Selecção



Albus, Rose e Scorpius sairam, por fim, do comboio. Já era de noite e estava muito frio. Rose que se esquecera do casaco no carro do pai devido a pressa tremia de frio, embora tentasse disfarçar para não preocupar os outros. Contudo, Albus conhecia a prima demasiado bem e, por isso, sem nenhuma palavra, colocou-lhe o casaco por cima, ao que ela agradeceu com um olhar. Estavam a andar para fora da estação. á falta de melhor palavra, quando Scorpius parou de repente, fazendo com que os outros dois quase caissem.

- Então? - perguntaram Albus e Rose ao mesmo tempo, preocupados.

- O... que... o que... o que é aquilo? - perguntou aos tropeções, assustado

- Creio que a pergunta correcta é: Quem é? - corrigiu Rose, prontamente, dirigindo um sorriso aberto para a figura mosntruosa que se encontrava a poucos passos deles - Olá Hagrid!

- Rose Weasley e Albus Potter!!!! Bem-vindos a Hogwarts! - saudou o meio-gigante, felicissimo por tê-los na escola. "vai ser como os velhos tempos... São tal e qual o Harry e a Hermione. Gandas amigos, pá!!!!", pensou, limpando as lágrimas. Contudo, ao olhar melhor para eles, reparou numa terceira figura que não deixava margens para dúvidas.

- Mas q'é que ele 'tá a fazer c'o vocês? - perguntou com um tom de voz alto, zangado - És o filho do Malfoy, não és? - dirigiu-se a Scorpius, secamente

- Sim, que mal é que isso tem? - perguntou sem compreender

- Ah, não compreendes?

- Hagrid! Calma, ele é boa pessoa! Não é como o pai... A sério! - garantiu rapidamente Rose

-"Não é como o pai"? - repetiu Scorpius - O que queres dizer com isso?

- Nada! - respondeu Rose - Não queremos dizer nada com isso, descansa. Hagrid - dirigiu-se para o amigo, acrescentando, de maneira a que só Hagrid pudesse ouvir - ele é simpático! Não comeces, por favor!

- 'Tá bem! só c'o tempo é que posso ver se tenho razão ou não... - admitiu contrafeito - Vou estar de olho em ti - Primeiros anos! - chamou - Prmeiros anos! Sigam-me por favor!!!!

Entrem lá no barco! - mandou Hagrid para os outros três que trocavam olhares ansiosos entre si - Ah e, não se esqueçam de que vos convidei para lanchar na sexta-feira!!!!

- Não! O pai está sempre a lembrar-me disso!

- Tomem juizo!

- Fica descansado! - gritou Rose do barco, já afastado da margem

Entretanto, a viagem do lago até ao castelo pareceu ser um foguete, visto que as três cabeças tremiam de nervosismo e excitação ao verem aquela escola fenomenal erguer-se por cima deles. "É majestoso!", pensaram os três, ao subirem as escadas que levavam ao salão principal, que por detrás se encontravam as quatro mesas habituais de selecção. No cimo da escadaria, encontrava-se uma mulher, com um aspecto arranjado e vistoso, com um longo chapéu pontiagudo.

- Boa noite! O meu nome é Meileen Ronson. Certamente já ouviram falar da directora da escola, Minerva McGonagall e da selecção para as equipas!!! Formem uma fila e sigam-me por favor!

Finalmente, as portas abriram-se mostrando um salão enorme e toda a sua magnificiencia com um tecto falso, onde se encontravam candeias suspensas no ar por cima das quatro mesas. Era fantástico. O tecto era azul escuro aveludado salpicado de estrelas e corpos celestes.

- Sabiam que aquilo não é céu verdadeiro? - perguntou Rose, apontando - É pura magia para nos dar a entender isso mesmo. Consegui chegar ao capitulo que falavam sobre isto no livro da minha mãe!!!

Entretanto, passaram pelas mesas e pararam em frente a um banco que continha um chapéu velho e sujo em cima. De repente, deram todos um salto. O Chapéu começou a cantar!

Acabado de o fazer, toda a ente o aplaudiu cheio de entusiasmo e após esse gesto colectivo, começou a selecção dos alunos para as respectivas mesas. A professora Meileen começou a chamá-los, até que:

- Potter, Albus!

A tremer lá subiu as escadas e sentou-se no banco. Quase imediatamente ouviu uma vozinha na sua cabeça. "Hum! Já estive numa cabeça semelhante. Será que era a do teu pai? Parece-me que sim! Qual a equipa em que te vou por? Slytherin?"

- Slytherin, não! Por favor! - disse o rapaz cheio de medo

"Slytherin não, han?Bem... sendo assim... Gryffindor!"

Entusiasmado pela dica do pai ter resultado, correu a juntar-se aos colegas que tinham rebentado um enorme aplauso para o novo elemento. A selecção terminou com a selecção de Rose que foi para os Gryfindor e, pós uma saudação de boas-vindas por parte da directora começaram a comer! Malfoy, infelizmente tinha ficado nos Slytherin.

- Que pena, não achas? - perguntou Rose a Albus - estava a gotavar tanto dele.

- E que tem? Lá por ser dos Slytherin não muda a pessoa que ele é!

- Às vezes muda!

- Como e que sabes? Desta vez pode não ser "às vezes", sabias? - revoltou-se Albus

- Vê-se mesmo que não leste o livro "Hogwarts: Uma História"

- Para quê? Tui sabe-lo de cor como a a tua mãe! - afirmou Albus a rir

- Que engraçado!

Entretanto, os prefeitos começavam a organizar as equipas para levá-las para o dormitório.

- Primeiros anos! - chamou o rapaz do quinto ano - Primeiros anos, por aqui! Sigam-me

- Vamos lá. - disse Albus

- Sim, vamos! - concordou Rose

Sairam do salão e dirigiram-se para as escadas que começaram a mover-se!!!

- Uau!!! - ouviu-se por todos os cantos.

Chegaram, por fim, á Torre dos Gryffindor, guardado pela Dama Gorda e o prefeito disse: Finus Draconis.

Entraram todos, a porta fechou-se. Por trás dela, vários sentimentos se expandiam, vários segredos se intensificavam. Por fim, só se ouvia o silêncio dos que por lá deambulavam. O dia seguinte era o começo de algo novo, de uma nova era. Era o dia em que tudo se iria descobrir pela primeira vez e que nada ficaria igual ao que sempre fora. Porque essa é a dádiva do tempo. A dádiva ou... a Maldição!!!






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