A NOITE DOS SAPOS DE CHOCOLATE



Capítulo Sete:

A NOITE DOS SAPOS DE CHOCOLATE


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O retorno de Tonks a sala foi muito rápido, ela voltou acompanhada de uma elfa com trajes rosas simples e um grande laço na cabeça, que caia para o lado.
Nefas levitou uma das mesinhas até o centro da sala e pediu para que colocassem os objetos sob a mesa.
Tonks trouxera um livro grande e um instrumento que Harry jamais vira, que parecia uma luneta com uma esfera na ponta. Levitando mais atrás vinham dois frascos com um liquido vermelho e a elfa trazia um outro instrumento, que parecia pesado, de ouro, longo, fino e cheio de pontas, aonde na ponta havia uma outra pequena esfera com um líquido verde escuro.
_Obrigado Nymphadora – Nefas disse colocando o mapa sob um espaço que havia na mesa e se virando para Dumbledore. – Imagino que se eu abrir, o Lorde das Trevas virá até aqui, existe um elo de ligação entre os dois lados.
_Sem dúvida – Dumbledore falou calmo, enquanto a elfa o olhava distante, com as mãos trêmulas.
Nefas abriu o grande livro que Tonks trouxera e com um toque da varinha as folhas correram, até chegar a uma página azul, com letras finas em cor escura, uma página de anotações.
_Realmente sombrio – falou consultando as linhas e apanhando o objeto de ouro com a pequena esfera no topo. Dando um toque com a varinha, a esfera se abriu e o liquido caiu sob a mesa, desaparecendo em seguida. – Uma poção perigosa – ele disse olhando para Tolkien e depois para Lupin – Não faça há décadas, não tenho tudo o que preciso aqui, desculpe, mas não será possível.
_Sim, será – Dumbledore falou se levantando – Eu imaginei que uma poção como essa não seria tão fácil de ser encontrada, e pedi que Horácio ficasse esperando por um aviso.
_Teremos a poção imagino – Nefas falou entusiasmado.
_No fim da noite – Dumbledore respondeu consultando um relógio de ouro que puxou de um dos bolsos das vestes – Por favor fique preparado.
_Naturalmente – Nefas disse e por um instante sua voz foi abafada quando uma das grandes janelas da sala se abriu e uma coruja bela, grande e cinza, com olhos amarelados, voou e pousou na mesa central.
Harry pode notar que Dumbledore sorriu por um instante e Quim franziu a testa.
O Sr.Weasley foi até a coruja em passos largos e retirou a carta que ela trazia no pé. Hermione se endireitou em sua poltrona e Rony coçou a cabeça, ansioso.
_É para você Quim – ele disse entregando a carta.
Harry encontrou o olhar de Dumbledore fitado no seu e ele deu uma piscadela que fez Hermione sorrir.
_Uma reunião urgente – Quim falou surpreso – Com o Departamento Ministerial – Tonks e Lupin se entreolharam preocupados. – Estão me convidando para ser o novo Ministro.
Harry não soube porque mas imediatamente ficou de pé, com um grande sorriso, assim como Hermione e Rony, e ambos com os olhos saltados
_Isso é incrível! – Rony exclamou.
_Parabéns! – Hermione disse e atravessando a sala apertou a mão de Quim.
_O inicio de uma nova era – Tolkien falou apertando as faixas ao redor da sua cabeça – Caro Shackelbolt, não existia decisão melhor! – e apertou a mão de Quim.
Quim estava pasmo, os olhos saltados, e a carta na mão estava tremendo.
_Ministro – ele repetiu antes de sorrir. Lupin e Tonks se abraçaram sorridentes.
_Quim, vai ser maravilhoso! – Tonks disse antes de apertar a mão de Quim – Han han, desculpe-me – disse em tom brincalhão – Senhor Ministro! – disse em seguida, com uma voz séria e grave, todos riram.
Harry correu a apertar a mão de Quim, um aperto demorado, como se ali começasse uma união como nunca havia tido, uma união que poderia colocar dar fim a guerra.
