Capítulo um



Dificil Começo
Parece impressionante, quando não se tem quem se ama por perto, os dias parecem que passam como anos, mas sua memória continua intacta. Dez anos, muito tempo não acha? Mas, se eu quisesse e eu quero, poderia descrever cada momento marcante de minha vida, cada sorriso, cada aventura, cada beijo.
O tempo passa, e sei que não permanecerei por muito tempo nesse mundo, então decidi que não poderei deixar que se esquecessem de minha amada, peguei um pedaço de pergaminho e uma pena, nunca fui bom com as palavras, ela sempre foi melhor, mas vou tentar mostrar a vocês que um amor é eterno e incondicional.
O começo para mim sempre foi o mais difícil, nunca soube de verdade quando comecei a amá-la, foi tudo tão rápido, a amizade, o amor e a perda. Até hoje me pergunto se poderia ter sido diferente, se poderíamos ter brigado menos, mas iríamos fazer as pazes menos vezes, pergunto-me se poderíamos ter sido mais sinceros com nossos corações, depois da morte, descobrimos que poderia ter sido diferente. Descobrimos inúmeras soluções. Nós ainda erramos jovens na época e não sabíamos o que os esperava, tínhamos a sensação de liberdade, de sermos invulnerais e invencíveis, éramos tolos.
Quero viver tempo suficiente para que possa ser inventado um vira-tempo potente o bastante para voltar dez anos sem alterar os bons acontecimentos da realidade. Dizem ser impossível, também se dizia impossível que três jovens conseguissem derrotar o Lord das Trevas. A vida me ensinou a nunca perder as esperanças.
Vou começar então, pelo final da Guerra, tudo estava bem novamente, pelo menos era o que achávamos. Entrei no curso de auror e me formei ao lado de meu amigo, Harry Potter, um menino de cabelos negros e rebeldes e olhos verdes esmeraldas, ela (Hermione) tinha começado no ministério, estava tão feliz, tão radiante.
Então tomei coragem, revelei meus sentimentos, por um momento achei que ela iria me rejeitar, mas quando suas palavras entraram em meus ouvidos, um sentimento estranho tomou conta do meu corpo, era um sentimento que não consigo definir, era perfeito.
“Eu também te amo Rony, mas do que tudo.”
Mas uma coisa que nunca esquecerei, foi seu sorriso, tão verdadeiro, tão cheio de significados, um sorriso que vi poucas vezes em seu rosto. Estava tudo perfeito, as brigas que se tornaram pouco freqüentes, e nos estávamos felizes, pelo menos eu estava.
E ai, veio o meu ciúme, maldito ciúme, tudo porque encontrei uma carta do Vítor Krum, que pedia para Hermione ser madrinha de seu filho que iria nascer. Enlouqueci, cego de ciúme não aceitei, terminamos pela primeira vez, se eu tivesse um vira-tempo eu começaria por não ter terminado com ela naquele dia. Percebi meu erro, percebi que não conseguiria viver sem ela, movi mundos e fundos, pedi desculpas e entre lágrimas ela aceitou.
Reatamos, nosso amor parecia que crescia a cada dia. Achei que era hora do nosso namoro evoluir, se é que me entendem, mas falar com ela foi o mais difícil:

”Bom...Hermione nós estamos namorando a algum tempo e...”_a vergonha não me
deixou terminar a frase.

” O que Rony? Pode falar amor!”_ a voz calma dela me deu um pouco de coragem.
”...já passamos dos 17 certo?E pensei que...”_ tava difícil falar

” Pensou o que Rony? Fala, ta me deixando curiosa!”_ era melhor eu falar logo, ela odiava ficar curiosa

“ Transar!”_ Falei de supetão, ela ficou me olhando com um olhar indecifrável, estranho.

”Er...eu posso pensar?”_ ela falou desconfiada

“C...claro!”_ lembro que sorri falsamente para ela, tentando me mostrar impassível, mas por dentro as duvidas estouraram em minha cabeça.Tinha quase certeza que ela iria dizer não.

