A detenção.
- LARGA DE SER LERDO E ME DEIXA ARRUMAR ISSO MALFOY !
- ME SOLTA WEASLEY, EU SEI ME CUIDAR MUITO BEM SOZINHO, OBRIGADA, NÃO PRECISO DA SUA PIEDADE!
- BOM, SE SERVE DE CONSOLO, ISSO NÃO É PIEDADE, É CULPA, ENTÃO ME DEIXA AJEITAR ISSO ANTES QUE EU JOGUE UMA AZARAÇÃO EM VOCÊ. DE NOVO.
Scorpius Malfoy tentava se soltar das mãos de Rose Weasley enquanto a garota tentava tapar o grande corte que estava em seu braço. Não era a primeira vez que ela o machucava seriamente com uma azaração, só que desta vez, porém o corte era muito profundo, e Rose se sentiu um tanto culpada. Scorpius, porém não estava ligando muito para a culpa da menina, apesar de o seu braço latejar de dor, ele se recusava terminantemente a receber qualquer ajuda de Rose Weasley. Como ela o irritava.
Rose bufou de raiva. Por que ele tinha que ser tão idiota? Adorava provocá-la, e Rose nunca teve o que se pode chamar de ‘pavio longo’. Sete anos. Sete anos agüentando o Malfoy implicar com ela. Sete anos perdendo a cabeça toda vez que ele começava a provocá-la. Ah como ela o odiava!
- Weasley. Eu estou ok. Agora faça uma coisa boa na sua vida e ME SOLTE.
Gritou Scorpius.
- Malfoy, eu vou repetir só mais uma vez. FICA QUIETO. Ou eu vou precisar lançar um feitiço de corpo-preso em você pra você ficar parado?
Retrucou Rose com as bochechas vermelhas de raiva. Mas Scorpius estava se danando. Deu um empurrão na menina e saiu andando pelos jardins de Hogwarts. A última coisa viu foi um jato de luz vermelha vindo da varinha de Rose Weasley. Ela realmente tinha jogado um feitiço de corpo-preso nele.
- Bom, foi você que preferiu se comportar como uma criança Malfoy. Teve o que mereceu.
E começou a tratar do corte no braço do menino. Cerca de 10 minutos depois, não havia vestígios do corte no braço de Scorpius, e Rose lançou nele o contra feitiço. A primeira coisa que o menino fez quando recuperou os sentidos foi gritar com a ruiva. As boas maneiras não percorriam no sangue de ambos.
- VOCÊ FICOU DOIDA DE VEZ SUA CABEÇA DE CENOURA?
- Você bem que poderia me agradecer por ter arrumado isso.
E fez um gesto com a cabeça indicando o braço do menino que alguns minutos atrás estivera machucado.
- BOM, CASO VOCÊ NÃO SE LEMBRE, FOI POR SUA CULPA QUE O MEU BRAÇO SE MACHUCOU PARA COMEÇO DE CONVERSA.
- Pare de gritar Malfoy. Eu não sou surda e estou bem na sua frente.
O garoto não falou nada. Apenas se virou de costas e saiu andando de volta ao castelo pisando com força de tanta raiva que estava da ruiva. Mas ela não perdia por esperar. Ela ia se ver com ele. Há ia mesmo. Quando subia as escadas que ligavam os jardins ao castelo, ele deu de cara com um garoto de cabelos muito escuros e rebeldes que perguntou:
- Scorpius, você viu a Rose por aí? Eu preciso entregar esses livros à ela.
- Por que eu teria visto a sua priminha Potter? Eu não sou a babá dela sabia?
- Bom, não se faça de idiota, o castelo inteiro ouviu a discussão de vocês dois nos jardins. Agora por favor, pode dizer onde está a Rose?
- A última vez que eu vi a cabeça de cenoura foi nos jardins como você mesmo fez questão de frisar Potter. Agora com licença que eu preciso chegar ao meu salão comunal.
- Cara, você precisa de uma dose de boa educação de vez em quando. Mesmo assim, valeu, vou ver se ainda encontro ela por lá.
