Três a um
Tom saiu meio inconformado por Perse não ter escolhido ele como padrinho. E agora colocava outra pessoa ao lado de sua amada Naj. Se não bastasse Remus e Snape em seu caminho, agora mais um? Ele teria que dar um jeito de tirar aquele russo de seu caminho.
Mas que jeito? E será que o russo realmente poderia se apaixonar pela Naj? Mais dúvidas no coração de Tom. E não apenas no dele. Nessa hora ele pensou que a escolha poderia ser para evitar uma briga... Ou uma forma dela sacanear o Yerik. Afinal, um vivia aprontando pegadinhas para o outro.
Caminhou quieto até a casa dos gritos. Ao chegar do lado de fora, viu o aspecto desolado da casa.
- Isso vai dar trabalho. –falou Tom
Sacou a varinha e começou arrancando as tábuas das janelas e das portas. Consertou-as. Cantarolava baixinho uma canção romântica enquanto ia consertando as janelas e pintando o lado exterior da casa. Sabia do gosto da filha de sua comensal e (por que não?) amiga. Pintou de rosa bebê. As portas e janelas em marfim.
Consertou os trincos. Entrou.
- Meu pai eterno! O Sirius pagou por isso aqui? –falou Tom
Era uma sala ampla, com muitas teias de aranha e móveis quebrados. Com um aceno de varinha, limpou as teias e abriu as janelas. Limpou as paredes, o teto e o chão. Desintegrou o que tinha de móveis. Pintou as paredes de branco.
Foi para o corredor limpando ainda. E saiu em uma ampla cozinha. Limpava as paredes, azulejadas até o teto. Tirava teias de aranha, mofo e poeira.
- Melhor limpar primeiro o teto e as paredes. Depois o chão. Eita poeirada infernal. –falou Tom
- Olá, Tom! –falou Remus
- O que ta fazendo aqui, lobinho? –perguntou Tom
- Vim te ajudar, cara de cobra. – falou Remus
- Então limpe o chão. Eu vou limpando as paredes e o teto. –falou Tom
- Tudo bem. –falou Remus já sacando a varinha assim que Tom terminou
Dividiram-se. Tom foi para um outro cômodo enquanto Remus varria.
- Vai fazer isso pelo método trouxa, lobinho? –falou Snape
- Veio ajudar ou provocá-lo? –perguntou Tom aparecendo na porta
- Ajudar. –falou Snape
- Então pinte as paredes de branco. –falou Tom
- Onde ta a tinta? –falou Snape
- Vai pelo método trouxa, seboso? –falou Remus
Tom riu e saiu da sala.
- Pode começar pelo corredor. Ainda to limpando o chão daqui. –falou Remus conjurando uma pá de lixo e uma lixeira.
Snape saiu meio rabugento. Naj havia obrigado os dois a ir ajudar Tom. Achou, com razão, que seria trabalho pesado demais para uma única pessoa.
Começou a pintar o corredor e teto de branco. Foi para a cozinha onde pintou apenas o teto. E assim foram os três trabalhando... Até uma chegada inesperada.
Um rapaz emburrado, de cabelos negros e traços fortes entrou pela porta do último cômodo. Era Yerik.
- Por que as mulheres são tão autoritárias? –falou Yerik com um forte sotaque russo
- brigou com a Sofia? –perguntou Remus
- Não. Mas ela ameaçou passar uma semana sem me dar sequer um beijinho se eu não viesse ajudar vocês. –falou Yerik
- E você veio? –perguntou Snape
- Não, Seboso. To lá em Hogwarts ainda! –falou Yerik
- Mas a educação você deixou lá. –falou Snape
- Toda a minha educação e gentileza eu dou apenas às mulheres. Principalmente à minha amada Sofia, à biruta da Persefone e as minhas outras amigas. Para marmanjo barbado eu dou coice mesmo. Posso ajuda com o que? –falou Yerik
- Pode começar a verificar os encanamentos. –falou Tom
- Ótimo. Estou indo. –falou Yerik saindo do quarto.
