O Começo do Fim



Aew, Aew! Salve salve xD Heein, ta aí, como prometido e sem demoras. To trabalhando no 8 e 9 agora. E eu acho que tá ficando bom! *-* Quem tiver ideias, manda um e-mail pra [email protected] Obrigada por lerem! XOXO



E eis que chegava a hora, e ninguém havia percebido. Ninguém que importasse.

- Eu sabia... - Começou Hermione, falando sozinha, mas Harry, Draco e George prestavam atenção. - Quero dizer, eu presumi, estava muito na cara, e hoje eu tive certeza.
- Quando? - Draco não tinha mais aquele tom doce e apaixonado que tinha ao amanhecer. Sua voz era forte e destemida.
- Hoje no café. Ah, gente, por favor! - Ela estava com um sorriso cínico. - Vamos falar que ninguém percebeu Angelina olhando para Neville no café?
Draco olhava para Hermione pensando no pior. O fake de Harry havia lhe contado coisas que ele até então não sabia. Como, por exemplo, que Bella poderia voltar a hora que quisesse, porque Hermione já havia entregado o seu coração a coisas mais importantes que a razão.
Harry estava pálido, sem os óculos e sua expressão transpassava o rancor e o medo por Luna. Ele não a via já tinha tempo e não tinha idéia de onde encontrá-la. Mas em uma coisa ele tinha sua visão focada, como os outros: George.
- E Ron...? Cadê o meu irmão? - Perguntou George, se pondo de pé e segurando Angelina.
- Não sabemos, ele saiu com Lilá e não o vimos mais. - Respondeu Draco. - Mas eu acho que eles não saíram da Mansão.
- Não, não saíram. Estão no quartinho que...
Antes de Hermione pudesse terminar a sua frase, a atenção de todos foi desviada por um "BUM" e um grito de dor de furar os tímpanos. Saíram correndo em direção a origem do grito. Ele vinha do quartinho que Ron e Lilá estavam.
- Eu mandei você me falar onde ele está! - Berrava Ron para uma Lilá machucada e caída no chão. - FALA!
- Uon-uon... Eu fiz isso por nós...! - Outro feitiço saiu da varinha cortando o ar e dando mais um machucado para a coleção de Lilá. - Me perdoa...!
Harry interviu na cena, arrancou a varinha da mão de Ron e olhou nos olhos do amigo. Ron tremia da cabeça aos pés e o rancor estava desenhado em sua face. Suava muito e parecia pálido como ele mesmo.
- O que está havendo aqui? - Perguntou para Ron, que abaixava o braço e olhava para Harry com uma cara assustada.
- Ela... - Ele apontou para Lilá no chão. - Pegou... Luna.
Harry, no momento seguinte apontou a varinha para Lilá, e perguntou fingindo calma.
- Onde está a minha Luna?
Lilá riu.
- Não contei nem pro meu Uon-uon, vou contar pra vc, Potter?
- Ah... Vai sim.
- Então me faça contar.
Harry olhou para Draco e para Hermione. Draco se mantinha em pé ao lado dela, sério e com a varinha em punho. Já Hermione não: estava com a cabeça baixa e esfregava a testa.
- Aqui! - Exclamou George largando Angelina na mão de Draco. Apontou para a quina da parede, de onde surgia um pontinho branco, igual ao de um portal de luz mal fechado. - Eu sei o que é isso.
Apanhou a varinha e tocou no ponto. Ele se abriu e uma grande luz branca invadiu a sala e logo depois se apagou. Havia deixado alguém para traz. Havia deixado Luna para trás. A loira estava se levantando, tinha o corpo coberto de sangue e seu rosto estava inchado com grandes cortes e aparentava estar com um braço quebrado. Pelo visto, havia lutado mais que qualquer outro. Levantou e, "capengando", foi até Harry e o segurou.
- Amor... - Começou ela a falar. Mas não resistiu e desmaiou.
- Luna! Luna, Luna, Luna! - Harry segurava Luna e a sacudia. - O que houve?! Abre os olhos e me responde! Anda, amor!
- Ela tem que cuidar dos ferimentos, Harry. E dormir, ela vai ficar bem. - Explicou George. - É tudo efeito do portal isso. Leve-a pra cima e cuide dela.
Harry assentiu e pegou Luna no colo e saiu do quarto em direção as escadas. Lilá que aproveitou a distração dos outros tentou fugir, mas Hermione foi mais rápida e a prendeu com um Feitiço do Corpo Preso. E Lilá tombou no chão e caiu. Draco tomou a frente e disse:
- Agora, queremos respostas.
Ron olhou para Draco e acenou com a cabeça para ele sair. Draco entendeu e pegou Hermione e George pelos braços e os arrastou para fora do quarto. Ron fechou a porta e Hermione sabia que Lilá não sairia viva de lá.
- Vamos, meu amor. - Disse Draco a Hermione. - Vamos pra sala.
- Hm... Malfoy, eu posso subir e tomar banho? - Perguntou George.
Draco o olhou com um olhar desconfiado e não disse nada. Hermione ainda esfregava a testa quando disse:
- Pode ir George. - Ela sorriu e levantou a cabeça. - Obrigada por voltar.
George sorriu, era bom estar de volta. Ele foi subindo e desapareceu de vista.
- Draco... Minha cabeça está doendo e meu braço também. - Disse Hermione quando o barulho dos passos de George se distanciaram de tal modo que não se podia ouvi-los mais. - Eu... Eu estou com medo.
Draco a beijou, não importava se alguem chegasse ali e os visse. Não se importava o inferno que os visse, ele sentia que Hermione estava realmente com medo.
Desgrudou seus lábios dos de Hermione e acariciou sua face. Queria poder entrar dentro dela e arrancar a sombra de sua Tia Bella de sua amada, mas não podia. Não podia tentar a sorte e machucar Hermione. Isso nunca.
- Hermione, calma, amor... Eu to aqui.
- Draco... Eu não to conseguindo ficar em pé. - A dor em sua cabeça aumentou com uma rapidez quase anormal. - Desculpe.
E Hermione caiu, mas Draco a segurou a tempo. Não havia realmente desmaiado, mas estava gelada, como se seu calor tivesse sido sugado instantaneamente de seu corpo. Estava gelada e suando frio. Começava a ficar pálida. Seu suor começou a se multiplicar e a molhar a sua blusa.
" Está chegando a hora... Não será preciso desperdiçar o seu intelecto ou o seu corpinho. - Granger-Bellatrix, ou melhor, somente Bellatriz Lestrange começava a se manifestar. Sentindo que a sua volta não demoraria muito.
- Hermione... - Dizia Draco. - O que houve? Volta amor, eu sei que eu ainda não te perdi...
- Draco...?
A voz de Hermione foi como música dos anjos invadindo o seu ouvido.
- Her-Hermione! - Os olhos de Draco começaram a se encher de água. - Eu estou aqui, shh...
- Hermione estava deitada em seus braços, não se movia, mas estava fazendo grande esforço para poder respirar. Ela tremia e ofegava, mas algo em seu rosto conseguia deixar Draco mais calmo. Talvez fosse aquele meio sorriso torto que ela tanto se esforçava para dá-lo.
- Eu sei que você está aqui...
"Está chegando a hora, Granger..."
-... E eu quero que você saiba que...
"Agora não existe escapatória nem nenhum feitiço..."
Hermione colocou a mão no rosto de Draco, com as ultimas forças que lhe sobravam. Sua mão estava fria, macia e incrivelmente forte.
"... Que vai me impedir de voltar!"
Hermione sorriu.
- Eu te amo.
"O mundo pede a revolução! E chegou a hora de atender o clamor mudo dos seres!"
Sua mão foi caindo aos poucos, junto com as lagrimas dos olhos de Draco.
- Hermione? - Ele a sacudia com força, como se isso fosse trazê-la de volta. - HERMIONE!
"Adeus, dependência. Adeus, Granger. É tempo da Nova Era"
E Hermione, por fim, apagou. Dessa vez, não teria feitiço que a trouxesse de volta. Nem teria mais como depositar a força vital de Draco em Hermione. Não tinha como doar sua vida para uma pessoa já... Morta. A realidade o perfurava como milhões de agulhas e nenhuma delas fazia menção de ir mais devagar, nenhuma delas queria que ele se acostumasse com a dor, elas queriam que ele sofresse de uma vez. Uma dor que não oferecesse cura.
Draco segurava Hermione nos braços, chorava silenciosamente, suportando sozinho aquilo. Ela não podia ter morrido. Onde está aquela Hermione forte e inabalável que ele conhecia? Foi como se cada pedacinho do seu corpo se desgrudasse de sua amada. Ou ela estava se soltando dele. Draco levantou os olhos e viu que Hermione agora não estava mais em seus braços. Ela flutuava a poucos centímetros do chão e uma estranha aura escura parecia desprender dela. Aos poucos ela ia pousando no chão.
- Hermione...? - Draco se arriscou a perguntar, mas sabia que seria em vão. De qualquer jeito, não deveria não arriscar.
Hermione foi se levantando aos poucos e olhava o seu corpo com curiosidade. Olhava atentamente para as mãos, pernas, para tudo. Como se fosse a primeira vez que pudesse ver a si mesma. E parecia impressionada com tudo. Draco a observava com cautela, mas uma ponta de felicidade por Hermione estar viva. Ele pigarreou sem intenção, e isso chamou a atenção de Hermione para ele.
- Ah... Oi, Draquinho. - Hermione sorriu. Um sorriso mal e conhecido. Uma expressão manipuladora e feições vazias preenchiam o rosto de Hermione. Expressões tão conhecidas por Draco, tanto antes quanto depois de sua tia morrer.
Draco a olhou e, a partir desse momento, teve certeza.
A batalha pela nova era, a Revolta Magnífica, havia começado. E ele não podia mais pará-la.