E saiu andando na direção contrária de Scorpius, que subiu a escada resmungando. Alvo foi descendo na direção dos jardins e encontrou Rose perto do lago fazendo algumas anotações em uma folha de pergaminho.
- Não faz bem estudar 24 horas e meia por dia sabia? Principalmente em um Domingo.
A menina levou um susto ao escutar a voz do primo atrás de si e borrou o que estava escrevendo.
- Quer me matar coração? Porra Alvo, eu borrei tudo aqui.
- Caramba, vejo que alguém não está de bom humor hoje.
- Eu estou de excelente humor obrigada. E para sua informação, eu não estava estudando.
- Ah é? Pô soltem os fogos de artifício. Rose Weasley não estava estudando.
A menina fez um gesto obsceno com os dedos para Alvo. E o garoto apenas riu e respondeu.
- Meu Deus, onde é que está a educação que a tia Hermione te deu?
- Você não vai querer que eu diga onde ela está não é mesmo?
- Bom, pela cara que você fez agora, creio que não. Aliás, o que você estava fazendo mesmo?
- Sábia escolha meu caro primo. Ah, eu só tava escrevendo uma carta pro James. Cara, a escola é um saco sem ele aqui. E eu também queria saber como vão às coisas no ministério.
- Obrigada pela parte que me toca. Mas em fim, eu só vim mesmo te procurar pra te devolver aquele livro que você me emprestou pra aula de Transfiguração.
- Ah, obrigada. Não lembrava que o tinha emprestado pra você. Que cabeça a minha.
- É porque você não emprestou, eu simplesmente peguei quando você tava fazendo o dever de casa de Aritimância.
- Você é podre Alvo.
Disse Rose, e os dois caíram na gargalhada.
- Bom, vejo você na hora do jantar. Vê se não mata o Malfoy daqui pra lá, ele ainda é o meu parceiro na aula de poções, e eu não quero ter de fazer tudo sozinho.
- Não mencione o nome desse desgraçado mal agradecido. Ele fede mais do que você.
- Creio que isso é um insulto bem ruim, já que você diz que eu fedo todos os dias. Bom, mas eu vou indo, fiquei de me encontrar com a Lily para passar mais uma vez com ela a matéria de feitiços. Boa sorte com a carta pro James. Não se esqueça de colocar que eu sinto saudades dele apesar de ele ser um trasgo montanhês podre.
- Não vou esquecer, nem se preocupe.
Os dois sorriram e Rose ficou observando o primo subir para o castelo. Depois ficou divagando em seus pensamentos, e quando já estava quase escurecendo, ela subiu para o corujal para despachar a carta de James. Como sentia falta do primo. Ele sempre fora seu melhor amigo, mas havia se formado em Hogwarts há um ano, e agora trabalhava no ministério, desde então eram raras as vezes que recebia notícias dele. Ela andava rindo consigo mesma, pensando nas travessuras que faziam quando eram crianças, ela, James, Alvo, Lily e Hugo. Quando já estava amarrando a carta na perna de Anib, sua alvíssima coruja, ouviu que alguém estava subindo as escadas. Para seu desespero, a pessoa que subia era ninguém mais ninguém menos que Scorpius Malfoy. Ele foi o primeiro a se manifestar quando viu a garota.
- Será que até quando eu vou despachar uma carta você precisa me seguir Weasley? Eu sei que você me ama incondicionalmente, mas se continuar assim eu vou precisar contratar seguranças.
Scorpius obviamente já havia recuperado a calma, pois já estava falando em seu habitual tom irritante de ironia.
- Malfoy, Malfoy, Malfoy... Quando você vai aprender a juntar os fatos? Sei tecnicamente eu estava aqui antes de você, o que coloca você no lugar de perseguidor. E, aliás, eu não te amo.
- Vá se ferrar Weasley.
- Me mostre o caminho já que é pra lá que você vai todo dia Malfoy.
- Bom, obviamente é uma coisa complexa demais para você fazer sozinha, levando em consideração que não consegue nem achar o seu próprio dormitório não é mesmo?
