Capitulo 7



E quando ela disse isso, três portas surgiram nas paredes à volta deles. Atrás da primeira porta eles encontraram duas camas, nas quais colocaram os dois Snapes adormecidos. Detrás da segunda porta havia um aconchegante quarto com três camas, que Lil, Ginny e Hermione logo aproveitaram. E dentro da terceira porta, um enorme quarto com seis camas, onde Harry, Ron, Scorpius, Albus, James e Teddy se deitaram. O dia seguinte seria um longo dia.



Capítulo 7

O primeiro a acordar no dia seguinte foi Scorpius Malfoy. A verdade é que o loiro mal conseguira dormir, já que o fato de que seu pai lhe mataria quando voltasse para o seu verdadeiro tempo finalmente entrara em sua mente.

- Ele vai me matar! – disse baixinho e para si mesmo – Como eu vou explicar pra ele que além de namorar uma Potter eu parei na grifinória?

- Ele não vai te matar. – disse uma voz doce às suas costas – E se ele realmente ficar irritado, eu vou ter uma conversa muito séria com ele.

- Lil! Você quer me matar de susto, por acaso?

- Não, Scorp... Eu só não quero que você fique pensando em bobagens. – disse ela abraçando-se ao loiro e depositando um beijo casto em seus lábios.

- Acho que não vai sobrar pedaço de mim pro meu pai matar... – comentou ele – Seus irmãos vão fazer isso antes, se você continuar me beijando na frente deles. E... Scorp? Não tinha um apelido melhor não?

- O que? – disse Lil ficando ainda mais perto dele – Você prefere que eu te chame de pudinzinho de abóbora? – completou ela antes de beijar novamente o namorado.

- Lil... – repreendeu ele, mas sem real intenção.

- O que? – perguntou a ruiva fazendo-se de inocente – Eu não fiz nada demais! Pudinzinho.

- Tá! Eu prefiro Scorp... e... será que a gente pode ir conversar em outro lugar? Eu não quero acordar ninguém... – pediu Scorpius, o início de um sorriso maroto em seus lábios.

- Você não estava reclamando agora pouco que tinha se transformado em um grifinório? – provocou Lil – Grifinórios não tem medo de nada!

- É! Mais eu fui criado como um sonserino, lembra? – retrucou ele – E sonserinos aprendem desde pequenos a não provocarem brigas que não podem ganhar.

- Em outras palavras, a salvar a pele...

- Exatamente.

Lily Potter se deu por vencida e estava saindo da sala precisa, seguida de seu namorado, quando...

- EI! Onde vocês pensam que vão?

- Jay! É cedo ainda, porque você não volta a dormir? – perguntou Lil fingindo inocência.

- Foram vocês que me acordaram, pra começo de conversa. – reclamou o Potter mais velho – E eu não quero você fora das minhas vistas. Principalmente pra sair por aí com o Malfoy.

- Será que vocês podem deixar a discussão pra depois e me deixarem dormir? – perguntou Albus, ainda deitado e com os olhos fechados.

- Ninguém pediu sua opinião, Al. – disse Lily – Voltem a dormir vocês dois, antes que terminem de acordar os outros!

- Meio tarde pra isso... – resmungou Ted sentando-se – Vocês já nos acordaram... Mas tem um lado bom nisso...

- E qual seria o lado bom em ser acordado a essa hora da madrugada? – perguntou Ron de mau humor.

- Nós temos que falar com o diretor, lembra? – perguntou Hermione, já se colocando de pé – E temos que levar os dois Snapes para a enfermaria.

- Certo, certo... Vamos logo então... Quanto mais cedo o seboso levantar, mais cedo podemos voltar para o nosso tempo. – falou James, levantando-se também.

Quando todos estavam prontos, Ted e James usaram suas varinhas para levitar os dois Snapes, levando-os em um estranho cortejo para a ala hospitalar de Hogwarts.

Albus, Lily e Scorpius iam à frente, ruiva e loiro de braços dados. Ted e James vinham logo atrás, levitando os dois desacordados. E Hermione, Ron, Harry e Ginny vinham por último, um pouco afastados dos outros e conversando em voz baixa.

- O que eles vão contar ao diretor? – questionou-se Hermione – Porque... Se eles simplesmente disserem que viajaram DE NOVO para o passado... Eles vão estar muito encrencados...

- Eu não sei... – respondeu Ginny – mas o que realmente me deixa curiosa é o que eles conversaram ontem à noite...

- É! – concordou Ron – Porque o Ted iria querer visitar esse ano?

- Isso é meio obvio, não? – manifestou-se Harry pela primeira vez.

- É? – perguntou Hermione.

