Para onde?
Oii!! Cmo vcs estão?? Eu vou bem, obrigada. Aqui está o cap 4 da minha fic... Espero que isso alegre vcs! =) Este cap, eu dedico às pessoas que amo muito e que me ajudaram mesmo nessa semana! Entre essas pessoas, incluem-se a Nick Carlson, Syl Potter e a Annie James... Se lerem isso, saibam que eu amo vcs demais e que devo muito à vcs!!
Sem mais,
O cap!
Bjoss*
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Emily não gostou da idéia de Tiago e Lílian saírem “juntos”, mesmo estando acompanhados pelo piloto, a garota pareceu um pouco incomodada com a possibilidade de eles... Oferecera-se para ir também, porém, o homem lhe negara, dizendo que só os dois jovens era o suficiente. A garota fechou a cara e buscou consolo em Kristen. Lily e Tiago já haviam arrumado as malas e se despedido dos amigos. O Sr. Ricker orientou o grupo que ficaria no acampamento, antes de partir. O piloto e os dois adolescentes deixaram a tenda construída com o esforço de alguns e a preguiça de outros. Adentraram a floresta em um silêncio profundo. O Sr. Ricker ia à frente, olhando de um lado para o outro, meio que nervosamente. A ruiva e o moreno permaneciam em completo silencio, e não pareciam querer quebrá-lo. Pelo menos, um deles. Tiago tentou puxar assunto com a garota, o que não foi correspondido de maneira satisfatória no início, porém, aos poucos, Lílian passou a responder à Tiago com maior “vontade”, o que provocou um sorriso no canto dos lábios do maroto.
*Enquanto isso, no “acampamento”*
Tudo que fora construído com o suor de alguns, se desfazia, à medida que o “capitão” se afastava. Mary sentou-se a beira da fogueira. Estava sem ninguém para conversar: Ashley estava entretida em uma conversa com aquele tal de Johan – não havia como interrompe-la, ele era bem bonito – Remo estava tentando se livrar da conversa entediante de Susie e Sirius, para variar, estava cantando a tal de Kristen. A loira não sabia por que ficava tão chateada com o fato de Sirius estar conversando com a Kristen. Não sabia por que ficava chateada quando ele saia com outras garotas. Mary o achava bonito e algumas vezes, até engraçado. Mas, não tinha explicação para aquele incomodo continuo que a atingia quando o via com “outra”. Ah, se pudesse saber a resposta para todas aquelas perguntas inquietantes. Sirius Black nunca olharia para ela, afinal, por que ela? Recusava-se a admitir que sentia algo por ele, pois sentir algo por Sirius Black correspondia à sofrimento, um sofrimento que poderia ser evitado. “Ele não vale a pena”. Essa frase repetia-se na cabeça da loira, ecoava em seus ouvidos. “Ele simplesmente não vale a pena”, pensava ela, tentando convencer a si mesma daquele pensamento. Percebeu a presença de alguém ao seu lado, então virou-se para ver quem era. Qual era o nome dele mesmo?
- Oi – Começou ele, com um sorriso discreto no canto dos lábios.
- Oi. Drake não é? – Disse Mary, pedindo pela confirmação do nome do garoto.
- Isso mesmo, Mary.
- Ah... O que o traz aqui?
- Não sei, talvez o fato de eu querer conversar com alguém.
- Hum... Me fala, então, da sua escola. De onde você vem mesmo?
Iniciou-se uma conversa entre os dois. Sirius parou por um instante de conversar com Kristen, e virou-se para localizar Remo. Mas, seus olhos encontraram Mary junto à Drake. Algo dentro do maroto remexeu-se e lhe trouxe algum incomodo, que ele pôs a ignorar.
Já escurecia, porém, Lily, Tiago e o Sr. Ricker não haviam votado. Mary, Ashley e os dois marotos começaram a ficar preocupados, mas, os outros tentavam convence-los que logo, os três estariam de volta.
*Na floresta*
Um pânico incomum tomava conta de Lílian Evans. O céu começava a ficar escuro. O piloto parecia perdido, mas ela temia perguntar. Temia que ele lhe desse a confirmação de seus pensamentos. A conversa com Tiago cessara há algum tempo. O moreno resolveu tirar as dúvidas da ruiva, questionando:
- Sr. Ricker, onde é que estamos exatamente?
- Bem, é claro que... Estamos bem... E-eu não sei – Respondeu o homem, aparentando aflição.
Um silencio caiu sobre os três. Não sabiam o que dizer, exatamente. Não sabiam o que fazer. Um pingo de água caiu sobre o delicado rosto de Lílian. A ruiva olhou para cima e Tiago seguiu o olhar dela. Começava a chover. Era só o que faltava para “melhorar” as coisas.
- O que faremos agora, Sr. Ricker? – Perguntou Lily, tremula e receosa.
- Nós voltaremos para o acampamento e... – Começou o homem, porém Tiago o interrompeu:
- Não.
