Diferenças Eternas
N/A: Le, valeu novamente!! Ah, vai..ele mereceu um pouco disso, mas por ti, nesse capitulo ele ganha um pouco. Desculpem a demora, tentarei postar com mais freqüência.
“If I dont’ cry, do you think I don’t feel...
(“Se eu não choro, você acha que eu não sinto...)
... if I look away, it doesn’t mean I don’t see.”
(... se eu olho à minha volta, não significa que eu não vejo.”)
Lílian virava-se de um lado para o outro, se enrolando cada vez mais nos cobertores, enquanto tentava encontrar o sono, mas o relógio marcava quase duas e meia da manhã e ela ainda não havia dormido, o que a deixava levemente irritada, já que no outro dia teria aula.Silenciosamente a ruiva pegou o roupão lilás da ponta da cama e saiu do dormitório, fechando a porta atrás de si com cuidado. Ela desceu as escadas lentamente e dirigiu-se até uma poltrona confortável em frente à lareira, onde encolheu-se, apoiando a cabeça nos joelhos, observando o fogo crepitando.
- Uma noite sem ronda e eu não durmo.
A garota resmungou um pouco, até cair em um silêncio profundo. O tempo que ela ficara daquele jeito nem ela saberia dizer, mas quando ela levantou da poltrona uma mão se pos na boca dela, fazendo a virar-se rapidamente, em susto. Lílian olhou bem a pessoa, logo reconhecendo-a, suspirando aliviada, mas assim que a mão se retirou da boca, ela começou a sussurrar com a língua afiada.
- Potter! O que você pensa que está fazendo?
O moreno riu, jogando-se na poltrona, puxando a garota junto, abraçando a pela cintura.
- Ora, vim lhe dar uma boa companhia, Evans.
A garota levantou rapidamente do colo do garoto no exato momento que em fora abraçada, observando James deitado na poltrona. Assim que ele terminou a fala dele, a ruiva deu uma risada debochada, cruzando os braços pronta para dar as costas a ele.
- E desde quando sua companhia me agrada?
- Evans, Evans! Eu sei o que se passa na sua cabecinha ruiva.
Ele balançava a cabeça teatralmente enquanto Lily ria novamente e deixava-o continuar.
- Vamos Evans, gosto, entre tantas outras beldades de Hogwarts, de você! Veja que honra.
O moreno ria divertido como se o que ele dissesse fosse incrivelmente engraçado e sábio. Ela falou em um sussurro cortante enquanto dava as costas ao garoto.
- Então, que azar não? Porque você não é mais solidário, Potter, e vai dar está honra a outra pobre coitada? Melhor, que tal aquela loira do começo do ano?
Ela havia subido alguns degraus no momento em que Potter levantou e correu na direção dela. Mas assim que a alcançou, os degraus transformaram-se em uma rampa lisa, fazendo os dois rolarem um por cima do outro, até que a ruiva bateu em um sofá, soltando um leve gemido, pela dor na cabeça e pelo peso do garoto que se encontrava por cima dela. Ela soltou uma baixa exclamação de raiva, quando, novamente, a mão de James pousou sobre a sua boca, fazendo-a ficar ainda mais enfurecida. Ele estreitou os olhos em sinal de irritação, demonstrando que ela deveria ficar em silêncio. Com um ar intrigado Lílian ficou quieta e então ela ouviu. Os passos na escadaria ficavam cada vez mais nítidos. Olhando rapidamente para o moreno que sorria levemente, ele a puxou para trás do sofá de onde tinham uma visão perfeita das duas escadarias. A ruiva viu um vulto descendo as escadas do dormitório feminino. Eram duas garotas, uma pequena talvez do segundo ano e uma monitora-chefe. As duas alunas saíram pelo buraco do retrato e James retirou a mão da boca da garota, que levantou enfurecida, com a mão na cabeça, dirigindo-se para o meio do salão.
- Olha o que você conseguiu fazer Potter!
