Cap. 1 - Dentro de Hogwarts
A Maria fumaça finalmente estacionou na estação de Hogwarts. Logo o corredor do trem, até então deserto, ficou extremamente abarrotado de gente apressada para descer e novatos trêmulos com o que viria a seguir. Donnie cochilava á sono solto na ultima cabine, até que uma mão grossa a sacolejou até acordá-la. Ao abrir dos olhos, ela contemplou um belo sorriso maroto e uma cicatriz em formato de raio na testa do sujeito que a acordara.
- anda Lindsay, chegamos. – disse Harry, apertando o cachecol no pescoço. – é melhor se agasalhar mais, está bastante frio.
Donnie ficou observando Harry sair da cabine e seguir caminho com a garota de cabelos castanho claro e o garoto ruivo que o aguardavam do lado de fora. Donnie ouvira falar muitas vezes de Harry Potter, mas em nenhuma delas ninguém jamais disse que Harry era realmente um rapaz muito, muito bonito. Donnie ficou pensando em Harry durante todo o percurso para o castelo. Para seu azar, ela acabou pegando a mesma carruagem onde estavam Draco Malfoy e cia.
- este ano realmente será muito bom. Fiquei sabendo que uma tal Umbridge, uma velhota do ministério ira dar aula de Defesa contra as Artes das Trevas para nós. – disse Draco, meio sério.
- jura? – indagou Pansy Parkinson, fingindo deixar o queixo cair. – todos dizem que ela é um amor de pessoa.
- vai nessa, meu bem... – bufou Draco – meu pai disse que ela tem uma pena que, quando você escreve com ela, o que você escreve no papel fica gravado na sua pele, como uma cicatriz.
- UAU! – disseram Crabble e Goyle em coro
- tomara que ela se divirta muito com essa pena torturando o Potter! Detenções para ele é que não vão faltar! Não depois dessa de ficar espalhando pra todo mundo que Você – Sabe – Quem retornou!
Enquanto ouvia Draco e seus amigos destilarem veneno sobre a imagem de Harry pelas costas dele, Donnie só conseguia encontrar motivos para cada vez mais ficar do lado de Harry; e gostar dele também.
A Noite fora longa e cansativa... Desde a seleção de alunos até a hora de ir dormir, que era quando o castelo ficava mais movimentado e barulhento. Donnie entrou com os demais colegas na torre da Grifinória, e colocou seu malão embaixo da cama de sua irmã.
- Lindsay! – berrou uma garota ás costas de Donnie – que bom te ver...
Luna Lovegood correu até Donnie e a lhe deu um apertado abraço de quebrar as costelas. Quando finalmente tomou ar, Donnie tentou se manter o mais parecida possível com sua irmã.
- me conta! O que aconteceu de bom nas suas férias?
- er... Nada de mais. É. Não tenho muito que contar... E você?
- também não tenho muitas novidades... Como sempre fiquei pescando no lago perto da minha casa, ajudava meu pai com as colunas d’O Pasquim e ia todos os dias tomar sorvete no beco-diagonal. E bla, bla, bla...
As palavras de Luna entravam por um ouvido e saiam pelo outro. Por mais que tentasse se concentrar, Donnie só conseguia ficar com os olhos fitos no pescoço branco e suculento da garota á sua frente. Donnie se sentiu estranha. Aquele sentimento estava voltando novamente. O sentimento de fúria, selvageria, a vontade de beber um barril cheio de sangue.
- eu preciso sair! – berrou Donnie, empurrando Luna para o canto. Donnie saiu correndo do quarto das meninas, atravessou a sala comunal da Grifinória e saiu para os corredores da escola. Estava chegando a hora! Donnie estava se transformando em vampiro novamente. Suas unhas estavam enormes, as pressas cresceram desgovernadamente, e cada parte de seu corpo implorava por uma gota de sangue. Então avistou algo, um bicho, um gato... Ou melhor, uma gata, dando sopa bem ali no meio do corredor deserto... Madame Nora, fitando o estranho ser que mais parecia um morcego em forma de gente cada vez mais próximo, com a bocarra aberta...
- SAPEN LOVOTTICUS! – urrou Severus Snape, saindo de trás de uma armadura e lançando o feitiço de sua varinha negra. O Feixe de luz azul-claro atingiu o monstrengo em cheio no peito. Donnie foi lançada para metros de distancia e caiu com estrépido no chão.
Madame Nora disparou pela direção oposta. Com certeza estava indo chamar o Filch. Snape se aproximou do corpo inerte no chão. Donnie gemia de dor... Parecia ter levado um soco de um gigante no meio dos seios.
- aqui não, seu animal estúpido! Vá para a floresta! Tem muitos coelhos e raposas por lá! – disse Snape baixinho, mas deixando bem claro seu sentimento de raiva.
Donnie se pôs de pé de um salto e saiu voando pela janela mais próxima. Snape girou nos calcanhares e saiu rapidamente do corredor. Quando Filch chegou, para seu desapontamento, já não havia mais nada ali a ser visto. Então voltou para seus afazeres resmungando uma bela bronca a Madame Nora pela perda de tempo.
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