Talvez a decepção
Capítulo 4
TALVEZ A DECEPÇÃO
Depois de uma noticia daquelas, Luna não sabia mais o que fazer, mas a forma de continuar ali era fingir que não era com ela.
Se Padma soubesse da história real, nunca faria isso com Luna – e nem poderia – afinal, Padma namorava com um garoto do sétimo ano – Derek Roberts - e de hora em hora contava encantadamente as novidades para Luna, a sua fiel companheira.
A garota depois daquilo, prendeu seus cabelos em um coque no alto da cabeça para conseguir respirar melhor depois de uma notícia daquelas. Estava questionando si mesma se deveria contar para Padma sobre ela e o Harry, mas havia prometido ao garoto – que mesmo ele ter contado aos seus amigos – que não iria comentar para ninguém, a sua língua coçava compulsivamente, mas com prometeu, não iria tirar a honra de sua palavra – mesmo que não tivesse um significado tão importante para uma garota de quinze anos.
- Então, Paddy, não me entenda mal, por favor, é só um pensamento alto, você trocaria o Josh – o garoto do sétimo ano que Padma namorava desde o começo do ano passado – pelo Harry, se por ventura ele quisesse namorar com você?
- Luna? É você? Claro que não! Estou com o Derek desde o ano passado, e nosso namoro está no ápice, pelo amor de Merlin! Acho que a sua febre anda esquentando seus miolos, vá para o dormitório e de uma descansada. – respondeu Padma espantada com a atitude da amiga.
*
Voltando para o dormitório – e fingindo que não havia ouvido o que Padma disse – Luna encontrou com Harry segurando o Mapa do Maroto, ele viu a garota e disse:
- Oi Luna! Estava te procurando, vi que estava nos jardins... – pensou em falar “com Padma”, mas se falasse o nome dela seria óbvio entregaria o que estava acontecendo – e vi você indo aos dormitórios, então estava esperando você pelas bandas de cá.
- Olá Harry, não vi você hoje, como vai?
- Estou ótimo – como diria as regras de etiqueta, perguntar “e você, tudo bem” não faria mal a ninguém, mas Harry ignorou esse fato, talvez nem percebesse que Luna estaria doente.
- Ah, Harry, preciso falar com você. – a garota disse percebendo que o garoto não havia lido o bilhete. – é que ontem te mandei um bilhete e não sei se você leu.
- Tudo bem, eu leio hoje.
- Não, não precisa, eu falo parcialmente o que estava escrito nele.
Ambos se dirigiram até embaixo do retrato da porta do Salão Comunal da Corvinal e Luna sentou no chão enquanto Harry permanecia de pé ao seu lado.
- Harry, por favor! Sente-se! Não suporto pessoas de pé do meu lado enquanto estou sentada. – Harry riu do pedido de Luna, e se sentou – então Harry, preciso falar com você.
- Eu também, Luna. – ele completou.
- Então fale você primeiro – ela disse tentando parecer gentil.
- Não, fale você primeiro afinal, primeiro as damas. – Harry respondeu cordialmente.
- Tudo bem – ela deu um longo suspiro – é que...
- Aê Potter! Acaba com a Sonserina amanhã! – um garoto de cabelos pretos e gordinho que interrompeu Luna.
- Ah, pode deixar. – ele respondeu ao apoio de um Grifinório anônimo.
- Então, continuando, é que nesses últimos dias eu tenho percebido que...
- E aí Luna? Melhorou? – perguntou Charlotte Weaver, uma companheira de quarto dela, interrompendo novamente a conversa dos dois.
- Ah sim, estou melhor, depois nos falamos, Charlie – ela respondeu tentando por em evidencia que estava tentando ter um assunto particular naquele momento.
- Vamos para um lugar mais quieto? – sugeriu Harry – não sei se você percebeu, mas estamos no meio do corredor da Corvinal.
- É verdade, vamos para a Sala Precisa.
Ambos saíram seguidos um do outro, e no meio do corredor, como um impulso Luna não se conteve, sua boca involuntariamente abriu e sem querer disparou uma frase que sem dúvidas se arrependeria por ter dito nos próximos dias, meses ou cada vez que olhasse para os olhos verdes de Harry:
- O problema é que eu amo você, Harry.
O garoto deu uma parada, e no meio daquela bagunça do corredor, mas não mudou de idéia sobre o que iria falar nos próximos minutos, ele continuou quieto como se não tivesse ouvido o que a garota tinha acabado de dizer – e indubitavelmente o que ela brevemente desejaria nunca ter dito.
Chegando a Sala Precisa, ele começou a falar tentando dar uma justificativa – ou querendo jogar a culpa em cima de Luna – para o que iria dizer em breve.
- Luna – ele começou – é que eu sei que você ainda gosta do Neville.
- Harry, pare com isso, você sabe que eu não gosto do Neville, ele sem duvidas é o meu melhor amigo, mas não passa disso, afinal, deixe-me dizer então o que estava tentando falar antes.
Harry oscilou um pouco e antes que dissesse alguma coisa a garota já se antecipou:
- Eu acho se nós fossemos ficar juntos, que não tem nenhum problema as pessoas saberem, a não ser que você possa ter vergonha de dizer que está comigo.
- Luna, não é isso – Harry parou um pouco para pensar de que forma diria aquilo – mas eu acho que, estou gostando da Padma Patil.
Luna parou um pouco para pensar. Naquele momento todo o filme de revertia na sua cabeça: o momento em que Padma ficou jogando xadrez com ele, quando ela disse que “Potter está me dando umas indiretas” e também o momento que estava se recusando a acreditar em tudo que havia dito anteriormente, mas Luna havia se esquecido de um detalhe: a carta; o que ele pensaria dela quando lesse aquela coisa ridícula que ela havia escrito? Ou quem sabe ele começasse a rir da sua cara?
Ela imediatamente se conectou ao mundo real e respondeu a Harry em um flash:
- Sabe aquela carta que te mandei?
- Aham
- Pelo que resta de consideração por mim dentro de você, não leia – ela disse aflita.
- Se você escreveu para mim, acho que tenho o direito de ler – ele respondeu não levando em conta o orgulho e também os sentimentos da menina.
- Você não tem Harry, todos podem ter menos você.
- Luna, você não está chateada comigo? – Harry perguntou.
- Ah Harry, triste eu estou, mas prefiro pensar que foi melhor que eu soubesse logo.
Ambos saíram imediatamente da sala pois o sinal havia tocado para que os alunos se recolhessem
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