O casamento



Sirius estava ansioso. Nunca em sua vida imaginou se casar. Também nunca imaginou que poderia se apaixonar tanto e tão rapidamente por alguém. Curiosamente, ele zombava tanto das patricinhas quando era aluno... E estava se casando com uma. Em um curto espaço de tempo, passou a não conseguir mais imaginar sua vida sem ela. Queria estar perto, sentir seu toque, seu perfume... Ouvir seus gritinhos histéricos quando estava feliz... Vê-la correr assustada quando ele lhe dava um flagrante e ela estava com máscara de tratamento no rosto. Já tinha dados vários e o da mascara verde de pepino foi o mais engraçado.
Lembrava-se de Perse falando: “Para combater o excesso de oleosidade, amor. To um monstro. Não olha!”.
Também adorava quando ela o convocava para um fim de semana só deles. Faziam o que queriam. Nada de preocupações com horas, com o resto dom mundo, com mais nada. Era só ele e Perse. No último, ganhou até comidinha na boca. Almoçaram na cama, vendo filmes de terror. Os dois no mesmo prato. E ainda por cima descartável para não ter que lavar depois!
Ele às vezes se pegava recordando esses momentos. Quando passeavam por Hogwarts, pela beira do lago... Quando ouvia sua amada falando com tanto entusiasmo de Artes das Trevas. Curioso... Ele abominava as Artes das Trevas e passou a considerá-las tão normais quando conheceu Persefone...
E agora ele estava no altar. O terno negro combinando com a gravata vermelha e dourada. O cabelo cuidadosamente penteado. A barba arrumada. Ansioso. O tempo não passava de jeito nenhum. Harry estava ao seu lado e tentava acalmá-lo.
- E se ela mudou de idéia? –perguntou Sirius
- Só se for doida! –falou Harry
- Mas ela é... –falou Sirius
Harry riu.
- Calma, pai. É doida, mas não esse tipo de doida. Além do mais, a noiva sempre atrasa. –falou HArry
- Atrasa muito? Caramba, to ansioso para ver minha raposinha... –falou Sirius
- O vestido ta super in, senhor Black! –falou Rose, sentada bem na frente
- E a Perse? –perguntou Sirius
- Surpresa! –falou Rose
- Isso ta virando uma tortura... Eu não a vi o dia todo! E se ela percebeu que pode ser uma fria e pulou fora? –falou Sirius
- A madrinha dela ta chegando. –falou Harry
- E o padrinho? –perguntou Sirius
Olharam para a entrada da igreja. Naj passava com um lindo vestido vermelho e dourado, os cabelos presos em um coque, com alguns fios soltos fazendo um charme. Entrou observando os detalhes da igreja. As paredes claras decoradas com flores pequenas e rosadas. O mesmo com o trajeto até o altar. Em todos os bancos havia arranjos dessas flores. As mesmas que teriam no cabelo de Persefone. Enfeitavam os dois lados dos bancos. Os demais convidados já haviam chegado. Em alguns minutos, a igreja estava toda cheia. Sirius já estava quase enlouquecendo.
Em uma sala, atrás da Igreja, Persefone terminava de se arrumar.
- Será que o Sirius já chegou? –perguntou Persefone
- Deve estar roendo as unhas de nervoso. –falou Sofia
- Eu tenho que esperar mais? Eu não agüento de ansiedade. –falou Persefone
Perse estava vestida com um longo vestido branco com um decote em V, pedrinhas delicadas ao redor do decote e com o cabelo preto e cacheado, com o arranjo de flores pequeninas ao redor dos cachos.
Sofia estava ao seu lado. Usava um longo vestido lilás, com um decote em V nas costas. Era ela quem ajudava Persefone a terminar de retocar a maquiagem e o perfume.
- Não agüento mais... Vamos entrar? –falou Persefone
- Calma... Ainda estaríamos 20 minutos adiantadas. –falou Sofia
- Mas eu quero o meu Si! Estivemos planejando isso a semana toda. –falou Persefone
- Espera só seu pai chegar, então. –falou Sofia
Persefone sentou-se em uma cadeira. Estava pronta. Os olhos azuis pintados com uma sobra rosa. Um blush suave nas bochechas e um brilho rosa claro.
Rodolphus demorou os cinco minutos mais lentos da vida dela. Entrou com um smoking preto e uma gravata verde musgo. Os cabelos um pouco grisalhos penteados para trás com gel.
- Pronto, filha! Papis chegou. – falou Rodolphus
Persefone se levantou rapidamente, pegou na mão de Rodolphus e Sofia e aparatou na porta da Igreja.
O padre, um senhor de seus 60 anos, ficou pálido de susto.
- A noiva apareceu... do nada... –falou o padre
- Apareceu? Então mande tocar a música de entrada. –falou Sirius
O padre automaticamente fez o sinal para os músicos. A banda começou a tocar a marcha de casamento. Sofia foi a primeira a entrar. Pegou uma almofadinha com Narcisa na porta, onde estavam as alianças em cima. Caminhava lentamente rumo ao altar, seguida por Persefone de braços dados com Rodolphus. Sirius estava maravilhado. Ela estava linda!
- Pai, não dá para andarmos mais... rápido? –perguntou Persefone entre os dentes
- Não. Calma... Daqui há alguns minutos a gente chega ao altar. –falou Rodolphus rindo
E realmente, em menos de 5 minutos, chegaram ao altar. Rodolphus entregou Persefone para Sirius e foi sentar-se em seu lugar.
