O emprego de Sirius
Capítulo 19 – O emprego de Sirius
Após receber a carta de Sirius avisando que tinha interesse em lecionar a disciplina Transfigurações em Hogwarts, Gaya resolve visitá-lo, visto que ele havia deixado o endereço e falando que ela podia fazer isso.
Junto com ela foi a diretora de Sonserina, para explicar melhor quais as funções de um diretor de casa. Chegaram via floo a um apartamento claro, com sofás vermelhos de frente para a lareira.
Era meio dia e nem havia sinal de Sirius.
- Será que ele se esqueceu e saiu? –perguntou Gaya
Mas os ouvidos aguçados de Perséfone detectaram barulho vindo do quarto.
- Não... Tem alguém lá no quarto. To ouvindo gemidos. Pelo menos parecem gemidos. –falou Perséfone
- Será que alguém o atacou? –perguntou Gaya
- Vou averiguar. –falou Perséfone
As duas sacaram as varinhas e caminharam lentamente até o quarto. Perséfone foi à frente. A porta do quarto, de mogno, estava fechada.
- Me dá cobertura. –falou Perséfone
Gaya se posicionou ao lado da porta e Perséfone parou na frente. Apontou sua varinha para o objeto de madeira.
- Bombarda Máxima! –falou Perséfone
A porta abriu com violência, batendo na parede ao lado e fazendo muito barulho.
Sirius estava dormindo. Desde que Anastácia lhe dera o pé na bunda há dois dias que ele não parava de beber. E havia tomado um porre homérico de Vodka barata no dia anterior.
Acordou assustado devido ao arrombamento da porta do quarto. A claridade ferindo-lhe a vista.
Sentia a cabeça doer horrores. Nunca havia tido uma ressaca tão violenta.
- Sirius? Você está bem? –perguntou Perséfone
- O que foi, Lestrange? –perguntou Sirius com voz de sono
As duas entraram no quarto.
- É meio dia. O horário que você marcou com a gente para a reunião. Esqueceu? –perguntou Gaya preocupada
A cara de Sirius dava a impressão que ele tava passando muito mal.
- Será que ele ta doente? Ou passando mal? –perguntou Gaya
- Espero que esteja à beira da morte, pois se não estiver eu vou deixar. –falou Perséfone
- Escute aqui, menininha... –falou Sirius
Perséfone apontou a varinha para ele.
- Sou toda ouvidos. –falou Perséfone
- Perse, querida... Acho que ele está passando mal. –falou GAya
- Não, diretora. Ele passou bem... Bem da medida da vodka ontem. –falou Perséfone
- Ele ta de ressaca? –perguntou Gaya
- E pelo visto, temos um porre misto de Vodka vagabunda com Whisky de fogo, cachaça e run dos piores. Aliás, é impressão minha ou temos glicose aqui também? –perguntou Perséfone
- Não tem como saber isso. –falou Sirius
- Para a sua infelicidade, tenho um olfato canino. Literalmente falando. –falou Perséfone
Sirius resmungou algo baixinho.
- E uma audição também canina. –falou Perséfone
- O que em você não é canino? –perguntou Sirius debochado
- Meu senso de humor... É mais para o de uma Comensal bem sádica. Levanta dessa cama! E agora! –falou Perséfone
- Minha cabeça ta doendo horrores. Não dá! –falou Sirius
- Podemos voltar mais tarde, Perse. –falou Gaya
- Não, mais tarde eu tenho compromisso. Sirius, querido, você ta de ressaca. Vou te ensinar uma coisa bem simples que imaginei que você soubesse: NUNCA misture um monte de porcarias, entendeu? A combinação vodka vagabunda + Whisky de fogo do Mundungo, ou seja, contrabandeado, + run de décima quinta categoria + cachaça falsificada não termina em coisa boa. E aposto que tomou glicose. –falou Perséfone
- Tomei. Passei muito mal com uma empadinha que eu comi. –falou Sirius
- Querido, nem eu consigo ser tão descaradamente cara de pau. E olha que é difícil alguém me superar nisso. –falou Perséfone
- Ta doendo demais... Eu não to agüentando. –falou Sirius
- Ce ta me fazendo perder a minha paciência... Posso te causar dores bem piores do que a de uma ressaca. –falou Perséfone
- Duvido... –falou Sirius
- Vamos ver se ta pensando... Tem 8 letras e começa com c. –falou Perséfone
- Lestrange... Não faz pergunta difícil a essa hora da manhã. O que é? –perguntou Sirius
- São doze horas e 30 minutos. Já estamos de tarde. Ta curioso? –perguntou Perséfone
- O que tem 8 letras e começa com c? –perguntou Gaya
- Cruccius! –falou Perséfone
Sirius contorceu-se. Seu corpo se contraiu em um espasmo involuntário e ele acabou caindo no chão.