Depois de uma semana me surpreendi, sua resposta foi sim, eu quis que nossa primeira vez fosse perfeita, preparei tudo, a casa, lembro que tive que gastar uma grana para convencer o Harry a me emprestar o Lago Grimmauld, mas valeu a pena, escureci a casa e sai, a levei para jantar no Beco, sempre amei a comida de lá, depois fomos para o n° 12, ela ficava linda a luz de velas, sim eu iluminei a casa com velas. Aconteceu, tivemos a nossa primeira noite, foi linda, incomparável, talvez só porque existia amor.
Um mês depois Hermione me procurou desesperada, apreensivo perguntei o que era

” Rony, eu... eu... estou grávida”

Por um momento perdi o chão, não sabia o que fazer, eu era muito jovem para ser pai. Desapareci, outra coisa que mudaria no meu passado, mas minha mãe que descanse em paz, me mostrou que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve na vida e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou, e realmente apesar de sermos jovens, nos já tínhamos enfrentado coisas inimagináveis, compreendi então que não poderia ter abandonado-a, tentei concertar meus erros novamente, fui até ela, e me lembro bem da resposta que recebi depois do pedido de desculpas:

“Errar é humano, perdoar é... Divino.”

Como ela podia ser tão doce e compreensiva? Como ela podia amar um ser como eu?Dissia-se que os opostos se atraem, talvez por isso que toda vez que ela estava longe, parecia que o tempo parava e faltava uma parte de mim.
Com meu salário de auror, aluguei uma casa em Surrey para nós, não era muito grande, mas era aconchegante, os oito meses posteriores foram de descobertas para mim, tive que aprender até a usar dinheiro trouxa. Hermione teve varias vezes surtos durante a noite, querendo comida trouxa, minha mãe havia me falado para não contrariá-la, pois era coisa de mulher grávida, foi o que fiz.O nono mês chegou rapidamente e com ele o momento mais esplendido da minha vida, o nascimento da minha filha. Era uma noite quente de verão, e eu estava no hospital Santo Mungus, esperando um Medibruxo me dar noticias, havia horas que ela estava lá dentro, talvez menos, na verdade me lembro que de tanta ansiedade e nervosismo, as horas e os minutos se tornaram iguais.
Então ouvi um choro, um choro de bebê e soube no mesmo instante que ela havia nascido, eu era pai, minha família, que também estava no hospital comemorou, era mais uma Weasley.Fui para casa descansar.
No dia seguinte fui o primeiro a entrar no hospital, com um buquê de rosas em uma mão e um unicórnio de pelúcia rosa na outra. Lembrou-me até hoje do numero do quarto, era número 31, até hoje esse número me dá sorte.
Quando a porta desse se abriu, foi como se um novo mundo mágico se abrisse diante de meus olhos,tudo havia mudado, e não poderia correr o risco de errar novamente,tinha, naquele momento, não só um, mas dois motivos para viver.
A criança no colo de Hermione era linda, tinha os poucos fios de cabelos da cor dos da mãe e seus olhos eram azuis como o céu.

”Nossa filha, nossa menina Rony!”_as palavras de Hermione eram serenas e extremamente apaixonadas.

”Quero que se chame Rose, pois tem a beleza de uma rosa!” _ falei quase não me contendo de felicidade.
Ser pai, Meu Merlim, naquele momento compreendei o que meu pai dizia quando falava:
“Vocês vão ter filhos e vão saber como é!”
E eu soube. Era uma sensação maravilhosa, era um amor sem fronteiras, diferente de todos os outros, a vida tinha um sentido a mais, era algo a mais para acreditar e lutar, sorrir e sonhar.
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N/A: Vou postar o primeiro capitulo, se gostarem comentem pliss
** Façam uma autora feliiz **
;D

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