O Imperador e a Medicina (29/0

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Capítulo 18 – O Imperador e a Medicina

Na porta de uma loja, um mendigo nos estendeu a mão. Sirius Black passou reto, mas eu pensei em Gina e no seminário, tirei umas moedas do bolso e dei ao mendigo. Este beijou as moedas e eu lhe disse que pedisse a Deus por mim, a fim de que eu pudesse satisfazer todos os meus desejos.
--Sim bom garoto!
--Meu nome é Harry - acrescentei para que ele pedisse direito.
...

Sirius ia tão contente que trocou o homem pomposo, como era à rua, pelo homem dobradiço e inquieto. Mexia-se todo, falava de tudo, fazia-me parar a cada passo diante de uma loja ou de um cartaz de teatro. Me contou o enredo de algumas peças, recitava monólogos em verso. Afinal após algum tempo, o homem tenso rendeu o flexível, e passou a falar pausado novamente, com superlativos. Vi que a mudança não era natural e fiquei com medo que estivesse mudando de idéia. Passei a tratá-lo carinhosamente até entramos no ônibus.
...

No meio do caminho, encontramos o Imperador, que vinha da Escola de Medicina. O ônibus em que íamos parou, como todos os veículos; os passageiros desceram à rua e tiraram o chapéu, até que o coche imperial passasse. Quando voltei ao meu lugar, trazia uma idéia fantástica: falaria com o Imperador e pediria sua intervenção! Não contaria isso a Gina.
"Sua Majestade pedindo, mamãe cede" - pensei comigo.
Vi então o Imperador me escutando, refletindo e acabando por dizer que sim, que iria falar a minha mãe! Eu beijava sua mão com lágrimas em meus olhos. E logo estaria em casa, esperando até ouvir os batedores e a cavalaria - É o Imperador! É o Imperador!
Haveria um grande alvoroço na vizinhança: “O Imperador entrou em casa de D.Lílian! Que será? Que não será?”.
Então o Imperador, todo risonho, entraria em casa e pediria a minha mãe que não me fizesse padre. E mamãe aceitaria de bom grado.
--A medicina, por que lhe não manda ensinar medicina?
--Uma vez que é do agrado de Vossa Majestade.
--Mande ensinar-lhe medicina; é uma bonita carreira, e nós temos aqui bons professores. Nunca foi à nossa Escola? É uma bela Escola. Já temos médicos de primeira ordem! A medicina é uma grande ciência: basta só isto de dar a saúde aos outros, conhecer as doenças. É uma bonita carreira: mande-o para a nossa Escola. Faça isso por mim, sim? Você quer Harry?
-- Mamãe querendo.
-- Quero meu filho. Sua Majestade manda.
Então o Imperador dava outra vez a mão a beijar, e saía acompanhado de todos nós, a rua cheia de gente, as janelas lotadas, um silêncio de assombro: o Imperador entrava no coche. Inclinava-se e fazia um gesto de adeus, dizendo ainda: "A medicina, a nossa Escola." E o coche partia.
Tudo isso vi e ouvi. Não eu não estava ficando louco, apenas procurando por consolo. Fiquei quieto por instantes até me conformar com o tamanho absurdo que havia pensado.
Obviamente que esta história de medicina era uma desculpa para que eu não precisasse sair da cidade. Tudo bem ir para Londres, mas a América... Era muito longe, muito mar e muito tempo.

Viva a medicina! Iria contar esta idéia a Gina...

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N/A: Me perdoem!! Mais um capítulo, que digamos, está bem confuso!
Mas o 19 já está a caminho para ainda hoje! Quero começar a contar mais sobre Harry e Gina!! Todo esse rodeio é necessário e faz parte da trama!

*Ah, não sei se interessa a vocês...mas a fic já está acabada...É só digitar...

Muitos beijos a todos!

Anna!

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