Muitas surpresas para 1 dia só

Muitas surpresas para 1 dia só



Na manhã seguinte, Hermione acordou com dor de cabeça. Há tempos ela não chorava tanto como tinha chorado naquela noite. E a culpa, era sempre dele: Harry Potter. Por que ele tinha que estragar o dia dela? Tinha sido tudo tão perfeito! Ela ainda não acreditava que tinha ficado com Josh Archibald, e muito menos que ele tinha a chamado pra sair antes dela “ficar bonita”. Ela estava morrendo de fome, mas não queria encontrar com Harry tão cedo. Enrolou-se ainda mais em seu edredom para segundos depois, tirá-lo de uma vez. Não valia a pena ficar com fome, ali, só por causa dele. Mas antes de descer ela teria que se arrumar! Que olheiras eram aquelas? MERLIM! Ela estava horrível. Resolveu tomar logo um banho, sem pensar demais. Tomou um banho e foi se trocar. O dia estava um pouco frio, então ela colocou um conjunto de moletom rosa com uma regata branca por baixo. Soltou os cabelos, passou um corretivo pra esconder as olheiras, lápis e blush.
O Salão Comunal Grifinório estava quase vazio. Alguns primeiranistas jogavam xadrez bruxo, outros estudavam. Como se realmente tivessem o que estudar depois de apenas um dia de aula.
Os alunos mais velhos, provavelmente deveriam estar se aquecendo sob a luz do sol da manhã, tacando pedras no lago da lula-gigante, se entupindo de comida, mandando cartas aos pais, resumindo, aproveitando o primeiro e um dos poucos domingos de folga que teriam durante o ano. Os veteranos de Hogwarts sabiam muito bem que no quesito deveres, a escola não deixava a desejar. E que os próximos fins de semana, seriam repleto de tarefas e trabalhos. O que lhes restava, era aproveitar.
Ela se enganou ao pensar que teriam poucas pessoas no Salão Principal. Pra falar a verdade, a maioria de Hogwarts estava lá. Ora, ora, parece que todo mundo havia resolvido dormir até mais tarde no domingo!
Sentou-se à mesa da Grifinória, onde seus amigos tinham lhe guardado um lugar.
_ Puxa Mi, pensei que não acordasse mais! Eu bem que tentei de chamar, mas você nem mexia.
_ Bom dia pra você também Gina. Ah, eu fui dormir tarde ontem.
_ Uhm, parece que o encontro com o Josh foi mesmo bom, ein? Fiquei te esperando até tarde, e quando fui dormir vocês ainda não tinha chegado. Me conta! Vocês ficaram? Ele beija bem? Ele tem A pegada?
Harry jogou a colher na mesa com grosseria.
_ Você também vai querer me trocar pelo Archibald, Gina? Ótimo! Caso você mude de idéia, eu vou estar no jardim.
Gina estava atônita. Ela não acreditava que o namorado tinha dado um chilique por um motivo tão bobo.
_ Harry, espera! – e sem dirigir uma palavra a ninguém, saiu correndo em direção aos jardins.
_ Excelente. – falou Hermione com o máximo de ironia que conseguiu juntar em uma fala.
Depois daquela briguinha, seu estômago havia embrulhado e ela não tinha mais um pingo de fome. Ela se preparava pra ir dar uma volta nos jardins quando um segundanista loiro e magricela que se chamava Daniel viera correndo em sua direção.
_ Hermione, espera! – disse ele, ofegante.
_ O que foi Daniel?
_ A professora McGonnagal pediu que você comparecesse a sala dela imediatamente.
_ AI MEU MERLIN! Será que eu fiz alguma coisa muito séria?
_ Bom, eu não sei do que se trata, mas com certeza não deve ser isso. Você é a aluna mais bonita e mais inteligente de Hogwarts, isso nunca aconteceria contigo.
Hermione riu.
_ Ehr, obrigada pelos elogios Daniel, mas eu acho que seria mais produtivo procurar alguém com a sua faixa etária, hã?
Dizendo isso, saiu rindo do Salão Comunal em direção a sala da vice-diretora. No caminho, esbarrou em uma parede. Mas a parede não era constituída de tijolos, era constituída de músculos. E muitos, muuuuitos deles.
_ Ai, me desculpa.
