Capitulo 3

- POTTER, MALFOY E BLACK! – gritou ele – DETENÇÃO PARA OS TRÊS.

Capítulo 3

Albus, Ted e Scorpius se entreolharam. Pegar uma detenção com Snape na primeira aula do primeiro dia deles naquele tempo não podia ser uma coisa boa. Independentemente do fato de os planos de Ted incluírem uma viajem de volta ao tempo certo deles ainda naquele dia.

- EI! – exclamou James para os três – Como vocês pegam uma detenção sem mim?

- Isso pode ser facilmente arranjado, Sr. Potter. – disse Snape que já estava de pé e em frente a eles – Basta que me dê UM motivo.

- Relembrá-lo que meu avô te chamava de ranhoso é o suficiente? – perguntou o castanho com um sorriso maroto nos lábios.

- O Senhor acabou de conseguir uma detenção Sr. Potter. Assim como conseguiu uma detenção para o senhor Potter deste tempo também. – respondeu Severus no seu tom mais irônico.

- Mas eu não fiz nada! – protestou Harry.

Snape apenas olhou para Harry com um olhar que dizia tão claramente “de que outra forma seu futuro filho ficaria sabendo desse apelido?”, que Harry pensou que Snape estava usando Legilimência.

O resto da aula correu tranquilamente. Nenhum dos viajantes falou uma palavra sequer, apesar de trocarem olhares marotos a cada minuto, e Harry estava indignado demais para conseguir pronunciar mais alguma palavra.

Quando o sinal indicando o fim da aula tocou, porém, silêncio era a única coisa que não se podia ouvir. Todos estavam comentando o fato de que os alunos do futuro tinham conseguido uma detenção com Snape e ainda haviam chamado o professor de ranhoso, o grande sonho da maior parte dos alunos.

Mas a tranqüilidade e a ordem nos corredores foram interrompidas quando um rapaz alto, loiro e de olhos azuis acinzentados gritou no corredor:

- MALFOY!

Scorpius, que andava entre Ted e Albus no momento simplesmente paralisou. Ele conhecia essa voz bem demais para não saber o que esse grito significava.

Lentamente o loiro mais novo se virou, assim como Ted, Albus, James, Harry, Ron e Hermione, para ver um Draco Malfoy parado no meio do corredor, a varinha em posição de ataque.

- Er... Olá papai. – disse Scorpius.

- Papai?! – exclamaram os alunos que pararam para assistir.

- Você é uma vergonha para o nome Malfoy. – disse Draco olhando com raiva do filho para os “amigos” que o cercavam – Como um suposto filho meu acabou nessa casa de traidores de sangue?

- Por mais que eu adoraria explicar esse pequeno detalhe, papai, – disse Scorpius – isso vai ter que ficar para outra hora. Já é hora do almoço, e eu tenho que me encontrar com a Lil. – completou o loiro dando as costas a Draco.

- NÃO ME DÊ AS COSTAS, INSOLENTE! – gritou Draco – Rictusempra.

Antes que o feitiço atingisse Scorpius, porém, um feitiço escudo já estava protegendo o loiro.

- Você não sabe que é falta de educação tentar enfeitiçar alguém pelas costas? – perguntou uma voz feminina.

- Lil! – exclamaram Al, Jay, Scorpius e Teddy.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou Scorpius.

- Escuta aqui, Malfoy, – continuou a ruiva sem dar atenção para os quatro garotos – o seu futuro filho é uma ÓTIMA pessoa, diferente de você que só sabe arranjar confusão. E diferente de você, ele SABE que o que realmente importa não é a casa de alguém e sim o que ela pode fazer. E fique avisado, se tentar enfeitiçar meu namorado de novo, você vai preferir ter insultado dez hipogrifos.

E pegando Scorpius num braço e James no outro, Lil começou a andar para longe de Draco e dos outros estudantes que ainda olhavam para ela assustados. Antes que o grupo composto por Harry, Ron, Hermione, Ginny, Teddy, Albus, James, Lily e Scorpius chegasse ao fim do corredor, porém, Lil se virou, encarando novamente o boquiaberto Draco.

- E antes que eu me esqueça, furunculus, inflatus, avis, Oppugno. – disse a ruiva com a varinha apontada para Draco.

No momento seguinte Draco era um balão inflado, encostando no teto, coberto de furúnculos e tendo de se proteger de um ataque de aves que insistiam em querer furá-lo.

- Me lembre de NUNCA ser o alvo dos seus feitiços. – pediu Scopius quando o grupo pôde voltar a andar.

- Isso é fácil! – respondeu Lil – É só não me irritar.

- Você sabe que acabou de ganhar uma detenção com o Snape, não sabe? – perguntou Teddy.