- Pronto... Saiu da cama. –falou Perséfone
Sirius estava apenas de cueca.
- Perse, to indo para a sala. Qualquer coisa me chama! –falou Gaya, vermelha de vergonha, saindo
Sirius levantou-se emburrado.
- To pelado. –falou Sirius
- Não... Você ta de cuequinha samba canção. É quase uma bermuda. –falou Perséfone
- Só minha esposa me vê assim. Ela vai ficar com ciúmes. –falou Sirius
- Nós dois sabemos muito bem que não. –falou Perséfone
- Você é cruel... –falou Sirius
- Querido, sou filha de dois dos mais sádicos comensais da Morte. Fui criada por Comensais. Sou Sonserina. Eu rio dos mais fracos. Minha especialidade é Magia Negra. Esperava que eu fosse como? Membro pró libertação dos elfos domésticos, adoradora do bem e dos gestos de estupi... digo, coragem? Sem chance! Somos astutos e buscamos o poder. Orgulhosos, jamais nos rebaixamos. Nada nos impede de Sempre conseguirmos o que queremos e Esperamos o momento certo para atacar. Rimos dos mais fracos. Ignoramos os idiotas. Nós somos maus e idolatramos nossa Amada Sonserina. –falou Perséfone
- Cruzes... Parece a Bellatrix. –falou Sirius
- Se não aparecer vestido em 5 minutos lá na sala, você vai se parecer com o Frank Longbottom. –falou Perséfone
Sirius acordou por completo nessa hora.
- Você não... –falou Sirius
- Não desafie. –falou Perséfone dando as costas
Sirius ficou parado olhando ela caminhar até a porta.
- Seu tempo ta correndo... –falou Perséfone com um sorriso sádico no rosto
- Parece a Bella demais... Ainda bem que não conviveram muito. –murmurou Sirius
- Eu ouvi... –falou Perséfone
- Como eu vou saber que não vai olhar? –perguntou Sirius
- Se eu quisesse te ver peladão teria te arrancado o cuecão com a Gaya aí mesmo. –falou Perséfone
- Ta na sala? –perguntou Sirius
- Em quatro minutos você estará no chão de novo. E sim, estou na sala. –falou Perséfone
Sirius trocou rapidamente de roupa.
Apareceu na sala em menos de 3 minutos.
A cara estava amarrotada, os cabelos pareciam não ver um pente há pelo menos muitos anos. E não estavam mais curtos. Eram compridos. Isso acontecia toda vez que ele ficava triste.
Perséfone estava sentada em uma poltrona de frente para a porta do corredor. Gaya estava de costas para essa.
Sirius sentou-se ao lado da Gaya.
- Bem, vim para combinar o contrato contigo... Pode ser o contrato padrão? –perguntou GAya
- Claro. Aulas para todos os anos e moradia durante o semestre letivo no castelo. –falou Sirius
- Bem, Eu trouxe o contrato para você assinar... Mas antes temos que conversar umas coisas. É comum você se embebedar assim? –perguntou Gaya
- Não... Só desde que a minha esposa me chutou. –falou Sirius
- Ela te chutou? Tadinho... –falou Gaya
- Não tem pena de mim, Lestrange? –perguntou Sirius
- Foi mal, nasci sem senso de piedade. Aliás, querido, dá para parar de sentir peninha de si? Você mesmo disse que não a amava. –falou Perséfone
- Disse? –perguntou Gaya
- Anteontem. Só que eu acho que ele tava meio alto depois de 4 doses de vodka. –falou GAya
- Quatro??? –perguntou Gaya segurando o riso
- Pois é... Quatro. –falou Perséfone rindo da cara dele
- Você é muito má... –falou Sirius
- Assina aqui... E eu achando que você poderia ser alcoólatra! Que cabeça a minha! –falou Gaya rindo
- Mas eu tenho resistência à bebida. –falou Sirius
- Tem resistência nenhuma! –falou Perséfone
Perséfone estava gargalhando.
- Dá para parar? –perguntou Sirius
Perséfone olhou séria para ele.
- Bem, é só assinar aqui. –falou Gaya
- Você é igual à maluca da sua mãe! –falou Sirius olhando para Perséfone
- Já parou para pensar que pode estar ferindo os meus sentimentos? –falou Perséfone séria
Seus olhos encheram-se de lágrimas.
