Em que direção?!
Oii gente, como vão??? Eu estou bem, obrigada. Bem, esse já é o 5° capítulo que posto, heiin? Desculpem pela demore. Eu estava realmente ocupada, sabe? Com a escola e... Eu também mereço me divertir não é??? Hehehe. Quero dedicar esse capítulo para nada mais nada menos que Dominick Carlson - autora das fics "Como uma Fênix" e "Adorado Vagabundo" que vale a pena conferir - por bem, estar ao meu lado em todas as horas, sendo elas boas ou ruins. Acho que ela sabe o quanto eu amo ela. Bem, err, espero que saiba, hehe. Esse capítulo também vai para Cla Garbin, que como a Nick, está ao meu lado em todos os momentos e estará eternamente na minha memória (assim como todas que eu citar aqui) *Not friends, but sisters*. Também dedico à Annie James, a estreante da semana, com a fic "Falling In Love - Starring Lily and James Potter" (que eu faço a betagem) e que vale muito a pena dar uma lida. Dedico esse capítulo à Syl Potter, que apesar de estar longe agora, sempre estará perto de coração. Queria dizer também que fiquei muuuuito feliz com o meu número de leitores! Espero´comentários, hein? Hehe. Agora, sem mais dedicatórias e sem mais demoras... O capítulo!
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A chuva cessara. Mas, a dor não a abandonara. Lílian acordou com um peso incomum no coração. Ela e Tiago afastaram-se do corpo imóvel e gélido do Sr. Ricker, na noite anterior. A ruiva apoiou-se sobre o próprio joelho e chorou em silêncio pela morte recente. O moreno abriu os olhos lentamente. O ocorrido do dia anterior fez-se presente em sua cabeça. Sentou-se e encontrou Lily virada de costas para ele, cabisbaixa. Chamou-a uma vez. Chamou-a duas vezes. Não obteve resposta alguma e a preocupação preencheu seu rosto. Foi até ela, colocando a mão em seu ombro. Lílian se virou, com os olhos invadidos por lágrimas:
- Desculpe – Disse ela, enxugando o rosto com as costas das mãos. Tentou controlar-se, porém era impossível. Novas lágrimas molharam seu rosto.
- Lily, não chore. Não chore, por favor – Falou Tiago, num tom quase que suplicante. Não suportava vê-la chorar e não poder fazer nada para que parasse. E continuou, tentando tirá-la daquela tristeza interminável:
- Nós vamos achar um jeito de voltar. Vai dar tudo certo. Vai sim, Lil. – Disse numa voz tranqüilizante. O choro da ruiva foi cessando aos poucos, até finalmente esgotar-se. Sorriu levemente para ele, dizendo:
- Obrigada.
Em reposta a palavra da garota, Tiago a abraçou, meio receoso no início, porém mais seguro quando ela correspondeu. Levantaram-se e juntos puseram-se a caminhar, à procura dos amigos, que agora estavam tão distantes.
*No “acampamento”*
Mary acordou cedo naquela manhã. Em seu rosto havia preocupação, em seus olhos tristeza. Encontrou Ashley já acordada, com o rosto escondido pelas mãos, apoiadas nos joelhos. A loira estranhou e chamou a amiga, receosa. Ash levantou a cabeça, encarando quem a chamara. Enxugou o rosto e forçou um sorriso. Ma caminhou até ela e sentou-se ao lado da morena:
- Qual o problema, morena?
- Ah, nada. Esquece.
- Se não fosse nada você não estaria chorando. É por causa da Lily e do Tiago, não é?
Ash demorou um tempo para responder. Parecia refletir sobre a pergunta feita pela amiga, mas a resposta estava mais do que óbvia.
- É, sim. Estou tão preocupada com eles. Fico com medo do que pode acontecer ou do que pode ter acontecido, loirinha. Era para ser divertido. Era para estarmos no Caribe, Ma. Mas, olha onde estamos. Numa ilha deserta, sozinhos e nossos amigos estão Merlim sabe onde.