_ Granger, eu entendo que você me ache incrivelmente atraente, mas infelizmente, não é recíproco. Por favor, pare de se esfregar em mim, tá bem? Se você fizer isso, nem terá de se humilhar para me pedir desculpas. E sabe, o Archibald não iria gostar nem um pouco disso.
_ Ah Malfoy, por que você não deixa de ser tão ridículo e não vai ver se eu to na lá na esquina, ein?
_ Granger, acho que você se esqueceu que meu sangue é puro e eu não entendo o seu dialeto trouxa.
Hermione suspirou, entediada.
_ Olha Malfoy, eu juro que se tivesse tempo ficava aqui com você para mais um daqueles seus shows de elogios, mas, felizmente a professora McGonnagal está me esperando na sala dela, e diferentemente de você, eu cumpro com os meus deveres.
_ Engraçado, foi você quem sumiu na sexta-feira e eu tive que tomar conta da monitoração, sozinho. Ah, me esqueci. As regras são claras, quando o que se vai fazer não é em benefício próprio e sim para o bem de todos, é permitido. Por que vamos combinar, dar um jeito naquele seu cabelo de vassoura foi um benefício e tanto para humanidade. Agora, quando você sentar na primeira carteira, o que você faz sempre por sinal, vai ser possível pra quem estiver atrás de você, assistir à aula sem uma juba de leão atrapalhando.
_ E, vamos combinar né Malfoy, esses seus insultos são estão perdendo a graça. Você me insulta pra me ver nervosa, mas parece que isso não está surtindo efeito!
_ Jura Sangue-Ruim? Eu posso até ver você me xingando internamente!
_ Você é realmente muito bom em leglimência, Malfoy. Não que seja da sua conta, mas eu não vou me atrasar para o encontro com a professora McGonnagal por sua causa.
_ Não Granger, esse seu cabelo por acaso não deixa você raciocinar direito? A McGonnagal tem um encontro comigo!
_ É, mas ela vai falar comigo primeiro. Tchauzinho Malfoy!
Dizendo isso ela saiu correndo em disparada á sala da vice-diretora. Draco ficou parado por um instante sem acreditar que ela tinha lhe desafiado. Não, não foi oficial, mas pelo tom de voz, ele entendeu. Foi até bom ela ter saído na frente, ficaria muito fácil pra ele: 1,83 de altura, capitão do time de quadribol, músculos definidos ganhar da Granger: 1,67m e gos...magrela, sem nenhuma força física.
Draco começou a correr muito, muito rápido e quando viu já estava ao lado de Hermione. Deu um beijo na própria mão, soprou na direção dela e continuou a correr. Mesmo que ela tivesse adquirido uma vantagem enorme, ele já estava a sua frente pra comprovar o que ele próprio tinha dito: Hermione não era páreo pra ele.
Hermione corria, corria, mas agora estava tudo perdido, ela não conseguiria alcançá-lo nunca. Ela estava a uma distância considerável e ela já estava sem forças. Suas pernas começaram a fraquejar e a última coisa que ela pôde ver foi Draco que havia parado de correr, lhe lançava um olhar curioso e por fim gritou “GRANGER!”.
Hermione abriu os olhos vagarosamente. O sol estava batendo nos seus olhos fazendo com que sua cabeça doesse. Ela bem que tentou levantar, mas sua cabeça doía tanto que ela era incapaz. Quando seus olhos finalmente se acostumaram com a claridade, ela os abriu e um par de olhos azuis acinzentados a encarava. De um jeito que ela nunca tinha visto antes, eles aparentavam estar...preocupados. Mas assim que Draco reparou que ela estava olhando, voltou a olhar Hermione com o clássico jeito arrogante. Não que ele estivesse realmente preocupado com ela, ele estava preocupado com ele mesmo. Imagine só se a vice-diretora descobrisse que ele e a Granger estavam brincando de pega-pega nos corredores da escola e que aquela fraca tinha desmaiado? Ia acabar sobrando pra ele, e isso, era tudo que ele não queria.
_ Malfoy...- ela parecia tão fraca, tão frágil. Tudo que Draco queria, era aninhá-la em seu colo, abraçando-a, protegendo-a de todo e qualquer mal. Pára com isso seu idiota. Pensamentos tão bondosos não seu dignos de você. Ainda mais com uma Sangue-Ruim.
