Cap. 2 - O Acordo



Donnie fizera sua primeira vítima da noite: um coelho cinza. Sentada em um tronco, ela bebia seu sangue com gosto, não deixando nenhuma gota se perder. O pobre animal ainda se debatia, mas era inútil. Os braços da menina o apertavam com força, e já era tarde para tentar fugir. Donnie ouviu passos. Passos que se aproximavam cada vez mais dela... Até que...
- ora, ora, ora... – disse Belatrix desdenhosamente – o banquete em Hogwarts não estava bom hoje querida?
- vá pro inferno! – urrou Donnie, limpando o sangue da boca numa folha.
- tenha modos querida. – berrou Belatrix, apontando a varinha para a menina – e então? Já viu o Potter?
- sim. – respondeu Donnie sem olhar para a bruxa.
- ótimo, ótimo... Agora já sabe o que fazer!
- e o que eu devo fazer?
- vai matá-lo amanhã mesmo! Porém, o mestre mudou de idéia. Traga o corpo para cá, na floresta! Eu e Lúcio aparataremos junto com sua irmã, e então faremos uma troca. Você nos dá o Potter e nós devolvemos sua querida Lindsay, e fica tudo certo!
- para que vocês o querem morto?
- não interessa á você! Agora faça o que disse e ninguém sai ferido... Exceto o Potter, claro – e Belatrix deu uma gostosa risada de prazer.
Ouviu-se o latido de um cão que cada vez ficava mais alto. Belatrix deu uma última olhada em Donnie:
- faça ou morra! – e desapareceu.
Canino surgiu de trás de alguns arbustos, latindo descontroladamente. Donnie tomou impulso, e desapareceu no escuro, escalando as árvores com as grossas garras e logo, voando céu adentro.
- o que há Canino... O que você viu seu cachorro bobo?
Canino estava cheirando algo... Um animal morto. Hagrid se aproximou do cadáver e segurou um choro de pena.
- pobrezinho... Vamos enterrá-lo. – disse o grandalhão, tirando o coelho do chão com apenas uma mão.
Antes de enterrar, porém, Hagrid pode constatar o que matara aquele animal: e ficou muito assustado quando viu dois grandes furos em seu pescoço. Furos que só poderiam ter sido feitos por presas gigantes... Presas de vampiro;

Donnie finalmente voltara ao normal. As unhas estavam do tamanho habitual e os dentes tão perfeitos quanto antes. Ela entrou voando pela mesma janela da qual saíra e retornou o mais depressa possível para a torre da Grifinória. Quando chegou ao buraco do retrato, a mulher gorda perguntou:
- senha!
- como disse? – indagou Donnie, pega de surpresa.
- eu disse “senha”. – repetiu o retrato, agora mal-humorado.
Donnie congelou. Não sabia a senha. Nem mesmo prestou atenção quando o monitor chefe a disse na frente de todos.
- se não sabe a senha, não pode entrar – disse o retrato.
- mas eu...
- não pode entrar!
Donnie fechou a cara para a mulher – gorda... E agora? O que faria?
- parece que alguém ficou do lado de fora. – disse um rapaz de olhos verdes surgido do nada. A barriga de Donnie congelou: era Harry Potter!

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