_No que depender de mim, você terá todo apoio Potter! – e Harry olhou Quim por um breve instante.
_Eu sei que posso, sempre confiei em você!
_Hora de comemorarmos! – Nefas disse levitando uma garrafa de Champagne.
_Depois, depois – Quim disse guardando a carta – Posso aparatar?
_Certamente – Nefas disse colocando a garrafa sob um armário pequeno perto de uma estante alta e lustrosa.
Quim desapareceu ao mesmo tempo que a coruja voou até a janela de onde adentrara e desapareceu.
Nefas sacudiu sua varinha e a janela se fechou.
_Também devo partir – Dumbledore falou – Voltarei assim que tudo estiver pronto!
Assim que Dumbledore partiu, Nefas levitou uma pequena caixa de ouro e a abriu, revelando uma almofada cor vinho, ali ele depositou o mapa e com um feitiço fechou.
Olhando para todos, um de cada vez, falou, com um grande sorriso.
_Temos quartos para todos! – e ele fez um sinal para a elfa que estava próxima de uma lareira – Hobbi, mostre os quartos e por favor, prepare o jantar. – a elfa fez uma reverência e saiu em seguida – Eu sempre fico muito sozinho aqui, vai ser ótimo tê-los está noite.
Harry olhou para Hermione e ela para Rony.
Rony passou a mão na barriga em sinal de fome e Harry soube que acima de tudo, eles eram quem sempre foram.
Assim que Hoppi levou Tonks e Lupin para um grande quarto, ela acompanhou Harry até um outro, aonde poderia ficar.
Todos estavam em um único corredor, longo e sombrio, cheio de portas e quadros de velhos bruxos. A decoração sempre parecia muito com as cores de Corvinal e tão confortável como a torre de Grifinória.
_Aqui senhor – Hoppi disse com uma voz baixa e aguda e abrindo a porta Harry adentrou o quarto; belo, grande e alto.
Havia uma bonita cama ao fundo, em meio a tapetes longos, com muitas águias e vários quadros nas paredes, todos de bruxos sorridentes e falantes.
Poltronas estavam ao redor de uma grande lareira e havia uma cômoda alta e imponente entre duas altas janelas, com doces em frascos transparentes mais acima.
Harry jamais estivera em um quarto tão luxuoso antes, a ambição por riqueza de Nefas parecia ter dado certo.
_Logo o jantar estará servido – Hoppi falou depressa.
_Obrigado – Harry disse. – Ah! – continuou antes que Hoppi fosse embora – Você sabe se o Sr.Weasley ainda está aqui?
Hoppi olhou para Harry por um instante e respondeu, parecendo cansada.
_Ele iria voltar para casa, para visitar a família e Nefas pediu que ele a trouxesse para o jantar.
Harry sorriu, depois de tanto tempo, poderia rever Gina, desde que a última guerra acabara e caira nos terrenos de Hogwarts não via Gina, e já podia sentir o perfume dela, ouvir a voz,enquanto Hoppi apenas fechava a porta de forma delicada.
Sua noite rapidamente se encheu de alegria, esperança e um caloroso sentimento, iria rever Gina.
_Nossa – uma voz falou não muito distante – Um hóspede, depois de tantos anos.
Harry olhou para o lugar da onde a voz viera e pode ver um quadro grande, com uma moldura dourada, aonde um bruxo de cabelos brancos com um charuto falava animado.
_Verdade Hermanel – uma outra bruxa falou em um quadro em outra parede – A última vez que vimos alguém por aqui foi quando Penélope chegou, e isso faz muito tempo.
_Está me chamando de velha?! – uma bruxa gorducha, de roupas rosas e bochechas grandes gritou do outro lado.
_Você é velha, todos somos! – uma outra bruxa, de vestes azuis claro e olhos escuros, com olheiras falou do outro lado.
_Não vão assustar o hóspede! – uma voz suave disse ao lado de Hermanel e Harry o olhou, ele era magro e alto, com o rosto fino e pontudo, óculos redondos pequenos na ponta do nariz.
