Um violão e uma música

Um violão e uma música



Eeeei gente! Aqui é a Baby, que faz os capitulos da fic (logico ¬¬) e eu só quero falar que a música que tá aí embaixo, não é minha. É composta e cantada pelo Tom Felton, que faz o Draco nos filmes! Só isso!
Beijos!

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Ela continuava perdida em seus pensamentos quando foi despertada deles pelo barulhinho do chuveiro que indicava que Malfoy já tinha entrado no banho. Ela ainda estava ali encostada naquela velha cadeira de pedra, com os assentos forrados no veludo verde-esmeralda mais bonito que ela já tinha visto. "Malfoy é a imagem perfeita de um sonserino!", pensou ela e riu-se depois. Sentou-se na cadeira e apoiou os pés na escrivaninha e viu o embrulho quadrado que Luna havia trago mais cedo. Hermione não tinha visto que ela deixara o presente ali. Apanhou ele e leu o cartão:
“Para nossa princesinha, que nunca vai se apagar da nossa lembrança: Hermione Granger”.
De: papai e mamãe."
Ela sentiu lágrimas quentes caírem no seu rosto. Seus pais haviam morrido por Maldição e ela nunca descobriu quem foi. Só sabia que fora no espaço de tempo em que estivera procurando Horcruxes com Harry e Ron. A sua perda ainda doía fundo, como se fosse um buraco que se abrira na sua alma e nunca pudesse ser fechado. Limpou os olhos com as mangas das blusas e continuou a leitura do cartão:
"Amamos você filha. Não sabemos dos seus planos, mas sabemos que não voltaremos mais a vê-la. Sofremos muito por isso, mas sei que você nos deixará orgulhosos. A magia brilha dentro de você, Mione”.
Sentiu as lagrimas novamente queimarem seu rosto. Nem se lembrou do embrulho, o deixou intocado na escrivaninha e se levantou da cadeira procurando sua bolsa, com seus pertences, suas roupas e (seus amados) livros. Queria guardar aquele cartão para sempre, como ela havia guardado as fotos e cartas dela e de Fred. Mas ela não achou nada. Só as coisas de Malfoy naquele grande quarto escuro com verde-esmeralda, que lembrava o salão comunal da Sonserina.
Assustou-se quando ouviu a porta do banheiro se abrir. Olhou para Malfoy enxugando as lágrimas rápido na manga da blusa. Ele estava lindo. Com a toalha enrolada na cintura e os cabelos bagunçados, que lembravam os de Harry. Não parecia nada com aquele Malfoy magro e de cabelo engordurado que vivia chateando ela na escola. Ele tinha virado um homem.
Ele a olhou com os olhos bem abertos, quando se encontraram, ele a encarou, aqueles olhos molhados de lágrimas o atraiam muito. Eram lindos, mesmo naquele estado. Ele ficou curioso e ao mesmo tempo preocupado com ela. Hermione Granger não chorava, não perto das pessoas. E ela parecia tão frágil... Queria poder ir lá consolá-la, mas não tinha coragem de fazê-lo, as únicas coisas que conseguiu pronunciar foram:
- Ah, Granger... Tem toalhas no banheiro pra você e... - Ele sentiu o rosto corar quando Hermione sustentou o olhar dele. - Eu vou separar uma blusa e uma calça minha pra você, ok? Frankie vai pegar algumas peças intimas de mamãe para você.
Ela não disse nada, só abaixou a cabeça e assentiu. Estava tão envergonhada por Malfoy ter visto ela nesse estado que quase se ofereceu para pular da janela do quarto. Foi em direção a Malfoy que estava na porta do banheiro e pediu licença. Ele saiu do caminho e ela passou, fechando a porta, sem ter coragem de olhar nos olhos dele.
- E... - Disse ele por trás da porta. - Você tem que responder que sim para a cobra do box e por sua mão na chave-de-toque.
- Sim, obrigada. - Ela falou depois de muitos minutos de silencio.
Olhou em volta. O banheiro de Malfoy era "Literalmente Sonserino", mas era bonito. Todo em mármore e azulejos escuros com algumas pedras e cores verdes escuras. Na pia tinha uma pilha com três toalhas também verdes e bonitas. Avistou o box de pedra (que ela achou estranho e diferente. "Um box de pedra?", pensou) com uma cobra minúscula prateada desenhada no lado de um quadradinho em que poderia colocar a mão que caberia perfeitamente, o que julgou ser a tal chave-de-toque, muito parecida com alguns sensores de segurança trouxas.
Hermione se despiu e colocou a mão no box, quando fez isso, a cobrinha ganhou vida e perguntou com a voz um pouco mais rouca e falha do que a de Hermione:
- Hermione Granger?
- Hm... Sim. - Respondeu ela sem emoção.
O quadradinho da chave-de-toque brilhou e ela colocou sua mão lá. Instantaneamente o box se abriu e ela se viu de frente para a banheira mais linda que já tinha visto. Era toda preta com cobras lindas como alças e grandes torneiras de prata pura, também em forma de cobra. Ela sempre odiou cobras, mas essas eram realmente lindas. Ela não hesitou e abriu uma por uma, até achar a água quente e a espuma. Entrou na banheira e se deitou.