_ Sossegue Granger! Você ainda não percebeu que tá mal?
_ O que aconteceu? – Sua voz estava saindo muito fraca.
_ Não diga nada, tá bem? Você vai piorar se continuar fazendo esforço. Você começou com aquela sua brincadeirinha super sem-graça de com-quem-a-professora-McGonnagal-vai-falar- primeiro e começou a correr. Decidi te dar alguns metros de vantagem, porque sabe, você não é párea pra mim. Então depois de um tempo eu comecei a correr também e em menos de um minuto eu já tinha te passado. QuandoTeve uma hora que eu percebi que você tinha parado de fazer barulho, mas, quando eu olhei pra trás eu te vi. Você tava pálida Granger, muito pálida, parecia um fantasma. Aí essas suas pernas magrelas começaram a fraquejar e você caiu no chão. Eu te peguei e te trouxe até aqui. Antes que você pergunte, estamos na Sala Precisa. Ou você realmente acha que eu iria te levar pra enfermaria? Me poupe, né, eu teria que explicar o que aconteceu, e o que eu diria pra Madame Pomfrey? “Oi Madame Pomfrey, a Granger me enfeitiçou com a maldição Imperius e me obrigou a brincar de uma das brincadeirinhas trouxas dela. Se não me engano, chama-se pega-pega. Divertido, não? É, até seria, se ela não fosse uma fraca que desmaiou!” Pois é, não ia rolar eu falar isso pra ela, porque provavelmente eu iria perder uma semana preciosa na detenção e pior de tudo: na sua desprezível companhia. E não pense que eu fiquei preocupado com você. Eu fiquei preocupado com as possíveis detenções que eu teria.
_ Eu sei que você não fez por mim, mas mesmo assim, obrigada Malfoy.
Ele esperava por qualquer reação, menos essa. Ela lhe agradeceu? A custo, conteu um sorriso.
_ Ok Granger, mas não se acostume. Anda, bebe isso. – disse ao lhe entregar um frasco com um líquido azul fumegante.
_ O que é isso? Veneno?
_ Como você está engraçadinha hoje, ein Granger? Anda, bebe logo isso. É um poção revigorante. E antes que você questione, se fosse um pouquinho mais esperta teria percebido que eu sou tão inteligente quanto você, talvez até mais. E pode beber sem medo, porque eu te garanto que a poção foi preparada corretamente. Antes que você pergunte, de novo Granger, eu sei que não tem isso nos livros. Mas você não acha que eu ia sujar minha ficha procurando isso na sessão reservada da biblioteca pra você, não é verdade? Eu aprendi durante a guerra. Quando as pessoas desmaiavam, a gente dava uma dessas pra elas recuperarem os ânimos. E não Granger, eu não era um Comensal. Eu estava do lado de Dumbledore. Antes de morrer, ele disse que eu tinha chance, que eu não era mau. Então a gente forjou aquela morte dele, e eu fiquei trabalhando escondido no St. Mungus na cura dos feridos. Aliás, por que eu to te falando tudo isso mesmo? Anda, bebe logo a porcaria da poção. Em menos de um minuto você já está bem e eu posso sair da sua desagradável companhia.
Hermione estava surpresa. Draco tinha lhe contado toda a história. Por isso ele sumiu na época da guerra. “Coitado! E a gente pensando que ele tinha se escondido porque era um covarde...” E bem, ele tinha razão. Ela sabia que ele era tão quanto, se não mais, inteligente que ela. Bebeu a poção e mais uma vez, ele estava certo. Em questão de segundos ela já estava ótima.
_ Puxa, eu estou ótima!
Draco não disse nada. Apenas sorriu com o canto dos lábios e lançou aquele olhar que dizia ‘eu te disse!’
_ Eu sei que você pouco se importa comigo e tudo mais, mas mesmo assim obrigada Malfoy. E não pense que eu estou muito agradecida, porque você não fez mais do que sua obrigação de monitor e eu agradeci porque sou extremamente educada e...
_ Olha Granger, eu to adorando esse seu discurso, mas não sei se você se lembra do que a gente tava fazendo antes de você começar a correr feito uma criança. – disse Draco interrompendo-a.
_ Malfoy, eu sempre achei que você usasse uma tintura pra cabelos, mas pude perceber que seu cérebro é loiro naturalmente. É bem óbvio que a gente estava discutindo.