Quando Harry o olhou, seu estômago revirou, aquele olhar, aquela expressão, um pouco do formato do rosto, tudo lhe era muito semelhante.
_Beaversdam March Potter – o bruxo disse.
Harry se aproximou do quadro. O bruxo o encarou surpreso.
_O que está fazendo?! – ele esbravejou quando Harry ficou a apenas poucos passos de distância.
_Potter? – repetiu em voz baixa, como se tivesse medo de ser ouvido.
_Exatamente – o bruxo falou rancoroso.
_E você, como se chama? – um bruxo com rosto largo e olhos verdes perguntou ao lado da bruxa de rosa.
_Harry Potter – respondeu e olhou novamente para Beaversdam. Ele tirou os óculos rapidamente e Harry fez o mesmo.
Os quadros ao redor murmuraram coisas ao mesmo tempo que a porta do quarto se abriu.
_Licença! – Hermione disse animada, adentrando ao lado de Rony.
_O jantar não sai nunca aqui! – Rony falou mal-humorado.
_Venham aqui – Harry pediu em um cochicho.
Hermione olhou para os quadros nas paredes que a encaravam e caminhou pelo quarto, Rony partindo imediatamente para a cômoda com os doces em cima.
_Vem você também – Harry pediu.
_O que foi? – Hermione perguntou em voz baixa.
_Você é filho de Tiago Potter? – Beaversdam perguntou e nesse momento Hermione o olhou.
Ela cobriu a boca com a mão direita e se aproximou.
_Sim – Harry disse – Você o conhece da onde?
Rony olhou para o quadro e depois para Harry, parecendo surpreso agora.
_Você é meu neto – Beaversdam falou e Harry sentiu seu corpo todo tremer, um sentimento frio estava no lugar do caloroso que a chegada de Gina o trouxera.
_Vô? – disse colocando os óculos novamente.
_Você parece tanto com seu pai, não sei como não reconheci antes – Beaversdam disse também colocando os óculos de novo.
_Harry, inacreditável, depois de tantos anos, de tantas coisas, você descobriu quem é, quem é seu avô – Hermione disse.
_E quem é você? – a bruxa de rosa perguntou grosseiramente.
_Hermione Granger – Hermione respondeu depressa.
_Você só vive nesse quadro? – Rony perguntou olhando para os outros quadros.
_Não – Beaversdam respondeu – Tenho um outro quadro em Hogwarts, na sala dos troféus, mas que não visito desde que meu filho morreu, e então acho que o velho Filch o cobriu com uma cortina.
_Ele tem problemas de memória – Hermanel falou – Daqui a pouco não vai mais se lembrar de você. Ele nunca esqueceu o nome ou a origem da sua família, mas depois que Tiago morreu, ele tem sofrido com a perda de memória.
Tentou fugir do quadro na noite do ataque depois que soube e a magia que nos prende aqui o feriu por demais, desde então nunca mais foi o mesmo.
_Não fale asneiras! – Beaversdam disse ríspido – Aonde estávamos?
_O senhor estava me contando sobre o seu quadro em Hogwarts – Harry disse.
_Como sabe?! – Beaversdam gritou – Ousado!
_Perdeu a memória Beavers – Hermanel lhe disse. – Você já o havia contado sobre isso, ele é seu neto!
_Meu neto?! Potter? – Beaversdam exclamou e como resposta Harry assentiu com a cabeça. – Ah, estou muito confuso, preciso sair um pouco! – e o quadro ficou escuro quando Beaversdam deixou a moldura.
_Meio esquisito ele não – Rony disse.
_Ele é um bom bruxo – Hermanel disse – Mas sofreu muito também.
_Mesmo assim é algo muito importante o que aconteceu agora – Hermione falou – Acabou de conhecer seu avô!
_É – Harry disse sentindo um frio engraçado na barriga. - Hermanel – falou olhando para o quadro – E minha avó?
