Sobre família e segredos (desc



Título: Sine qua non


Desafiada da vez: Yasmin (Mione-Potter-love)


Desafiante: Luma (Black)


Shipper: Harry e Hermione – (com outros shippers, sendo estes secundários)


Classificação: PG-13 (?)


Gênero: Romance / Humor (pitadas)


Spoilers: Do livro 1 ao 6; Uti Possidetis


Status: Em andamento


Idioma: Português


Observações: Longfic.




III Proposta


Sine qua non


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Capítulo 8 – Sobre família e segredos (descobertos)


(Parte 1)


-- Treze anos atrás --


Por todos os deuses, a hora do banho era sempre assim: barulhenta e muito, muito molhada – sem desejar ser redundante, já o sendo - Mesmo para você, que não pretende “tomar banho” e sim dá-lo.


Da próxima vez, utilizaria o Accio. Estava decidido.


Hermione estava de bochechas coradas, totalmente descomposta e, ainda assim, não conseguira enfiar Marcus e Anthony dentro da banheira. Nem mesmo com patinhos que grasnavam de verdade. Grasnavam!


Em nome de Merlim, ela enfeitiçara as bolhas para terem diversas cores e havia soldadinhos marchando de um lado a outro à borda da banheira, mas seus porquinhos sequer se ilusionaram com as pequeninas armas de brinquedo dos soldados em miniatura que soltavam pequenos fogos de artifício.


A mulher suspirou desanimada olhando para si, no momento sentia-se velha e desengonçada demais para correr atrás daquelas duas baterias ambulantes - Só isto para explicar a disposição dos gêmeos –, ainda mais com este seu barrigão, ainda que faltassem meses para dar a luz ao mais novo membro dos Potter – Harry e ela decidiram saber somente na hora do parto se tratava-se de um garotinho ou uma garotinha - parecia que iria explodir a qualquer instante.


Ao se olhar no espelho experimentou uma sensação desagradável, quase como se estivesse deprimida. Oh meu Deus, sentia-se repulsiva! Como Harry podia beijar e dizer que amava profundamente uma criatura assim?


Seus olhos estavam marejando e ela se sentiu ainda pior ao saber que estava preste a cair no choro.


São os hormônios. Hormônios, Hermione. Não faça drama.


Estava cansada de chorar; mordeu o lábio inferior e desviou a atenção do espelho ao momento de ver a porta se abrir.


-Olha o que eu encontrei, perdidos no jardim.


Hermione suspirou fitando com admiração a Harry que tinha agarrados em cada um dos braços, Anthony e Marcus - ambos catastroficamente imundos, da cabeça aos pés, e sorridentes – Seu marido havia novamente alcançado os pequenos em tempo recorde.


Deixando-os no chão, Harry foi ao seu encontro e com um sorriso suave, lhe dispensou um beijo carinhoso em seus lábios. Hermione esqueceu que sentia-se horrorosa e deprimida, assim como de todo o resto enquanto enchia suas mãos com a camisa de Harry e o aproximava de si.


Os menininhos davam risada observando-os e Hermione sorriu afastando-se, para encontrar seus filhos ainda rindo. Harry deslizou seu rosto para o pescoço dela e percorreu o nariz naquela área sensível abaixo da orelha, fazendo com que uma pequena corrente elétrica perpassasse por todo seu corpo.


-Nena – ele estava rouco e Hermione estremeceu novamente. – Você é tão linda - Harry a fez encará-lo, para repetir:


Tão linda.


A morena mordeu o lábio inferior e Harry expirou observando como hipnotizado seus lábios. – Hermione, amor, não faça isso, ou sou eu quem precisará daquela banheira. A exceção de que ela deverá estar gelada. Muito gelada – acrescentou tocando sua testa com a dela.


A mulher riu, erguendo-se na ponta dos pés para enlaçar o pescoço do marido e, trazendo-o para si, beijá-lo.


Cinco minutos e a lembrança vaga sobre duas criaturinhas que precisavam urgentemente de um bom banho. Harry e Hermione se entreolharam, já dispostos a procurá-los novamente.


Não foi necessário.


Derrubando os soldadinhos que Hermione conjurara e utilizando os patinhos como botes salva-vidas, Marcus e Anthony – nus em pelo – encontravam-se na banheira, entretidos na brincadeira de “salvamento”.


Hermione se perguntou se nenhum de seus filhos “puxaria” a ela; já que tudo que faziam tinha o intuito, o objetivo, de “se passarem por” – bancar os - heróis.


Bem, ela sempre tivera mesmo uma quedinha por heróis que precisavam de uma mãozinha de vez em sempre - a mulher sorriu ao pensamento, observando de soslaio a Harry.


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----- (SQN) -----


-Ok, conte-me tudo – era um tom imperativo.


E eu lhe lancei um olhar inocente. – O quê?


-Corta essa, Tony – falou secamente, postando-se a minha frente à mesa. Eu estava a surrupiar mais um belo pedaço de torta de abóbora, na calada da noite. Estou em fase de crescimento, me processe.


-Do que você está falando? – eu arregalei meus lindos olhos verdes e o fitei com meu melhor olhar de “quem, eu?” que aperfeiçoei em anos de detenção.


Não colou.


