Dona Lílian (18/04/2008)

Dona Lílian (18/04/2008)



Capítulo 6-Dona Lílian

Minha Mãe era um anjo. Quando lhe morreu o meu pai, James Potter, tinha apenas trinta e um anos de idade e podia voltar para Godric’s Hollow. Não quis, preferiu ficar perto do lugar em que ele fora sepultado. Vendeu a fazenda e os escravos, comprou uma dúzia de prédios, certo número de apólices, e deixou-se estar na casa de Hogsmeade,onde vivera os dois últimos anos de casada. Era filha de uma senhora inglesa, descendente de outra irlandesa, a família Evans.
Naquele ano de 1857, D. Lílian Evans Potter completava quarenta e dois anos de idade. Era ainda bonita e moça, mas teimava em esconder os saldos da juventude, por mais que a natureza quisesse preservá-la da ação do tempo. Vivia metida em um eterno vestido escuro, sem adornos, com um xale preto, dobrado em triângulo e abrochado ao peito por um camafeu. Os longos cabelos ruivos, sempre presos sobre a nuca por um elegante coque.Alguma vez trazia um chapéu creme.Os brilhantes olhos verdes escondidos sob a sombra do amor perdido. Lidava assim, com os seus sapatos de salto, a um lado e outro, vendo e guiando os serviços da casa inteira, desde a manhã até à noite.
Tenho ali na parede o retrato dela, ao lado do marido, igual na outra casa. A pintura escureceu muito, mas ainda dá idéia de ambos. Não me lembro nada dele, a não ser vagamente que era alto e tinha os cabelos negros espetados como os meus. O retrato mostra os óculos redondos ao redor dos olhos, que me acompanham para todos os lados, efeito da pintura que me assombrava quando pequeno. O de minha mãe mostra como era linda. Contava então vinte anos, e tinha uma flor entre os dedos. No painel parece oferecer a flor ao marido. O que se lê na cara de ambos é que, se a felicidade conjugal pode ser comparada à loteria, aqueles dois haviam tirado o bilhete premiado!
Aqui os tenho os dois bem casados, os bem-amados, os bem aventurados, que se foram desta para a outra vida, continuar um sonho provavelmente. São pinturas que valem por originais. O de minha mãe, estendendo a flor ao marido, parece dizer: "Sou toda sua, meu guapo cavalheiro!" O de meu pai, olhando para a gente, faz este comentário: "Vejam como nos amamos...”. Se foram felizes, não sei, como não sei se tiveram desgostos: era criança e não me atentava a isso. Depois da morte dele, lembro-me que ela chorou muito. Mas aqui estão os retratos de ambos, sem que o encardido do tempo lhes tirasse a primeira expressão. São como fotografias instantâneas da felicidade.

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N/a: Bom, eu acredito que este seja o último capítulo de descrição de personagens e finalmente entraremos na história!! Espero poder postá-lo ainda hoje!!

Preciso de uma capa!!!!

Como agradecer aos comentários de vcs??

MUITO OBRIGADA!!

Acho que todos sabemos como é importante esta tipo de apoio...

Miica- eu simplesmente AMO "além do que se vê!", mal posso esperar pra saber pq a Gina pensa ser filha da sapa velha...rsrs! Beijosss

Sabine- Ahh! Vc tem o livro!! Me passa o link!! Obrigada por comentar!!beijoss!!

Barney - Não sei como agradecer todo o apoio que você me dá! Muito obrigado mesmo!!!! beijão!!


beijinhos

Anna!

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