- Não fica assim. Está tudo bem. Se tivermos fé, tudo vai dar certo. Lily, Tiago e o Sr. Ricker estão bem. Logo, eles estarão de volta. – Disse Mary, de forma doce e compreensiva.
- Será mesmo?
- É claro! Mas, nós temos de ser fortes para sobrevivermos. Você sabe disso. Tiago e Lily (muito menos) não iam querer te ver chorando desse jeito.
A morena não respondeu com palavras. Apenas, selou aquela conversa com um abraço forte e nada mais. Porque naquele momento, nada mais era importante. A amizade existente entre as duas foi depositada naquele abraço. Não eram apenas conversas que faziam daquela amizade, especial. Eram os momentos vividos, sendo eles tristes ou felizes, eram as lágrimas e os sorrisos. Aquele instante fraternal foi interrompido por uma voz:
- O que aconteceu?
As duas soltaram-se e naquele instante, encaravam Sirius Black, esfregando os olhos, com uma careta sonolenta. O maroto percebeu, após alguns minutos, o que interrompera. Abandonando a sonolência e trocando-a por uma expressão envergonhada, levou a mão aos cabelos negros, remexendo-os, por detrás da cabeça:
- Desculpe, eu não quis interromper.
- Está bem – Respondeu Mary, rapidamente. Levantou e puxou Ashley junto.
- Já que acordou, porque não nos ajuda a preparar o café, Sirius? – Sugeriu a loira, olhando-a de cima a baixo. Ele sorriu maliciosamente ao perceber a ação dela e concordou (milagrosamente) em ajudar. Aos poucos, todos foram acordando e juntando-se ao trio. Remo desejou bom-dia a todos e sentou-se ao lado de Ash, que sussurrou ao pé de seu ouvido, deixando-o arrepiado:
- Que bom que você chegou! Fiquei sobrando aqui, com Ma e Sirius!
- Como assim, “sobrando”? – Perguntou ele, imitando a ação dela, sussurrando em seu ouvido.
- Os dois ficaram trocando olhares a manhã toda!
- Sabia que um dia iriam se render aos sentimentos...
A morena sorriu ao ouvir as palavras do garoto, no que Remo lhe devolveu. Mais ao longe, Susie sorriu azedamente; gesto imitado por Johan Brooks. Porém, aquele momento de conforto e “felicidade” se esvaiu, quando Emily lembrou do desaparecimento de Tiago, Lílian e Sr. Ricker. A preocupação e o silencio abateram-se sobre os jovens. Onde os três estariam naquele momento? O que teria acontecido? QUANDO voltariam?
*Na floresta*
Lily andava por entre as árvores, por entre o mato crescido. Nas pernas haviam pequenos cortes, nos olhos uma tristeza inconfundível, no coração o peso de uma perda. Tiago ia a frente, como sempre, mostrando o caminho a seguir. Estavam andando há horas e a lugar nenhum chegavam. Os lábios estavam secos, os músculos cansados. Sentou-se sobre um tronco que atravessava a passagem. O moreno percebeu a ausência se passos atrás de si, então virou-se e lá encontrou a ruiva, pedindo desesperadamente um descanso. Ele aproximou-se dela, com um meio sorriso. Agachou-se, de forma que ficou um pouco abaixo da garota. Lílian lhe sorriu meiga e cansadamente. Tiago a correspondeu e entre um suspiro disse:
- Está cansada, não é?
- Muito. Você não?
- Também. Mas, eu sou o homem aqui, certo? Por isso, devo demonstrar resistência – Respondeu ele. Lily riu da resposta do garoto, voltando a ficar séria depois. Os lábios imploravam por água, então disse:
- Você ainda tem água?
- Aqui – Falou o maroto, tirando a mochila das costas, abrindo-a e tirando dela, uma garrafa d’água. A garota agradeceu e bebeu o líquido. A sede era tanta que algumas gotas escaparam de sua boca e escorreram, molhando sua blusa levemente. Tiago seguiu o caminho que a água percorreu, até alcançar... Desviou o olhar, fingindo estar extremamente interessado em uma árvore que descascava. Após tomar a bebida, a ruiva pareceu renovada e levantou-se, dizendo divertidamente:
- Em que direção?