_ Muito bem Granger, 10 pontos para a Grifinória! – disse em desdém – Eu tô falando, ô cabelo de vassoura ambulante, você se lembra porque a gente tava discutindo?
_ É claro que lembro! Era por causa da...Oh meu Deus! A McGonnagal deve estar furiosa! – enquanto falava ela passava as mãos pelos cabelos de forma nervosa – Eu – Ele a olhou como se estivesse a lembrando de alguma coisa – e você – apontou pra Draco e fez uma careta – tínhamos que ir até a sala dela! Ai meu Merlim, ai meu Merlim, ela vai tirar meu cargo de monitoria e...
_ Granger, faça o favor de calar sua boca e me ajudar a pensar em uma boa desculpa pra darmos pra ela?
_ Ora Malfoy, é muuuuuuuuuuuito simples! É só a gente dizer que eu corri no caminho e passei mal! – ao dizer isso, exibiu um sorriso de satisfação no rosto.
_ Ah claro, ela não irá reprimir os dois monitores-chefes de Hogwarts por agirem feito duas crianças. Imagine! Ela vai achar um ato de pureza enorme por ter dois alunos tão inocentes a ponto de brincar de ‘quem chega primeiro’ não é? Sim, claro, afinal, desde quando pra ser monitor-chefe precisa ter ao menos um pingo de maturidade, não é verdade?
_ Será que você poderia deixar de ser irônico por um segundo?
_ Será que você poderia parar de falar asneira e me ajudar a pensar numa boa desculpa? Porque seu eu cair, meu bem, você cai junto! Porque se você acha mesmo que eu vou me ferrar sozinho porque você não agüenta correr, você tá muito enganada!
Hermione respirou fundo, levantou-se da cama e foi em direção a porta.
_ E se você acha que eu vou ficar aqui, perdendo o meu tempo com você, você tá muito enganado.
Hermione saiu disparada da Sala Precisa, iria falar com McGonnagal nesse exato instante. Na hora, ela inventava uma desculpa qualquer.
Draco saiu correndo atrás dela.
_ Calminha aí, Granger. Eu já pensei no que vamos dizer.
_ Essa sua mente albina conseguiu pensar em algo, Malfoy?
_ Diferente de você, o meu cérebro não fica camuflado por uma juba, então, eu tenho facilidade pra pensar! Antes que você comece com suas respostas infantis, e a gente perca mais tempo numa discussãozinha inútil, eu te falo a minha idéia genial. É só a gente dizer que você passou mal e que fomos até a enfermaria.
_ Ah, claro, mente brilhante! E se ela for perguntar para Madame Pomfrey, o que a gente faz?
_ Oh Granger, às vezes eu me pergunto se você é mesmo tão ingênua assim, ou se faz de sonsa pra me irritar! Simples, eu sei lançar feitiços sem pronunciar a palavra, só por pensamento. Eu duvido muito que a McGonnagal vá desconfiar de dois dos seus mais brilhantes alunos. Caso ela desconfie, eu lanço um Obliviate na Pomfrey e fica tudo certo!
_ Você sabe executar feitiços por pensamento? – perguntou, em descrédito.
_ Quantas vezes eu vou ter que dizer que sou tão quanto, se não mais inteligente que você, hein Granger?
Hermione estava realmente surpresa. Nem ela sabia aquilo. Como ela poderia saber? Ah, é claro, ele foi criado com um Comensal.
_ Muito bem! Foi mesmo meu pai que me ensinou. Quando ainda tinha esperanças de que eu fosse um servo de Voldemort.
_ Co-como vo-você...?
Draco revirou os olhos, impaciente.
_ Juro que às vezes chego a me perguntar aonde se esconde o seu cérebro, Granger. Se eu sei executar feitiços sem pronuncia, é bem óbvio que eu também sei ler mentes, certo? Mas não se preocupe, isso não é um hábito, afinal, uso constante da Leglimência causa dependência.
_ Então chega de perder tempo, vamos logo.
Hermione puxou Draco pela mão sem perceber o quão desconcertado o garoto ficou ao sentir o toque quente da mão dela na sua.
Andaram pelos corredores completamente ausentes de alunos e chegaram até a porta da vice-diretora. Draco já ia bater na porta, mas hesitou.