- E vocês cinco também não conseguiram isso em aula? – perguntou a ruiva rindo abertamente.





Na sala do diretor, momentos depois.

- Isso é um insulto Albus! – reclamava Snape – Aquela pestinha ruiva deliberadamente atacou um de meus alunos!

- O que ouvi dizer é que ela defendeu o futuro filho desse mesmo aluno de ser atacado pelas costas. – respondeu Dumbledore calmamente.

- E onde estão esses insolentes que não chegaram ainda? – reclamou mais um pouco o professor de DCAT.

TOC. TOC. TOC. Foi a resposta.

- Entrem. – disse o diretor.

Teddy, Al, Jay, Lil e Scorpius entraram lentamente na sala do diretor com um sorriso brincando em seus lábios... Até que viram Severus Snape ali, os olhando com ódio mortal.

- Estamos prontos pra voltar, diretor. – disse Ted.

- Infelizmente, meu rapaz, a volta de vocês terá de ser adiada. – disse Albus Dumbledore.

- Por quê?! – perguntaram os mais jovens.

- Porque o meu caro professor Snape, aqui presente, gostaria de analisar as poções que vocês tão inadvertidamente usaram para chegarem a esse tempo. – respondeu o diretor – Nesse tempo, os senhores continuaram como alunos aqui.

- Ma-mas... – Ted tentou dizer alguma coisa.

- Tão eloquente como todos os Black’s que andam com Potter’s. – comentou Snape sarcasticamente.

- Se o senhor está se referindo a Sirius Black, – disse Ted – está errado. Não é dele que vem o meu parentesco com essa familia. E quanto aos Potter’s, o senhor deveria ser mais gentil com eles, afinal, meu padrinho ainda precisa de um motivo para homenageá-lo, professor.

- Do que o senhor está falando? – perguntou Severus genuinamente confuso.

- Do meu nome. – pronunciou-se Albus – Me chamo Albus SEVERUS Potter. É uma pena que meu pai nunca tenha conseguido me explicar o porque de homenagear um idiota de tamanho calibre como o senhor, professor.

- BASTA! – pediu o diretor – Esse não é o momento para se pensar no futuro! Os senhores continuarão como alunos nesse tempo até que o Professor Snape termine de analizar as poções e depois... Severus, gostaria que você levasse nossos visitantes de volta ao tempo deles. – falou Dumbledore.

- O ranhoso não! – pediram os garotos – Por que não podemos voltar sozinhos?

- Albus!? – exaltou-se Snape – Eu não sou babá de todos os malditos Potter’s!

- E ainda assim, é o único que poderá fazer com que eles voltem direto para o tempo deles. – argumentou o diretor – Agora, estão dispensados. E é melhor seguirem para a próxima aula, ela já vai começar.

Sem opção, os viajantes saíram rapidamente da sala do diretor.

- Diretor? – chamou Snape – A detenção que passei a todos eles hoje...

- Continua valendo. – concordou Dumbledore – Não importa de que tempo sejam, todos os professores merecem ser respeitados.

- Obrigado, diretor. – disse Severus antes de também deixar a sala.





Irritados, Ted, Al, Jay, Scorpius e Lil saíram da sala do diretor reclamando.

- Porque é que precisamos do seboso pra levar a gente de volta? – reclamou James – Nós viemos pra cá por conta própria, podemos muito bem voltar sozinhos!

- Acho que o Dumbledore não acha que somos responsáveis o suficiente... – respondeu Teddy – Mas... pra que aula já estamos atrasados?

- Vocês eu não sei... Mas eu tenho que correr se ainda quero assistir a aula de Trato das Criaturas Mágicas. – respondeu Lil antes de beijar rapidamente os lábios de Scorpius e ir para longe dos garotos, em direção à orla da floresta.

- Malfoy! – disse James desconcertado – Nunca mais me deixe ver você beijando a minha irmã!

- Se você não percebeu, foi ELA que me beijou. – retrucou o loiro – Mas não se preocupe, não deixarei você ver. E nossa próxima aula é poções.

- Droga! – xingou Teddy.

- O que foi? – perguntou o loiro curioso.

- Eu não fiz N.I.E.M.’s de poções. – respondeu o metamorfomago.

- Por que não? – questionou Scorpius.

- Porque o Slughorn é um leão-marinho idiota e não ensinou a minha turma a preparar a poção do esquecimento. – respondeu Ted – Tudo porque nenhum de nós estava entre os seus favoritos.

- É a sua chance de provar que é um ótimo preparador de poções, então. – comentou Albus liderando o grupo para dentro da sala de aula.