-Você acha que sou idiota ou o quê? – indagou com um tom exasperante de voz. Esse sabe-tudo intrometido.


--


Abre parênteses.


Veja, Marcus é o irmão gêmeomais novo” – dois minutos, ele ainda acha que não é uma diferença significativa! – e, mesmo assim, acha que é o mais apto a resolver problemas; já que, de cada 10 confusões, no mínimo 6 se iniciam diretamente por mim (2 indiretamente...).


Acho que tudo vai piorar agora que vai ser monitor – como pode ser possível? Meu irmão, um monitor! Só pode ser castigo.


Enfim, o que importa é que Marcus é mais responsável, um chato – por assim dizer – enquanto eu, bem, eu me divirto.


De toda forma, meu irmãozinho consegue pressentir desastres de longe – anos de prática; é, meus amigos, meu irmão não é esse anjinho que pensam. Até o terceiro ano ele era um maroto tão promissor quanto eu.


Fecha parênteses.


--


Eu suspirei. – Não dá pra te contar, não agora.


-Eu não quero saber se você fez uma promessa a Deus e o mundo. Ou para a Chloe...


Merda! Meu olhar de “Como é que você sabe?” me traiu. Marcus ergueu a sobrancelha com o mesmo sorrisinho meio cínico e meio triunfante do papai.


-Estou esperando - ele parecia bem irritado e intimidador. Mas francamente, Marcus tem a mesma idade, altura e a minha mesma capacidade. Olho-o, examinando a capacidade de sucesso de uma fuga estratégica. Não é como se eu pudesse contar a ele, não é como se ele fosse desistir também.


Estávamos num impasse. Eu não estava disposto a ceder, tampouco Marcus.


Você sabe, Potter’s nunca desistem. Potter’s são teimosos, orgulhos e impacientes, nunca perdedores. E a perspectiva que um de nós perderia, não me agradava.


-Não pode me obrigar, Marcus.


-Eu sei – ele contrapôs num murmúrio. – Mas pensei que, de algum modo... – ele hesitou. – Sei que precisam de apoio, Tony, eu quero ajudar.


Desviei o olhar, porque, pra falar a verdade, eu estava com uma grande vontade de lhe contar tudo. Não importa se Marcus é um nerd cabeça-dura – convenhamos, cabeça-dura também o sou, afinal.


Nós nunca tivemos segredos. E apesar de termos, no momento, escolhido caminhos diferentes, ainda estamos um para o outro.


Ele sabe tudo o que fiz e deixei de fazer em Hogwarts – até compactuou com algumas das “invenções” -, sabia de todos os meus planos e até calculava para mim quantos dias de detenção eu ganharia com cada nova arte que fazia!


E eu, sempre estive a par de suas aquisições e – ainda que eu nunca em minha vida vá admitir uma outra vez – ele sabe que estou mais que orgulho por ele ter conquistado a monitoria.


Além de meu irmão, Marcus é o meu melhor amigo.


O que eu posso fazer?


-Escuta. Preciso falar com a Bu-bu primeiro – disse por fim. – É o que posso lhe oferecer agora.


-E se ela não concordar?


Eu sorri fracamente. Chloe deveria ganhar o título de “a criatura mais teimosa do universo” – Terá de usar o charme Potter – zombei. – Mas por via das dúvidas, comece a estudar arte das trevas, tenho pra mim que aprender um “imperius” seja muito menos cansativo e leve menos tempo que persuadi-la – acrescentei, num estilo de humor duvidoso e Marcus fingia ponderar, cheio de malicia.


Éramos nós novamente.


Somos bons separadamente. Mas quando estamos juntos, pensando, agindo e aterrorizando juntos... Batemos o recorde. Tanto quanto um certo cão e um certo cervo. Muito mais que magia avançada. Muito mais que laços consangüíneos.


Nós somos Os Caras.


Muito mais que uma humildade hipócrita. Somos excepcionais, e sabemos disso.


--


Harry fechou os olhos por fim, ainda que não pudesse conciliar o sono. Estava preocupado, havia algo que perturbava Hermione, e ele nem fazia idéia do que poderia ser.


O homem suspirou, movendo-se o mínimo possível para não incomodar a esposa. No momento, sentia-se como um intruso naquela cama. E o fato de Hermione não lhe contar o que lhe afligia...


Havia algo errado. E o moreno enchia-se de frustração por não estar ciente do que quer que fosse. Como poderia consertar algo que desconhecia?


E Hermione mais evasiva e esquiva não poderia ser.


Hermione não ignorava que Harry estava chateado. E que não conseguia dormir.


Experimentou algo que, anteriormente, sempre dera certo – tanto para si, quando para ele -, fingindo estar dormindo, a morena se voltou para Harry e se aconchegou ao seu corpo. Sentiu a hesitação do esposo em abraçá-la, mas logo as mãos de Harry a envolviam e sentia o inspirar dele sobre seu cabelo. Ele a apertou um pouco mais, quando fazia quando estava preocupado e logo relaxou, beijando suavemente o topo de sua cabeça.


Sentiu seu próprio corpo relaxar ao encontrar o dele e suspirou a contento.


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(Continua)


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Spoiler IdM:


-Accio Hagrid” heuheuheuehuehueheuhe.


Fim do Spoiler

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