Capitulo 4 – Aquele do qual ha
Capitulo 4 – Aquele do qual havia me esquecido.
– Bem, acho que não preciso me apresentar, já que todos estavam no salão comunal no jantar de volta as aulas. Também sei que nenhum de vocês querem realmente ter aula depois de um intenso feriado de natal. Mas caso algum dos senhores estivessem distraídos na hora, sou Angelina Simpson, sua nova professora de DCTA.
– É professora provisória ou permanente? – perguntou Scorpions Malfoy.
– Isso depende de como irá ser o decorrer do ano.
– É casada? – perguntou um garoto no fundo da sala.
– Não! Estou livre, leve e solta... Completamente desimpedida. Só não entendi o que a pergunta tem a ver com a escola?
– Nada não... – sorriu maliosamente.
– Mais alguma pergunta?
– Prof ª Simpson... – começou Rose.
– Angelina!
– Como?!
– Prefiro que me chame de Angelina, srtª Weasley.
– Ah sim... Bem, o antigo professor dessa matéria estava passando sobre os vampiros.
– Hum... A srtª quer que eu continue a matéria?
– Acho que seria o correto.
– Conhecendo sua mãe, acredito que já tenha lido o capitulo todo referente aos vampiros.
– Bem, sim...
– E também feito seus amigos estudarem contigo.
– É, mas...
– E pelo que sei o antigo professor já estava no final da matéria.
– Sim. – disse Rose finalmente entendendo onde Bonnie queria chegar.
– Então por que eu teria que continuar uma matéria que todos já sabem? Seria perda de tempo, não concorda comigo srtª Weasley?
– Claro, você tem toda a razão. – respondeu Rose sorrindo.
– Fico feliz que tenha me compreendido. Mais alguma pergunta?
Todos da sala continuaram em silencio, parecia que todos conseguiram satisfazer sua curiosidade momentânea.
– Bem, acho que para o primeiro dia não precisamos rever nada, ainda mais por que sei que ninguém aqui irá prestar atenção, claro que com algumas exceções. Só quero que ninguém se atrase amanha, pois começarei com a matéria e não pegarei leve, vocês estão atrasados na minha concepção. Têm que ter mais pratica, teoria só não basta, que se pensarem melhor a teoria se pode esquecer, mas a memória física nos segue sempre. Não faremos aulas somente na sala, iremos fazer em todo o castelo e faremos trabalho de campo. Ensinarei a se defender sem magia, porque se não estiverem com a varinha e não saberem como se defender é vergonhoso. Vão aprender luta de espadas, adagas, punhais, chicotes, facas, facões durante esse ano. Na parte teórica alem de aprenderem sobre as criaturas mágicas e maléficas, aprenderam como vivem e seus pontos fracos, para vencerem seu inimigo, têm que conhecê-lo. Prova do que falo é o pai de um dos alunos que estão aqui, Harry Potter, pai de Alvo Severus Weasley Potter, que para derrotar Voldemort, o conhecido Lorde das trevas teve que conhecê-lo, saber de suas historias de infância e de vida, descobriu seus pontos fracos e salvou o mundo mágico, mesmo quando todos estavam contra ele.
– Professora?
– Sim Alvo!
– Como sabe de tudo isso.
– Querido, eu simplesmente sei, e um bom mágico nunca revela seus segredos. – sorriu cúmplice para o jovem Potter. – Então o terceiro ano está liberado.
– Mas a aula ainda tem quarenta minutos.
– A aula acaba quando eu digo que acaba. Estão dispensados.
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Alvo e Rose foram direto para os jardins enquanto esperavam o próximo horário, ambos muito calados, ainda impressionados com a nova professora. Nunca tiveram uma professora tão firme e determinada. Na opinião de Alvo, nem tem bonita. Ele tinha ficado encantado com Angelina, no caso, Bonnie. Nem com todas as historias que ouviu dela com sua tia Mione poderia Imaginá-la assim. Na sua opinião ela era fantástica.
– Interessante...
– Disse alguma coisa Alvo? – perguntou Rose.
– Eu não tenho certeza, mas parece que ela esconde algo. – respondeu Alvo pensativo.
– Ai Al, eu te contei pra não falar nada sobre ELA, esqueça por enquanto quem ela foi, pra nós ela é nossa professora, a Angelina Simpson, não Bonnie. Entendeu?
– Sim... – murmurou.
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Bonnie estava tensa, aquilo não era o que ela queria. Tudo voltaria, tudo.
Levantou-se e foi até a janela observou tudo que sua visão pode alcançar. Sentia-se mal, viu duas corujas vindo até sua janela. Uma branca e outra negra. Deixou as duas entrar e pegou as cartas. Uma era DELE, sabia muito bem. Mas a outra não fazia a menor idéia. Uma letra muito bonita e arredondada. Poderia ser de mulher se na margem esquerda inferior do envelope não tivesse escrito: Pa.
Pa... Padre...
No envelope estava escrito para srtª Simpson.