_Ela morreu há alguns anos, não poderá vê-la em nenhum quadro, nunca quis assim.
_Que pena – Hermione disse se sentando na cama. – Parece que é uma noite de boas notícias.
_Acho que sim – Harry disse olhando para a moldura vazia do quadro.
_Quim Ministro, um jantar a caminho e mais uma Horcruxe prestes a ser destruída.
_Não acho bom falarmos sobre isso com tantos quadros por aqui – Harry falou se sentando em uma das poltronas perto da lareira.
_Não se preocupe – Hermione disse – Tolkien me disse que aqui os quadros são enfeitiçados, eles são proibidos de levar informações daqui para qualquer lugar, ou sequer contar a hóspedes ou quem não tem permissão para ouvir. Foi o Louis quem fez os encantamentos, há muito tempo, se não tivesse feito isso os trabalhos, segredos e tudo que Nefas criou todo esse tempo já teriam sido revelados e ele não seria o único a ter tantas habilidades.
_O que aconteceu agora pouco – Rony disse indo até os doces e apanhando um roxo que Harry não soube reconhecer – Com Quim, faz tudo melhorar, papai ficou animado, ele correu para casa para contar a todos.
_O Ministério estava sob comando de Voldemort, Tonks matou o antigo Ministro, mas todos sabiam que ele estava amaldiçoado, embora ninguém tivesse poder suficiente para tirá-lo, as atitudes absurdas e o autoritarismo o fizeram ser odiado.
Ouvi Lupin dizer à Tonks que todos acham que o Ministro caiu acidentalmente e não que foi atacado, ninguém vai culpá-la por isso.
_Com a chegada de Quim, o Ministério vai ser limpo de todos que estão do lado de Voldemort e isso vai enfraquecê-lo, você terá todo o apoio agora. - Rony falou com a voz engrolada devido ao doce. - Quim lutara para mostrar ao mundo que Voldemort está disposto a tudo e isso vai nos trazer novos apoios.
_Tudo deve melhorar agora – Harry disse percebendo que os quadros cochichavam entre si – Espero.
_Mesmo com essa busca as Horcruxes, agora restando duas para serem destruídas e a que está no corpo de V-Voldemort – vários quadros soltaram exclamações – Nós teremos que retornar à Hogwarts.
Rony engasgou nesse momento, Harry encarou Hermione surpreso.
_Eu não acho que lá é o nosso lugar agora. – falou aborrecido.
_Lá estaremos seguros, ainda mais com Quim no comando, Dumbledore já disse que todos estarão de volta, é um modo de manter todos juntos, sob uma mesma proteção. Tolkien disse que agora que Você-Sabe-Quem conseguiu a certeza de que suas Horcruxes estão sendo caçadas, ele vai se preocupar em protegê-las e os ataques irão diminuir. Quim fará a sua parte também.
_Mais aulas, mais aulas, mais aulas – Rony falou desanimado apanhando um outro doce, agora laranja, com uma cobertura de açúcar.
_Eu confio em Dumbledore, de certa forma deu certo até aqui, se ele acha que temos que voltar, uma última vez, teremos de fazer – Harry falou não muito feliz. Ficar preso nos terrenos de Hogwarts enquanto Horcruxes devem ser encontradas não parecia a melhor das idéias.
_Isso vai facilitar tudo – Hermione falou ao mesmo tempo que a porta se abriu e Hoppi surgiu.
_O jantar está servido. – e saiu.
_Espere! – Rony chamou e a porta abriu de novo. – Aonde fica a cozinha?
Hoppi riu do modo como ele falara e respondeu:
_Venham comigo por favor.
Harry e Hermione se levantaram e ao lado de Rony seguiram Hoppi pelos corredores longos e escuros.
Após descerem uma escada iluminada por lustres, chegaram a uma sala grande, toda de cor vinho, com uma longa mesa e muitas cadeiras. Velas flutuavam muito acima, enquanto os pratos estavam por todos os lados. Três elfos estavam ali, dois baixinhos e parecendo jovens, com roupas vermelhas, muito bonitas (o que pareceu deixar Hermione contente) e um mais velho, com um chapéu de cozinheiro na cabeça, tombado de um lado.