- Claro que é! – exclamou Harry chamando a atenção dos outros.

- É claro que é o que? – perguntou Ted.

- É claro que o Dumbledore é o diretor dessa época. – mentiu o moreno – O Ron estava achando que o professor Dumbledore só seria diretor depois da época dos marotos.

- Sei... – disse Ted não acreditando nas palavras dele, mas deixando pra lá.

- Viu o que você fez! – reclamou Ginny.

Antes, porém, que qualquer um deles pudesse retomar o assunto, eles chegaram à ala hospitalar.

- O que significa isso! – exclamou uma jovem Madame Pomfrey ao ver o grupo entrar na enfermaria.

- Temos duas pessoas que precisam de seus cuidados, Madame. – respondeu Lily – Eles... desmaiaram, quando olharam um para o outro.

Madame esqueceu-se de brigar com eles e foi logo examinar seus mais novos pacientes, que haviam sido colocados em cima de macas.

- Por Merlin! – exclamou a enfermeira quando deu uma boa olhada nos dois desacordados – Eles são... são...

- A mesma pessoa... é. – confirmou Ted – Nós tivemos um... pequeno acidente temporal...

- O diretor precisa saber disso! – disse Pomfrey enquanto examinava os dois.

- Nós sabemos... – respondeu Albus – Estamos indo para a sala dele agora... A senhora não saberia nos dizer a senha, saberia?

- Penas açucaradas. E só voltem aqui com o diretor!

Os viajantes saíram silenciosamente da enfermaria, indo em direção à gárgula que dava passagem a sala do diretor. Ao chegarem lá, deram a senha e subiram a escada em formato de caracol. Parados em frente à porta de carvalho, Ted, Albus, Lily, James e Scorpius se entreolharam.

- Seja o que Merlin quiser... – disse Albus antes de bater na porta.

- Entre. – veio a voz de dentro da sala, e eles obedeceram.

- Olá professor. – disse Teddy com um sorriso inocente.

O olhar de Dumbledore teria sido cômico, se todos eles não estivessem tão nervosos com a situação.

- Sentem-se, sentem-se. – disse o diretor conjurando mais cadeiras, quando saiu de seu estupor. – Se me permitem a pergunta, quem são os senhores?

- Diretor, nós temos um... pequeno problema. – começou Lily.

- Não deveríamos nos apresentar primeiro? – interrompeu Hermione.

- Isso pode ficar pra depois... – resmungou a ruiva mais nova – Professor, nosso... responsável... está desmaiado em sua enfermaria, o que quer dizer que só poderemos ir embora depois que ele se... recuperar. Seria pedir demais que o senhor nos deixasse ficar no castelo até podermos voltar pra casa?

O diretor, que até então apenas observara os jovens e a forma como interagiam se espantou com o que ouviu. O fato de que todos eles estavam vestidos com o uniforme da grifinória o intrigava, pois o diretor não os reconhecia, e se eles fossem mesmo seus alunos, não havia sentido na pergunta feita pela mais jovem do grupo.

- Os senhores não pertencem todos à casa de Griffindor? – perguntou Dumbledore – E não estão todos em idade escolar? Porque, então, pedem permissão para ficaram no castelo?

- Porque, apesar de sermos todos seus alunos, nós não somos seus alunos. – respondeu Teddy.

- Oh. – fez Dumbledore, uma idéia de quem fossem eles começando a surgir em sua mente.

- Vocês realmente pretendem ficar enrolando? – perguntou Ginny impaciente – Não seria mais prático explicar de uma vez quem somos e o que estamos fazendo aqui?

- Sinta-se à vontade pra fazer isso. – respondeu Albus Potter – Se você tem um jeito de dizer a verdade sem falar demais e sem parecer louca...

- Professor, - começou Ginny – nós somos...

- Gin... Deixe que eles lidem com isso! – interrompeu-a Ron – Eles têm razão... Parece loucura.

- Oh, meus garotos. – disse o diretor com um sorriso bondoso – Está obvio para mim que vocês estão em algum tipo de viagem.

- Exatamente, diretor. – concordou James – Uma viagem... temporal.

- Ah! Deduzi certo, então. Minhas opções, depois do que ouvi de vocês, é que estavam ou em uma viagem temporal, ou em uma viagem dimensional.

- Er... Nenhum de nós é de outra dimensão... – disse Scorpius – Só... de tempos diferentes.

- Tempos diferentes? – questionou o diretor – De dois tempos diferente?

- É. – concordou Albus Potter.

- Pronto... Agora que vocês já deixaram todo o trabalho de dedução sobre de onde viemos para o professor, será que podemos dizer quem somos? – perguntou Hermione ainda enfadada pela demora e complicação da conversa.