_ Qual o problema?
_ Bom, é melhor dar uma checada no horário. Sabe como é, se tiver passado de uma hora, nós precisaremos inventar uma doença mais consistente que um desmaio.
Draco deu uma olhada em seu Rolex (n/a: pra quem não sabe é uma marca caríssima de relógios) e constatou que tinham apenas 40 minutos que eles foram avisados da reuniãozinha da McGonnagal. Bateu á porta, e logo ouviram um “Entrem.”.
Adentraram a sala da vice-diretora. Tinha quadros com todos os ex-vice-diretores de Hogwarts. A mobília era escura e todos os detalhes da sala, desde tapetes e persianas á canecas e castiçais eram vermelho com dourado. McGonnagal indicou com a cabeça duas cadeiras a frente de sua mesa para que eles se sentassem.
_ Creio que demoraram mais do que eu esperava.
_ Me desculpe, professora. Eu tava em jejum e acabei correndo pra vir á sua sala, porque imaginei ser algo muito importante. Eu corri muito depressa e acabei desmaiando. Por sorte, o Sr. Malfoy vinha na mesma direção que eu e me levou a enfermaria. Madame Pomfrey me deu um suco de abóbora e uns pãezinhos, eu melhorei e vim a sua sala.
_ A Srta. está melhor?
_ Ah sim, estou ótima, obrigada.
_ E bem, 10 pontos para a Sonserina por ter sido tão prestativo, Sr. Malfoy. Eu sei que os senhores não se dão muito bem.
_ Imagine, Professora! Por mais que a Granger seja um Sang... – interrompeu o que dizia diante dos olhares reprovadores de Hermione e Minerva. - digo, uma insuportável metida a Sabe-tudo, eu jamais a deixaria passando mal, ao relento pelos corredores de Hogwarts.
_ Muito bem, mas eu não os chamei até aqui para me queixar de seus atrasos. Creio que os senhores nem imaginem porque foram chamados.
_ Na verdade, realmente não imaginamos. Ainda mais pelo fato da Senhora ter chamados nós dois ao mesmo tempo.
_ É que o assunto deve ser tratado na presença dos dois, afinal, vocês dois serão essenciais. Bom, chega de enrolar, vou direto ao ponto. No Dia das Bruxas, nós teremos um baile, como de costume, porém os dois Monitores-Chefes terão que dançar juntos. – Minerva ignorou os olhos arregalados e as bocas abertas de Hermione e Draco e prossegiui – Vocês terão que compor a música e nós chamaremos ninguém menos que As Esquisitonas para tocá-la! Lembrando que a música tem que ser lenta e agitada ao mesmo tempo, afinal, enquanto vocês dançam não queremos nenhum aluno dormindo. – Fez uma cara de tédio – Ah sim, lembrando que a letra não pode ser imoral. Sem querer pressioná-los, eu dou preferência a letras românticas, então, caso vocês queiram realmente me agradar, vocês poderiam fazer uma música bem emotiva. – Deu uma piscadela sapeca aos dois, fazendo-os duvidarem, por um segundo, de que aquela era Minerva McGonnagal. – Ah, já ia me esquecendo. Vocês tem que compor a música juntos. E acreditem, eu saberei se foi ou não feita pelos dois. Merlim, já ia me esquecendo. Devido a muitas pessoas estarem sendo encontradas nos jardins à noite, será obrigatório a ronda nos jardins.
_ Professora, os jardins de Hogwarts são enormes. Nós demoraríamos dias fazendo essas rondas!
_ Srta. Granger, quem disse que eu tinha acabado de falar? – Hermione corou um pouco e fez um gesto para que a professora prosseguisse. – Pois bem. Vocês farão as rondas montados em vassouras! – disse como se fosse uma idéia brilhante.
_ Ehr, professora? – Minerva fez sinal para que Hermione continuasse. – Bem, eu não sei voar. Eu tenho muito, muito medo de altura.
Minerva fez uma careta entediada e Draco revirou os olhos com um sorriso irônico no canto dos lábios.
_ E é por isso que o Sr. Malfoy irá ensiná-la a voar! – O sorriso de Draco sumiu imediatamente. – Afinal, ele é o único aluno qualificado pra isso.
_ A Senhora vai me desculpar, mas o Harry voa tão bem quanto, senão muito melhor que o Malfoy.