- Como disse, rapaz? – Questionou o piloto, a expressão de aflição deu lugar para uma de irritação.
- Não temos como voltar agora – Continuou o maroto.
- O que? – Disse o homem, numa mescla de irritação e raiva.
- Estamos longe do acampamento, não sabemos para onde ir, tentar voltar nessas condições é idiotice. – Prosseguiu Tiago, sábio.
- O que você sugere então? – Falou o Sr. Ricker, já deixando transparecer a raiva, claramente.
- Sugiro que montemos um pequeno abrigo, para passarmos a noite. Amanhã, quando a chuva já tiver passado, procuramos o caminho de volta.
- Olhe aqui, menino... - Começou o piloto, apontando o dedo para o moreno. Porém, Lily se dispôs entre os dois e disse:
- Parem de discutir! Isso não vai melhorar as coisas. Vamos fazer o que o Tiago falou, é mais seguro, Sr. Ricker.
- Menina, eu sei muito bem o que devemos fazer...
- Não fale com ela assim! – Manifestou-se Tiago, alterando-se.
- Eu falo como bem entender!
- Sr. Ricker, cuidado! – Gritou Lílian, olhando e apontando para o chão. O homem, assustado, deu um passo e olhou para trás. Deparou-se com uma cobra, e antes que pudesse se afastar, o animal abocanhou sua perna. Ricker soltou um urro de dor. A cobra se afastou, ameaçada, aliás, mais ameaçada do que sentira-se antes. O piloto caiu no chão, apertando o local ‘agredido’. Lílian, desesperada, atirou-se no chão, apoiando-o, no que Tiago a imitou. A ruiva pediu que ele tentasse se acalmar, enquanto o maroto rasgava um pedaço da camisa, e colocava em torno do tornozelo ferido do ‘capitão’. A chuva aumentava cada vez mais, o que piorava a situação dos três.
*No “acampamento”*
Lá, a chuva também aumentava juntamente com a preocupação. Dez adolescentes se agrupavam numa tenda, que balançava constantemente. Aquilo, não ia durar muito tempo. Ashley tremia de frio, a chuva não melhorava as coisas e casaco ficara dentro do avião. Colocava os braços envolta de si mesma, mas, felizmente, alguém chegou por trás e lhe cobriu com seu próprio casaco. Ash virou-se para ver quem realizara tal feito e deparou-se com Johan, sorrindo-lhe docemente. Um pouco afastado dali, Remo Lupin assistia à cena e o seu lado lupino transpassou por seus olhos. Mary abrigava-se à Drake e Sirius sentiu algo remexer em seu interior novamente e o maroto fazia o máximo para continuar evitando esse incomodo. Mas, a preocupação permanecia. O que poderia ter acontecido? Onde é que se meteram Tiago, Lílian e o piloto? Os amigos da ruiva e do moreno faziam de tudo para não pensarem no pior.
*De volta à floresta*
A chuva caía sobre aquele pequeno grupo de pessoas. Um homem urrava de dor, a garota que lhe oferecia apoio e controlava-se para não chorar, porém, isso estava se tornando quase impossível. O garoto que completava o trio de pessoas tentava em vão, acalmar a ruiva e fazer algo sobre o ferimento do homem que continuava a gritar de maneira desesperadora. Tiago Potter pedia que o piloto fizesse de tudo pra manter-se calmo, pois senão, explicou ele, o veneno espalharia mais rápido por seu corpo. De um momento para outro, o Sr. Ricker parou, finalmente, ofegante e disse com a voz fraca, porém parecia decidido:
- Vão... Sem mim.
- Não podemos deixá-lo! – Exclamou Lily, deixando que as lágrimas rolassem por sua face livremente. As lágrimas misturavam-se com a água da chuva. Lílian sentiu o gosto das próprias lágrimas ao momento em que elas chegaram aos seus lábios, ela pôde sentir o gosto amargo e salgado que lhe ofereciam.
- Ouça-me, Srta. Evans... A chuva está se tornando mais forte. Os dois não podem continuar aqui – Respondeu-lhe o ‘capitão’ fraco, mas tentando manter a voz firme e convincente.
- Nós vamos achar um abrigo, para esperar a chuva passar, Senhor – Disse Tiago, amargurado, “riscando” a opção de chorar, ou pelo menos tentando. Não queria parecer vulnerável.
- Como os dois são teimosos – Falou Sr. Ricker quase que impacientemente. E continuou:
- Vão sem mim...
- Não! Não podemos simplesmente abandona-lo! – Alterou-se Lílian, ainda chorando.
