Epílogo
Tá aee, até que enfim *-* Tomara que gostem. E eu estou pensando em fazer uma continuação! (; Comentem, por favor! É mto importante! zõ/
Beijos e obrigada por estar comigo até hoje! ;*
Bárbara
11 Anos depois daquele acontecido, as cicatrizes ainda queimavam no peito de Hermione. Sua cabeça sempre doía de noite e a tarde, mais precisamente, às 15h da tarde. E, naquele dia, não seria diferente.
Hoje, ela comemoraria a viagem para Hogwarts de seu filho, Harry. E hoje também faria 11 anos desde que fora possuída por Bellatrix, 11 anos desde que havia matado seus melhores amigos... 11 anos que havia deixado, talvez, o único homem que amou de verdade.
Hermione sempre sonhava com com Draco a noite, sonhava com aquela única noite de amor que tiveram e que gerou seu tesouro mais precioso, em segredo: seu filho. Harry era seu nome porque seu melhor amigo se chamava assim. Seu melhor amigo que ela matou. Mas Harry, por outro lado, não lembrava nada do menino que sobreviveu. Seu filho era loiro, de longos cabelos lisos; seus olhos eram cinzas, exatamente como os de seu pai. O que, apesar de lindos, eram um mártir para Hermione sempre que os olhava.
Naquele momento, Hermione estava se vestindo para levar Harry Granger para a Estação King Cross, para pegar o Expresso de Hogwarts. Colocou suas vestes escuras, pois aquele outono estava muito gelado. Por baixo de seu casaco abotoado até o pescoço, estava vestindo uma blusa preta, justa, encantada, com uma serpente que se mexia avidamente mesmo depois de tantos anos. Hermione havia enfeitiçado a blusa para que ela não encolhesse nunca e também não desgastasse com o tempo. Para muito, seria só mais uma blusa, mas para ela, era algo muito mais valioso, como se fosse algo precioso. Foi a blusa que usou na noite em que deu seu primeiro beijo em Draco.
[...]
- Mamãe, mamãe! - Veio uma voz de fora do quarto, acordando Hermione de seu devaneio. - MÃÃÃÃE!
Hermione andou até a porta e a abriu, olhando para seu filho, um tanto baixinho, mas condizente com a sua idade.
- O que foi, Harry?
Ele olhou para Hermione com os olhos marejados de lágrimas, a face ligeiramente vermelha, corada.
- Eu não vou para Hogwarts.
Ela sorriu e se ajoelhou na altura dele; limpou suas lágrimas. Depois ajeitando a gola de seu casaco, também a abotoando até o pescoço.
- Meu amor... Fala pra mim o por quê você não quer ir para a escola.
- Eu não quero ficar sozinho naquele lugar horroroso, com pessoas horrorosas, com professores horrorosos... - Harry soluçou mais um pouco. - O Frank não fala, e eu odeio quadros, com quem eu vou falar? Vou ficar doido, mamãe!
Hermione riu. Frank era o gato que Hermione havia dado para Harry em seu décimo aniversário. Era uma homenagem ao elfo doméstico de Draco. Hermione não soube como explicar o porque para Harry, quando este questionou o nome, somente disse que lhe lembrava de alguém importante.
- Eu não disse que você não vai ficar sozinho? Você vai conhecer pessoas novas, e fazer novos amigos e, acredite, não tem como achar que todas as pessoas são horrorosas, sempre vai ter uma pessoa que é como você. - Hermione se lembrou de Harry e Ron... E de como sentia sua falta. Desde que fugira da casa de Draco depois de ser resgatada, não tinha mais noticia de Ron, a única coisa que ouvira, é que Ron estava em algum posto alto do Ministério, e isso era realmente bom.
- Vem, vamos descer e tomar café. Hoje... - Mais nostalgia tomou conta de Hermione e ela suspirou, pensando se encontraria algum conhecido lá na Estação. - Hoje será um dia cheio para nós dois.
Ela se levantou e colocou os longos cabelos de Harry para fora do casaco, deixando-os pendendo sob as costas do filho, destacando-se em meio as vestes extremamente negras. Pegou na mão do filho e o guiou escada abaixo, para a mesa, onde o café já estava pronto, feito pela elfa deles, a Yuffie. Desde que Hermione descobriu que estava grávida, começou a trabalhar, para ser rica, e dar o melhor para seu filho. E deu certo quando ela descobriu um emprego em uma indústria mágica que combinaria perfeitamente seu intelecto superior e sua beleza.
