Finalmente Férias



Capítulo 1: Finalmente Férias


-HEY HO, LET’S GO! HEY HO, LET’S GO! HEY HO, LET’S GO – gritava a multidão quando os marotos entraram no local.
- Hey ho, let's go!
They're forming in straight line
They're going through a tight one
The kids are losing their minds
The Blitzkrieg Bop
- Uma voz muito conhecida continuou a canção.
James entrou no meio de todas aquelas pessoas a fim de chegar mais perto do palco e ver a dona daquela voz tão marcante de perfeitamente afinada. Ele tinha um palpite de quem poderia ser aquela, era praticamente inconfundível. Mas o que ela estaria fazendo aqui? Ela nem gostava de punk rock, pelo menos não deixava transparecer.
E quando ele chegou bem perto do palco pôde vê-la, e lá estava ela, vestida de um jeito que ele nunca tinha visto antes, cantando, toda cheia de marra.

~FLASHBACK~


Era o primeiro dia das férias de verão, Lílian Evans, uma garota ruiva de olhos verdes, estava feliz por estar em casa novamente. A única coisa que a incomodava era o fato de ter de conviver com sua irmã, Petúnia. Pepa, como todos a chamavam, era extremamente repugnante, só de olhar para sua cara de cavalo Lílian sentia náuseas. A garota passava os dias á paquerar os garotos da sua rua e admirar-se em frente ao espelho. Isso não era o tipo de coisa que a Lílian estudante de Hogwarts sentiria, mas isso pouco importava agora, era verão, e a Lílian que importava nessa época era uma garota totalmente diferente, era a verdadeira Lílian, era tudo o que sentia, mas não podia demonstrar.
Um cadilac conversível, caindo aos pedaços, estacionou em frente à sua casa, Lílian correu ao encontro do carro, e, nele, encontrou uma morena de olhos azuis profundos, pálida e magricela no volante, um punk rock contagiante tocava o mais alto possível, enquanto a motorista cantava acompanhando a música:
- Lily é uma punk rocker, Lily é uma punk rocker, Lily é uma punk rocker agora!



Todo ano era a mesma coisa, no primeiro dia das férias de Lily, Tobi Vail, uma amiga trouxa, ia até sua casa buscá-la e cantava aquela versão, inventada pela mesma, de “Sheena is a punk rocker”, dos Ramones. E, em seguida, as duas iam se divertir pelas ruas da cidade, ou então ensaiar com a banda de punk rock que elas possuíam, na qual Lílian cantava e Tobi tocava bateria.
Lílian pulou para dentro do carro, a morena acelerou e o cadilac saiu em alta velocidade por aquela rua estreita.
- E então Lily, como foi o seu ano? – perguntou Tobi, finalmente olhando para a ruiva que sentara ao seu lado.
- Como sempre, livros e mais livros.


Tobi riu.


- Você sabe que isso é uma total perda de tempo. Mas como foi com aquele garoto estranho do qual você me falou, como era o nome dele mesmo ? Jason., Jacob, Jacon, Bacon...
- James, Vail – a ruiva interrompeu a amiga – Como sempre pegou no meu pé o ano todo.
- Pelo que você me diz ele parece estar apaixonado – disse Vail acelerando mais ainda seu cadilac.
- Apaixonado? – Lily riu alto – Não brinca assim Vail, ele é um garanhão, do tipo que nunca de apaixona.
Vail examinou a ruiva com os olhos, o pôde notar que ela corara com seu comentário sobre James.
- Se ele é um garanhão ele não é tão feio quanto você diz, ruiva – disse por fim.
Lily balançou os ombros com indiferença. Vail sabia que a amiga gostava desse tal de James, por mais que seus lábios negassem, os olhos denunciavam essa paixão. Vail conhecia Lily desde que tinha sete anos, sabia muito bem quando a amiga estava apaixonada, e desde a primeiravez que a bruxa voltara de Hogwarts e falara sobre esse garoto, Vail sabia onde isso ia acabar.



