O que diabos é isso?



Durante todo o trajeto para a Sala Comunal, Harry pensou em como ele convidaria Hermione. Tinha que ser sutil. Tinha que ficar claro que ele queria ir como amigo, mas sem eliminar uma possibilidade, mesmo que remota, de Hermione corresponder ao que sentia.
E afinal, o que ele sentia? Não era o que sentia por Cho, com certeza não. O que ele sentia por Cho era um tipo de admiração. Já Hermione era diferente. Era como se ela fosse essencial, tanto quanto respirar. Quando ela não estava por perto, ele sentia-se sufocar. A vida era muito mais divertida ao lado dela: ele ria mais vezes e com mais alegria.
O que era isso? E como ele ficara assim? Afinal, ele a conhecia desde a primeira viagem de trem para Hogwarts. Era verdade que nos primeiros meses não se deram muito bem. Mas ela estava em todos os momentos da sua vida desde que podia ele se lembrar. Tudo o que fizera de importante fora com a ajuda dela.
Quem o ajudara a passar da sala das Poções e proteger a Pedra Filosofal no Primeiro Ano? Quem descobriu que o monstro da Câmara Secreta era um basilisco? Quem o ajudara a enfrentar cem dementadores na margem do Lago?
Quem fora a única pessoa a ficar do seu lado quando o Cálice de Fogo o escolheu para Campeão da escola? Quem o ajudara a praticar o Feitiço Invocatório? Quem mais se preocupava com Harry, e mais pegava no seu pé para decifrar o ovo, apenas por medo de que algo acontecesse a ele?
Harry nunca tinha percebido o quanto devia a ela. Lembrou-se de uma época no Terceiro Ano em que não falou com a amiga por que ela contara à Prof. McGonagall que ele recebera uma Firebolt, e sentiu sua consciência pesar quando lembrou que Hagrid dissera que ela estava realmente muito magoada.
Harry sentiu-se o menor dos humanos. Como fora capaz de fazer uma pessoa tão doce, meiga, delicada como Mione sofrer? Ele não sabia se conseguiria suportar ver a garota derramar uma lágrima, por sua causa ou não. Seu coração se enchia de alegria ao vê-la sorrir.
Ah, aquele sorriso! Tão doce, tão sincero. E ainda mais bonito depois que ela reduzira os dentes da frente. Harry faria de tudo para provocar aquele sorriso no rosto de Mione.
- Meu Deus, estou ficando louco! – disse ele a si mesmo.
- Certamente que está! – seu comentário havia acordado um quadro. Bocejando, ele se virou para o lado e voltou a dormir profundamente.
O comentário do quadro tirou Harry de seus pensamentos e ele percebeu que já estava chegando à Sala Comunal. Subiu as escadas que faltavam, deu a senha à Mulher Gorda e entrou.

N.A.: Comentários animam... xD

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