sentir o olhar dele sobre ela todo o tempo que estivera em sua sala. Não era algo que ele poderia fingir. Os olhos dele a tocavam e acariciavam, ele sorria sensualmente para ela e com suas palavras, a fazia sentir-se amada.
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(continua)
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Josy, é eu sei ^^. Na verdade, "enluquecer" era quase exatamente o que eu queria.
Será? Será que é importante? heuehuehuehueheuehue
O Harry está mesmo estranhando, principalmente porque, coitado, não sabe de nada e nem está aprontando nada - ou quase nada...
Eu demorei bastante, mas houve alguns imprevistos, livros que eu tive de ler, viagem. Etc.
Espero que curta o capítulo!
Mia Rolim, fico feliz que tenha aprovado a idéia. Espero que continue acmpanhando! xD
Quanto ao Harry, não é só isso, ele está reseoso por saber que a morena está escondendo algo dele... Beijo!
Mania de Potter, fico feliz que tenha gostado! Isso, quanto o que aflige Mione, só mais tarde. xD
Obviamente que, como ciumenta mor, suas "razões" podem ser meio deturpadas, mas veremos... rsrsrsr
A surpresa dele é isso, uma surpresa. Não irei estragar^^.
Espero que tenha curtido a att.
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