Não conhecia ninguém que pudesse conhecê-la como Angelina Simpson, muito menos um padre. E não podia ser aquele padre. Era coincidência demais. Mas a vida inteira dela aconteceu coisas estranhas, inexplicáveis. A carta era de Veneza, de uma paróquia. Resolvendo o impasse, abriu a carta e começou a lê-la atentamente, sentiu algo prender na garganta.
Bonnie,
Não importa como sei que é você, simplesmente sei. Faz muito que não nos vemos e gostaria de voltar a vê-la em breve. Soube que esteve aqui em Veneza a pouco tempo, não entendo porque não veio a minha paróquia. Talvez não se lembre de mim, se for é uma pena. Sou o padre Antonio, o padre encarregado para que se conversasse na sua condenação, o que te libertou... O que nunca te esqueceu. Uma vez me disse que me amava, eu não pude a corresponder, por mais que meu coração a quisesse, eu não podia, eu ainda não posso, pois dedico minha vida completamente a Deus. Fiquei muito preocupado durante esses anos sem saber de você, e fiquei triste quando soube que não mudou de vida. Gostaria fazê-la ver o caminho certo.
Logo iremos nos ver...
Seu padre.
Tanto tempo, pensou que poderia deixar para trás, mas o passado sempre volta, não podemos fazer nada para mudar. Mas não ia desistir, mesmo no errado, ela sempre terminava o que começava. Foi inevitável as lagrimas surgirem em seus olhos. Foi difícil fugir mas tinha que tentar. Lembrou-se do dia que fugiu.
Morgan caminhou cruzando a cela até chegar na outra ponta pegando um xale de algodão bege.
– Esse xale foi o Johnny que me deu. Usei ele no dia em que perdi minha virgindade. Só que naquele dia eu estava com a cabeça em outro lugar... – soltou uma risada forçada pondo o xale bege na cabeça tampando boa parte do seu rosto. – Reza comigo padre.
– Claro...
O padre pegou o capuz e cobriu o rosto também, ajoelhou com Morgan no chão fria de pedra e pos a rezar. Sentiu um aperto no coração. Era a ultima vez que estaria com ela, a ultima. Nunca mais a veria, ouviria suas historias seus lamentos suas risadas. Nada, sentiu algo estranho no peito. Não podia estar acontecendo, sentia-se atraído por ela , mas ele era padre, isso não podia acontecer.
Morgan abriu os olhos e viu as feições do padre na sua frente, ele era tão jovem, o que deveria ter acontecido pra decidir virar padre? Viu que parecia que ele estava sofrendo, com vontade de chorar, acabou sentindo isso também, então entendeu. Ela sempre esperou seu anjo pra salvá-la, mas o confundiu com o homem errado, o certo estava bem na sua frente, só que ele não a salvaria do seu destino trágico, só sua alma pra poder ir em paz. PAZ!... Finalmente sentia isso crescer no seu coração. Deu um sorriso terno vendo como o padre parecia triste. É... parece que finalmente alguém sentirá falta de mim de verdade, agora eu sei o que é se sentir amada.
– Eu te amo... – sussurrou Morgan fazendo o padre abrir os olhos surpreso.
Ele não esperava por isso, sentia sim algo por ela não podia negar. Ela não ia morrer, ele não deixaria, ela só fez escolhas erradas na vida.
– Morgan, levante-se. Tenho um plano.
– Como?! O que... – Morgan parecia confusa de mais.
– Confie em mim.
– EU confio.
– Então tire a roupa.
– PADRE! O que...
– Faça o que eu digo!
Morgan atendeu seu pedido. Tirou devagar suas roupas e viu seu padre fazer o mesmo. Começou a entender o que ele queria dizer, o que faria. Viu que o padre estava envergonhado, percebeu também que ele tinha um belo físico para um Homem de Deus. Pegou a batina dele e a colocou fez um coque na cabeça e o xale negro que o padre tinha vindo, enquanto isso o padre colocava o longo vestido bege que ela usara e o xale da mesma cor.
– Vá direto, não fale. Daqui a uma hora já tem que estar longe daqui.
– E você?
– Eu ficarei bem. Estarei aqui rezando por você. Agora vai!
Morgan fez que sim com a cabeça e foi caminhar para fora da fortaleza. Virou um dos corredores e deu de cara com Harry Potter e uns guardas.
– Quer ajuda para sair padre? – ofereceu Harry.
Acenou com a cabeça indicando que sim.
Um dos guardas acompanharam os dois pelo caminho.
– Sabe seu padre, fico triste por ter que presenciar tudo isso, sinceramente não queria que condenar a Bonnie, mas não posso fazer nada.
O caminho até a saída foi mais tranqüilo. Sem palavras estava lá fora. Livre. Antes que percebessem aparatou.
Aparatou para sua Liberdade.
Ele foi tão gentio, com certeza enfrentou dificuldades depois por ter ajudado uma condenada a fugir. Ela foi tão ingrata.
Ouviu passos vindo e saiu da sala. Não queria que ninguém visse seu estado.
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Autora de volta a ativa....EEEEEEEEEEEEEEEe
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