- Por ali – Respondeu ele, no mesmo tom divertido. E então, ambos recomeçaram a jornada de volta ao “acampamento”. A jornada rumo à sobrevivência.
*De volta ao “acampamento”*
O sol já se punha e a luz do dia já sumia, junto à esperança. A esperança que tinha de eles voltarem. Afastou-se um pouco do grupo, na tentativa de ficar sozinha, de conseguir certa paz. Tudo aquilo parecia extremamente irreal. Sonhara com as férias perfeitas no Caribe. Sonhara com noites de diversão e dias de alegria. Com um luau inesquecível. Mas, tudo o que havia sonhado ou planejado estava fora de cogitação. Estava presa àquela ilha deserta, sem civilização alguma, sem nome, sem cor. Suspirou profundamente, fitando o pôr do sol. Apoiou os braços nos joelhos, escondendo a face. Os cabelos loiros escorregavam por cima dos braços, lhe incomodando levemente. Porém, não se atreveu levantar o rosto e deixar as lágrimas escorrerem livres, não se atreveu a deixar a tristeza tomar conta de si. A situação tornava-se cada vez mais complicada. O avião caíra. Os amigos e o capitão desapareceram floresta adentro. A lembrança da queda do transporte lhe veio à mente. O desespero, a amargura e a insegurança invadiram-na, como naquele momento em que as férias perfeitas foram para o espaço. Totalmente perdida em lembranças, sonhos e pensamentos, esqueceu dos que estavam à certa distancia dali. Alguém se sentou ao seu lado, porém isso lhe passou desapercebido. A pessoa lhe acariciou os cabelos, cuidadosamente. Aquilo lhe fez bem, lhe trouxe um conforto repentino. Imaginou que fosse Ashley. Levantou a cabeça para encarar a amiga, porém não foi a morena quem lhe fez congelar, completa e totalmente chocada. Afastou-se daquele carinho, ao deparar-se com nada mais nada menos, que Sirius Black. O susto da loira fez com que o maroto risse da careta dela, deixando-a, por fim, irritada:
- O que faz aqui, Sirius? Quer dizer, Black?
- Nada – Respondeu ele, ainda rindo das caretas de Mary.
- É melhor me dizer seu objetivo aqui, Black... O que você quer?
- Nada, eu vim ver como você está – Disse ele, dispondo-se sério. A garota o olhou, ainda desconfiada.
- Porque você está chorando?! – Questionou o moreno, finalmente percebendo as lágrimas nos profundos olhos castanhos dela, que não desapareceram apesar do recente susto.
- Eu não estou chorando – Negou ela, disfarçando as lágrimas, tentando secá-las sem que ele percebesse.
- Ah, não, imagina. Se você não está chorando, eu não sou perfeito – Retrucou ele, num sorriso entre maroto e sarcástico. Ela respondeu, defendendo-se:
- Ah, Black – Fez questão de enfatizar a palavra “Black”. Isso era um aviso: a loira começara a se irritar. Aviso que foi totalmente ignorado por Sirius, que a ouviu sorrindo marotamente:
- Me deixe em paz, certo? Chorar ou não, é um problema somente meu. – Completou ela, escondendo a face novamente.
- Eu discordo – Disse ele, parando de sorrir e dando lugar à uma expressão séria - Dependemos um do outro para sobreviver. Devemos compartilhar nossos problemas com os amigos e assim, eles encontrarão uma solução, não importa o quanto custe.
Mary virou-se para ele, séria, porém impressionada com as palavras que dissera. Palavras que nunca imaginara que sairiam da boca dele. Um sorriso involuntário fez-se presente em seus lábios. Sirius a retribuiu e enfim, disse:
- Deixa eu te ajudar a encontrar a solução, Mary.