A voz da ruiva tremia de raiva, enquanto o jovem levantava com a voz levemente alterada.
- Nenhum obrigada, Evans?
- Obrigada? Obrigada Potter? Pelo que exatamente? Por você quase ter me matado de susto ou por eu quase ter morrido sufocada de baixo de seu peso? Ou por quase sermos pegos? Se for por isso, muito obrigada Potter.
A voz dela aumentava a cada palavra soltando a raiva que sentia dês do começo do ano, tempo demais. Ela já não se importava em gritar e sua última frase ecoou pelo salão, mas logo James começou a gritar.
- Não Evans. Obrigada por eu ter lhe livrado de ser pega, quando você nem sequer raciocinava.
O garoto já estava na frente dela e a ruiva riu debochadamente.
- Livrou? Ah, não me faça rir Potter! Se você não tivesse descido atrás de mim, nada disso estaria acontecendo.
O garoto revirou os olhos e falou com a voz trêmula.
- E você tinha que ficar furiosa daquele jeito? A culpa é SUA Evans. Você sempre coloca a culpa nos outros, mas nunca, NUNCA a culpa é sua. Você é desprezível.
Os olhos da Lílian eram cortantes, mas quando James terminou a frase a ruiva bufou levemente olhando nos olhos do garoto.
- Eu não sou desprezível, Potter.
O moreno se deu conta do havia falado e na mente dele, ele fora longe demais. Por mais que ela sempre dissesse coisas tão parecidas a respeito dele, nunca ele teria a capacidade de fazer isso sem ficar com a consciência pesada. Ele deu um passo à frente.
- Lily, me desculpe...
A garota já não agüentava mais, tudo pesava nos ombros dela, o cansaço, a tristeza e a raiva. A voz do garoto, por mais que fossem desculpas, a irritavam, então o descontrole formou-se em questão de segundos, quando tudo desabou.
- Chega Potter. Eu não te agüento mais. CHEGA.
Ele deu um passo para trás, não assustado, mas surpreso com a reação dela. O jovem já estava com as palavras na ponta da língua, quando subitamente foi interrompido por uma terceira voz, vindo do ano alto da escadaria do dormitório masculino. Sirius e ao seu lado um descabelado Remus. Sirius ainda dormindo resmungou suficientemente alto para os dois ouvirem.
- James, que gritaria, não da pra dor...
Os olhos do garoto se arregalaram quando perceberam a jovem ruiva parada no meio do salão. Ele deu um breve sorriso, apontando para os dormitórios.
- Ahn... então... nós... vamos... subir, sabe... dormir. He he he.
Os dois marotos subiram os poucos degraus que haviam descido, rapidamente. James mal se atrevia a falar, com medo de rir da cena passada, mas não foi necessário ele falar, já que a garota retomava a briga.
- Você, Potter, é a pior pessoa do mundo. Não há nada no mundo que eu odiaria mais do que ter que ficar com você entre quatro paredes.
Foi a vez de James rir, debochando da menina.
- Ah, por favor, Evans, o que você quer hein? Um lugar sossegado para ler? Estudar? Me desculpe, mas nem tudo pode ser seco como papel.
O moreno estava perigosamente perto dela, falando as palavras, vociferando cada uma com um prazer incontestável. Ela abriu a boca para responder, mas a fechou imediatamente ao ouvir a voz da Professora McGonagall falando com a monitora-chefe.
- Eu ainda não acredito nisso, Senhorita. Logo a essa altura da madrugada. Mandrágora.
James, ao ouvir a diretora da casa dizer a senha, empurrou Lílian brutalmente para trás de uma poltrona perto da parede, mas antes que a ruiva pudesse puxá-lo consigo, a mulher de roupão xadrez e o cabelo preso com firmeza, apareceu fitando o moreno com os olhos de águia.
- Muito bem, o senhor poderia ter a gentileza de me explicar o que está fazendo de pé, as quatro e dez da manhã, gritando, ameaçando acordar a sua casa inteira? Se é que já não o fez.