O padre olhou-os e fez o sianl da cruz.
- Hoje é um dia muito especial. Estamos todos aqui hoje para celebrar o amor entre Persefone Walburga Lestrange e Sirius Órion Black. Se alguém tiver algo contra essa união, fale agora ou cale-se para sempre. –falou olhando os convidados
Os comensais sacaram as varinhas. Quem levantasse a mão receberia um Avada antes de abrir a boca. Mas ninguém falou nada.
- Ninguém? Bem, então continuemos. O amor é o mais belo e complexo dos sentimentos, ao mesmo tempo forte e frágil, eterno e finito, imortal ou mortal. O amor pode tanto unir quanto separar. Pode nos salvar, mas pode ser a nossa ruína. O amor é tão poderoso que nos deixa cego ou nos faz ver coisas. Mas o melhor do amor é a sua capacidade de unir todas as criaturas, de fazer-nos doar para um outro alguém o melhor de nós sem o objetivo de recompensa. O amor nos torna mais felizes, bons, honestos... Normalmente apenas eu falo, no casamento... Mas nesse caso, gostaria que fizessem agora os seus votos. Primeiro a senhorita Lestrange.–falou o padre
E olhou para Persefone.
- Sirius Órion Black... Eu sempre busquei bens materiais. Você sabe do meu fascínio por griffes. Eu comprava tudo e nunca me sentia satisfeita. Até o dia em que te conheci. Nesse dia, percebi que eu buscava meu tudo no lugar errado. Quando descobri que eu era correspondida por você, nesse instante eu tive meu tudo. Você, meu amor, é tudo de melhor na minha vida. Você esteve na maioria dos momentos mais marcantes de minha vida. Comemorando comigo os felizes e me apoiando nos difíceis. – nessa hora, os olhos de Persefone se encheram de lágrimas – Droga, eu vou chorar. Vou borrar toda a minha maquiagem e ficar parecendo um gremilim... Eu nunca vou esquecer tudo o que fez me apoiando nos meus momentos difíceis. Eu não sei o que teria sido de mim sem seu apoio, amor. Você me faz a mulher mais feliz do mundo. Não nos conhecemos há muito tempo, mas no momento em que te vi, senti como se tivesse passado a vida toda te esperando. E esperaria se fosse preciso. Eu te amo muito. Adoro o jeito como chama a minha atenção quando eu chamo os sangue -ruins de sangue -ruins... Quando eu penso em usar Artes das Trevas e você pede para eu maneirar um pouco, pois pode ser perigoso. Amo o jeito como se preocupa comigo, como cuida de mim. Você me faz me sentir a mulher mais amada do mundo. Não consigo mais imaginar a minha vida sem você e espero passar o resto dos meus dias contigo. E se morrer de novo eu te mato, viu? –falou Perséfone
- Persefone Walburga Lestrange, eu demorei aproximadamente 1 minuto e meio para perceber que havia me apaixonado por você assim que te vi. E eu não sabia explicar porque. Eu amo seu jeito de dar tiradas nos outros, seu sarcasmo, seu sadismo... O modo como ri dos mais fracos. Amo quando solta seus gritinhos histéricos na frente de um vestido de griffe que você quer muito. E passear no shopping contigo enquanto você vai comprar mais um brilho labial na Helena Rubinstein. Amo quando acordo e você ainda está dormindo. Acho hilário quando você usa aquelas máscaras de tratamento coloridas e fica tentando tampar o rosto com suas mãozinhas pequeninas para eu não ver. Amo cada minuto e cada segundo que passo ao teu lado. Penso em você do instante em que eu acordo ao instante em que durmo. Eu não consigo mais imaginar a minha vida sem você e seu jeito rosa de ser. Você me transformou. Me ensinou coisas que eu jamais imaginei existirem e mudou minha visão sobre muitas coisas. Sobre as Artes das Trevas, por exemplo. Ou sobre o bem e o mal. No instante em que eu te vi, também senti que te esperava a minha vida toda. Era como se eu já te conhecesse há milênios, desde sempre. E não consigo mais viver sem ter você ao meu lado. Te amo demais, raposinha linda! E quero passar o resto dos meus dias ao seu lado! –falou Sirius
O padre olhou para os dois.
- Seus votos foram lindos. Senhoriota Persefone Walburga Lestrange, aceita Sirius Órion Black como seu marido, para amá-lo e respeitá-lo na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe? –perguntou o padre
- Aceito! –falou Persefone
- Sirius Órion Black, aceita Persefone Walburga Lestrange como sua esposa para amá-la e respeitá-la na saúde e na doença na riqueza e na pobreza até a morte os separe? –perguntou o padre
- Aceito! –falou Sirius
- Então, com o poder concedido a mim pela nossa santa igreja eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. –falou o padre
Sirius e Persefone se atiraram nos braços um do outro e se beijaram apaixonados. Logo depois, assinaram um papel que os declarava casados perante a lei dos homens também. E saíram da igreja de mãos dadas, debaixo de uma chuva de arroz.
Ao longe, um estranho ser observava o ocorrido. Alguém de capa e capuz, escondido atrás de árvores.
- Cuidem bem de meu Alexei. –falou o vulto com voz feminina olhando Sirius e Persefone entrando no carro de lua de mel e saindo rumo à casa nova.

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