O começo de mais uma de amor.

O começo de mais uma de amor.



E lá estava ela. Sozinha na cabine do trem. As férias não haviam sido lá essas coisas. Descobrir que Harry, seu melhor amigo, quiçá paixonite estava namorando não era nada legal. E o pior, estava namorando com Gina, a sua melhor amiga. Lógico que Gina nunca soube desse seu amor platônico por Harry, afinal ela também sempre fora apaixonada por ele e não fazia sentido perder uma amizade sabendo de quem ele realmente gostava. Sua avó, sua confidente, havia falecido. E agora? Com quem ela iria lamentar de não ter Harry para si? Rony? Ah, impossível! Além dele ser insensível ao extremo, estava ocupado demais namorando Luna Lovegood. E não acharia nem um pouco agradável saber que ela ia gostava do namorado de sua irmã.

Tanta coisa aconteceu desde que Voldemort fora derrotado no ano anterior. Luna estava cada vez mais próxima do trio, em especial de Rony, e Hermione sabia que não ia demorar até que eles engatassem um romance. Gina, apesar de tudo, tinha sido essencial na derrota de você-sabe-quem. E isso fez com que ela e Harry ficassem ainda mais íntimos. Eles começaram a ficar no final do ano anterior. Mas Hermione, tinha esperança que esse ‘rolo’ deles não vingasse. Engano seu. Há duas semanas, ela havia acabado de receber a notícia da morte de sua avó, e Edwiges adentrou a janela de seu quarto com um pergaminho. Ela o abriu sorrindo. Era uma carta de Harry, é claro. Ele ainda se lembrava dela! Um poço de esperança brotou dentro de Hermione. Ela imaginou que seria um lamento por ele e Gina não terem dado certo, que ele precisava muito de consolo e estaria pronta para dar. Seus olhos brilharam com uma intensidade fora do comum ao imaginar isso. Mas de repente, ficaram opacos. Lágrimas brotaram em seus olhos castanhos dourados e escorriam por suas bochechas macias e rosadas. No bilhete, Harry contava a Hermione que finalmente tomara coragem de pedir Gina em namoro. Ela aceitara e eles estavam muito felizes. Que ótimo! Agora, além de ter perdido sua avó, havia perdido o amor de sua vida. Isso sim eram férias mais que animadas!

Hoje, no dia primeiro de setembro, ela preferiu sentar-se sozinha. Por que ela iria sentar-se com Rony, Luna, Gina e Harry? Para servir de vela? Para sentir cada pedaço do seu coração se despedaçar ao ver Gina e Harry aos beijos? Não, muito obrigada. Ela olhou pela janela e constatou que estava chorando, outra vez.
_ Patética – disse para si mesma.
_ Oh, até que enfim a sangue-ruim disse alguma coisa decente. – Draco Malfoy havia acabado de entrar na cabine, pela primeira vez em muito tempo, sozinho, sem nenhum de seus capangas. Junto com ele, um vento forte adentrou o interior da cabine balançando seus cabelos loiros, e de alguma forma realçando os olhos azuis acinzentados. Uma visão quase angelical. Mas apenas quase.

Quando ela se virou Draco pôde ver que estivera chorando. Os cabelos grudaram em suas bochechas enquanto chorava. Seus olhos estavam inchados. Ele quase chegou a sentir pena, mas pena, é um sentimento muito desconhecido para os Malfoys. De certa forma, vê-la daquele jeito o perturbou. Resolveu apenas virar-se e ir embora, sem dizer nenhuma palavra a mais.

Hermione surpreendeu-se. Malfoy perdeu a chance de importuná-la? Será que com o fim da guerra ele realmente havia mudado? Hei. Espera. Por que ela tava pensando nele mesmo? Riu de si mesma e voltou a olhar pela janela. E pela primeira vez, não deixou seus pensamentos irem em direção da cabine de um garoto moreno, com olhos verdes vibrantes, escondido por óculos redondos e uma cicatriz em forma de raio na testa. Ela já estava ocupada demais pensando em um loiro de olhos acinzentados.