- Eu não sou você Malfoy.
- E eu dou graças a Deus por isso. Agora com licença, eu preciso despachar a minha carta, e você está tapando o meu caminho.
Rose ficou vermelha, e saiu do caminho, voltando a atenção para a sua coruja. Anib estava inquieta, e a menina teve que dar dois petiscos para a coruja colaborar e deixá-la colocar a carta em sua perna. Scorpius olhava aquela cena achando graça.
- Não consegue controlar nem a sua coruja Weasley?
- Quem falou com você Malfoy?
- Agora? Você.
- Ah quer saber, eu não preciso realmente responder à você.
E então se virou e despachou Anib, que foi voando saindo dos terrenos da escola. Olhou a coruja sumir no horizonte, e depois desceu as escadas da torre do corujal, ignorando completamente Scorpius que ainda estava despachando sua coruja.
Scorpius ficou olhando enquanto a ruiva se afastava descendo as escadas. Idiota. Pensou. Por que ela sempre causava esse efeito nele? Ele simplesmente não conseguia resistir a uma oportunidade de implicar com ela, por mais que não quisesse, isso era estranho. Despachou a coruja e já ia descendo do corujal, quando viu uma coisa brilhando no lugar de onde a menina saíra. Ele apanhou o pequeno objeto. Era uma pulseira de prata, cheia de pingentes. Havia um pingente em forma de varinha, outro de estrela, mais um de uma vassoura, e muitos outros mais. As coisas importantes para Rose. Será? Ele mirou a pulseira. Devia ter caído quando ela tentava lutar pra que a coruja se comportasse. Pensou um pouco, e resolveu que deixaria ela sentir falta da pulseira um pouco. E saiu do corujal com um sorriso maroto nos lábios. Um típico Sonserino.
Rose chegou ao salão principal, e uniu-se a seus colegas na mesa da Grifinória. Sentou-se ao lado de Lily, e as duas primas começaram a conversar sobre as próximas partidas de quadribol da temporada. Rose era goleira da Grifinória, e Alvo era o capitão do time, e o apanhador. Lily não sabia jogar necas de quadribol, mas era muito fã, e adorava estar na torcida. O próximo jogo da temporada seria Grifinória x Lufa Lufa, e todos estavam muito tranqüilos quanto a partida que seria dali a três semanas. Estavam todos tão entretidos na conversa que nem notaram Scorpius entrando no salão principal parecendo muito satisfeito consigo mesmo. Ele se reuniu aos amigos na mesa da Sonserina, e concentrou-se no seu jantar, lançando olhares constantes à Rose, para ver se ela fazia alguma cena quando visse que perdera a pulseira. Não deu outra. Alguns minutos depois. Lily olhou para o braço de Rose e falou
- Rose, cadê a tua pulseira?
- Ahn? Como assim cadê? Ela ta bem aqui no meu braço olha...
Mas quando olhou para o braço viu que a pulseira não estava aqui. Merda! Onde estaria a pulseira? Aquela era a sua pulseira da sorte. Todas as pessoas que ela amava haviam colocado um pingente nela, mostrando alguma coisa que fizesse parte da vida de Rose. Era um de seus bens mais valiosos.
- CADÊ A MINHA PULSEIRA?
Ela gritou, fazendo muitas pessoas da mesa da Grifinória se virarem para ela. Rose tentou se lembrar, onde poderia ter colocado? Então foi aí que lembrou. O corujal. Enquanto tentava fazer com que Anib se controlasse para que ela pudesse despachar a carta. Naquela momento, ela se levantou bruscamente e saiu da mesa da Grifinória correndo para chegar ao corujal, e rezando para que ninguém tivesse pego a pulseira.
Scorpius via toda a cena da mesa da Sonserina. Sabia para onde Rose estava indo. Mas não deu a mínima. Queria se vingar de qualquer forma. Terminou o seu jantar na maior calma do mundo, e rumou para o salão comunal da Sonserina. Os corredores estavam desertos. Mais da metade das pessoas ainda estava no salão comunal terminando o jantar. Foi quando ele viu Rose entrando no castelo com a cara mais deprimida que ele tinha visto na garota durante os últimos anos.