_Sentem-se por favor! – Nefas pediu antes de se sentar em uma das cadeiras da ponta. Louis, Tonks, Lupin, Tolkien e Moody chegaram em seguida.
Enquanto Rony e Hermione se acomodavam, Harry ouviu sussurros as suas costas e se virando ficou diante de Gina, escondida perto de uma das portas de entrada.
_Vem – ela disse. Enquanto o Sr.Weasley adentrava a sala juntamente com a Sra.Weasley, Harry saiu seguindo Gina. Ela estava tão bonita aquela noite, mais bonita que nunca.
_Quanto tempo – ela disse quando eles ficaram frente a frente, em um corredor cheio de estátuas e tapetes nas paredes.
_É – Harry falou e Gina imediatamente lhe abraçou. O perfume dos cabelos ainda eram os mesmos, tão suaves como sempre.
Ela estava bem pálida, o que realçava as sardas do rosto, mas estava realmente linda.
_Eu sei que temos que ir agora – ela falou um pouco tímida, mas mesmo assim muito animada. – Depois que todos forem dormir vamos se juntar, para comer alguns doces e conversar um pouco, ok?
Harry assentiu com a cabeça.
_Então vamos! – e ela pegou a mão de Harry.
Sorrindo e brincando eles foram até a cozinha, aonde Quim acabara de chegar juntamente com Dumbledore e Slughorn.
_Ao novo Ministro! – Nefas disse elevando uma taça. Harry e Gina se separaram e em meio aos abraços apanharam taças para brindar também.

O jantar aconteceu de uma forma muito prazerosa e rápida, as conversas eram dinâmicas e sempre terminavam em risos. Rony e Hermione não paravam de se entreolhar, assim como Gina e Harry, sempre que a Sra.Weasley não os estava encarando.
Quim sorriu a noite toda, falando sobre planos e recebendo conselhos de Dumbledore.
Quando o jantar chegou ao fim, Nefas se colocou de pé, certamente sob uma pilha de livros na cadeira, pois senão ninguém teria percebido e disse:
_Slughorn, podemos continuar imagino.
_Oh, claro! – Slughorn falou massageando a barriga, agora estufada pelo farto jantar.
Quando Harry se levantou e todos estavam partindo para novos afazeres, Dumbledore se aproximou.
_Terminaremos a poção até o fim da noite, quando o momento de destruir a Horcruxe chegar todos serão avisados.
Harry olhou para Dumbledore e depois para Gina, o diretor lhe deu uma piscadela e saiu.
_Até daqui a pouco – Hermionelhe murmurou e então saiu da cozinha.
Harry voltou para o quarto, animado com as conversas que havia ouvido no jantar e assim nem achou a idéia de voltar para Hogwarts tão ruim, Dumbledore lhe explicara bem o porque disso ser necessário, a união os faria mais forte.
Poucos minutos depois de conferir os doces que haviam no quarto, a porta se abriu e Gina seguida de Rony e Hermione adentrou.
_Trouxemos mais alguém – ela falou e Neville seguido de Luna Lovegood, com quem estava de mãos dadas, adentrou. – Eles estão namorando! – Gina falou realmente animada. – Não é o máximo!
Neville ficou vermelho, mas Luna não parecia ter ouvido, ela estava olhando para as águias nos tapetes.
_Trouxemos todos os doces que conseguimos – Rony falou colocando próximo da lareira vários frascos transparentes. Hermione, Gina, Luna e Neville colocaram seus frascos juntos e todos se sentaram ali, próximos. Apoiados nas poltronas enquanto as chamas na lareira brilhavam muito. – Acho que não comemos doce para valer há um tempão – Rony disse abrindo um pote com sapos de chocolate.
_Sabe – Luna disse quando os sapos saltaram para fora do frasco – Pelo que Gina me disse, essa noite é como um sapo de chocolate, escorregadio, mas bom.