Tom estava terminando de limpar as paredes o menor quarto da casa. Tinha um fundo meio róseo.
- Podemos criar uma porta para o quarto ao lado e colocar aqui como um quarto de maquiagem. O que acham? –perguntou Tom
- E fechamos aquela porta ali? –perguntou Remus
- Isso mesmo. –falou Tom
- Melhor abrir a porta primeiro. –falou Snape
- É melhor primeiro descobrir onde não tem cano e instalação elétrica na parede. –falou Yerik voltando.
- Já verificou? –perguntou Tom.
- Usei um feitiço. Onde tiver furos ou rachaduras, vai aparecer um brilho avermelhado. –falou Yerik
- E já achou algum? –falou Tom
- To contando. Achei 14 na cozinha. –falou Yerik
- A Naj se enquadra em uma de suas “amigas”? –perguntou Snape
- Sim. Conheço a Najha desde que temos 11 anos. Fomos da mesma casa. Por que? Ta com ciúmes, seboso? –perguntou Yerik
- E por que eu teria ciúmes de um molecote com o apelido de ursinho Pooh? –falou Snape
- Não teria motivos mesmo. Sou apaixonado por minha Sof. –falou Yerik
- E o que sente pela Naj? –perguntou Remus
- Não é da sua conta, lobinho. –falou Yerik
- Ah, não é da nossa conta não? –perguntou Tom com a varinha na mão
- Ta achando que me intimida, cara de cera? Pode vir quente que eu estou fervendo! –falou Yerik apontando a varinha para Tom
- Os dois, parem com isso! Viemos aqui para reformar a casa e não para brigar. –falou Remus entrando no meio
- Perdeu o amor à vida, lobinho? Ou as pulgas do teu amigo vira-lata sugaram teu cérebro? –perguntou Snape
- Larga de ser bundão e me ajuda a apartar essa briga, seboso! –falou Remus
- Eu não. Se os dois se tamparem na porrada e você estiver no meio é um concorrente a menos para mim. –falou Snape
- E um aliado a menos na batalha contra os Draculs. –falou Remus
- Eu não tinha pensado nisso. –falou Snape
Yerik e Tom se encaravam com ódio no olhar.
- É melhor abaixarem as varinhas. –falou Remus
- Vcoê foi uma vergonha para o mundo bruxo. –falou Yerik
- Pelo menos fui alguma coisa para o mundo bruxo. E você? Foi o que? –perguntou Tom
- Um dos bruxos que lutam por um mundo melhor. Bem diferente de você, que só tentou piorá-lo enquanto estava vivo. –falou Yerik
- Garoto... Chega de pregar moral. Estamos todos do mesmo lado agora. –falou Snape
- Só estávamos enciumados porque você é quem vai ficar do lado da Naj no altar. –falou Remus
- Bando de tolos A Naj ama ops três demais para trocá-los por outra pessoa. Não confiam nela? No amor dela? Eu e Sof nos amamos tanto que confio cegamente que ela nunca me deixaria. –falou Yerik
- Isso é bonito. Nos ajuda a abrir uma porta aqui? –perguntou Remus
- E por que a Perse te escolheu? –perguntou Snape
- Porque sempre fomos amigos. A gente só implica um com outro. Mas confio na Perse de olhos fechados. E sei que ela também confia em mim desse jeito. –falou Yerik
- Acho que nos comportamos como tolos mesmo agora. –falou Remus
- Acho que devemos passar por cima disso. E terminar a casa da Perse. –falou Yerik
Yerik apontou a varinha para a parede. Apareceu um desenho de uma porta em uma extremidade.
- Esse é o único lugar sem encanamento ou rede elétrica e que pode ser posta uma porta. Vou consertar o encanamento. –falou Yerik saindo
Remus arrumou a porta onde estava o desenho que Yerik colocou. E Snape fez uma parede onde era a antiga porta.
Consertaram juntos o telhado completamente envergonhados do mico e terminaram algumas horas depois a reforma da casa.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!