- Ei Weasley, quem morreu?
- Você é que vai morrer Malfoy, se não parar de implicar comigo nas horas erradas.
- Há, e existe uma hora certa para implicar com você? Essa é nova pra mim. Me diga qual é que eu vou ver se posso encaixar na minha agenda.
- Morra Malfoy.
- É a segunda vez que você me ameaça de morte em apenas dois minutos. Deve ser um recorde Weasley. Cuidado, alguém vai pensar que você realmente quer me matar.
- Como se eu realmente não quisesse não é mesmo?
- Por que você saiu no meio do jantar hoje Weasley?
Ele perguntou fugindo do assunto. Queria ver a reação da menina.
- Desde quando você se interessa pelo que eu faço Malfoy?
- Hum... Você está com cara de quem perdeu alguma coisa Weasley.
Foi então que ela se tocou. Claro! Scorpius estivera no corujal com ela. Ele devia ter visto a pulseira e pego quando ela saiu.
- VOCÊ!
- É Weasley, sou eu. Apesar de você ter demorado sete anos para notar e...
- SEU IDIOTA, DEVOLVA A MINHA PULSEIRA. AGORA.
- Pulseira? Quem falou que eu sei onde está essa tal pulseira Weasley?
- DEVOLVA MALFOY.
- Nem se ela estivesse comigo eu te devolveria Weasley. Agora, tenha uma boa noite.
- Accio.
Disse Rose numa tentativa desesperada de convocar a pulseira. Nada aconteceu.
- O que você acha que está fazendo Weasley?
- Onde você a colocou?
- Eu não estou com essa droga de pulseira Weasley, encare os fatos.
- É óbvio que eu encarei os fatos Malfoy. Encarei tanto que sei que a pulseira não poderia ter colocado um feitiço anti-convocatório em si mesma. Desembucha. Onde você a colocou?
- Weasley, a escola tem centenas de alunos, por que as suas suspeitas sempre recaem sobre mim?
- Porque eu sei que você é o único que faria isso só pra me irritar. Anda Malfoy. A pulseira, agora.
- Vai precisar mais do que isso para conseguir sua pulseira Weasley, sinto muito. Que aliás, não está comigo.
- Pelo menos admita que ela está com você.
- Para quê?
- Malfoy, essa pulseira é importante para mim. Mais do que essa sua cabeçona loira pode entender. Agora me devolva.
- Bom, se faz mesmo tanta questão de saber, a pulseira esta comigo sim. Agora, com licença. Você gosta mesmo de estar no meio do meu caminho não é mesmo Weasley?
- Malfoy. Me dê a pulseira. Por favor.
Ela disse ignorando o comentário do menino. Ai que raiva! Ela nunca sentira tanta raiva dele.
- O que foi isso? Será que eu escutei um, por favor, vindo da sua boca Weasley?
- Malfoy, eu não estou para ironias agora. Dê-me a pulseira. Eu estou pedindo.
- Se esforce mais um pouco Weasley. Que tal... ‘Scorpius Malfoy, eu estou implorando para você me devolver a minha pulseira tosca, por favor, por favor, eu te amo, você é lindo e sexy’
- Você só pode estar brincando.
- Então vejo que você realmente não quer a sua pulseira tanto quanto eu pensei que queria não é mesmo?
- Eu te odeio.
- Bom, então fique aí me odiando. Tchau, tchau Weasley.
E ele saiu andando pelo corredor. Ele sabia que ela iria falar aquilo. Mais cedo ou mais tarde, ela gostava demais daquela pulseira.
Rose ficou vendo Scorpius se afastar. Estava totalmente acabada. Ótimo, era tudo o que ela queria. Ter de se humilhar para Malfoy para poder recuperar o que era DELA por direito. Como ela o odiava. Mas então ela teve uma idéia.
Scorpius já estava descendo as escadas que davam às masmorras quando Rose gritou.