Todos riram, não pelo que Luna dissera, mas pelo modo como falara.
Rony pegou o maior sapo de chocolate e o estendeu até Hermione.
_Pode pegar – ele disse – É o maior que tem aqui. – Harry e Gina se entrolharam. Ela se aproximou mais de Harry e ele logo colocou o braço sob o pescoço dela, em um grande abraço.
_Bom, se logo os estudos irão começar outra vez – Hermione falou vermelha, apanhando o sapo – Eu acho que é bom nos divertirmos agora. – e ela mordeu o chocolate.
Harry estava realmente feliz, Rony e Hermione logo se abraçaram enquanto todos comiam os doces e quando Neville e Luna se beijaram, com o fogo na lareira bem mais baixo agora, Harry, Rony, Hermione e Gina se entreolharam.
Harry fitou Gina e os olhos se aproximaram, pôde sentir a respiração dela mais perto e quando percebeu estava quente por dentro.
Estavam se beijando, todas as coisas que havia passado nos últimos dias estavam sendo deixadas enquanto apenas amava e aquele era o melhor beijo da sua vida, o beijo que o fizera ganhar uma nova força para continuar a batalha.

Quando os frascos ficaram vazios e a lareira quase se apagou todos partiram, sonolentos e abraçados, para seus quartos.
Harry colocou os seus frascos sob a cômoda e foi até a lareira para fortalecer o fogo novamente, no meio do caminho viu algo dourado, pequeno e bonito caído perto de uma das poltronas.
Se abaixando apanhou e viu que era um colar, com uma pequena pedra branca na ponta.
Como estava caído no lugar aonde Rony e Hermione haviam estado, teve certeza que poderia pertencer a ela.
Saindo depressa do quarto, encostou a porta e olhou para o corredor escuro.
Avançando em passos silenciosos até o quarto de Hermione, parou, ao ver uma luz saindo de uma das portas e começou a caminhar até ela.
_Hey, Harry - uma voz o chamou quase em múrmurio. Harry se virou para ver quem era e assim ficou diante de uma das portas do corredor, que agora estava aberta. Nefas estava ali, usando óculos grandes e com um pergaminho longo em mãos. - Gostaria de conversar?
Harry o olhou por um instante e guardou o colar de Hermione em um dos bolsos do casaco que usava.
_Claro - disse indo até a porta e adentrando o cômodo.
Estava uma sala agora, alta, com um teto pontiagudo, aonde haviam estantes e mais estantes, como uma biblioteca, e várias figuras de anjos pintados nas paredes douradas.
Em meio a duas estátuas de bruxos que não soube reconhecer havia uma escada longa, de mármore.
_Estou trabalhando em um novo mapa - Nefas falou caminhando devagar em direção a escada - Adoraria saber mais sobre as aventuras de sua vida Potter - e ele olhou para Harry sob os óculos grandes - Enquanto eu termino esse meu novo trabalho.
Por um momento houve um silêncio incômodo mas então um barulho metálico chamou a atenção de Harry. Não havia percebido que um elfo estava ali, quase escondido detrás de uma poltrona, com uma bandeja em mãos, tremendo muito. O havia visto no jantar, um dos dois elfos jovens, com vestes vinho.
_Pode servir Fierce - Nefas disse sério - Podemos? - falou apontando para a escada de mármore.


PS: Espero que tenham gostado do capítulo, eu adorei escrever, acontecem muitas coisas boas, e como sapos de chocolate são bons, daí vem o real significado do título. O romance vai ficar na fic por um tempo agora, principalmente nos Caps.8 e 9.
Peço que comentem e votem por favor, a fic está precisando!!! Quarta irei trazer o Cap.8 e ele será incrível, posso adiantar que Fred e Jorge voltarão com tudo e que esse clima de alegria vai continuar a todo vapor, vamos matar a saudade de todos os personagens, alguns que não vemos desde a Arena.
Aguardo os comentários e votos, muuuuito obrigado por ler!

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