Foi então, que a loira lhe disse tudo. Tudo o que a afligia, a responsabilidade que sentia sobre seus ombros. Uma lágrima solitária rolou por seu rosto. O maroto a enxugou, delicadamente. Naquele momento, tudo parecia ter desaparecido, juntamente com a tristeza e os temores. Estavam lado a lado, aproximando-se devagar. As bocas estavam há milímetros uma da outra e quando finalmente se encontraram, sensações misturaram-se, que aos poucos tornaram-se indescritíveis. Nada e nem ninguém poderia separá-los durante aquele beijo. Sirius puxou-a mais para perto de si, lhe acariciando as costas, enquanto Mary afagava-lhe os cabelos. E pela primeira vez em dias, os dois se sentiam vivos.
Ao longe, alguém os observava. Uma expressão de desgosto e inveja tomou conta daquele rosto. Dependendo dela, eles não continuariam juntos por muito tempo.
*De volta à floresta*
A noite chegava vagarosa. O sol desaparecera por completo e levara com ele, as forças para continuar. Quisera parar, mas ela insistira que ainda voltariam para o “acampamento” naquele mesmo dia. Os dois ofegavam. Andaram o dia inteiro, sem nada encontrar. Perguntara à Lily quando deveriam parar e ela respondeu que dali a pouco montariam um abrigo, com galhos e pedaços de lona que haviam trazido consigo. O problema era que o “dali a pouco” estava demorando demais. Estava cansado, porém não se daria por vencido. Alguma coisa lhe dizia que a ruiva estava tão cansada quanto ele, mas o orgulho a impedia de admitir. Sugeriu novamente que montassem o abrigo e finalmente, Lily concordou. Jogou a mochila no chão, suspirando. Segundos depois, ouviu-a gritar de dor. Virou-se rápida e desesperadamente e encontrou a garota, caída no chão. Correu para ajudá-la e sentou ao lado de Lílian, perguntando, exasperado:
- Lily, o que HOUVE?
- Eu caí... Acho que torci o tornozelo – Respondeu, ofegando. Lágrimas de dor rolaram por sua face. Pressionou o local contundido. Tiago tirou a mão dela do tornozelo.
- Está doendo! – Disse ela, controlando-se para não gritar.
- Apertar o machucado não vai melhorar a sua situação. – Respondeu ele, sério, deixando-a surpresa. O maroto pegou a mochila, procurando por algo. Aparentemente, não achou o que queria, demonstrando irritação e certo desespero. Decidiu por fim. Rasgou um pedaço da camisa que usava e com cuidado, enrolou o pano no tornozelo de Lílian, que por sua vez, o observava, atenta e curiosa, esquecendo instantaneamente da dor. Para finalizar seu “trabalho”, o garoto deu um nó, que prendeu o pedaço de camisa ao tornozelo dela.
- Tiago, você não precisava ter feito isso. – Disse Lily, sorrindo-lhe docemente.
- Precisava sim. Eu quero te ajudar, Lil. Quero o melhor para você.
Ela corou ao ouvir o que o moreno dissera. Não fazia idéia de quanto ele se preocupava... De quanto ele a amava. Sorriu. Tiago a puxou, ajudando-a a levantar. Ela apoiou-se sobre os ombros dele, enquanto o moreno a segurava pela cintura. Para quebrar o silencio que caiu, a ruiva disse:
- Como é que você sabe de tudo isso?
- Disso o que, Lily?
- Bem, de tornozelo torcido e curativos...?
- Bom, quando eu estava aprendendo a jogar Quadribol, caía muito e torci o tornozelo várias vezes. Meu pai me ensinou o que fazer, em caso de acidentes. E bem, er, a prática faz a perfeição, certo? – Respondeu ele, sorrindo modestamente. Porém, antes que pudesse dizer qualquer coisa, a garota olhou para frente, estupefata. Tiago seguiu a direção em que ela olhava e avistou uma fogueira, que já se apagava. Não pôde deixar de sorrir. Ambos entreolharam-se e logo se aproximavam do local. Teriam então, seguido a direção certa?
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