O apartamento em Cambridge



Capitulo 5 – O apartamento em Cambridge

Harry viu pela quarta vez consecutiva tudo escurecendo. E clareou na sala de um apartamento que ele nunca tinha visto na vida. Os sofás eram vermelhos, de dois e três lugares. Atrás do de três lugares, havia uma estante abarrotada de livros e atrás do de dois, uma escrivaninha.
Não havia televisão, mas uma lareira em frente ao sofá de três lugares. E um radio encima da lareira. Na mesa de centro, jornais falando sobre um ataque de comensais ao hospital St Mungu`s. E tratando da necessidade de maior proteção aos enfermos e médicos.
Harry ouviu um barulho no cômodo ao lado. Foi ver o que era. Sirius estava fazendo o café da manha, pelo menos fritava ovos e havia comida que lembrava um café da manha na mesa.
- Amor, ta pronto. –gritou Sirius
Harry começou a olhar em volta. A cozinha era toda branca, moveis claros e uma mesa redonda no centro,com suco de laranja, queijo, salada de frutas e ovos.
Anastácia o atravessou como se ele fosse de fumaça. Estava mais cheinha, meio gordinha.
- Se eu continuar comendo muito, n’ao vou passar pela porta mais. –faou Anastácia
- Tem que se alimentar e por 2. Como o tempo passa rápido, não? Em dois meses ele vai nascer. –falou Sirius
Foi nessa hora que Harry percebeu que ela estava grávida. E pelo visto de sete meses.
- Ela só tem mais um de vida. –falou Rodolphus
Harry havia se envolvido tanto nas visões que havia se esquecido por completo disso.
- Você vai para o hospital? –perguntou Sirius
- Não. Hoje eu vou com a Lily comprar algumas roupinhas para o nosso filhotinho. –falou Anastácia
- Leva dinheiro para lanchar na rua, caso seja necessário. Tem que comer a cada três horas. –falou Sirius
- Eles chegam a serem melosos, não? –falou Rodolphus
- Um pouco... O meu pai ainda não sabe que ela ta grávida? –perguntou Harry
- O James e ela nunca se deram bem. Mas o motivo de Sirius não ter contado nada para ninguém, nem para James é outro. Eles já imaginavam que tinham alguém deletando a ordem. Pela forma como eram perseguidos. Esse apartamento só está intacto porque usaram Fidelius. O fiel fui eu.-falou Rodolphus
- E ele nunca suspeitou de nada? –perguntou Harry
- Não... Acho que ele chegou a suspeitar, mas como os dois eram muito distantes em público, ele não concluiu nada. –falou Rodolphus
- O que houve com o filho deles? –perguntou Harry
- Ta vivo e bem até hoje. –falou Rodolphus
- Eu conheço? –perguntou Harry
- Conhece. Mas não posso falar mais do que isso. –falou Rodolphus
Quem era o filho de Sirius? Harry tentou lembrar-se de algum amigo parecido ou com o padrinho ou com Anastácia, mas não conseguia lembrar. Tetou lembrar se alguém em Hogwarts pareicia, mas só conseguiu pensar em Pansy Parkinson. Tinha cabelos negros e olhos verdes, também.
- Ele não confiava no meu pai? –perguntou Harry
- Confiava... Mas ele nunca conseguiu falar com James a sós. Apenas no dia em que decidiram que o rato ia ser o fiel do segredo. –falou Rodolphus
- Então ele tentou contar... –falou Harry
- Não só ele. Lily e Remus também. Mas eles não sabiam como. –falou Rodolphus
- Era tão complexo assim? –perguntou Harry
- Bem mais do que imagina. Foi um dos motivos que levou Bella a querer matá-lo no Ministério. E a ser premiada pelo Lorde. –falou Rodolphus
- Ela foi premiada por matar Sirius? –perguntou Harry
- Foi. –falou Rodolphus
- E o que você ganha me mostrando isso? –perguntou Harry
- Não sei se percebeu, mas eu to meio... Morto. Não dá para lucrar nada com isso. –falou Rodolphus
- Eu tinha esquecido desse detalhe. –falou Harry
- É meio estranho falar com um defunto, não? –falou Rodolphus rindo
- Com certeza. –falou Harry
Voltaram a prestar atenção na conversa de Sirius e Anastácia.
- Já pensou em um nome? –perguntou Anastácia
- Pensei em fazer uma homenagem ao James. E colocá-lo como padrinho. –falou Sirius
- Eu tinha pensado em colocar o Rody... –falou Anastácia
- Mas ele já é tio, não? –perguntou Sirius
- É... –falou Anastácia
- Vamos colocar James e Lily então... –falou Sirius
- Então pode ser o James. –falou Anastácia
- É por que vocês não se dão bem, né? –perguntou Sirius
- Não tem problema. Eu me dou muito bem com a Lily. –falou Anastácia
- Eu tava pensando em qual nome colocar. –falou Sirius
- Em que nome pensou? –perguntou Anastácia
- Pensei em Regulus, em homenagem ao meu irmão. Mas depois eu lembrei que ele é um Comensal da Morte e mudei de idéia. Pensei em Arthur, Andrew, Harry, George, Alastor... Até Rodolphus eu pensei. –falou Sirius