Ela queria se esquecer do mundo, queria se esquecer de seu pesar por seus pais, queria esquecer isso tudo que estava acontecendo, queria só descansar, e quando sair, estar inteira e pronta para encarar o mundo. Ficou lá, lavou os cabelos castanhos, se lavou e aproveitou mais um pouco. Depois que quase toda a espuma havia acabado, ela decidiu sair. Se levantou, pegou duas toalhas, uma enrolou no cabelo que estava molhado e com a outra se secou. Abriu devagar a porta do quarto. Tentando evitar outra cena embaraçosa. Foi até mais a frente e não viu Malfoy.
Andou, andou e com muito custo conseguiu distinguir uma varandinha ali, com uma porta a separando do quarto. Malfoy estava só com a calça de pijama, sentindo o vento frio da noite. "Ele parece de ferro!", pensou Hermione, sentindo o frio que estava lá fora. Ele estava apoiado na grade da varandinha. Tinha um banco de 3 lugares e um violão em cima do banco.
- Sua roupa está em cima da minha cama, Granger. - Disse ele sem se virar. - Pode se trocar aí vou fechar a porta.
- Eu, er... - E antes que ela pudesse terminar, ele fechou a porta.
Hermione se trocou depressa, penteou o cabelo e o pendeu. Estava descalça, mas não estava sentindo frio. O quarto era estranhamente confortante. Chegou perto da porta e abriu. Malfoy estava sentado no banco com o violão na mão. Olhou para Hermione e deixou uma risadinha escapara-lhe.
- Estão um pouco folgadas, não? - Disse apontando para as roupas.
- Estão sim! - Respondeu Hermione sorrindo.
- Deixa eu ajustar para você. - Ele se levantou e pegou a varinha que estava no banco. - Levante os braços, Granger.
Ela levantou os braços enquanto escutava ele murmurar: "Ajusto!". Em poucos minutos a calça de pijama e a blusa pareciam que foram compradas para ela mesma. Por ultimo, Malfoy olhou bem para Hermione e disse:
- Só mais uma coisa. - Disse ele e fechou os olhos, como se imaginasse alguma coisa. Sorriu, apontou para a blusa de Hermione e disse: - Revelius! - E uma serpente sonserina apareceu estampada na blusa que Hermione usava. - Você está realmente uma perfeita sonserina, Granger. Se não te conhecesse, diria que é minha colega de casa. Ficou perfeita nessa blusa.
- Fiquei perfeita? - Disse ela rindo. - E se não te conhecesse, diria que está virando meu amigo.
- Será mesmo? - Ele também riu. - Sente-se.
- Como? - Perguntou ela ainda rindo. - Draco Malfoy convidando Hermione Granger para se sentar do seu lado? Não acredito!
- Anda, Granger! - Ele mostrou a língua. - Ou será que você tem medo de ficar caidinha pelo Draco "Gostosão" Malfoy?
Ela não respondeu, só fez uma careta e se sentou. Malfoy também se sentou, virou-se de frente para ela e começou a observá-la. Estava muito bonita, sabe? Com aqueles cabelos presos num rabo-de-cavalo bem feito, e uma franjinha caindo sobre seus olhos. Não acreditava que era essa a menininha chata e arrogante que ele tanto amava implicar. São coisas da vida... Quem diria, um dia, que uma sangue-ruim e um Malfoy estariam rindo juntos e até trocando elogios. Aquele dia no Largo Grimmauld, que fora mais cedo naquele dia mesmo, pareciam nunca ter existido, parecia que eles nunca berraram um com o outro e nunca foram pegos de surpresa por "Comensais da Nova Era."
Hermione sorriu para Malfoy, mostrando aquele sorriso lindo, parte graças aos seus pais que eram dentistas e metade graças ao próprio Malfoy, que fizera seus dentes aumentar significativamente no 4º ano e a Madame Pomfrey ajudou a concertar. Ajudou muito, até! Ganhou tantos com esse sorriso!
- Me agradeça Granger, eu deixo! - Riu Malfoy.
- Agradecer o que? - Perguntou ela confusa, olhando para ele.
- Ah, por tudo. Se não fosse por minhas maldades, você não teria esse sorriso... - "e eu não teria sido hipnotizado por ele.", completou Malfoy mentalmente.
- Ah, deixa de ser convencido! - Dessa vez, ela que mostrou a língua. - Mudando de assunto, você toca? - Perguntou ela apontando pro violão.
- Talvez. - Sussurrou ele em resposta. - Quer escutar?
A nuca de Hermione arrepiou, aquele sussurro aguçou os seus sentidos.
- Depende... Só se for uma composição sua. Eu preciso dar umas risadas. - Disse ela em tom de brincadeira.
- Vai engolir essas palavras, Granger. - Disse ele, fingindo um desafio.
- Quero só ver.
Ele pegou o violão e começou a tocar uma musica devagar, calminha e bonita. Hermione se preparou para rir quando ele abriu a boca para cantar, mas, ao invés disso, ficou maravilhada. Ele cantava uma musica linda e muito bem:

Tick Tock goes the clock
Time is going so slow
And I'm supposed to be fast asleep
A couple hours ago

So I, I need to exercise
A right I've got to rest these eyes
And I, I need to knock on some doors
Then I won't have to lie here by myself anymore

'Cause time isn't healing
Pretty sick of staring at my ceiling
And I, I can't help the way I feel about you
'Cause time isn't healing
Pretty sick of staring at my ceiling
And I, I can't help the way I've fallen for you

- Gostou Granger? - Perguntou ele a uma Hermione que parecia maravilhada, estava boquiaberta e seus olhos brilhavam como os de uma criança. - Granger... - Disse ele estalando os dedos para Hermione que sorriu e se virou para ele.
- Que lindo... Linda! - Apressou-se em corrigir, ao ver a expressão de Malfoy. - Adorei! Você que fez?
- É, pode-se dizer que sim. - Riu-se ele. - Eu sou muito bom em tudo, não é?
- Convencido. - Disse ela olhando pra ele nos olhos. Ele estava gostando da noite. Sentia-se bem como não se sentia há meses, desde que seus pais morreram. Chegou mais perto de Hermione e pousou o violão no chão. Ela estava tão atraente... Tão bonita! E ainda estava ali, para ele. Não se importava com imagem nem nome mais. Chegou perto o bastante para escutar a respiração de Hermione.
Ela estava tensa e nervosa, mas alguma coisa em Malfoy mudou... Alguma coisa que fez com que ela se sentisse segura. "Com certeza eu que mudei!", pensava ela. Ela viu Malfoy chegando perto, mas não se esquivou, nem tentou evitar o contato, apenas deixou que rolasse.
Ele se aproximou mais, dava para beijá-la! Mas ele não queria isso de imediato. Iria esperar para ver se ela também queria. Não precisava de outra "queda" por ninguém, já estava bem infeliz e não queria mais infelicidade. Chegou na orelha e Hermione e disse, num sussurro:
- And I, I can't help the way I've fallen for you - E sorriu.
Hermione podia sentir sua respiração no seu pescoço. Ela tinha Malfoy nas mãos e não sabia o que fazer. Ele acabou de dizer que tinha se apaixonado por ela. Só podia ser mentira. Era só uma parte da musica que ele havia escrito em que ele decidira brincar com ela. Não era possível. Seus pensamentos foram interrompidos quando as mãos de Malfoy seguraram seu rosto e eles se encararam. Havia um brilho estranho nos olhos dele, mas estavam lindos.
Ele ainda podia ver Hermione nervosa, mas ele não podia agüentar. Tudo o favorecia, o clima, a musica, os dois sentados no banco tão perto... Malfoy deu um suspiro e encostou seus lábios nos de Hermione. Não foi exatamente um beijo. Mas foi algo que deixara os dois sem jeito. Hermione não evitou, mas também não fez para ele poder seguir em frente. Ela pousou uma mão na sua perna e com a outra o seu rosto. Ele descolou seus lábios e deitou a cabeça dela no seu peito.
Estava tudo tão perfeito que ela esperava ser atingida por um balde d’água a qualquer momento para acordar. Mas era tudo real. Tudo. Ela se virou, ainda com a cabeça deitada no peito de Malfoy e se encolheu. Estava fazendo frio. Ela se esqueceu de tudo que tinha acontecido naquele dia: o Largo, a dor no peito, as verdades e mentiras de Harry e Ron... E só se concentrava no perfuma de Malfoy, que tinha a cabeça encostada na sua. Ele colocou as pernas em cima do banco, e Hermione fez o mesmo. Malfoy conjurou um cobertor, enquanto os dois adormeceram pensando em "I can't help the way I've fallen for you"

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