McGonnagal lançou um olhar de censura a Hermione.
_ Mas o Sr. Malfoy é o único aluno do sétimo ano formado na Academia de Vôo Britânica. Só quem é formado lá, possui direito de lecionar aulas de vôo em toda a Grã-Betanha. Incluindo Hogwarts, Srta. Granger.
_ Mas não vai dar tempo de fazer ronda dentro do castelo e nos jardins!
_ E é justamente por isso, que vocês só terão que monitorar os jardins.
_ Mas a gente não poderia ficar com a parte interna do castelo e os monitores ficarem com os jardins?
_ Vocês são mais velhos e mais qualificados. Os jardins são mais perigosos.
_ Ah claro, então, só por que nós somos mais velhos, podemos correr perigo á vontade?
Minerva estava surpresa pelo tom irônico presente na voz de Hermione, mas não tão espantada quanto Draco.
_ Vocês conhecem mais feitiços. E os perigos a que me refiro podem ser facilmente combatidos por vocês dois.
_ Olha professora, eu tenho fobia a altura e não conseguirei aprender a voar.
_ Sinto muito Srta. Granger, mas nesse caso a senhorita terá de desistir do cargo de monitora-chefe.
Hermione abriu a boca em descrédito.
_ A senhora só pode estar brincando!
_ Nunca falei tão sério.
Hermione refletiu. Desde que entrou em Hogwarts ser monitora-chefe sempre foi seu sonho. E agora, por causa de um medo, ela teria de desistir? A sua vontade era de gritar, mas ela sabia que isso não iria resolver nada. Também queria muito chorar. Mas decerto que não faria isso em frente a sua professora de Transfiguração e vice-diretora de Hogwarts.
_ Muito bem. Nesse caso, eu dou meu jeito e aprendo a voar. – Ela sentiu que mais alguns segundos naquela sala e sua voz iria embargar.
_ Não será necessário a senhorita dar seu jeito. O Sr. Malfoy será obrigado a lhe ajudar!
_ Certo. Olha professora, se a senhora não se importa eu já vou indo. Minha cabeça tá doendo um pouco, eu vou me deitar.
_ Ok. Caso não melhore, procure Madame Pomfrey. E Sr. Malfoy, caso não tenha nenhuma dúvida pode se retirar.
Hermione saiu da sala em passos rápidos, e bastou sair do campo de visão pra começar a correr desesperadamente. Ontem tinha sido tão perfeito! Josh tinha sido tão carinhoso, ela nunca havia se sentido tão bem! Aí, de noite Harry joga na cara dela que ela era feia, horrorosa e que nunca teria capacidade de conquistar um garoto se não se arrumasse ao menos um pouquinho. Ela já não estava muito bem, aí McGonnagal a manda escolher entre continuar seu maior sonho, desde que aprenda a voar, e a desistir dele caso não queira subir numa vassoura! Chegava a ser cruel. E o pior de tudo: ela teria que conviver com Malfoy todos os dias.
Correu, correu e viu que estava na torre de Astronomia. Encostou-se na parede e foi escorregando até ficar completamente sentada apertando os joelhos contra o peito com a cabeça enfiada no vão formado entre eles.
_ Qual o seu problema?
Aquela voz arrastada que tantas vezes lhe dirigira insultos estava ali. Com a voz falha, ela lhe respondeu.
_ Olha Malfoy, eu não estou muito bem. Você poderia me deixar em paz ao menos por um minuto?
Draco viu o quanto ela estava perturbada. Sentou-se ao seu lado e ficou tentando olhar qualquer coisa que não fosse Hermione. Ele não suportava ver mulher chorando. Mesmo que a mulher seja uma sangue-ruim metida a sabe-tudo. Ele passou os braços em volta dos ombros de Hermione puxando-a para um abraço. Um abraço desajeitado, mas ainda assim, um abraço.
Hermione não estava em condições de recusar, então apenas apoiou-se em seu peito e chorou, chorou até não ter mais lágrimas. Não se importou se ele era Malfoy, aquele que tinha lhe xingado por sete anos. Ele era o único próximo a ela no momento e como já dizia sua avó, quem não tem cão, caça com gato.