- Desculpe o incomodo, professor. – disse o moreno ao entrar na sala – Mas o diretor achou melhor não voltarmos para o nosso tempo tão rápido.

- Entrem, entrem! – fez Slughorn no seu habitual tom de voz animado – Peguem um caldeirão e os ingredientes, estamos preparando a poção do esquecimento hoje!

Ted lançou ao professor um olhar de dar medo antes de simplesmente se sentar em uma mesa vazia no fim da sala, sem pegar nenhum dos materiais.

Albus, Scorpius e James, por outro lado, pegaram um caldeirão cada um e os ingredientes necessários antes de se sentarem próximos ao amigo.







As aulas da tarde passaram tranquilamente. E apesar disso, sentados à mesa da Grifinória no salão principal, jantando, Albus, Scorpius, Ted, James e Lily estavam completamente desanimados.

- O que aconteceu com vocês? – perguntou Hermione curiosa.

- Snape. – respondeu Lil sem tirar os olhos do prato, onde ela mexia o garfo, brincando com a comida sem colocar nada na boca.

- Eu achei que vocês não se importavam com a detenção... – comentou Harry olhando para a cópia quase perfeita de si mesmo sentada a sua frente – Vocês provocaram a detenção...

- O problema não é esse. – respondeu Ted, que já tinha acabado de jantar e estava só esperando os outros.

- Será que dá pra explicar o porquê dessas caras de enterro, então? – perguntou Ginny.

- Snape. – responderam Al, Jay e Lil em coro.

- O diretor pediu pro Snape levar a gente de volta. – explicou Scorpius – Como se nós precisássemos de uma babá.

- E quando vocês vão? – perguntou Ron, sentado entre Harry e Hermione e de frente para Ted.

- Não faço idéia. – respondeu Ted – Parece que o Dumbledore quer... – parou para pensar se poderia dizer.

- Na verdade... – disse Lil indo em socorro do amigo – É o Snape que quer examinar nosso meio de transporte...

- E vocês não pretendem nos dizer como vieram pra cá, não é mesmo?

- Sempre esperta Tia Mione, sempre esperta. – disse Jay sorrindo marotamente – E falando em esperteza... acho que temos que ir. Já está quase na hora da detenção, e se eu me lembro de alguma coisa das histórias, o seboso não gosta de atrasos.

Os garotos rapidamente se levantaram, ignorando a pergunta de Hermione “o que você quer dizer com histórias?”, e foram para a sala de DCAT, onde Severus já estava esperando por eles.

- Impressionante. – disse o professor – É a primeira vez em minha vida que vejo um Potter ser pontual. Mas talvez isso se deva apenas ao fato ainda inexplicável de um Malfoy lhes fazer companhia.

- O que temos que fazer? – perguntou Ted – Professor? – acrescentou ao ver a cara de Snape.

- Limpar e colocar em ordem esses livros. – disse Severus apontando para uma parede cheia de livros completamente empoeirados – E tomem cuidado, muitos deles não gostam de ser perturbados.




As horas passaram devagar. Um incidente logo no começo da detenção esclareceu aos garotos o que o professor queria dizer com os livros não gostarem de serem perturbados.

Assim que James tirou um livro qualquer da estante, e começou a passar um pano úmido na tentativa de tirar o pó do mesmo, o livro começou a gritar, dizendo para o garoto tomar cuidado, já que ele tinha mais de 500 anos e as informações guardadas por ele eram preciosíssimas para qualquer um que se interessasse por DCAT e blá, blá, blá.

Quando deram onze horas, Snape olhou para os adolescentes sujos e cansados, sorrindo diabolicamente.

- Vocês estão liberados. E eu realmente espero não ter que ver nenhum de vocês mais do que o estritamente necessário, porque da próxima vez será pior, eu garanto.

Os cinco trocaram apenas um olhar antes de deixarem a sala, seguindo direto para a torre da Grifinória.

Antes, porém, de tomarem banho e irem para a cama, eles aproveitaram o silêncio do salão comunal para planejarem sua vingança. Porque Snape poderia ser um professor, poderia ter ajudado a salvar o mundo mágico, mas não deixava de ser um seboso irritante.

Depois de planejarem todos os detalhes de uma vingança mirabolante, aí sim eles se deixaram dominar pelo cansaço e foram dormir.

Os próximos dias seriam interessantes. Muito interessantes.



N/a: Olá! tudo bem??
Não demorei mto dessa vez, demorei?
eu sei que esse cap está mais curto que o normal... mas esse é o ultimo mes de aula... mes de provas e trabalhos... por isso estou sem mto tempo pra escrever...

prometo que o próximo vai ser GIGANTESCO! =D
só não posso garantir que ele fique pronto logo...

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