Draco voltou pensativo á sua cabine. Por que ele não tirava da mente a imagem de Hermione chorando? Sangue – ruim maldita, pensou. Achou uma cabine vazia e resolveu ficar por lá enquanto não tirasse aquela imagem de sua cabeça.

Não demorou muito para o trem chegar a Hogwarts. Hermione saiu apressada, queria evitar ao máximo ter de encontrar com Harry e Gina. Mas bem no fundo, ela sabia que a hora estava chegando. Suspirou pesadamente enquanto se sentava á mesa da Grifinória. Não tardou o “casal 20” chegar.
_ Hermiooooooooooooooooooooooooooooooooooone! – gritou Gina correndo em direção á amiga para um abraço.
_ Giiina! – Hermione respondeu com o máximo de entusiasmo possível.
_ Hei, e eu? Num mereço um abraço, não? – perguntou Harry com uma falsa cara de ofendido.
Na verdade, não. – pensou Hermione. _ ah, mas é claro que merece, Harry!
Ela foi em direção ao amigo e o abraçou. Aqueles braços fortes, aquele cabelo desarrumado e aquele cheio que vinha dele. Seu perfume parecia ser entorpecente. Eles se abraçarma por um longo tempo e quando se soltaram, Hermione viu que as duas esmeraldas que Harry tinha no rosto estavam brilhantes, como há tempos ela não via. Sorriu de seus pensamentos e sentou-se á mesa da Grifinória.
Rony logo chegou abraçando Luna pela cintura e Hermione não pôde deixar de rir. Que casal mais... exótico! É, é isso, exótico era a palavra certa pra definir aqueles dois!
Agora Hermione começou a notar seus amigos. Rony havia crescido bastante. Os cabelos ruivos caiam sobre os olhos e as sardas estavam realçadas pelo bronzeado adquirido no verão. Ele estava mais forte e tinha traços masculinos, realçando bem os 17 anos. Luna continuava com o ar lunático de sempre, mas tinha uma aparência mais saudável. A pele antes pálida, estava bronzeada, os olhos azuis arregalados estavam mais vibrantes e felizes. Os cabelos loiros agora eram bem cuidados e brilhavam muito. Hemrione imaginou o quanto eles deviam estar bonitos sob a luz do sol. Luna também já não era mais uma garotinha. Agora, apesar do rosto de menina, delicado, tinha corpo de mulher. Harry, ah Harry! Ele estava melhor do que nunca, meudeus, como as férias fizeram bem á ele. Os cabelos desgrenhados o deixavam ainda mais charmoso e os músculos pareciam querer saltar de sua roupa. VIVA AO QUADRIBOL! Gina. Hermione não podia admitir, mas Gina estava ainda mais bonita do que da última vez que a vira. Os cabelos ruivos tinham crescido, batendo na cintura e exalavam um brilho e um perfume fora do normal. Seu rosto tinha sempre uma expressão feliz. ‘claro, como é possível aparentar infeliz estando com o Harry?’ perguntou-se Hermione. Ah claro, Gina tinha um corpão. Hermione olhou pra baixo e um outro garoto invadiu seus pensamentos. Malfoy. Mesmo sendo mau caráter, não deixa de ser lindo. Ele estava ainda mais forte do que antes das férias. Os olhos azuis acinzentados estavam mais enigmáticos do que nunca. Os fios loiros voavam contra o vento o deixando ainda mais charmoso, se é que isso era possível. Riu de seus pensamentos e tentou afastá-los.
_ Bem vindos a Hogwarts! – exclamou Dumbledore por trás dos oclinhos de meia-lua.
Depois de explicar todo aquele blábláblá, ele bateu palmas e as quatro mesas encheram-se de comida. E foi então que Hermione viu uma cena que a deixou incrivelmente enojada. Gina dando biscoitos na boca de Harry, assim como uma dona faz com seu cachorro. Aquilo a fez ter ânsias, e sentiu seus olhos arderem.
_ Ehr, eu tô meio sem fome hoje, acho que vou dormir.
_ Hermigone, vogcê não comeu nagbda – advertiu Rony com a boca entupida.