- E qual seria a graça nisso? – perguntou Ted – Sabendo que somos de dois tempos diferentes, eu tenho certeza que o professor já tem uma idéia de quem somos, não é mesmo?

- Um jogo? – perguntou o diretor com os olhos brilhando – Muito bem, vejamos... Temos aqui três ruivos, três morenos (N/A: Lembrem-se que o Ted está “vestido” de Potter), dois castanhos e um loiro. O senhor – disse olhando para Scorpius – deve ser um Malfoy, já que se parece incrivelmente com um aluno que tive há alguns anos, Lucius Malfoy.

- Ponto para o diretor! – disse James marotamente – Ele é Scorpius Malfoy, neto do seu conhecido Lucius.

- Neto? – disse Dumbledore mais para si mesmo do que para os jovens – Creio, então, que ele e os senhores – disse apontando para Scorpius, Lily, Albus, Ted e James – são de um tempo mais afastado do que os seus companheiros de viagem.

- Certo novamente. – concordou Teddy – Somos todos de um... futuro distante, pelo menos mais distante do que o deles.

- Muito bem. Nesse caso, estes dois ruivos – Ron e Ginny estavam na mira de seu olhar – São Weasleys, talvez irmãos de Willian, Charlie e do pequeno Percival, os filhos de Molly e Arthur?

- O senhor é bom nesse jogo. – disse Lily antes que Ron ou Ginny pudessem se pronunciar – Eles são Ron e Ginny Weasley, filhos de Molly e Arthur, os mais novos de sete.

- Muito bem. Agora, os senhores – dirigiu-se a Harry, Albus e Teddy – são Potters, sem dúvida alguma. A semelhança entre os senhores e James Potter, um de meus alunos é inconfundível. Estou certo? – perguntou Dumbledore, os olhos brilhando em expectativa.

- Sim e não. – respondeu Teddy, o sorriso maroto aumentando em seu rosto – Eu não sou um Potter, mas o senhor está certo quanto aos outros dois. Aquele é Harry Potter, e este é Albus Potter. E imagino que a essa altura já tenha percebido que Harry é filho do seu aluno James e que Albus é neto dele.

- Neto? Interessante! Mas o senhor tem certeza que não é um Potter? – perguntou Albus Dumbledore para Teddy – Os cabelos e olhos são idênticos aos de seus companheiros e o sorriso maroto é característico.

Para contestar as palavras do diretor, Ted mudou a cor de seus cabelos para azul e a de seus olhos para castanho.

- Oh! O senhor é um metamorfomago. Isso explica por que se parecia com James Potter, mesmo não sendo um Potter. Mas o senhor tem alguma relação familiar com um dos marotos, certo? Seu sorriso lhe denúncia. – disse o diretor.

- Sim, sim... Sou filho de um maroto. – respondeu Ted.

- Vejamos então. Faltam ainda quatro de vocês para adivinhar quem são. – continuou Dumbledore olhando para Lily, Teddy, James e Hermione – A senhorita – disse para Lily – é filha de Ginny Weasley, aqui presente, estou certo?

- Sim! – concordou a ruiva – Ginny será minha mãe, no futuro.

- E seu nome é? – perguntou o diretor ao ver que ela não se apresentaria.

- Ainda falta algo para o senhor deduzir sobre mim. – respondeu ela.

- Oh! Mesmo? Vejamos então. – disse Dumbledore, os olhos brilhando enquanto analisava os adolescentes à sua frente – A senhorita também é uma Potter! – completou o diretor ao lembrar-se de como ela interagia com os outros garotos de seu tempo.

- Muito bem! – concordou Lil – Me chamo Lily Potter.

- Lily? – questionou Dumbledore – Sua avó paterna seria... Lily Evans, então?

- Exatamente. – respondeu James – Mas o senhor já sabia disso, não é verdade?

- Como eu poderia ter esta informação? – perguntou Dumbledore para Jay.

- Porque o senhor soube disso assim que encarou o Harry. – respondeu o castanho – Afinal, o senhor ainda deve se lembrar do que aconteceu com seus alunos no ano passado.

- Do que vocês estão falando? – perguntou Hermione – Como sabem que alguma coisa aconteceu a alguém no ano passado?

- Er... vocês não estavam curiosos pra saber o porque do Teddy ter agido daquele jeito... estranho quando encontrou o pai dele no Natal? – perguntou Albus tentando responder a pergunta deles, mas sem contar muito sobre os acontecimentos futuros, ou seriam passados?

- Seus amigos não sabem que James Potter, Remus Lupin, Sirius Black, Peter Pettigrew, Lily Evans, Alice Cohen e Marlene McKinnon viajaram para o futuro? – estranhou o diretor.