- Então, Draquinho, não vou perder tempo com você. - Hermione sorriu. - Se prepare. - E rodopiou no ar e sumiu.




Ginny estava deitada em sua cama, seminua, ao lado de Neville. Os vários pensamentos lhe corriam a mente e atrapalhavam seus sentidos. Os outros estavam em seus aposentos, Paulette, Pansy, Goyle e... ele. Não tinha nada mais para se preocupar, além de Lilá e Angelina que a qualquer momento bateriam a porta da Mansão de Neville e dariam as notícias de que tudo saiu como planejado. Talvez até melhor.
tock tock
Ginny pulou da cama, envolta em seus lençóis cor de carmim e foi atender a porta. Não gostava de tarefas domésticas, mas queria ser a primeira a receber as boas novas.
- Bem vindaa... - Ela começou antes de ver a figura parada a sua frente.
Recuou alguns passos. Não havia como ela ter achado a nossa mansão. Só os comensais da nova era sabiam onde era. Ginny não tinha varinha, então não podia fazer nada, além de esperar ela atacá-la.
- Boa tarde Ginny, minha Rosa. Posso?
Hermione estava parada a frente de Ginny e segurava uma rosa branca. Sorria para Ginny e ainda mantinha aquela aparência má.
- Minha... Senhora? - Perguntou Ginny, mal contendo a alegria. A única pessoa que sabia da paixão de Ginny por rosas brancas era Bellatrix... E a única pessoa que a chamava de Rosa era também... Bellatrix.
- Posso? - Disse Hermione novamente.
Ginny deu passagem e Hermione passou.
- Deixe-me ver a sua marca, minha Rosa.
Ginny estendeu seu braço esquerdo e Hermione encostou o dedo indicador na Marca Negra que havia nele. A cobra se mexeu e as letras RM queimaram mais profundamente.
- Se prepare, meu amor. Teremos nosso mundo agora. - E pegou na mão de Ginny e a beijou. - Nosso.




- Certo. Obrigado por voltar, George. - Disse Harry.
George saiu da sala e subiu as escadas novamente. O interrogatório fora grande, mas agora ele sabia que todos acreditavam nele. Era o bastante para se sentir em casa novamente. Nada o deixava mais feliz.
- Luna, meu amor... - Começou Harry. - Você está melhor?
Luna estava mais limpa agora, mas ainda tinha feios cortes no pescoço e nos braços e seus dedos estavam enfaixados, como se os tivesse queimado.
- Sim. - Respondeu ela.
- E ele...? - Perguntou Harry indicando a barriga de Luna.
- Bem também. - Ela sorriu para ele. - E você?
- Acho que sim.
Sua resposta não a tinha convencido.
- Eu acho melhor você subir e falar com Malfoy. - O tom de Luna mudou de calmo para severo. - Sabe, por causa de Hermione. Não temos sido um exemplo de amigos. Talvez ele queira conversar.
Harry fez menção de falar, mas Luna fez um gesto e ele entendeu que era para ficar calado e escutar.
- Nem que seja pra discutir planos de batalha. Ele precisa de um amigo agora. Eu vou cuidar de Ron. Vá.
- Ok. - Foi a única resposta de Harry. Estava tentando ao máximo adiar essa conversa com Draco. Não queria ouvir as verdades que ele certamente diria.
Harry subiu as escadas e foi em direção ao quarto de Draco. Não bateu, foi logo entrando e encontrou Draco sentado na cadeira da mesinha contemplando o embrulho que os pais de Hermione haviam deixado para ela.
- O que você acha que tem aí? - Perguntou Harry.
- Não sei, talvez se Hermione estivesse aqui, ela pudesse abrir pra gente ver. - A resposta de Draco saiu em tom de acusação. E não passou despercebida por Harry.
- A gente não podia fazer nada. - Ela queria se manter firme. Estava cada vez mais difícil.
- Fale por vocês. Eu poderia ter feito alguma coisa. - Draco estava respondendo cada vez mais agressivamente.
- O que? Acabar com a sua vida? - E Harry estava começando a ficar a altura.
- Eu prefiro acabar com essa vida infeliz a ver a mulher que eu amo ser outra pessoa que pode destruir tudo que eu custei acreditar! - Draco se levantou da cadeira e agora transbordava fúria. - Pelo menos eu teria feito alguma coisa!
- Draco, calma. - Harry não queria brigar. - Eu sei... - É verdade, ele sabia do que havia feito. Ou melhor, não havia feito.
- Não vou me acalmar até que eladeixar Hermione! - Os berros de Draco estavam altos demais.
- Então vamos à luta! Também não gostei de ver a minha amiga daquele jeito e...
- Mas ela não é só minha amiga!
Um silencio tortuoso caiu sobre o quarto. Draco deixou duas lágrimas lhe escaparem pelo canto do olho. Harry o observava, mas não estava bem para ajudá-lo. Também queria chorar a perda de sua melhor amiga. Mas ele tinha que ser forte.
- Desculpe não ter feito nada. - Começou. - Mas tanto você quanto eu, sabíamos que não daria em nada.
Draco o olhou e em seguida abaixou a cabeça.
- Mas eu não queria que acontecesse.
- Então, Malfoy... - Harry decidiu tomar uma atitude. Acalmar Draco não o faria melhorar. - Vamos à luta.