- ESPERA MALFOY.
- O que foi Weasley?
Falou ele displicentemente, sabia que ela iria falar.
- Eu... Pode vir aqui por favor? Eu não quero que ninguém veja isso.
Scorpius se aproximou. Rose abriu a boca.
- Scorpius você é...
Começou ela. Mas não conseguiu completar. Ela simplesmente se descontrolou, e começou a bater em Scorpius descontroladamente. Apesar de pequena, Rose era muito forte, devido ao quadribol, Scorpius porém, era mais. E então segurou as mãos da menina com as suas mãos.
- VOCÊ FICOU DOIDA WEASLEY?
- Eu... Te... Odeio... Eu... Quero... Minha... Pulseira... Agora...
Falava ela enquanto tentava se desvencilhar das mãos de Scorpius. Droga, por que ele precisava ser tão forte?
- Weasley, pare de tentar me matar, você não vai conseguir de qualquer forma.
Falou Scorpius enquanto segurava as mãos da menina. Rose começou então a girar, e Scorpius tropeçou nos seus pés. Ambos caíram no chão com um baque, Scorpius por cima de Rose.
- QUE SACO MALFOY, SAI DE CIMA DE MIM, VOCÊ É PESADO!
- Só se você prometer que não vai tentar me matar quando eu te soltar Weasley.
- Eu não sou muito de mentir Malfoy. Agora me solta, por favor. Daqui a pouco as pessoas vão começar a sair do salão principal e...
- E o que Weasley? Sabe, eu estou cansado de você tentando me matar, sério, fica cansativo.
- Bom, eu não tentaria tanto se você não fosse tão irritante.
Falou a menina. O garoto não respondeu. Acabara de notar que estava com o rosto a poucos centímetros do rosto da menina. Rose também parecia ter notado isso, mas não fez nada para afastá-lo. Scorpius então despertou. Por que estava assim tão nervoso? Ela era Rose Weasley, ele a odiava!
- Venha Weasley, me siga.
Disse saindo de cima de Rose, ainda segurando uma de suas mãos.
- Como se eu tivesse muita escolha não é mesmo?
Falou a garota ironicamente.
- Anda logo e para de reclamar.
Ele a levou para os jardins da escola. Já estava muito escuro por lá. Scorpius a levou até perto de uma enorme árvore que Rose nunca havia parado para olhar.
- Suba.
- Como assim subir? Ficou maluco Malfoy?
- Você quer ou não a sua pulseira?
- Bom, eu obviamente quero.
- Então suba.
Rose subiu na árvore, não dava para enxergar nada lá. O que Scorpius estava fazendo afinal? Um segundo depois ela sentiu a árvore estremecer, era Scorpius subindo.
- Por que me trouxe aqui?
- Porque eu coloquei a sua pulseira aqui idiota.
- Bom como você vai encontrá-la nesse breu?
- Você estudou sete anos da sua vida em Hogwarts para vir me fazer uma pergunta como essas? Weasley, agora você me decepcionou. Pensei que você fosse uma completa nerd.
Ela enrubesceu. Ainda bem que ele não podia ver suas faces ficando vermelhas no escuro. Pensou.
- Lumus.
Disse Scorpius e a sua varinha iluminou-se.
- Quer me ajudar?
- Ahn... Ok. Lumus.
Disse a garota, e a sua varinha acendeu-se.
- Aqui está a sua porcaria de pulseira Weasley.
Disse entregando-a a pulseira de prata. Rose examinou a pulseira. Estava Ok. Só que parecia brilhar mais.
- Hum... Ok. Obrigada eu acho.
- É o mínimo que você pode dizer.
- Pode me ajudar aqui?
- Sabia que é a segunda vez nessa noite que eu vou te ajudar? Isso está se tornando realmente estranho.
Disse Scorpius. Mas mesmo assim, pegou a pulseira da mão da menina e colocou no pulso dela. Sentiu seus dedos formigando quando sua pele entrou em contato com a dela.