_ Como eu disse, estou sem fome, Ronald. Tchau!
Dizendo isso ela seguiu em direção ao dormitório feminino. Sentiu uma mão em seus ombros e virou-se pra ver quem era.
_ Oi, Hermione! – como é que é? O garoto mais PERFEITO da Corvinal estava indo falar com ela? Espera aí, tem alguma coisa muito estranha! Josh, esse era seu nome. Hermione nunca tinha conversado com ele, mas ele era muito conhecido. Além de ser monitor da Corvinal era apanhador do time de quadribol e Hermione suspeitava que era a única que superava sua inteligência. Não, ele não era um típico nerd, de óculos fundo de garrafa, cabelo lotado de gel e rosto lotado de espinhas. Ele era um Deus grego! Olhos azuis, cabelos dourados, sorriso encantador, corpo perfeito. E agora, ele estava incrivelmente sexy! Eles estavam parados próximos á uma janela e o vento esvoaçava seus cabelos. A luz da lua iluminava seus olhos azuis fazendo com que eles brilhassem ainda mais. A camisa com os primeiros botões abertos e a gravada desarrumada fazia com que ele ficasse ainda melhor! ‘AIMEUDEUS, o que será que ele quer comigo? Já tivemos a primeira reunião de monitoria, não tem assuntos pendentes.’
_ Oi, Josh! – disse uma sorridente Hermione.
_ Ehr, sabe... a nossa primeira visita a Hogsmeade é depois de amanhã e bem... eu estive pensando se por acaso, é claro, se você não tiver outro compromisso, você gostaria de ir. Quero dizer, g-gostaria de ir, bem, ehr, ã, co-comigo.
Hermione definitivamente não esperava por aquele convite. E o melhor de tudo, aquela perfeição em pessoa estava gaguejando pra convidá-la! Ela fez uma cara de espanto, sem perceber.
_ É claro que se alguém já tiver te chamado, ou você não quiser ir, eu entenderei perfeitamente. – vendo que ela não disse nada, ele prosseguiu – ah, é óbvio que alguém já te chamou, ehr, me de-desculpa Hermione, eu realmente não sabia, entende?
_ Sem bobeiras, Josh! Eu adoraria ir com você! Desculpa a demora pra responder, é que eu tava processando a informação, sabe? – Hermione riu sem graça, sentindo suas bochechas corarem.
Josh abriu um sorriso. _ Então a gente se vê por aí, certo? – ele foi em direção a Hermione e lhe deu um beijo no canto da boca. _ deixa eu ir nessa! – dizendo isso soltou uma piscadela a Hermione e seguiu seu caminho.
Ela não sabia, mas alguém estava observando a cena. ‘como ele tem coragem de convidá-la pra sair? Merlin, eu até dava moral pro Archibald, mas depois dessa... ela já pegou coisas muito melhores do que essa sangue-ruim. Mas é como dizem por aí, gosto é igual braço, uns tem, outros, não.’
Hermione continuou seu caminho, estava radiante. Um dos caras mais gatos e cobiçados de Hogwarts havia chamado ela, ELA, pra sair! Seguiu em direção ao dormitório. Ao chegar lá, tomou um banho demorado e olhou-se no espelho. De quê adiantava a cintura fina se a blusa da escola era larga? De quê adiantava as pernas torneadas se suas saias iam abaixo do joelho? De quê adiantava ter feito um tratamento em seus cabelos se eles estavam sempre presos? De quê adiantava ter os olhos em um castanho tão complexo se ela não passava ao menos um lápis pra realçá-los? Pra quê ela tinha aquela boca carnuda se nem um gloss pra dar um brilho ela usava? Ah, estava na hora de mudar!

N/A: ooooi gente! tipo assim, é a minha primeira fic e o primeiro capítulo é sepre um saco. então, tipo assim, se vocês gostarem ou não gostarem, me mandem um comentário só pra eu saber o que vocês estão achando, tá?
brigada mesmo :)
xoxo :*

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