Supriu todas as necessidades de Harry. Menos uma. Seu pai. Hermione nunca escondeu de Harry sua história, nem quando foi possuída e nem quando matou seu amigo, cujo nome seu filho herdara. Mas Hermione nunca lhe revelara quem era seu pai, era totalmente contra segredos com seu filho, mas achava que isso, ele deveria descobrir sozinho, e Harry era muito inteligente, assim que fosse para Hogwarts iria começar a investigar. Hermione não temia nada, só a reação do filho, mas ela já estava preparada para lidar com isso.
Ao chegarem em King Cross, Hermione pegou o carrinho com as bagagens de Harry e foi empurrando, enquanto o filho caminhava ao seu lado, com seu gato siamês aninhado nos braços.
Harry andava de um jeito estremamente elegante, como se fosse um artista, ou uma celebridade, apesar de ser chorão, era muito galante.
Adentraram a grande Estação, lotada, com várias pessoas com vestes quentes e fechadas para se proteger do vento frio e gelado do outono tais como eles mesmos. Harry olhava encantado para todos eles, achando que nunca vira tanta gente junta em toda sua vida. Seu cabecinha já maquinava novas frases bonitas para falar para as mocinhas, mas sempre aparecia uma mais bonita que a outra, então ele ficava meio que desnorteado.
Hermione olhava em volta, procurando um rosto conhecido, depois daquele tempo todo, mas não viu ninguém, todos já deviam ter atravessado a barreira. Voltou seu olhar para Harry, que olhava em volta e passava a mão em Frank aleatóriamente, sem perceber. Havia um brilho em seus olhos que fez Hermione sorri, passando a mão em seus cabelos. O filho despertou de sua 'viagem' ao mundo novo das pessoas. Olhou para a mãe e sorriu, sentindo as bochechas corarem um pouco mais.
- Quantas pessoas, mãe... - Disse ele, mal se contendo, um sorriso encrispando-lhe os lábios.
- Tá gostando? - Perguntou Hermione, empurrando o carrinho de bagagem de Harry em direção as plataformas nove e dez.
Ao chegarem, Harry olhou curioso, mas ainda sim, passando ar de inteligencia - ele havia herdado isso da mãe.
- Plataforma nove três quartos, Expresso de Hogwarts, 11 horas. - Ele consultou seu relógio de bolso. - São exatamente des e quarenta e cinco, mamãe. Vamos ou nos atrasaremos.
Ele olhou para a mãe e sorriu, com os olhos cinzentos fixos nos seus. Hermione retribuiu o olhar e indicou a mão para a plataforma. Ela já havia dito tudo sobre Hogwarts ou a Plataforma para Harry, portanto ele sabia tudo o que se devia saber para seu primeiro ano na escola. Harry passou caminhando e sumiu na plataforma. Hermione se perdeu em seus pensamentos.
Se lembrou de seu primeiro ano em Hogwarts, de seu primeiro encontro cara a cara com Draco, e agora pensava se seu filho iria encontrar algum filho de Draco ou Ron ou Fred e George. Talvez sim... Ou não. Se deu conta que havia ficado para trás quando um lindo menino de cabelos pretos puxou a manga de seu casaco.
- Hm... Senhora...? - O menino era muito bonito e aparentava na mesma idade de Harry. - Com licença, mas a senhora... Senhorita, poderia se apressar? Eu preciso passar também.
Hermione sorriu, se sentindo um pouco idiota por estar ali na plataforma e atrasando as outras pessoas. Ela deu um passo para frente e depois olhou novamente para o menino. Ele lhe oestendeu a mão, aparentando ser extremamente educada.
- Prazer, senhora. Meu nome é Allexander Malfoy.
Automaticamente, Hermione estendeu a mão e apertou a mão do pequeno Allexander. Abriu a boca para dizer seu nome, ainda não prestando atenção em seu nome todo, só querendo atravessar logo a plataforma.
- Prazer, senhor Allexander. Meu nome é Hermione Granger. - E sorriu. - Bom foi um prazer, agora se não me apressar, é capaz de meu filho entrar no trem antes de nos despedirmos.
Allexander assentiu e deu passagem e Hermione passou com tudo, de encontro a parede entra as plataformas nove e dez. Mas, foi quando se deu conta de que havia acabado de se apresentar a uma...
- Malfoy...?
- Mamãe? - Perguntou Harry ao ver a mãe surgir da plataforma. - Tudo bem? Você demorou... Quem é Malfoy?
Hermione viu que estava na frente de Harry, do outro lado da plataforma. O filho a encarava com uma expressão ligeiramente irritada.
- Mããe... Hoje é meu primeiro dia em Hogwarts e você se atrasa.
- Desculpa, meu bem. Tive um pequeno devaneio ali, mas já melhorei. Vamos?
Hermione guiou o carrinho e levou Harry para o trem, onde o embarcou e se despediram.