- Você tem sentimentos? –perguntou Sirius
- É claro que tenho... Mas não dá a mínima, não? Afinal eu sou apenas a filha da mais sádica e insana comensal da morte, não é? Dane-se se eu tenho sentimentos! Não sou nada mais do que uma sonserina malvada, com certa facilidade em lançar maldições imperdoáveis e que nasceu na época errada! Afinal, depois da derrota do Lorde o mundo se tornou um lugar melhor! As pessoas ficaram boazinhas... Acabaram as guerras. Acabaram as discórdias. –falou Perséfone chorando
- Perse, desculpa... Eu não queria te magoar. Não era a minha intenção... Sabe como é... Eu ando meio burro por causa do porre de 4 doses de 4 bebidas diferentes ontem. Uma dose de cada. Não estou pensando. Eu não te acho uma malvada sem sentimentos. Sabe, já acharam que eu não tinha. Mas até que eu sou um pouco sensível. –falou Sirius
- Jura que não me acha uma maluca manipuladora e falsa? –perguntou Perséfone
Sirius enxugou as lágrimas dela e a abraçou.
- Juro. Eu não te acho maluca, nem manipuladora, nem falsa, nem malvada... Você é uma garota que faz de tudo para levantar a moral das pessoas. Inclusive usar Maldições Imperdoáveis. Jura que não me acha sensível demais por estar meio deprimido por ter levado um pé na bunda de uma mulher que eu não amo mais? –falou Sirius
- Você não é excessivamente sensível... É sensível na medida certa. –falou Perséfone
- Amigos? –perguntou Sirius estendendo a mão
- Amigos. –falou Perséfone retribuindo o cumprimento
Sirius assinou o contrato.
- Sabe, Sirius... Você é legal. E é especial, gentil... Até acreditou no meu choro. –falou Perséfone
- Peraí, seu choro era falso? –perguntou Sirius
- Não... Só não era 100% sincero. –falou Perséfone
- Ou seja, era falso. –falou Sirius
- Não... Só não era completamente sincero. Mudando bruscamente de assunto: sabe quais as funções do diretor de cada casa? –perguntou Perséfone
- Não. Quais são? –perguntou Sirius
- Basicamente: é responsável por todos os alunos de sua casa. Tanto quanto aos horários, quanto em relação aos treinos do quadribol. É você quem deve averiguar que não há nenhum aluno de sua casa fora da cama no horário em que deveriam estar na cama. E é você quem os pune caso eles façam algo errado fora das aulas. Ah, e nas visitas a Hogsmeade, é você quem cuida dos alunos junto com os Monitores de sua casa. –falou Perséfone
- Só isso? –perguntou Sirius debochado
- Bem... Se acontecer algo com um aluno de sua casa, a responsabilidade de avisar aos pais ou responsáveis é sua. Mas para isso você terá uma lista com os nomes e endereços. –falou Perséfone
- E mais o que? –perguntou Sirius
- Bem, na falta da Madame Hooch, os diretores das casas é que apitam os jogos. Se for Sonserina e Griffinória o responsável pelo jogo será você. –falou Perséfone
- Peraí, mas a diretora da Sonserina é você! –falou Sirius
- Não gosto de Quadribol. –falou Perséfone
- Como assim? –perguntou Sirius pasmo
Não era possível que alguém não gostasse de Quadribol. Era o melhor esporte do mundo!
- Prefiro Artes das Trevas. Mas eu posso ficar tranqüila. Minha Sonserina tem ganhado da Griffinória há 19 anos. Quase 20. –falou Perséfone
- Isso vai mudar, pode ter certeza. –falou Sirius
- Eu não contaria muito com isso... Bem, agora você já está a par das suas obrigações. Tenho que ir. Adeus, Black. –falou Perséfone
- Perse, querida, eu tenho que passar em Gringotes antes de voltar a Hogwarts. Tchau! –falou Gaya se despedindo dos dois.
- Tchau! –falou Sirius
- Xau xau! –falou Perséfone
Gaya saiu via floo.
- Bem, cachorrão... Eu vou indo antes que a comida esfrie muito. –falou Perséfone
- Almoça comigo. –falou Sirius
- Hein? –perguntou Perséfone
- Almoça comigo. Vou almoçar sozinho. Então almoça aqui comigo. –falou Sirius
- Então ta... –falou Perséfone
Sirius levantou-se e foi para a cozinha preparar o almoço para eles.
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