Um silêncio fez-se presente entre o pequeno grupo de pessoas. Ouvia-se apenas o barulho da chuva cada vez mais violenta que caía sobre eles. Tiago tirou os óculos e limpou-os já que estavam muito molhados. Viu Lílian debruçar-se sobre o piloto, desabando-se em lágrimas. Ela estava frágil. Estava vulnerável, precisava de apoio. O que poderia fazer? A chuva só fazia tudo piorar, não estavam perto do “acampamento” que montaram. Até que, surpreendentemente, ao virar-se, avistou algo que lembrava um tipo de caverna. E rapidamente, pôs-se a avisar Lílian:
- Lílian? – Chamou-a incerto. Ela levantou a cabeça para encará-lo. Ao observar os olhos verdes da ruiva, sentiu um aperto no peito. Simplesmente, não suportava vê-la daquele jeito; triste, desiludida. Não suportava ver aquilo tudo traduzido em apenas um olhar. Prosseguiu:
- Vi uma espécie de caverna ali! – Apontou para a “caverna” que encontrara há pouco.
- O que? – Perguntou Lily, um tanto confusa.
- Vamos! Me ajude a levar o Sr. Ricker até lá!
A garota assentiu e levantou-se, segurou o homem pelos braços e Tiago apoiou-lhe os pés. Vagarosamente, chegaram até a “caverna”. Finalmente, a chuva parou de cair sobre eles. Cansados, Lily e Tiago colocaram o piloto sobre o chão, delicadamente. Ambos sentaram-se no chão, ofegantes. A chuva diminuía gradativamente e o piloto olhou os jovens, ainda arfando, procurando por ar. Sorriu fracamente e simplesmente, disse:
- Ninguém nunca fez lago assim por mim. Eu agradeço muito.
- Nós não podíamos deixá-lo – Falou Lily, lhe devolvendo o sorriso.
- Achou mesmo que íamos largá-lo lá? – Questionou Tiago, em seu jeito maroto.
- Receio que seja tarde... – Falou o homem, com a voz muito baixa e fraca.
- Tarde para quê, Sr. Ricker? – Perguntou a ruiva, confusa.
- Tarde para que... – O homem respirava com dificuldade. O ar lhe faltava, seu falar era difícil. O veneno da cobra recomeçava a fazer efeito. Prosseguiu, mesmo que estivesse complicado:
- Tarde para que eu volte a ser... O mesmo.
- O quer dizer? – Perguntou Tiago, desesperando-se novamente.
- Será que... Os senhores esqueceram que... – O homem não chegou a terminar a frase. Falar estava se tornando uma tarefa difícil. Nesse momento, Lily e Tiago expressarão entendimento. A cobra. O veneno voltava a fazer efeito e não havia nada, absolutamente nada que pudesse ajudar o ‘capitão’ naquele instante.
- Sr. Ricker, o que podemos fazer para... – Lily começou, mas o piloto silenciou-a com um gesto.
- Não há mais jeito... Deixem-me... – Decidiu o homem, com uma voz quase inaudível e angustiante.
- Não... Não, Sr. Ricker, por que o deixaríamos agora? – Desta vez, quem pronunciou-se (para a surpresa de Lílian) foi Tiago.
- Porque... Não há mais jeito... – Respondeu o Sr. Ricker, de uma forma estranhamente consoladora.
- Mas... – Lily tentou falar, mas foi interrompido novamente por um gesto do homem.
- Apenas me escutem... – Continuou o Sr. Ricker, quase numa súplica. Em um fraco sorriso, falou:
- Antes que eu me vá, quero que saibam de uma coisa – Parou por um segundo, para procurar palavras que representassem sua gratidão, porém nenhuma delas parecia o bastante. Tentou continuar com o que tinha:
- O que fizeram por mim... Eu não tenho palavras para... Agradecer. – Ele suspirou novamente, sabia que o tempo que lhe restava era pouco:
- Só quero que tenham cuidado... Essa ilha está cheia de surpresas. Façam tudo que... Puderem para sobreviver aqui. Sejam felizes e... – Ele não conseguiu terminar o que estava dizendo. Sua visão embaçava e o respirar não era mais possível. Lily continha lágrimas caindo em seu rosto e Tiago deixou escapar uma fina lágrima, um olhar triste tomou conta de sua expressão. O Sr. Ricker, de repente, os deixou. Lílian agora chorava visivelmente e Tiago aproximou-se dela. Envolveu-a pelos ombros e abraçou-a. O maroto esperava que ela o empurrasse, ou gritasse com ele, porém, não foi exatamente assim que Lílian Evans reagiu. Ela apenas o abraçou de volta, chorando, deixando que as lágrimas molhassem o ombro dele. Tiago sentia-se bem, pois naquele momento, ele poderia protegê-la, Lily poderia encontrara conforto naquele abraço, ele não queria se desfazer daquilo.
Naquele instante, em que Lílian abraçava o moreno, se sentia segura. Ela sentia-se estranhamente segura naquele abraço. Tiago não tentara beija-la, não tentara nada. Não sabia o porquê de se sentir tão confortável em apenas um abraço. Mas, aquele não era o momento para pensar em como se sentia segura quando abraçava Tiago Potter. O Sr. Ricker estava morto e eles estavam longe do acampamento. Como fariam para voltar?
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