Reflexão
Chegando à sua casa e ignorando totalmente o marido, ela se deitou e ficou olhando fixamente o teto.
- O que você ficou fazendo lá, Bellatrix? – Ele não desistia de questioná-la.
- Já lhe disse. O Lord das Trevas gostaria que eu fizesse um serviço para ele. - Ela respondeu falando devagar, ainda olhando o teto e sem se mexer.
- Que serviço seria esse, posso saber?
- Se você parar de me encher o saco pode.
- Certo, então diga de uma vez.
- O Lord das Trevas me pediu para terminar com o Black. Só isso.
- E precisava de tanto mistério só por causa do Black?
- Você que aumenta o drama das coisas.
- E você fez o... Serviço?
- Não, não o matei. Se for isso que você quer saber.
- Você fez o que com ele então?
- Digamos que... Brinquei um pouco com ele. – Ela sorriu, ainda olhando o teto.
- O que quer dizer com isso? – Ele franziu a testa.
- Nada. Mas já que você disse que ia parar de me atormentar, fique quieto um pouco. Estou exausta. – Ela se virou de costas para o marido, totalmente boquiaberto, e fechou os olhos.
Se conformar é tudo que Rodolphus podia fazer, então ele se deitou e hesitou um pouco. Chegou mais perto dela, e não recebendo nenhuma reação agressiva, dormiu.
Bella não dormia, pensava no dia surrealista que tivera: fora assediada por Greyback, um ser desprezível e nojento, por Voldemort, o que não era novidade (a novidade é que ela não permitiu uma aproximação dele)... E Sirius! E o mais chocante é que ela correspondera a isso de uma maneira natural. E Rodolphus então? Também não permitira nenhum tipo de intimidade dele, que era seu marido!
Primeiro: ela jamais permitiria qualquer tipo de contato com Greyback, isso já era demais! Segundo: apesar de sua fascinação por Voldemort, ela não o amava. E o dia de hoje a fez perceber o quanto suas relações com ele não saciavam nem seus desejos. Terceiro: ela não amava Rodolphus, apenas se divertia com ele. Mas também não tinha mais vontade de se aproximar dele. Apesar de saber que ele realmente gostava dela, ela não ligava nem um pouquinho. Mas... Com Sirius fora diferente, muito diferente. Ele não a tratava como um objeto, como ela sabia que Voldemort fazia. E ela também não entendera nada daquilo como uma diversão, infelizmente.
Mas ela estava disposta a continuar sendo a mesma pessoa fria e “desalmada” de sempre. Era melhor assim. Não iria desenvolver nenhum tipo de sentimento pelo primo que tanto odiava.
Porém, não seria mais brinquedinho de Voldemort. Acabou. Sirius a fez perceber o quanto tudo aquilo em sua vida era superficial.
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