Rose sentiu um leve frio na espinha. Essas sensações estavam se tornando constantes quando se tratava de Malfoy. O que estava havendo com ela?
Scorpius terminou de colocar a pulseira.
- Pronto Weasley. Vê se não me incomoda tanto agora.
Disse Scorpius.
- Você vem?
Disse assinalando o chão. Rose limitou-se a balançar afirmativamente a cabeça, e pulou para fora da árvore, seguida por Scorpius. Eles não sabiam que haviam passado muito tempo do horário de se recolher. Foi quando encontraram o professor Longbottom no corredor.
- O que vocês dois estão fazendo?
Perguntou ele aos dois. Scorpius ficou, se é que é possível, mais branco que o normal, e Rose gelou.
- Eu... Err... Professor, eu estava pegando a minha pulseira, e Scorpius foi me ajudar, porque ela estava em cima de uma árvore e...
Ela tentava se explicar, mas estava muito nervosa. Era uma desculpa ridícula apesar de ser em parte verdade.
- Então quer dizer que o senhor, senhor Scorpius estava ajudando a Senhorita Weasley a recuperar sua pulseira no meio da noite?
- Bom, é... Basicamente é isso.
Respondeu Scorpius sem jeito. Será mesmo que a menina estava tentando ajudá-lo?
- Sendo assim, eu acredito em vocês, mas simplesmente porque vocês são vocês. E ainda hoje deu para escutar das estufas uma de suas discussões. Mas apesar disso, estavam fora da cama quando o horário de se recolher já havia passado. Por isso vou dar a ambos uma detenção, e vou tirar 10 pontos da Grifinória e 10 pontos da Sonserina. Acompanhem-me até a minha sala, por favor, vamos decidir qual será a sua detenção.
- Sim senhor Professor Longbottom.
Responderam os dois. E acompanharam Neville. Vez por outra Rose lançava um olhar fulminante para Scorpius. Umas duas vezes ele pensou que a garota fosse atacá-lo, e só não o fez porque estava na presença de um professor. Ao chegarem a sala do Professor, ele indicou duas poltronas para ambos se sentarem.
- Bom vocês são provavelmente parte do grupo de alunos mais brilhantes que passaram por Hogwarts. Nunca pensei que vocês levariam uma detenção, muito menos que eu seria o professor responsável por ela. Mas regras são regras, então vamos ver...
- Professor...
Disse Rose como que pedindo permissão para falar.
- Sim Senhorita Weasley?
- O senhor poderia... Por favor... Nos dar detenções separadas?
- Não Rose, não poderia. Acho que sendo vocês quem são, seria castigo suficiente ficar um pouco mais na companhia um do outro.
- Mas professor... Por favor!
- Sinto muito Rose. Mas essa é a minha palavra final.
Rose olhou para o professor com um olhar tão fulminante que Scorpius pensou que ela também fosse atacá-lo.
- Então, vamos ao que interessa...
- Professor?
Desta vez foi Scorpius que o interrompeu.
- Pois não senhor Malfoy.
- O senhor vai escrever a nossos pais?
- Certamente que não. Se toda vez que eu aplicasse uma detenção por horário de recolher restringido por alunos eu fosse enviar uma carta comunicando aos pais, bom, creio que estaria com uma séria tendinite agora.
E deu um leve sorriso. Scorpius e Rose pareciam bem mais aliviados.
- Obrigada professor.
Respondeu o garoto.
- Não acho que deva me agradecer, ainda vou dar uma detenção a ambos. Vejamos, algumas semanas atrás, algum aluno invadiu a estufa número oito e roubou uma considerável quantidade de plantas perigosas. Vocês precisaram basicamente montar guarda na estufa, por uma semana, até que eu encontre mais uma dupla de alunos desobedientes para ficar no lugar de vocês. O castigo começará amanhã às 21:00. Me procurem durante a hora do café da manhã ou no almoço para que eu lhes dê o passe para passar do horário de recolher. Bom, isto é tudo. Boa noite vocês dois.
Rose e Scorpius desejaram boa noite ao professor, e seguiram para os seus respectivos salões comunais.
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