- Ah... Minha Senhora... - Era a enésima vez que Ginny falava isso, mas o brilho de seus olhos parecia não acabar mais. E, mesmo sabendo que era o corpo de Hermione o hospedeiro de Bellatrix, ela não parava de olhá-lo com mais intensidade do que nunca.
- E então, Longbotton, já resolveu o meu empecilho maior? - Hermione estava falando da pessoa que eles mantinham presa desde o final da Guerra em Hogwarts. Super sigiloso. - Excelente chá, a propósito.
- Obrigado mileide. - Neville estava tentando achar maneiras de contar os fatos a Hermione. - A respeito do empecilho, quase...
- Eu não preciso de um quase, Longbotton. Eu quero um sim. - O tom de Hermione havia mudado.
- Não tive tempo, e o alvo também tem resistido fortemente aos meus cuidados, não sei se irá durar muito tempo. Ele está começando a usar a força pra recuperar-se.
- Não me interessa. Se bem me lembro, você disse que eu poderia contar com você. - Hermione encarava Neville como se o perfurasse. - Amor, você se esqueceu que eu fui Granger por todos esses anos? Eu sei das coisas que ela sabia antes de mim. - Hermione bebeu mais um gole de chá e pousou a xícara no pires. - E uma delas, é que ele não tem esse tipo de poder.
Neville tentou disfarçar o seu espanto, mas foi em vão. Ginny, que não havia falado nada até o momento, se ajoelhou e deitou a cabeça no colo de Hermione. A Ginny forte e poderosa havia se reduzido a uma criança chorosa e necessitada de carinho.
Ele via tudo naquela casa. Tudo.
- Oh, Weasley... Minha Rosa, você vai me ajudar agora. - Hermione acariciava os cabelos de Ginny enquanto falava. Neville, ainda atônito, olhava para as duas agora, um ciúme terrível crescendo.
- Mileide, se a Senhora não sabe, eu e Ginny estamos juntos e... - Ele estava procurando as palavras certas. - Não seria prudente a Senhora fazer...
Hermione levantou a cabeça de Ginny de seu colo, se inclinou para ela e encarou aqueles olhos castanhos quase ocultos pelos fios ruivos.
- Minha Senhora... Eu quero lutar! - Ginny transbordava felicidade. - Ao seu lado! Nossos companheiros já se manifestaram!
- É verdade, Longbotton?
- Sim, Senhora. - Assentiu Neville com um pouco mais de animo, devido a mudança de assunto.
- E ele?
- Como já disse, Senhora, ele está começando a resistir. Com o irmão foi igual e o filho-da-puta fugiu. - Os olhos de Neville estavam como os de Ginny: brilhavam a cada palavra. - Mas esse não vau fugir. Ele está em nosso poder a muito tempo.
Hermione se levantou e Ginny levantou-se junto. Foi seguida de Neville, que levantou a manga da blusa e mostrou a Marca, a Cobra e as Letras. Todas brilhantes. Hermione sorriu. A sua guerra havia começado. O começo do fim.




Draco estava sozinho no quarto olhando para a cama, aquela antiga fúria dos tempos de Comensal se apossando dele novamente. Só que agora ela era focalizada em outro objetivo. Ele queria ir à luta como antes. Ele queria matar quem entrasse em seu caminho, seja amigo ou inimigo. O elemento que mudava a sua conduta era só um. Hermione.

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