Não se sabe por quanto tempo ficaram ali abraçados, mas Draco transmitia uma segurança a Hermione que ela nunca sentiu. Nunca admitiria para si mesma, mas essa segurança jamais fora sentida perto de Josh, de Ron e até mesmo de Harry.
_ Ob-obrigada por ter ficado aqui comigo.
_ Se soubesse que me babaria todo, não teria ficado.
Hermione deu um longo suspiro. O velho Malfoy estava de volta.
_ Outra coisa, Granger. Não conte a ninguém que eu fiquei te consolando. Sabe como é, iria sujar minha imagem.
E saiu, assim como chegou: sem dizer mais nada.

n/a: ooooooooooooooooooooooi gente! tá aí o cap. 3 eu espero que gostem e que comentem bastaaaaaaaaaante! eu tava meio tristinha com a ausência de comentários, tava achando que vocês não tavam gostando da fic e tals. aí eu conversie com a Dani Weasley e ela me disse pra não desanimar porque eu escrevia muito bem, o povo é que tem preguiça de comentar. com pouco mais de um mês de fic já tem 160 leitores *-* isso me deixou muito feliz, apesar de apenas 14 dessas 160 terem comentado :/ gente, sério mesmo, o comentário de vocês é a gratificação por a gente estar dedicando um pouco do nosso tempo a fic, entendem? eu não entendia isso até ter uma fic. mas hein, mudando de assunto, esse cap. foi totalmente d/hr! ainda não teve beijo e tals, porque eu quero dar tempo ao tempo e fazer eles se apaixonarem através da convivência forçada. que que vocês acharam desse cap.? bom, eu sou suspeita pra falar, mas foi o primeiro capítulo que eu realmente gostei :) e dessa vez eu atualizei rapidinho, hein? duas semaninhas só! eu ia escrever durante a semana e postar só semana que vem, mas aí eu me lembrei que essa semana eu tenho prova global na escola, de segunda a sábado ¬¬ aí não ia dar tempo, aí pra agradar a minhas amadas leitoras eu postei hoje :D eu me odeio pela chantagem que eu vou fazer agora, mas pensem só: quanto mais comentários, mais rápido o capítulo vem (6) ah, eu continuo reforçando: quem quiser que eu ponha fic aqui, é só me avisar. e quem quiser me indicar uma boa pra ler, eu também vou gostar (h) deixa eu mandar um beijããããão pra Dani Weasley porque ela me apoiou muito *-* brigada anjo! agora é sério, até o cap. 4! xoxo :*

Vicky - ÇLDSFKFÇDLSKFDSÇLKDFSÇLDFS também me irrita a Hermione ser sempre a boba apaixonada. pode ter certeza que na minha, o Draco vai sofrer muuuito ainda e vai ser o primeiro a demonstrar amor *-* continue lendo e comentando, sim? xoxo

bruvieira5 - que bom que você tá gostando :) ÇLKDSÇKDSFÇLDKÇSDLFK dessa vez ela não vai ser a tonta, ele quem vai correr atrás (6) postei rapidinho hein bru, não pode reclamar! xoxo

§σρhyє Kєиn - aaaaaaaaai, é verdade, cê tá certa! mas faz muito tempo que eu não leio o Cálice de Fogo, aí em vez de me basear no livro, eu me baseei em uma outra fic. imagina, tem nada de chatona não! críticas construtivas são muito bem vindas, elas fazem a fic ficar melhor :D espero que tenha gostado do cap. três, xoxo

camila malfoy - que booooooooooom que você tá gostando! *-* o cap. 2 eu nem gostei muito, mas o 3 eu acho que ficou melhorzinho, espero que goste :)) eu demorei menos de duas semanas hein, foi rapidinho ;) xoxo

Horchid - ah, concordo com você! se eu tivesse um Josh ou um Draco pra mim eu tava dando pulos de tês metros de altura de tanta felicidade! pra criar o Josh, eu me inspirei na descrição do Nate Archibald de gossip girl. tanto é, que eu copiei o sobrenome do personagem da Ceci :P aí dessa vez eu fiz vocês esperarem menos tempo e fiz um cap. melhorzinho, né? continue dando o ar da sua graça aqui, bls? LÇKDFSÇLKFDSÇFDLK xoxo

Xá Granger - xáááá :) que bom te ver por aqui de novo!que bom que gostou, taí o cap. 3! xoxo

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