- Podemos fazer um sorteio. O nome que sair, fica. –falou Anastácia
- Boa idéia. –falou Sirius
- E se for menina? –perguntou Anastácia
- Ih... Eu não pensei nisso... –falou Sirius
- Gosto de Luna... Ou Maria. –falou Anastácia
- Luna é bonitinho... –falou Sirius
“- Será que a Luna é filha deles?” – pensou Harry
- Não, ela não é filha deles. –falou Rodolphus
- Não? –perguntou Harry
- Luna é loira de olhos azuis. Os dois têm cabelo preto. O cabelo do filho deles é preto também. –falou Rodolphus
- Ta difícil... –falou Harry
- Já te adianto que você vai ficar chocado. –falou Rodolphus
- Muito? –perguntou Harry
- Com certeza. O filho deles é alguém que você com certeza ainda não pensou. E você é a pessoa que melhor o conhece. –falou Rodolphus
- Não pode mesmo me falar quem é? –perguntou Harry
- Mesmo se eu pudesse, você não acreditaria. –falou Rodolphus
- Por que Sirius não me contou nada? –perguntou Harry
- Ele achou que não era certo. O filho dele foi criado achando que os pais eram outras pessoas. E os amava muito. Teria sido um choque para o menino descobrir isso. Mesmo porque, as pessoas que ele julgava serem pai e mãe dele já haviam morrido. E Sirius estava com a vida absolutamente complicada. Não achou justo colocar o filho tendo de conviver com a possibilidade do pai ser recapturado a qualquer instante. –falou Rodolphus
- Isso não deve te sido fácil... –falou Harry
- Não foi mesmo. –falou Rodolphus
- Eu vivia com medo dele ser recapturado. E eu era só o afilhado dele. –falou Harry
- Eu sei. A casa de minha família ficava no sul da Inglaterra. Ele esqueceu as cartas lá quando voltou para Londres. –falou Rodolphus
- Ele estava na Inglaterra? –perguntou Harry
- Eu tinha uma casa no sul. Só ele e Anastácia sabiam onde ficava. Quando cheguei lá, achei umas cartas escritas por você. E ele havia usado alguns pássaros que eu criava para entregá-las. –falou Rodolphus
- Os pássaros eram seus? –perguntou Harry
- Eram. Eu sempre fui apaixonado por animais. Nessa casa, há um zoológico atrás. Era aberta a visitação pública, mas fechou e ficou sob cuidados de alguns funcionários de minha confiança até a minha morte. Agora, passará para o meu sobrinho. –falou Rodolphus
Harry voltou a olhar para Sirius. Sentia pena do padrinho. Abriu mão de tanta coisa na vida...
Sirius tinha e expressão feliz, radiante. Era diferente do ar de cansado que tinha quando o encontrou na Casa dos Gritos, ou na Ordem da Fênix...
- Eu trouxe uns babadores ontem. Você estava dormindo, então eu não te acordei para mostrar. –falou Sirius
- Eu quero ver... –falou Anastácia
- Eles teriam dado bons pais. –falou Harry
- Estavam empolgados. –falou Rodolphus
- Eu vi uns modelos diferentes, com renda, mas achei meio feminino... –falou Sirius
- Eu queria ver uns que dá para bordar o nome e figuras. –falou Anastácia
- A Andy vai tricotar sapatinhos. Uns vermelhos e dourados. Nosso bebê vai ser griffinório. –falou Sirius
- Então pede para ela fazer uns verde e prata. Podemos ter um sonserino... –falou Anastácia
Sirius fechou a cara. Anastácia levantou-se e o abraçou.
- Amor, eu sou sonserina, esqueceu? –falou Anastácia
- Pensando bem, ele pode ser de qualquer casa... –falou Sirius
- Vou fazer uns casaquinhos com as cores da Griffinória, ta bom? –falou Anastácia
- Nosso bebê vai ser um grande Griffinório. –falou Sirius sorrindo de novo.
- Vai, sim. –falou Anastácia
- Será que ele vai gostar de quadribol? –perguntou Sirius
- Será que ele vai gostar de Poções e Herbologia? –perguntou Anastácia
- Não sei. Acho que eu posso tentar ajudá-lo a aprender a jogar antes de entrar na escola. E você ensina algumas das poções e chás medicinais que conhece. Assim ele vai estar familiarizado com isso antes de começar as aulas. –falou Sirius
- Falta ainda o berço, armários... –falou Anastácia
- Eu fiquei de comprar amanhã com o Remus. O berço, o armário, banheira e mais algumas coisas. –falou Sirius
- Então amanhã, depois que isso chegar, eu vejo com a Lily o resto. –falou Anastácia
Sirius puxou-a mais para si e ela sentou-se em seu colo. Depois que nosso filho nascer, vamos nos casar. E aí quero que todos saibam do nosso pequeno e de nós. –falou Sirius
A campainha tocou nessa hora. Anastácia deu um beijo na testa dele e levantou-se. Saiu da cozinha e voltou com Lily alguns minutos depois.
- Amor, a gente ta indo... –falou Anastácia
Sirius levantou-se e deu um beijo na namorada.
- Cuida dela, Lily. Até mais tarde! –falou Sirius
Harry viu as duas se despedirem dele e sair.

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