- Bem... – disse Albus – Nós não podíamos realmente contar a eles sobre o futuro não é?

- Eles foram para o futuro? – questionou Harry – Como? Quando?

- Isso é meio óbvio... – respondeu Hermione – Deve ter sido pouco antes de eles viajarem para o nosso tempo. Lembra no Natal? Quando Albus falou que o motivo de terem viajado tinha a ver com Prongs e Lily Evans?

- É mesmo! – concordou Ginny – Tinha me esquecido disso...

- Mas isso não importa no momento. – disse James – O que importa, diretor, é que nós não podemos voltar para o nosso tempo.

- E por que não? – perguntou seriamente o diretor.

- Porque... – começou Lily – Porque o professor de poções dos meus pais encontrou com o eu passado dele e os dois estão desmaiados em sua enfermaria?

- Oh. – foi tudo o que saiu dos lábios do diretor enquanto seus olhos deixavam de brilhar.

- Oh, realmente. – concordou Scorpius – Seria pedir muito que o senhor nos deixasse ficar aqui até descobrirmos o que esse... evento vai modificar no futuro?

- Creio que ainda não sei o nome de três de vocês. – disse o diretor, seus olhos voltando a brilhar de repente.

- Er... O senhor quer que nos apresentemos ou prefere continuar a deduzir? – perguntou Teddy.

- O senhor é Teddy Lupin. – disse o diretor – Seu nome foi mencionado quando meus alunos voltaram do futuro. E o senhor – disse olhando para James – também é um Potter.

- James Potter, às suas ordens. – sorriu Jay.

- Quanto à senhorita... – completou Dumbledore – Não tenho idéia de qual seja a sua família. Presumo que seja de família não mágica.

- Hermione Granger, senhor, e sim, sou uma nascida trouxa.

- Muito bem. Agora que fomos todos devidamente apresentados, está na hora do almoço. Creio que devo lhes apresentar ao resto da escola. – disse Dumbledore.

- E... COMO o senhor pretende nos apresentar? – perguntou Albus com receio.

- Ah! Uma ótima pergunta. – respondeu o diretor – Qualquer invenção poderá deixá-los desconfortáveis, tendo em vista que terão de inventar todo um passado que não possuem. Quanto à verdade, ela é complexa demais, e causaria perguntas que não poderão ser respondidas.

- A verdade é sempre a melhor saída. – comentou o loiro – Por mais que os seus alunos fiquem curiosos, nós conseguimos manter até aqui os nossos segredos, pelo menos a grande maioria deles, não responder às perguntas feitas sobre o futuro é melhor do que contar mentiras e sermos colocados contra a parede quando perceberem.

- Ninguém precisa saber que estamos mentindo. – contestou Hermione – Mexer ainda mais com o tempo pode ser muito perigoso!

- E nós estamos lidando com os MAROTOS. – lembrou James – Você realmente acha que vai conseguir mentir para eles? Eles vão acabar descobrindo a verdade, e você sabe disso Mione, principalmente depois de ontem à noite.

- Ah! Me parece que vocês não me contaram tudo o que tinham pra contar. – disse o diretor.

- Er... – fez Teddy – Nós acidentalmente demos de cara com os marotos quando chegamos aqui... E obviamente eles ficaram curiosos sobre quem somos...

- Nesse caso, eu concordo com o Sr Malfoy. A verdade é sempre a melhor opção. – disse o diretor.

- O senhor bem que poderia se lembrar disso daqui a alguns anos... – murmurou Harry.

- O que disse? – perguntou o diretor olhando para o moreno de óculos.

- Eu? Nada! – respondeu rapidamente.

Albus, James, Lil, Scorp e Teddy riram, tendo ouvido o murmúrio de Harry e sabendo exatamente ao que ele se referia.

- Muito bem, então creio que chegou a hora de apresentá-los à escola.


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N/A: Olá! E então? O que acharam deste cap? As confusões só aumentam daqui por diante... =D
Como vocês devem ter visto láaaa no começo do capitulo... o Scorpius precisa de um apelido... então eu vou fazer uma enquete! Deixem nos comentários/reviews suas sugestões, e a mais criativa, a que realmente for a cara do Scorpius receberá um prêmio! Que prêmio? ...ainda não tenho certeza... posso fazer um personagem em homenagem a pessoa... ou mandar o próximo cap primeiro pra essa pessoa... a decisão fica pra quem ganhar!
Por isso... COMENTEM!!
Mesmo que você não tenha idéias ou não queira participar da enquete... COMENTEM!! É sempre bom saber o que meus amados leitores estão achando da fic!

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