Hermione acenava para Harry com o coração na mão. Ver seu único filho, seu único companheiro, sua única certeza, indo pra longe por alguns longos meses. Uma lagrima fina caiu de seus olhos, mas ela logo enchugou. Teria certeza que Harry estaria falando para si mesmo que ela estava fazendo um drama para uma coisa super pequena. Continuou acenando, quando ouviu uma voz conhecida e dolorida por perto. Ela interrompeu sua despedida e virou a cabeça em busca daquela voz.
Seu coração parou e voltou no tempo. Draco Malfoy estava ali parado, acenando para o menino que havia conhecido no outro lado da plataforma. O menino chamado Allexander. Então, ele realmente era um Malfoy... Draco acenava avidamente para ele, mas não parecia ter notado Hermione.
- Adeus, pai! Até as férias de Natal! - Gritava o menininho. Ela só pode ouvir o último grito de Harry bem ao fundo, quase sumindo:
- Eu te amo, mãe!
Ela se virou em tempo de ver a mãozinha de seu filho entrando na janela, e sumindo na curva da estação. Voltou seu olhar para onde estava Draco, e este agora a olhava. Havia dor em seus olhos, com uma mescla de tristeza e alegria e até um pouco de tristeza. Hermione foi andando até ele e Draco a acompanhava com o olhar. Nao objetou sua aproximação e tentou esboçar um pequeno sorriso quando ela já estava bem próxima.
Hermione sabia que não teria como se desculpar com Draco por tê-lo deixado logo quando ele lhe salvara a vida. Draco talvez a odiasse, mas ela queria passar aquilo a limpo. Não teria lugar nem tempo melhor do que ali e agora, na primeira vez que se viam em anos.
- Draco...
- Hermione...
Falaram ao mesmo tempo, se encarando, sem piscar. Hermione abriu a boca novamente, mas dessa vez quem falou foi Draco.
- Quanto tempo... - Um sorriso maroto escapando-lhe os lábios.
Harry estava sentado sozinho dentro do seu vagão no trem. Frank agora dormia ao seu lado e ele contemplava o céu de outono, girando a varinha nos dedos. Estava por demais pedido em pensamentos para perceber alguém entrando no mesmo vagão que ele e se sentando no banco da frente. Olhou de esguela e viu um menino branco de cabelos pretos olhando para ele sem disfarçar.
Harry apontou a varinha para o peito do menino e disse, entreabrindo a boca.
- De onde você veio, não ensinaram pedir licensa quando se entra em algum lugar já ocupado por outra pessoa? - O vento frio balançava os longos cabelos loiros de Harry. E seu tom de voz também era frio.
O menino olhou para ele e sorriu. Seu pai lhe avisara que pessoas assim poderiam aparecer, e que ele deveria ser o mais educado o possível. Ele estendeu a mão para Harry, aumentando o sorriso mais um pouco, seus olhos verdes brilhando a luz do sol da manhã.
- Desculpe. Meu nome é Malfoy. Allexander Malfoy. Desculpe a falta de modos.
Harry sorriu e apertou a mão de Allexander.
- Hm... Sem problemas. Achei que você fosse mais um desses insuportáveis sem modos. - E franziu o cenho, recolhendo a mão. - Primeiro ano?
Allexander assentiu. Também recolhendo a mão e pousando junto com a outra no colo.
- Também. Minha mãe me contou tudo sobre Hogwarts, ela era uma das melhores alunas. Era amiga de Harry Potter e Ronald Weasley. - Ele sorriu mais. - A propósito, meu nome é Harry Granger.
Allexander expressou uma espécie de surpresa, mas abaixou a cabeça e sorriu, de um jeito que só ele sabia.
- Granger, você é filho de Hermione Granger?
Harry olhou-o com curiosidade, esse menino era muito inteligente, ou pelo menos aparentava. E também era muito bonito. Uma das coisas que Harry aprendeu, era que se fosse cavalheiro com uma mulher, seria também como um homem. Ele pegou a varinha e voltou a girá-la nos dedos.
- Sim. Mas não sei como você sabe. E também não sei o nome dos seus pais.
- Ah, encontrei sua mãe na plataforma. - Allexander piscou para Harry. - Meu pai é Draco Malfoy, Granger.
Harry assentiu e voltou a olhar para fora. Foi quando viu que este poderia ser seu primeiro amigo. Sua mãe havia lhe dito que seus melhores amigos ela conheceu no vagão do Expresso de Hogwarts. Ele olhou novamente para Allexander e empunhou a varinha. De lá, saiu uma rosa vermelha que pulou para sua mão. Harry havia se tornado muito bom em feitiços não verbais com as aulas licenciadas que sua mãe lhe dava.
Ele se inclinou para Allexander e lhe entregou a rosa. Jogou os cabelos loiros para o lado e disse, com a voz carregada de charme:
- Só Harry, por favor.
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!