Vail adorava ouvir as histórias sobre os marotos, principalmente sobre Sirius Black. Pelo que Lily dissera ele era muito bonito, convencido, mas bonito. A morena também gostava das histórias sobre Remo, o menino-lobisomem. Ela ficava imaginando tudo aquilo, todas aquelas coisas que Lílian dizia, a magia, o castelo, a floresta negra, o gigante Hagrid... Tudo aquilo fascinava a garota trouxa.
- Tenho uma surpresa pra você, ruiva – disse Vail depois de um longo tempo em que as duas ficaram caladas e só pôde ser ouvido o barulhento motor do cadilac semi-destruído.
- Surpresa? – Lily olhou-a curiosa.
- Sim, mas para isso temos que ir até o galpão.
- Fazer o que no galpão? – perguntou a ruiva confusa – Eu achei que a gente não fosse ensaiar hoje porque o Johnny está doente e o Marky viajando.
- E quem disse que a gente vai ensaiar? – perguntou a morena enterrando o pé no acelerador, quase atropelando um garoto que atravessava a rua.



Não demorou muito para que as duas chegassem ao galpão, que ficava na casa de Joseph, um dos guitarristas da banda. Elas tocaram a campainha e um garoto de cabelos e olhos de um negro muito intenso abriu a porta.
- Lílian – o garoto sorriu.
- Oi Joey – a ruiva o abraçou.
O rapaz chamou as garotas para entrarem e essas não hesitaram. Vail disse-lhe algo, mas Lily não pôde ouvir. Em seguida os três desceram para o galpão, na verdade era um porão maior e mais limpo, se é que poderia chamar aquela bagunça de limpo.
O lugar ficava embaixo do quarto de Joey, era grande e mal-iluminado, nele havia dezenas de instrumentos musicais, acessórios para carros e motocicletas e vários pôsteres de bandas de punk rock colados nas paredes. O chão era preto, mas estava desbotado, o papel de parede era cinza, talvez um dia ele também fora preto. Havia apenas uma lâmpada, que iluminava muito pouco o local, não havia janelas, por isso nos dias de ensaio eram necessárias várias lamparinas.
Vail dirigiu-se a uma mesinha no canto da sala, onde havia uma pilha de papéis. A garota pegou um deles, examinou cuidadosamente e sorriu. Virou-se para Lily e caminhou em silêncio. Agora, olhando de perto, a ruiva pôde perceber que era um tipo de panfleto ou algo parecido. Pegou o papel cuidadosamente e olhou-o meio confusa.
- O QUE? – gritou a garota após ler o panfleto de fundo negro, grandes letras vermelhas e uma foto de cinco pessoas – Um show?

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- Um show? – perguntou o garoto loiro e pálido, só para ter certeza que tinha ouvido direito.
- Sim Remo, mas não é um show qualquer, é um show de punk rock, e dizem que as  bandas trouxas que tocarão nesse dia são realmente muito boas – informou Sirius animado


- Desde quando somos punks? – perguntou confuso.


James riu.


- Não é preciso ser punk para ouvir um bom punk rock. Sem contar que as garotas adoram um revolucionário – E piscou.
Remo lançou um olhar desconfiado aos amigos que sorriam, como se dissessem: “Vamos, Reminho, por favor, por favor, por favoooor!”
- Certo, vamos lá – disse o loiro após pensar alguns momentos.
- É ISSO AÍ – gritaram Sirius e James em coro.

~FIM DO FLASHBACK~

Lá estava ela, Lílian Evans.


N/A: Caraaaaaa... ca, fiquei muito tempo afastada daqui. Estou reescrevendo a fic, tudo para que vocês tenham uma melhor leitura e aproveitamento do conteúdo e intenção desse “projeto”.


Escolhi não modificar muito esse primeiro capítulo, apenas corrigi alguns erros e modifiquei algumas coisas para que contribuíssem com o desenrolar da história. Quem não leu ainda, espero que goste, e quem já leu, espero que continuem acompanhando. Vou tentar ser uma boa menina e terminar isso logo. HAHAH’


 


(Ainda não descobri direito como usa essa nova versão do site, com o tempo eu aprendo).


 



CURIOSIDADES: Tobi Vail é o nome da baterista da banda Bikini Kill, uma banda muito conhecida no cenário Riot Grrl.


E os nomes dos outros integrantes da banda é uma homenagem aos Ramones.

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