A professora apontava para as duas alunas atrás de si, enquanto James contava que encontrava-se sem sono e portanto não havia visto problemas em se divertir um pouco no Salão Comunal. A ruiva encostou a cabeça na parte traseira da poltrona, não acreditando no que ele havia feito.
- Divertir, Senhor Potter? Tenho certeza que gostará desta diversão: Detenção, hoje à noite as onze, na Sala dos Troféus, sob a supervisão da Senhorita Lílian Evans. Agora para cama, imediatamente! Os três.
O garoto acenou com a cabeça positivamente, enquanto McGonagall o olhava com firmeza. Ele lançou um olhar seco à garota que baixou os olhos para baixo da poltrona de onde podia ver as pantufas apeluciadas da professora se afastando. Lílian ficou escondida ali por um tempo, até tudo ficar novamente em um silêncio abafado, que foi logo interrompido pelos passos apressados dela, pelos degraus de pedra.
“I drift away to a place another kind of life...
(“Eu me mudei para um lugar, outro tipo de vida...)
... take away the pain I create my paradise.”
(... afastei a dor e criei meu paraíso.”)
A garota havia passado o dia inteiro fugindo das perguntas das amigas sobre as olheiras e constante mau humor, mas quando ela voltou ao Salão Comunal após a janta, ela se sentia levemente confortada por não ter contado as amigas sobre a briga da madrugada, já que o ocorrido renderia ainda mais perguntas, as quais ela não queria responder. A ruiva decidiu tomar um banho antes de ir monitorar os corredores e supervisionar a detenção de James Potter. A água quente a relaxou, e ela agradecia por isso enquanto fechava os botões da camisa e passava os dedos pelo cabelo molhado com um leve perfume de frutas cítricas. Ao olhar o distintivo de monitora- chefe um leve sorriso percorreu os lábios da garota. Ao sair do banheiro quente, ela ouviu nitidamente os gritinhos histéricos de suas colegas de quarto. Ao se dirigir em direção à porta, a mais jovem delas a puxou pelo braço, parecendo excitada.
- É...é verdade que você vai monitorar a detenção do Jameszinho?
“Jameszinho? Por Mérlin”, a garota pensou com um leve ar frio, enquanto dava de ombros.
- É, vou!
E saiu pela porta ouvindo os gritinhos das garotas.
O distintivo de monitora-chefe brilhava, quando a luz da varinha repousava sobre ele por poucos segundos. Lílian adentrou na Sala de Troféus, vazia com exceção dela e do moreno que estava parado no canto da sala com um pano sobre o ombro. Quando ele notou a presença dela, ela cumprimentou com um breve “Olá” e começou a limpar os troféus com sua camada de sujeira embaixo da luz da varinha da menina. Os trinta minutos que haviam se passado em um silêncio agonizante, apenas interrimpido pelo pegar e recolocar dos troféus, foi quebrado pela ruiva, que falou com a voz baixa, como se, se ela falasse mais alto, todos poderiam ouvi-la.
- Hey Potter...
O garoto levantou os olhos do troféu que estava polindo, enquanto, lentamente, a jovem se ajoelhava ao lado dele.
- Obrigada...
Ela deu um leve sorriso, e brigou contra a sua vontade de beijá-lo, dando lhe apenas um leve beijo no rosto, deixando o moreno um pouco vermelho.
- De nada, Evans. A propósito, gostei do perfume.
James de um sorriso maroto para a ruiva ao seu lado que balançou a cabeça.
Apoiando-se na prateleira, ela voltou ao seu posto de monitoramento, enquanto a noite ficava cada vez mais escura e a luz se esvaia daquele local.
“ How strong do you think I am?...
(“Quão forte você acha que eu sou?...)
... how much can I take of this?!
(... quanto eu consigo aguentar de tudo isso?”)
Músicas: Alexz Johnson – How Strong Do You Think I Am?
Alexz Johnson- Skin
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